segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A VERDADE SOBRE AS UPPs DE SÉRGIO CABRAL.

R7:
Postos policiais em favelas do Rio de Janeiro mudam estratégia do tráfico
Venda continua, mas é feita sem armas por mulheres ou crianças, dizem policiais
Mario Hugo Monken, do R7, no Rio
"Na maioria das favelas do Rio de Janeiro, a venda de drogas costuma ser feita de forma escancarada - traficantes exibem armas e falam os preços da cocaína e da maconha em voz alta. Com a instalação das chamadas UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) - postos policiais – nas comunidades, os criminosos foram obrigados a mudar a estratégia para vender drogas. Policiais civis e militares ouvidos pela reportagem do R7 revelaram que o tráfico de drogas nas favelas pacificadas agora é feito de maneira mais discreta: os entorpecentes não ficam mais em banquinhas ou mesinhas; as chamadas bocas de fumo não têm seguranças armados, e o serviço é realizado por pessoas sem mandado de prisão, mulheres ou crianças.
É o que acontece hoje nos morros do Cantagalo e do Pavão-Pavãozinho, na zona sul. As comunidades foram ocupadas por uma UPP em dezembro passado. Policiais militares identificaram ao menos seis bocas de fumo em funcionamento – todas sem armas. Um dos pontos fica no chamado Setor, no Cantagalo. Investigações indicam que, ali, uma mulher obriga três filhas menores de idade a vender drogas. De forma discreta, elas escondem as drogas nas roupas íntimas e circulam pela favela a procura de criminosos. A comunicação é feita por celulares e não mais por radiotransmissores barulhentos. O uso de menores de idade por traficantes de favelas pacificadas já havia sido comprovado, em janeiro passado, quando três adolescentes, entre 13 e 15 anos, foram presas por suspeita de venda drogas em sacos de biscoito no Pavão-Pavãozinho. Outros pontos de venda de drogas dessas comunidades ficam na chamada Caixa D’Água, no Cantagalo, e na 5ª Estação, Farmácia e Sarafin, no Pavão-Pavãozinho. Nesses lugares, os traficantes ficam parados e os clientes chegam e pedem a droga. Dependendo do pedido, os criminosos vão até uma casa buscar o entorpecente. Muitos, no entanto, carregam pequenas quantidades como, por exemplo, dez trouxinhas de maconha, para a venda ser imediata. Um policial que preferiu não se identificar conta que a estratégia mudou:
- A droga fica escondida com o traficante, não é mais colocada em mesinhas, como antigamente.
Mototáxi
Outra boca mapeada pelos policiais funciona na ladeira Saint Romain, na subida do Pavão-Pavãozinho. Nesse ponto, os policiais investigam suposta atuação de mototaxistas na venda de drogas. Policiais militares calculam que pelo menos 40 pessoas estariam trabalhando para o tráfico no Pavão-Pavãozinho e no Cantagalo. O grupo, dizem os policiais, responde a um criminoso escondido no complexo de favelas da Penha, na zona norte, desde a ocupação das comunidades pelo posto policial. Os policiais acreditam que, pelo menos, 30 fuzis ainda estejam nos morros, enterrados ou guardados em casas de parentes dos bandidos. A atuação do tráfico nas duas comunidades após a instalação da UPP está sendo mapeada pelas polícias Civil e Militar, que deverão em breve realizar operação para prender os suspeitos. A proposta sobre as UPPs, apresentada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado, é de que os postos não objetivem acabar com o tráfico, mas sim com a "ditadura" dos traficantes armados com fuzis".
Em síntese:
- As UPPs trouxeram uma sensação de segurança para os moradores das comunidades.
- Valorizaram os imóveis do entorno (Zona Sul).
- Impedem a exibição de armas por parte dos traficantes.
- Não prenderam os traficantes das comunidades.
- Não acabaram com o comércio de drogas.
- Impedem que grupos rivais de traficantes invadam as comunidades, evitando os confrontos e as balas perdidas.
- Tornaram o comércio de drogas mais seguro para traficantes e usuários.
Quem sabe no futuro próximo, as UPPs determinem que o preço das drogas diminua no mercado, considerando que os traficantes não precisam mais de uma grande estrutura para "tocarem o comércio".
E os efeitos sobre a corrupção policial (Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Federal), qual terá sido?
O tempo trará as respostas...
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

2 comentários:

Anônimo disse...

Vou pontuar c/ 2 momentos.
O 1º , um comentário de Rodrigo Pimentel, comentarista de segurança do RJTV: "O tráfico CONTINUA na região. O QUE ACABOU depois da Unidade de Polícia Pacificadora são traficantes armados, impondo o domínio territorial."
O 2º momento, que na verdade é anterior ao 1º, se deu em uma reunião para entrega do RIOCARD a algumas Unidades da PM, há pouco tempo. O Coronel mais antigo, o qual não me recordo o nome, falando para quem esteve presente que "o tráfico nunca vai acabar, o que não pode é a ostentação de arma de guerra."
Seria as UPP um acordo de cavalheiros? Única esperança de reeleição do DESgovernador?

Anônimo disse...

Você tem que ir em comunidades carentes que depende da upp pra ir e vir.Eles sim estão felizes com as upp´s.