segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A VERDADE SOBRE AS UNIDADES DE POLÍCIA PACIFICADORA.

Eu não estava lá, portanto, não sei como os fatos que motivaram as reportgaens que se seguem ocorreram, porém eu tenho visitado as Unidades de Polícia Pacificadora e posso afirmar, sem medo de errar, que as condições de trabalho dos Policiais Militares são péssimas.
Os jovens Policiais Militares que integram as UPPs sofrem toda sorte de dificuldades, que começam nos deslocamentos casa-UPP-casa, alguns percorrem mais de 300 quilômetros (dormem duas horas por noite) e continuam nas condições precárias que vivenciam no trabalho diário. As escalas são impróprias, o que somado ao pouco repouso, os sobrecarregam física e psicologicamente. A própria alimentação é disponibilizada de forma inadequada, uma vez por dia, embora o turno seja de 12 horas, inclusive fazendo com que Policiais Militares se alimentem em pé, no posto de serviço (via pública), comendo em quentinhas.
Policiais Militares comendo em quentinhas no meio da rua, esse é o retrato mais fiel das UPPs do Cabral.
Isso sem falar que eles não recebem o RioCard e que enfrentaram grandes dificuldades no período de formação (Curso de Formação de Praças).
Os Policiais Militares que trabalham em UPPs o fazem em condições degradantes, conforme o contido no relatório que estou encaminhando ao Ministério Público e à Comissão de Direitos Humanos da ALERJ, na esperança de que essas condições sejam revertidas.
Ratifico que não sei o que aconteceu, mas afirmo que esses jovens Policiais Militares estão sendo transformados em "homens bomba", tamanho o desgaste a que estão submetidos.
Eis a verdade.
Leiam e assistam as reportagens:
JORNAL DO BRASIL:
Tiros e protesto de moradores no Pavão-Pavãozinho.
JB Online.
RIO - "Tiros para o alto e protesto de moradores marcaram o início da madrugada no Morro Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, na Zona Sul do Rio.
Tudo começou quando os policiais da Unidade de Polícia Pacificadora pediram que um comerciante baixasse o volume do som do bar. Everton Benvindo, de 22 anos, que teria desacatado e desobedecido à ordem dos policiais, e foi preso em seguida.
Revoltados com a prisão, os moradores queimaram pneus, usaram coquetéis molotov e tentaram fechar a
Estrada do Cantagalo, principal acesso ao morro.
Em resposta, os policiais efetuaram disparos para alto para dispersar a multidão".
TV GLOBO:
Assistam a reportagem (vídeo).
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

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