O DIA:
"Corregedoria mais ágil na PM
Até o fim do ano, órgão ganhará sede própria com setor exclusivo para escutas telefônicas
"Corregedoria mais ágil na PM
Até o fim do ano, órgão ganhará sede própria com setor exclusivo para escutas telefônicas
POR VANIA CUNHA
Rio - O procedimento que culminou na expulsão, no dia 5, de um cabo e um sargento envolvidos no caso do atropelamento de Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, sintetiza as mudanças pretendidas pela Corregedoria da Polícia Militar. Investigações aprofundadas e agilidade nos processos são palavras de ordem no novo modelo de gestão do órgão. Para tanto, a PM investe pesado em tecnologia e na reestruturação do prédio do antigo laboratório da corporação, em São Gonçalo, onde até o fim do ano começará a funcionar a nova sede da Corregedoria. A estimativa do comando da PM é de investir cerca de R$ 1 milhão em obras, compra de equipamentos e capacitação dos profissionais.
“Implantamos mudanças na condução dos inquéritos para primar pela eficácia e pela independência. O procedimento do caso Rafael Mascarenhas foi concluído em 40 dias e ficou tão consistente que o Ministério Público não discordou. Se todo caso tivesse a celeridade dessa investigação, o agente público pensaria duas vezes antes de cometer erros”, afirma o corregedor Ronaldo Menezes.
Uma das principais mudanças aconteceu nas Delegacias de Polícia Judiciária Militar (DPJMs), que se tornaram mais investigativas e menos burocráticas. Mesmo com um número maior de casos, o foco passou a ser os inquéritos sigilosos e de maior gravidade.
Mais de 80% do efetivo das DPJMs será realocado para as investigações, dando mais agilidade à conclusão dos procedimentos. A ideia é que os policiais contem com tecnologia de escutas, quebra de sigilos financeiros e todos os recursos necessários para dar maior consistência às apurações. Os processos administrativos disciplinares envolvendo PMs, hoje conduzidos pelos batalhões, passarão para as 12 comissões dentro da nova sede da Corregedoria. Além de desafogar as unidades do trabalho administrativo e garantir mais isenção aos procedimentos, a medida também libera policiais para o serviço de rua.
Sistema on-line acelera apuração
Outro ponto crucial das mudanças é a implantação de um sistema de registros on-line. Por meio de um programa de computador, tanto o corregedor quanto o comandante da PM têm acesso a todos os procedimentos das investigações. Os batalhões também vão se adequar e ter acesso ao novo sistema de registro. Além disso, denúncias detalhadas feitas às DPJMs poderão ser encaminhadas diretamente ao Ministério Público ou à Justiça Militar, sem a necessidade de se instaurar um procedimento.
“Perde-se muito tempo, até meses, para policiais investigarem procedimentos de menor relevância. Com menos burocracia, vamos desafogar a Corregedoria. Se o MP entender que precisa de investigação, devolve o procedimento”, explica Menezes.
A nova sede do órgão, em fase final de reforma, terá salas para depoimentos, auditório, área de inteligência — com setor reservado para monitoramentos telefônicos —, ouvidoria e relatoria. No futuro, as audiências dos processos também poderão ser feitas no local".
COMENTO:Rio - O procedimento que culminou na expulsão, no dia 5, de um cabo e um sargento envolvidos no caso do atropelamento de Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, sintetiza as mudanças pretendidas pela Corregedoria da Polícia Militar. Investigações aprofundadas e agilidade nos processos são palavras de ordem no novo modelo de gestão do órgão. Para tanto, a PM investe pesado em tecnologia e na reestruturação do prédio do antigo laboratório da corporação, em São Gonçalo, onde até o fim do ano começará a funcionar a nova sede da Corregedoria. A estimativa do comando da PM é de investir cerca de R$ 1 milhão em obras, compra de equipamentos e capacitação dos profissionais.
“Implantamos mudanças na condução dos inquéritos para primar pela eficácia e pela independência. O procedimento do caso Rafael Mascarenhas foi concluído em 40 dias e ficou tão consistente que o Ministério Público não discordou. Se todo caso tivesse a celeridade dessa investigação, o agente público pensaria duas vezes antes de cometer erros”, afirma o corregedor Ronaldo Menezes.
Uma das principais mudanças aconteceu nas Delegacias de Polícia Judiciária Militar (DPJMs), que se tornaram mais investigativas e menos burocráticas. Mesmo com um número maior de casos, o foco passou a ser os inquéritos sigilosos e de maior gravidade.
