As mobilizações na Polícia Militar para a conquista da cidadania do Policial Militar através da concessão de salários dignos (equiparação salarial com os policiais civis) e da disponibilização de adequadas condições de trabalho foram os maiores eventos na área da Segurança Pública, no ano passado, sem qualquer dúvida.
Se o fato tivesse acontecido em Brasília e não no Rio de Janeiro, talvez ouvíssemos discursos que começariam com as seguintes palavras:
Nunca antes na estória desse país...
Entretanto, esse fato histórico que está sendo vivenciado por Oficiais e por Praças da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, não é inédito, nem no nosso estado e nem nos demais estados da federação.
As mobilizações estão ocorrendo em outros estados, embora a mídia trate cada mobilização como um fato isolado, não contextualizando o conjunto das mobilizações.
No Rio de Janeiro, as mobilizações já ocorreram outras vezes, em diferentes períodos, algumas resultando inclusive em punições e em transferências de vários Oficiais para o interior do estado.
Tais mobilizações sempre tiveram como principal motivação os baixos salários recebidos, um dos motivos das atuais mobilizações, que são muito mais abrangentes, embora a percepção de salários dignos seja a prioritária.
A Carta dos Barbonos contém todas as pretensões mais urgentes.
http://celprpaul.blogspot.com/2007/09/pro-lege-vigilanda-para-vigilncia-da.html
Todavia, embora as mobilizações não sejam inéditas, elas possuem aspectos inéditos no seu desenvolvimento.
Nunca as mobilizações foram tão organizadas.
Os Oficiais e os Praças que organizaram e participaram dos atos cívicos realizados pelos denominados “40 da Evaristo” demonstraram isso claramente.
Militares de Polícia, Oficiais e Praças, de folga e desarmados, no exercício pleno da cidadania, realizaram atos cívicos nas ruas do Rio de Janeiro, esclarecendo ao povo fluminense sobre a grave situação vivenciada pelos heróis sociais desse estado – Os Militares de Polícia.
Não ocorreu qualquer prejuízo para os cidadãos fluminenses.
Isso foi inédito!
Simultaneamente, Coronéis de Polícia encaminhavam documentos ao governo estadual, dando maior amplitude às mobilizações.
Documentos assinados e precedidos de reuniões com o Comandante Geral e com o Secretário de Segurança, preservando a hierarquia e a disciplina.
Isso também foi inédito, Coronéis de Polícia nunca tinham se exposto dessa forma, porém não foi o mais importante, nem o mais impactante.
A união de propósitos das mobilizações trouxe um fato novo, o início da coesão dos objetivos dos Oficiais e dos Praças, o que por via de conseqüência, institucionalizou esses objetivos.
Eis a grande conquista, a que precisa ser cultivada a todo custo, sobretudo porque ainda está no nascedouro.
A coesão de esforços e de objetivos.
E aqui faço uma pausa e peço uma reflexão.
No Brasil, onde a corrupção parece ser aprendida em bancos escolares e cultuada nos lares, tamanha a sua difusão e o seu poder de penetração, a existência de uma Polícia Ostensiva e de Preservação da Ordem Pública eficaz interessaria a todos?
Penso que não.
E assim sendo, logicamente os desinteressados na existência dessa POLÍCIA eficaz lutam contra ela.
Isso é uma conseqüência natural, eles lutam pelos seus interesses.
A eles interessa o status quo.
A coesão de esforços e de objetivos dos heróis sociais parece ter assustado e muito, a turma do contra, pelo menos na blogosfera da segurança pública isso ficou claro.
Temos visto inúmeras postagens de artigos e de comentários que disseminam idéias contrárias a nossa coesão.
Infelizmente, existem blogs que pregam essa desunião, usando a estratégia de dividir para enfraquecer.
E essa estratégia é sempre vitoriosa, todos nós militares sabemos disso.
Via de regra são comentários anônimos e blogs anônimos, gerenciados por personagens escondidos por trás de monitores, que podem nem mesmo serem Policiais Militares, embora se “identifiquem” e procurem escrever como se fossem.
Tal como fantasmas, não se identificam, pregam o terror e permanecem na sombra do anonimato.
Muitos incautos acabam por repercutir essas idéias divisórias, criando debates e estimulando o tema.
Engolem a isca!
Tolamente.
