quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O PREÇO DE UM TAPA NA CARA.

Nós que somos integrantes de instituições organizadas militarmente no Brasil sempre ouvimos nos quartéis que o mau tratamento recebido pelos militares por parte dos governantes, após a reabertura política, tinha origem nas acusações de tortura praticadas por militares e por policiais.
Seria a vingança dos torturados.
O artigo anterior me lembrou de uma nova possibilidade para o péssimo tratamento, que ouvi em Copacabana, no Rio de Janeiro, neste ano, quando conversei com dois Praças com muito tempo de Polícia Militar.

Alguns policiais tinham (têm) um hábito errado com relação aos viciados, quando os flagravam com pequenas quantidades de drogas ilícitas. Como nada adiantava levá-los para a delegacia policial com uma pequena quantidade de drogas, policiais julgavam no local e arbitravam uma pena imediata: alguns cascudos e tapas na cara.
Não raro, a maconha tinha que ser engolida pelo viciado, como uma pena acessória. Com a cocaína isso não era comum e quando ocorria resultava em sérios problemas para o viciado.
O tapa na cara é uma ofensa que quem recebe não esquece, pois desmoraliza.

A turma cresceu e muitos viciados do passado assumiram funções muito importantes no país, muitos não esqueceram os tapas que receberam.
Na opinião dos Praças esses fatos poderiam ser a origem do desprezo pelos policiais.
Seria a vingança dos desmoralizados.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

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