sábado, 29 de janeiro de 2011

A GUERRA DO RIO: OS TIROS NO PRÉDIO DA PREFEITURA, OS CHEFÕES, O GOVERNO E A POSSIBILIDADE DA EXISTÊNCIA DE ACORDOS.

Ônibus e veículos estavam sendo incendiados nas ruas do Rio de Janeiro e o governo Sérgio Cabral anunciou que a motivação era uma represália de uma facção criminosa em face da instalação dos Super GPAEs, as UPPs.
A alegação oficial fez sentido considerando que a quase totalidade das UPPs tinha sido instalada em territórios dominados pela facção que estava sendo acusada.
Deter esses atos era complicado considerando a facilidade de executá-los, diante da farta mão de obra existente e o baixo custo da ação.
Vieram as retomadas da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão e, novamente, uma característica das ações do governo Sérgio Cabral nessas retomadas se fez presente: ninguém foi preso.
Nas ações para a instalação das treze UPPs e nas ações da Zona Norte, nenhum chefão do tráfico foi preso, uma ineficácia que além de impressionar, pode levar a raciocínios que sugiram a existência de acordos entre governo e tráfico.
Raciocínios semelhantes aos que existem até a presente data sobre a existência de um acordo para a realização das obras do PAC no Complexo do Alemão.
Ilações a parte, o que existe de concreto?
Nenhum chefão foi preso e os ataques incendiários pararam.
Sim, os ataques pararam e poderiam ter continuado sem qualquer problema, pois são de fácil execução.
Nessa semana a Polícia Civil fez uma operação militar no Morro de São Carlos, comunidade dominada por outra facção criminosa e a sede da prefeitura foi atingida por PAF (vídeo com ameaça), provocando a evacuação de alguns setores e a dispensa de funcionários.
Sérgio Cabral rapidamente anunciou que vai instalar Super GPAEs nas comunidades da região.
Será que dessa vez algum chefão do tráfico vai ser preso pelo governo?
Ou veremos a repetição da apreensão de toneladas de maconha (que não podem ser retiradas das comunidades diante das dificuldades para o transporte) e de alguns quilos de cocaína batizada; além de uma quantidade de armas incompatível com a anunciada força do tráfico, dentre elas inúmeras inservíveis?
Caso se repita o fracasso das outras retomadas territoriais, nas quais ninguém foi preso, os que raciocinam na linha da existência de acordos governo-tráfico ganharão mais força ainda.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

7 comentários:

Anônimo disse...

Pául tá na cara que tem um acordo. Eu não suporto mais ver aquele Bestrame, falando baboseiras diante das câmeras de televisão...

O Globo que tanto protege Sérgio Cabral, cometeu um erro fatal, e como dizia meu saudoso avô "peixe morre pela boca."

http://extra.globo.com/casos-de-policia/pavaozinho-se-armou-para-eventual-guerra-contra-rocinha-371614.html

Isto aconteceu após a UPP do Pavão-Cantagalo já estar consolidada. Ou seja mediante ameaça de perder o morro, os traficantes da PPG tiraram pra fora o seu arsenal e se prepararam para a guerra. Depois dessa eu entendi pq o Cabral avisava que ia invadir, ele dava um salvo conduto pra bandidagem, a quem diga que só meteu pé os grandes chefões e que todos os operários continuam na favela.

Alexandre, The Great disse...

Os acordos são muito antigos. Os desse governo vêm desde 2007, após as mais de 40 mortes da "batalha do alemão". Quem acreditava que apenas a Justiça era cega, enganou-se.