E antes que se levantem as vozes da turma contra, ninguém tem dúvida que ainda existem Oficiais que acreditam que essa separação deva existir, com a argumentação unicamente fundamentada na existência dos círculos hierárquicos regulamentares.
A obediência à hierarquia e à disciplina não precisam provocar a desunião, muito pelo contrário, o seu culto sadio favorece a coesão institucional.
Nunca esquecendo que respeito é via de mão dupla!
Todos nós precisamos ficar atentos, a nossa coesão é imperiosa e indispensável para a conquista de nossa cidadania.
Os que não ombreiam conosco querem nos dividir, como já aconteceu no passado.
A divisão é mortal para nossas justas pretensões de cidadania.
Não podemos ser uma POLÍCIA dividida.
Uma Instituição partida em duas.
Onde um grupo ganhe muito bem e os outros ganhem muito mal.
Se permitirmos essa divisão os interesses de um grupo sempre superaram os interesses institucionais.
Essa POLÍCIA nunca será eficaz.
A sua missão jamais será cumprida.
Uma POLÍCIA assim sempre beneficiará apenas o grupo dirigente, nunca a Instituição como um todo e jamais o Povo Fluminense, o destinatário dos nossos serviços!
Isso não é uma estória de pescador, embora alguns estejam engolindo a indigesta isca!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORREGEDOR INTERNO
Se o fato tivesse acontecido em Brasília e não no Rio de Janeiro, talvez ouvíssemos discursos que começariam com as seguintes palavras:
Nunca antes na estória desse país...
Entretanto, esse fato histórico que está sendo vivenciado por Oficiais e por Praças da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, não é inédito, nem no nosso estado e nem nos demais estados da federação.
As mobilizações estão ocorrendo em outros estados, embora a mídia trate cada mobilização como um fato isolado, não contextualizando o conjunto das mobilizações.
No Rio de Janeiro, as mobilizações já ocorreram outras vezes, em diferentes períodos, algumas resultando inclusive em punições e em transferências de vários Oficiais para o interior do estado.
Tais mobilizações sempre tiveram como principal motivação os baixos salários recebidos, um dos motivos das atuais mobilizações, que são muito mais abrangentes, embora a percepção de salários dignos seja a prioritária.
A Carta dos Barbonos contém todas as pretensões mais urgentes.
http://celprpaul.blogspot.com/2007/09/pro-lege-vigilanda-para-vigilncia-da.html
Todavia, embora as mobilizações não sejam inéditas, elas possuem aspectos inéditos no seu desenvolvimento.
Nunca as mobilizações foram tão organizadas.
Os Oficiais e os Praças que organizaram e participaram dos atos cívicos realizados pelos denominados “40 da Evaristo” demonstraram isso claramente.
Militares de Polícia, Oficiais e Praças, de folga e desarmados, no exercício pleno da cidadania, realizaram atos cívicos nas ruas do Rio de Janeiro, esclarecendo ao povo fluminense sobre a grave situação vivenciada pelos heróis sociais desse estado – Os Militares de Polícia.
Não ocorreu qualquer prejuízo para os cidadãos fluminenses.
Isso foi inédito!
Simultaneamente, Coronéis de Polícia encaminhavam documentos ao governo estadual, dando maior amplitude às mobilizações.
Documentos assinados e precedidos de reuniões com o Comandante Geral e com o Secretário de Segurança, preservando a hierarquia e a disciplina.
Isso também foi inédito, Coronéis de Polícia nunca tinham se exposto dessa forma, porém não foi o mais importante, nem o mais impactante.
A união de propósitos das mobilizações trouxe um fato novo, o início da coesão dos objetivos dos Oficiais e dos Praças, o que por via de conseqüência, institucionalizou esses objetivos.
Eis a grande conquista, a que precisa ser cultivada a todo custo, sobretudo porque ainda está no nascedouro.
A coesão de esforços e de objetivos.
E aqui faço uma pausa e peço uma reflexão.
No Brasil, onde a corrupção parece ser aprendida em bancos escolares e cultuada nos lares, tamanha a sua difusão e o seu poder de penetração, a existência de uma Polícia Ostensiva e de Preservação da Ordem Pública eficaz interessaria a todos?
Penso que não.
E assim sendo, logicamente os desinteressados na existência dessa POLÍCIA eficaz lutam contra ela.
