segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

GOVERNO SÉRGIO CABRAL TRATA DE FORMA DESIGUAL A POLÍCIA MILITAR E A POLÍCIA CIVIL.

Eu defendo a eficácia no gasto do dinheiro público, o nosso suado dinheiro.
O brasileiro trabalha mais de quatro meses por ano apenas para sustentar esse Estado devorador.
No Rio, onde a segurança, a saúde e a educação públicas são uma lástima, condeno por completo o gasto do dinheiro público na contratação de artistas populares para alegrarem o povo nos eventos de final de ano. Penso que os órgãos fiscalizadores da gestão do dinheiro público deveriam cancelar esses eventos, que só poderiam ser realizados com patrocínio privado.
No Brasil, inventamos uma nova versão do pão e circo, criamos o circo e a cerveja, bastam esses dois ingredientes para o povo ficar feliz, mesmo que acabe morrendo em um corredor hospitalar por falta de vagas nos CTIs, como ocorre diariamente no Rio.
Nessa direção, sou radicalmente contra a existência das secretarias de segurança, órgãos caríssimos, repletos de gratificações altíssimas e com uma única função, coordenar as duas polícias estaduais: a Polícia Militar e a Polícia Civil.
No governo Sérgio Cabral, tal órgão coordenador ainda trata de forma desigual as duas instituições, fomentando as divisões, como passo a exemplificar.
No Rio, todo Policial Civil que se forma recebe sob a forma de cautela uma pistola .40 e um colete balístico, que são utilizados nos serviços e nas folgas, para a proteção do policial. Além da segurança, o Policial Civil tem o benefício da economia, o que é muito importante considerando os salários miseráveis pagos pelo governo. Em contrapartida, nenhum Policial Militar que se forma recebe nem a pistola .40, nem o colete, quem quiser que compre com recursos próprios.
Por que existe tal diferença?
O Policial Civil merece ser melhor tratado pelo governo que o Policial Militar?
Outro exemplo estranho é o caso das viaturas das duas instituições policiais. A secretaria de segurança celebrou um contrato com uma empresa privada, privatizando a compra, a manutenção primária e a gestão da frota da Polícia Militar, alegando praticidade e economia, porém, apesar de alegar ser vantajoso, não fez o mesmo com relação à frota da Polícia Civil, instituição que inclusive compra veículos mais caros que os adquiridos para a Polícia Militar. O governo compra VW, modelo Gol, para a PMERJ e compra Renault Megane para a PCERJ.
Por que existe tal diferença?
A Polícia Civil merece ter viaturas mais caras que a Polícia Militar?
Considero tais situações inexplicáveis.
Eu já escrevi artigos sobre esses absurdos e encaminhei emails para vários órgãos da mídia fluminense, mas ninguém se interessa em divulgar tais atrocidades administrativas.
O Ministério Público instaurou um Inquérito Civil Público para apurar os contratos celebrados pela SESEG/RJ com relação às viaturas da Polícia Militar, a partir de uma comunicação nossa, o que foi uma grande vitória.
Atualmente, tenho recebido algumas denúncias sobre a manutenção das viaturas da Polícia Civil, estou reunindo subsídios para se for o caso, fazer nova comunicação ao Ministério Público.
O dinheiro público deve ser gasto com eficácia.
A Polícia Militar e os Policiais Militares merecem respeito do governo Sérgio Cabral.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

4 comentários:

Anônimo disse...

isso é a resposta de tropas enebriadas pelo marketting de super-heróis, que,certamente,quando mortos não terão nem uma placa de lembrança,homens que pensam ser invencíveis mas são desmoralizados financeira e moralmente, pois não lutanm por uma dignidade salaria para os seus,se não valem nada, o estado etsa certo em não valorizá-los,mas não amam nem seus descendentes e por eles não lutam, fazem -se de herois de si mesmo de defensores da sociedade, como? se não amam os que lhe sucedem, Faca na caveira e nada na carteira. Pec 300 já.

Anônimo disse...

Somente a minoria (Core e Delegacias Especializadas) dos Policiais Civis tem colete.
O "resto", ou seja, a maioria se quiser terá que comprar.

Anônimo disse...

Os policiais civis SEMPRE receberam pistolas .40 (ou revóveres .38, antes das pistolas serem compradas década na passada)que ficava em cautela, e os PPMM NUNCA tiveram a prerrogativa de levar a arma para casa. Mesmo quando o SESEG era um cel. PM. O fato de levar arma para casa ou não é normativa INTERNA de cada corporação, e o SESEG não mete bedelho nisto. Ocorre que, a PC por ser CIVIL trata os seus policiais como seres humanos, enquanto a PM por ser militar, somente enxerga os praças como capacho de oficial, não nos dando direito de nem ao menos se defender fora do serviço (nem dentro do serviço normalmente podemos, que dirá fora).
PPMM (praça) que quiser ter arma acautelada, tem que tentar ser adido na PCERJ.
Se a PM estivesse realmente preoucupada com a segurança dos praças, bastava uma portaria do CG autorizando o acautelamento de arma, tal como ocorre na PCERJ.

Paulo Ricardo Paúl disse...

Prezado anônimno, você está meio certo. Realmente, a distinção é antiga, mas cabe destacar que a PM não possui armamento suficiente para acautelar para a tropa toda. Na recente prontidão, alguns PMs foram para a rua portanto revólveres 38. E não existe qualquer relação entre o problema e o fato de ser Praça ou Oficial, pois os Oficiais também não recebem armas sob cautela.
Não podemos esquecer que a PCERJ também é dividia em duas: a dos delegados e a da tiragem, uma divisão mais forte que a dos circulos hierárquicos da PMERJ.
Juntos Somos Fortes!