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R7 testou: falta policiamento noturno na zona norte do Rio de Janeiro
Reportagem rodou 60 km de vias da região e encontrou quatro carros da PM
R7 testou: falta policiamento noturno na zona norte do Rio de Janeiro
Reportagem rodou 60 km de vias da região e encontrou quatro carros da PM
A zona norte do Rio de Janeiro, que vem sendo alvo de uma série de ações de bandidos que fecham ruas, avenidas e vias expressas para fazer arrastões, também sofre com falta de policiamento, principalmente durante a noite. Só na primeira semana deste mês foram ao menos duas ações, uma delas resultou em uma morte. O R7 rodou por mais de 60 km de vias da região entre as 21h15 e 23h40 do dia 2 de setembro e encontrou apenas quatro carros da Polícia Militar fazendo rondas.
As viaturas estavam nas avenidas Marechal Rondon, Dom Hélder Câmara e Pastor Martin Luther King Junior, antiga Automóvel Clube. A reportagem também percorreu ruas como a 24 de Maio e a Leopoldo Bulhões, onde nos últimos meses também foram registrados arrastões. A rua Leopoldo Bulhões foi apelidada pelos próprios policiais como Faixa de Gaza, uma referência à região conflituosa do Oriente Médio.
Procurada pelo R7, a PM disse que o fato de a reportagem não ter encontrado viaturas paradas não significa falta de segurança.
- O trabalho de policiamento nas vias expressas tem várias modalidades. A ostensividade, ou seja, viaturas paradas, é apenas uma delas - e contribui para a sensação de segurança. O patrulhamento rotativo e as blitze também o são. Há vias expressas, como a avenida Brasil e as linhas Vermelha e Amarela, que são policiadas por batalhões especiais, como o BPRV [Batalhão de Polícia de Trânsito Rodoviário]. Nem sempre a ausência de viaturas paradas, portanto, significa falta de segurança.
A reportagem passou por mais de uma dúzia de bairros como Méier, Abolição, Benfica, Manguinhos, Del Castilho, Maria da Graça, Encantado, Engenho Novo, Engenho de Dentro, Vila Isabel e Irajá, onde encontrou ruas desertas, carros ultrapassando sinais fechados e evitando reduzir a velocidade em trechos perigosos.
André Guerra Filho, motorista de táxi que trabalha na zona norte, diz que rodar de madrugada só mesmo se houver necessidade.
- Tento evitar rodar por lá, mas não tenho muita opção. Mas sempre olho bem os passageiros antes de parar. Além das ruas serem perigosas, há sempre a possibilidade de sermos assaltados e não termos a quem recorrer.
Arrastões e João Hélio
A zona norte apresenta um histórico de crimes violentos. Na madrugada de 27 de maio, bandidos roubaram pelo menos dois carros e balearam uma motorista na rua 24 de maio, na altura do Engenho Novo. Já na manhã de 23 de julho, dois arrastões assustaram os motoristas que passavam pela região - um na linha Amarela e outro próximo de um shopping em Del Castilho. Nas ações, um carro foi roubado e ao menos três motoristas assaltados.
No mês passado, pelo menos dois arrastões foram registrados na zona norte. No dia 7, criminosos atacaram motoristas em três bairros. Houve perseguição e a polícia acabou matando um dos assaltantes e prendendo um outro. Já no dia 10, pelo menos seis motoristas na passagem de nível dos trens, na rua 24 de Maio, perto da estação do Engenho Novo.
Para a PM, esses foram casos isolados os índices de violência vêm caindo. Segundo a corporação, os índices de violência estão em queda na cidade. Para isso, diz a polícia por meio de nota, 2.000 homens foram tirados do serviço administrativo para atuar nas ruas. A diretriz, segundo a PM, é diminuir os índices de roubos de rua.
Foi também na zona norte que morreu o menino João Hélio, caso que chocou o país. Na noite de 7 de fevereiro de 2007, o menino, a mãe e a irmã de 13 anos seguiam pela avenida João Vicente, em Oswaldo Cruz, quando foram abordados por bandidos. Mãe e filha saíram do carro e tentaram retirar o cinto de segurança de João Hélio, que estava no banco de trás. Os bandidos, no entanto, arrancaram com o veículo e a criança ficou pendurada pelo acessório do lado de fora do carro. Ele morreu ao ser arrastado por 7 km.