Isso é uma conseqüência natural, eles lutam pelos seus interesses.
A eles interessa o status quo.
A coesão de esforços e de objetivos dos heróis sociais parece ter assustado e muito, a turma do contra, pelo menos na blogosfera da segurança pública isso ficou claro.
Temos visto inúmeras postagens de artigos e de comentários que disseminam idéias contrárias a nossa coesão.
Infelizmente, existem blogs que pregam essa desunião, usando a estratégia de dividir para enfraquecer.
E essa estratégia é sempre vitoriosa, todos nós militares sabemos disso.
Via de regra são comentários anônimos e blogs anônimos, gerenciados por personagens escondidos por trás de monitores, que podem nem mesmo serem Policiais Militares, embora se “identifiquem” e procurem escrever como se fossem.
Tal como fantasmas, não se identificam, pregam o terror e permanecem na sombra do anonimato.
Muitos incautos acabam por repercutir essas idéias divisórias, criando debates e estimulando o tema.
Engolem a isca!
Tolamente.
E antes que se levantem as vozes da turma contra, ninguém tem dúvida que ainda existem Oficiais que acreditam que essa separação deva existir, com a argumentação unicamente fundamentada na existência dos círculos hierárquicos regulamentares.
A obediência à hierarquia e à disciplina não precisam provocar a desunião, muito pelo contrário, o seu culto sadio favorece a coesão institucional.
Nunca esquecendo que respeito é via de mão dupla!
Todos nós precisamos ficar atentos, a nossa coesão é imperiosa e indispensável para a conquista de nossa cidadania.
Os que não ombreiam conosco querem nos dividir, como já aconteceu no passado.
A divisão é mortal para nossas justas pretensões de cidadania.
Não podemos ser uma POLÍCIA dividida.
Uma Instituição partida em duas.
Onde um grupo ganhe muito bem e os outros ganhem muito mal.
Se permitirmos essa divisão os interesses de um grupo sempre superaram os interesses institucionais.
Essa POLÍCIA nunca será eficaz.
A sua missão jamais será cumprida.
Uma POLÍCIA assim sempre beneficiará apenas o grupo dirigente, nunca a Instituição como um todo e jamais o Povo Fluminense, o destinatário dos nossos serviços!
Isso não é uma estória de pescador, embora alguns estejam engolindo a indigesta isca!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORREGEDOR INTERNO
3 comentários:
Cel Paúl, já fui seu comandado e lhe admiro como Comandante, mas me vem uma pergunta: Cadê o movimento dos Barbonos? Cadê o movimento dos 40 da Evaristo? Somente leio nos blogs (Ten Melq.) a revolta dos Praças com Oficias, até mesmo manchando a honra de alguns. Qual movimento daria certo com tamanha separação? Por que tamanho descrédito com os Oficias? Os Praças estão certos? Nós Oficiais estão certos? A Polícia Militar está perto do fim? Por favor, se o senhor puder responder todas as perguntas com todo a sua sabedoria, a tropa agradeceria!!
Sr.Cel.Paúl:
É o que sempre pergunto: a quem interessa uma PMERJ dividida?
E o que vemos são os tradicionais "anônimos do mal" (existem os anônimos do bem) postando "ódio" normalmente contra Oficiais, contra a Instituição, simplesmente com o intuito de inviabilizar uma união.
Ninguém precisa deitar a cabeça no ombro do Oficial ou Praça. Não é preciso que se abracem todos os dias! Ninguém precisa falar: Eu te amo Major, ou Eu te amo Cabo!
O que é preciso entender é que estão todos no mesmo barco: e está começando a fazer água!
Que unam-se e salvem-se! Depois sigam suas vidas da forma que melhor convir (acredito na forma da união) a cada um. Mas no momento, lutar junto é a única fórmula!
Estou de acordo com o Sr. quanto aos Blogs e os movimentos discutindo Salários e Condições de Trabalho. Este momento ficará marcado: a história dirá!
Um abraço,
CHRISTINA ANTUNES FREITAS
Nosso blog, assim como o blog Militar Legal, não tem moderação coronel, uma coisa de praça, democracia. Ditadura...censura são coisas que não gostamos porque é amarga e vivênciamos isso todos os dias. Claro que minha postagem não vai ao "AR", o senhor ainda é coronel de polícia.
Quem divide a policia militar não somos nós senhor, são vocês.
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