Anônimo disse...

caro cel paul tenho 11 anos de policia e ja passei por varias unidades da pm,e posso dizer o seguinte :
a situação hoje é muito melhor do que quando o senhor era da ativa,hj em dia é muito mais dificil ter confrontos como se tinha antigamente,acho que deve ser duro para o senhor um oficial com 32 anos de carreira que sempre se escondeu do confronto so era muito bom em destruir pais de familia ,quando o sr era corregedor ,chefe da dpjm etc.
acho o sr um pobre coitado que não percebe que se a PM hj é uma vergonha o SR. é muito mais culpado do que a atual gestão pois o senhor saiu full antes deles e nada fez em prol de nósagora vem com esse discurso...
francamente cel os recrutas e cadetes podem ouvir o sr.
mas akeles que como eu tem mais de 10 anos de casa e trabalhou no cpc na pista quando o sr era da ativa sabe muito bem o quanto o sr maltratou a tropa, em relação ao trafico não acabar digo o seguinte:
no predio do sr. ai na coração de maria tinha um disque droga.
para o sr ver cel ,o trafico ta em todos os lugares,o importante é que hj a tropa esta mais segura para trabalhar,mais equipada ,com viaturas que pelo menos andam,enquanto na gestão dos 29 mil não era assim.
cel va pescar em cabo frio,pegar uma praia ,tomar uma cevejinha e pare com essa oposição à nova gestão do cel mario sergio e alvaro,pois ta na cara que é recalque do sr.
os dois conhecem muito bem a realidade das ruas ,passaram por unidades operacionais de combate,enqunto o sr se escondia
por favor cel mude o discurso.
desculpe qq coisa que eu disse mas essa é minha opinião,não tenho nada contra a sua pessoa .
um gde abraço

Paulo Ricardo Paúl disse...

Grato pelos comentários.
Eu voto pela existência dos acordos, a realidade mostra de foram clara tal possibilidade.
Peço desculpas aos meus amigos por ter postado o comentário do anônimo das 14:22 hs. Eu sei que não devo publicar comentários anônimos contra mim, mas não resisti, esse é emblemático. Quem me conhece, conhece a minha vida profissional e conhece a PMERJ, deve dar cambalhotas ao ler esse comentário, uma ode ao desconhecimento.
É lamentável que alguém perca tempo escrevendo tais coisas tão apartadas da realidade. Pior, coloca Mário Sérgio e Álvaro Garcia no mesmo saco, uma grande sacanagem com o MS.
E, por favor, eu não bebo cerveja e não pesco.
Juntos Somos Fortes!

Ricardo Oscar Vilete Chudo disse...

Será que esse "anonimo" é o mesmo bajulador do Cel Alvaro que havia postado comentário antes? Que cara mais puxa saco e chato.

Ricardo Oscar Vilete Chudo disse...

Pelo que vc, anônimo, relata, deve acompanhar o cel Garcia por onde esse vai. Quanto ao seu comentário de destruir famílias, com seus 11 anos de polícia, não estava na Corporação quando do lamentável episódio do muro da vergonha, quando os praças foram submetidos a conselho e excluídos, sendo o seu adorado Cel Alvaro, o Comandante destes praças. Hoje não sei o que aconteceu com os praças, se retornaram a Corporação ou permanecem fora, mas é certo que o Comandante ficou impune. Quanto as viaturas, estas estão em condições, mas vc, “anônimo”, sabe a que custo?Garanto que com 10% do valor que é pago hoje a Julio Simões, as sucatas existentes na época referida, cumpririam o serviço a contento, tanto quanto as atuais. Seu discurso se parece com um “anônimo” que postou tecendo essas mesmas criticas ao Cel Paul, tendo inclusive me confundido com um “policiologo”, que nunca sentou em um PATAMO e nem viu a operacionalidade de perto.

Unknown disse...

VIVA O RIO DE JANEIRO !
UPP é inaugurada no Engenho Novo
Rio - A Polícia Militar inaugurou na manhã desta segunda-feira a 14ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da cidade, no Morro São João, no Engenho Novo, Zona Norte do Rio. Com um efetivo de 200 PMs - sendo 35 mulheres, o maior número em comparação a outros postos -, ela atenderá ainda aos moradores do Morro do Matriz e do Morro do Quieto, beneficiando cerca de seis mil moradores dessas comunidades.