Leia também:
- Homem morre em tentativa de arrastão.
- Bandidos fazem mais um arrastão na ZN.
Ao superpoliciar as comunidades carentes, Sérgio Cabral (PMDB) acaba retirando policiamento de outras regiões do Rio de Janeiro.As viaturas estavam nas avenidas Marechal Rondon, Dom Hélder Câmara e Pastor Martin Luther King Junior, antiga Automóvel Clube. A reportagem também percorreu ruas como a 24 de Maio e a Leopoldo Bulhões, onde nos últimos meses também foram registrados arrastões. A rua Leopoldo Bulhões foi apelidada pelos próprios policiais como Faixa de Gaza, uma referência à região conflituosa do Oriente Médio.
Procurada pelo R7, a PM disse que o fato de a reportagem não ter encontrado viaturas paradas não significa falta de segurança.
- O trabalho de policiamento nas vias expressas tem várias modalidades. A ostensividade, ou seja, viaturas paradas, é apenas uma delas - e contribui para a sensação de segurança. O patrulhamento rotativo e as blitze também o são. Há vias expressas, como a avenida Brasil e as linhas Vermelha e Amarela, que são policiadas por batalhões especiais, como o BPRV [Batalhão de Polícia de Trânsito Rodoviário]. Nem sempre a ausência de viaturas paradas, portanto, significa falta de segurança.
A reportagem passou por mais de uma dúzia de bairros como Méier, Abolição, Benfica, Manguinhos, Del Castilho, Maria da Graça, Encantado, Engenho Novo, Engenho de Dentro, Vila Isabel e Irajá, onde encontrou ruas desertas, carros ultrapassando sinais fechados e evitando reduzir a velocidade em trechos perigosos.
André Guerra Filho, motorista de táxi que trabalha na zona norte, diz que rodar de madrugada só mesmo se houver necessidade.
- Tento evitar rodar por lá, mas não tenho muita opção. Mas sempre olho bem os passageiros antes de parar. Além das ruas serem perigosas, há sempre a possibilidade de sermos assaltados e não termos a quem recorrer.
Arrastões e João Hélio
A zona norte apresenta um histórico de crimes violentos. Na madrugada de 27 de maio, bandidos roubaram pelo menos dois carros e balearam uma motorista na rua 24 de maio, na altura do Engenho Novo. Já na manhã de 23 de julho, dois arrastões assustaram os motoristas que passavam pela região - um na linha Amarela e outro próximo de um shopping em Del Castilho. Nas ações, um carro foi roubado e ao menos três motoristas assaltados.
No mês passado, pelo menos dois arrastões foram registrados na zona norte. No dia 7, criminosos atacaram motoristas em três bairros. Houve perseguição e a polícia acabou matando um dos assaltantes e prendendo um outro. Já no dia 10, pelo menos seis motoristas na passagem de nível dos trens, na rua 24 de Maio, perto da estação do Engenho Novo.
Para a PM, esses foram casos isolados os índices de violência vêm caindo. Segundo a corporação, os índices de violência estão em queda na cidade. Para isso, diz a polícia por meio de nota, 2.000 homens foram tirados do serviço administrativo para atuar nas ruas. A diretriz, segundo a PM, é diminuir os índices de roubos de rua.
Foi também na zona norte que morreu o menino João Hélio, caso que chocou o país. Na noite de 7 de fevereiro de 2007, o menino, a mãe e a irmã de 13 anos seguiam pela avenida João Vicente, em Oswaldo Cruz, quando foram abordados por bandidos. Mãe e filha saíram do carro e tentaram retirar o cinto de segurança de João Hélio, que estava no banco de trás. Os bandidos, no entanto, arrancaram com o veículo e a criança ficou pendurada pelo acessório do lado de fora do carro. Ele morreu ao ser arrastado por 7 km.
Leia também:
- Homem morre em tentativa de arrastão.
- Bandidos fazem mais um arrastão na ZN.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO
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