Mais de 80% do efetivo das DPJMs será realocado para as investigações, dando mais agilidade à conclusão dos procedimentos. A ideia é que os policiais contem com tecnologia de escutas, quebra de sigilos financeiros e todos os recursos necessários para dar maior consistência às apurações. Os processos administrativos disciplinares envolvendo PMs, hoje conduzidos pelos batalhões, passarão para as 12 comissões dentro da nova sede da Corregedoria. Além de desafogar as unidades do trabalho administrativo e garantir mais isenção aos procedimentos, a medida também libera policiais para o serviço de rua.
Sistema on-line acelera apuração
Outro ponto crucial das mudanças é a implantação de um sistema de registros on-line. Por meio de um programa de computador, tanto o corregedor quanto o comandante da PM têm acesso a todos os procedimentos das investigações. Os batalhões também vão se adequar e ter acesso ao novo sistema de registro. Além disso, denúncias detalhadas feitas às DPJMs poderão ser encaminhadas diretamente ao Ministério Público ou à Justiça Militar, sem a necessidade de se instaurar um procedimento.
“Perde-se muito tempo, até meses, para policiais investigarem procedimentos de menor relevância. Com menos burocracia, vamos desafogar a Corregedoria. Se o MP entender que precisa de investigação, devolve o procedimento”, explica Menezes.
A nova sede do órgão, em fase final de reforma, terá salas para depoimentos, auditório, área de inteligência — com setor reservado para monitoramentos telefônicos —, ouvidoria e relatoria. No futuro, as audiências dos processos também poderão ser feitas no local".
As corregedorias internas são órgãos muito especiais e extremamente sensíveis a todas as mudanças que afetem os seus efetivos, pois não é fácil recrutar e selecionar novos integrantes. Uma verdade é que não se acha em qualquer lugar das instituições pessoas que possam integrar as corregedorias internas, essa é uma tarefa muito difícil.
Ex-CORREGEDOR INTERNO
Tal realidade faz com que muitos integrantes das corregedorias internas pertençam aos órgãos há muito anos, tendo as suas vidas adaptadas à rotina de trabalho, inclusive aos locais de trabalho.
As mudanças propostas para a Corregedoria Interna são interesses e merecem elogios, todavia, não podemos deixar de citar que a mudança da sede atual (Quartel General), situada no Centro do Rio desde a sua criação em 1993, para o município de São Gonçalo, acarretará muitos problemas para o seu efetivo, que reside na sua quase totalidade nas Zonas Norte, Oeste e Baixada Fluminense.
O homem, o Policial Militar, será prejudicado, não resta dúvida.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORREGEDOR
As mudanças propostas para a Corregedoria Interna são interesses e merecem elogios, todavia, não podemos deixar de citar que a mudança da sede atual (Quartel General), situada no Centro do Rio desde a sua criação em 1993, para o município de São Gonçalo, acarretará muitos problemas para o seu efetivo, que reside na sua quase totalidade nas Zonas Norte, Oeste e Baixada Fluminense.
O homem, o Policial Militar, será prejudicado, não resta dúvida.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORREGEDOR
3 comentários:
Acredito que uma solução seja o transporte do efetivo da Corregedoria em um ônibus próprio da corporação, a sair do RJ de um local de fácil acesso (estação das barcas, por exemplo, ou cumprindo um itinerário, por exemplo, CFAP - Madureira - Cascadura - Pilares - Benfica - Caju - Niteroi). Um gesto fácil que minimizaria os transtornos causados ao efetivo devido a distância. O CMM tem ônibus de sobra para esse transporte (a maioria somente é utilizada aos finais de semana para transporte de tropa em apoio), e motoristas poderiam ser utilizados do próprio efetivo da CIntPM. O custo com combustível seria mínimo, já que nesse ônibus também seriam transportados Oficiais que devido a distância, se utilizariam de viaturas da corporação para seu deslocamento.
Ótima ideia.
Juntos Somos Fortes!
CUIDADO PARA LÁ NÃO APARECER UM OU VARIOS OFICIAIS DAS FORÇAS ARMADAS E ASSUMIR O LUGAR DO SUB CORREGEDOROU ATÉ A DIREÇÃO GERAL!É MELHOR CHAMAR O PAUL É MAIS SEGURO!!!
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