A reportagem publicada nesta quinta-feira pelo Jornal do Brasil digital é um marco, pois constitui a quebra de uma blindagem que as UPPs estavam recebendo da mídia fluminense e que se constituiu em um trunfo para a campanha política de Sérgio Cabral (PMDB), colocando as UPPs como uma panacéia para os problemas da segurança pública no Rio.
O jornalista José Luiz de Pinho, autor da matéria, ouviu o autor deste blog e também ouviu a Polícia Militar sobre as reclamações dos Policiais Militares do interior.
A respeito da reclamação dos PMs, que deveriam estar trabalhando no interior, como previa o edital, que estão passando por várias dificuldades, leiam a resposta da Polícia Militar:
"Já o coordenador de Comunicação Social da PM, coronel Lima Castro, disse que os policiais do interior deveriam sentir-se privilegiados em trabalhar nas comunidades ocupadas pelas UPPs, mesmo sendo longe de suas casas:
- Esses garotos são pioneiros de uma nova relação entre a PM e essas comunidades já pacificadas,e deveriam se orgulhar disso - frisou".
Peço desculpas pelo termo vulgar, mas esta explicação é uma sacanagem com os Policiais Militares, que estão sendo enganados pelo governo e pela Polícia Militar, sofrendo uma série de dificuldades.
Como alguém pode se sentir "PRIVILEGIADO" por ter que acordar às duas horas da manhã e sofrer durante uma viagem de mais de seis horas dentro de um ônibus, para chegar ao seu local de trabalho, carregando nas costas todo seu fardamento e material pessoal, porque no quartel nem armário existe disponível.
O comandante das UPPs, Coronel Robson Rodrigues da Silva, dá outra explicação:
"- É uma situação emergencial, que requer uma dose de sacrifício."
Qual é a situação emergencial?
Só se ele considera a reeleição de Cabral uma situação emergencial.
E, não pára aí, leiam a explicação da secretaria de segurança:
"- Se houver uma epidemia ou uma catástrofe em qualquer lugar do estado, eles poderão ser requisitados - alertou o oficial".
O oficial que não se identificou alegou:
"... que o PM, é um servidor público do estado e, como tal, tem que estar sempre à disposição para trabalhar onde o Estado mais precisar dele".
É lamentável que um Oficial adote esta postura, pois ele sabe que o EDITAL do concurso precisa ser respeitado, portanto, os PMs deveriam estar trabalhando em seus municípios. Os exemplos que usou são inteiramente inapropriados, ao citar uma epidemia ou uma catástrofe, que não se enquadram no caso em questão. O que está ocorrendo é um ABUSO, uma violação de direitos.
Aliás, como o EDITAL foi desrespeitado para ajudar na reeleição de Cabral, caso o Oficial considere a reeleição uma catástrofe, neste caso, devo concordar com ele, pelo menos em parte.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
O jornalista José Luiz de Pinho, autor da matéria, ouviu o autor deste blog e também ouviu a Polícia Militar sobre as reclamações dos Policiais Militares do interior.
A respeito da reclamação dos PMs, que deveriam estar trabalhando no interior, como previa o edital, que estão passando por várias dificuldades, leiam a resposta da Polícia Militar:
"Já o coordenador de Comunicação Social da PM, coronel Lima Castro, disse que os policiais do interior deveriam sentir-se privilegiados em trabalhar nas comunidades ocupadas pelas UPPs, mesmo sendo longe de suas casas:
- Esses garotos são pioneiros de uma nova relação entre a PM e essas comunidades já pacificadas,e deveriam se orgulhar disso - frisou".
Peço desculpas pelo termo vulgar, mas esta explicação é uma sacanagem com os Policiais Militares, que estão sendo enganados pelo governo e pela Polícia Militar, sofrendo uma série de dificuldades.
Como alguém pode se sentir "PRIVILEGIADO" por ter que acordar às duas horas da manhã e sofrer durante uma viagem de mais de seis horas dentro de um ônibus, para chegar ao seu local de trabalho, carregando nas costas todo seu fardamento e material pessoal, porque no quartel nem armário existe disponível.
O comandante das UPPs, Coronel Robson Rodrigues da Silva, dá outra explicação:
"- É uma situação emergencial, que requer uma dose de sacrifício."
Qual é a situação emergencial?
Só se ele considera a reeleição de Cabral uma situação emergencial.
E, não pára aí, leiam a explicação da secretaria de segurança:
"- Se houver uma epidemia ou uma catástrofe em qualquer lugar do estado, eles poderão ser requisitados - alertou o oficial".
O oficial que não se identificou alegou:
"... que o PM, é um servidor público do estado e, como tal, tem que estar sempre à disposição para trabalhar onde o Estado mais precisar dele".
É lamentável que um Oficial adote esta postura, pois ele sabe que o EDITAL do concurso precisa ser respeitado, portanto, os PMs deveriam estar trabalhando em seus municípios. Os exemplos que usou são inteiramente inapropriados, ao citar uma epidemia ou uma catástrofe, que não se enquadram no caso em questão. O que está ocorrendo é um ABUSO, uma violação de direitos.
Aliás, como o EDITAL foi desrespeitado para ajudar na reeleição de Cabral, caso o Oficial considere a reeleição uma catástrofe, neste caso, devo concordar com ele, pelo menos em parte.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
6 comentários:
Bom Cel...esse é o país em que vivemos, agora, depois da reeleiçao, eles começam mostrar a realidade!!!
JSF
Eduardo
Pois é...
Mas antes tarde do que nunca, meu amigo.
Juntos Somos Fortes!
Concordo com as justificativas Oficiais.
Afinal, há motivos de sobra para os policiais resgatarem o sentimento cívico, de amor ao Estado e ao País.
Devem ter se espelhado no senso de dever, ao PT, do Deputado Vacarezza.
Deveriam sim, se orgulhar de fazerem parte desta nova fórmula de gerenciamento no Estado, Pioneira no País, o "Emergencialismo".
Reclamações devido a distância de suas moradias, é algo abominável neste momento.
Itaperuna, Campos e demais cidades do interior Fluminense não são tão distantes.
A situação em que estes policiais estão sendo empregados é, como dito, emergêncial.
Basta acessar: (http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/a-reportagem-do-new-york-times-sobre-as-upps.html
Existe emergência maior do que a propaganda enganosa, para encobrir uma farsa??
Caso não me falhe a memória, existe uma regulamentação que diz que o policial militar não pode trabalhar a uma certa distancia de seu domicilio, não existe isso Coronel?
Nos ajude, por favor...
Este é o chamado "Estado de Direito" onde ninguém tem o direito de se sentir bem.
Cmt, infelizmente vamos ter que aturar isso nos próximos 4 anos, a menos que se faça algo de concreto para parar isso aí.
Um Forte Abraço.
Grato pelos comentários
Juntos Somos Fortes!
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