Cidadão fluminense, o nosso espaço democrático desvendará para os nossos leitores a verdade da tropa sobre as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), ainda nesta semana, estamos concluindo alguns dados tendo em vista que, seguindo a nossa rotina de ação, comunicaremos os fatos ao Ministério Público - o fiscal da lei, considerando seria inócuo comunicar à Polícia Militar.
É assustador!
Leiam a entrevista de Beltrame e Mário Sérgio sobre as UPPs:
JORNAL DO BRASIL:
Ocupar Alemão com UPP é complexo mas não impossível, diz comandante.
Agência Brasil
RIO - A ocupação do conjunto de favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, com uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) não é impossível, mas exigirá um trabalho longo e complexo da Polícia Militar. A afirmação foi feita pelo comandante-geral da PM fluminense, coronel Mário Sérgio Duarte, em entrevista à Agência Brasil. Segundo Duarte, a UPP chegará ao Alemão, assim como ao Complexo da Maré e a outras grandes favelas do Rio até 2016 ( 1 ).
Desde a implantação do projeto de policiamento comunitário conhecido como UPP, que prevê a aproximação da polícia com a comunidade e o fim do controle de quadrilhas armadas sobre favelas ( 2 ), existem dúvidas sobre quando ou mesmo se haverá a ocupação do Alemão com a unidade.
O Complexo do Alemão é uma das favelas mais problemáticas para a polícia fluminense, por ter um grande território, milhares de habitantes e servir como quartel-general para uma das maiores facções criminosas do Rio. Desde 2007, operações policiais no conjunto de favelas resultaram em dezenas de mortes, tanto de suspeitos quanto de policiais e inocentes vítimas de balas perdidas.
Além disso, o complexo é cercado por favelas que são controladas por quadrilhas de venda de drogas, como o Morro do Adeus, o Juramento e o Engenho da Rainha, o que poderia causar problemas para a polícia pacificadora.
- É possível pacificar qualquer lugar, mas sabemos que a complexidade no Alemão é muito maior. Vai requerer recursos humanos maiores, um grande número de policiais. A extensão de tempo da primeira fase [entrada da polícia na favela], muito provavelmente vai ser maior. A segunda fase, que é a ocupação temporária, também vai ser muito maior, até que nós possamos consolidar no modelo final com a Unidade de Polícia Pacificadora - disse o comandante da PM ( 3 ).
Até agora, o governo do estado já implantou seis unidades de polícia pacificadora, que atendem a nove favelas da capital. Mas a maioria dessas favelas escolhidas para a implantação da UPP é de pequenas ou médias comunidades, na Zona Sul da cidade.
A única comunidade de grande porte já ocupada pela UPP foi a Cidade de Deus, no início de 2009, onde até hoje a polícia não conseguiu acabar com a venda organizada de drogas. Apreensões de armas e drogas e prisões são rotineiras na comunidade. No fim do ano passado, uma grande operação tentou cumprir mandado de prisão para cerca de 20 pessoas que atuavam na Cidade de Deus, mesmo com a UPP.
Por enquanto, a Secretaria de Segurança mantém segredo sobre a ocupação, neste ano, de grandes favelas como o Alemão e o Complexo da Maré, também na Zona Norte. Recentemente, o secretário José Mariano Beltrame afirmou que, em 2010, a Polícia Militar formaria mais de 3 mil novos soldados. Todos eles serão empregados na UPP ( 4 ).
Segundo Beltrame, com esse efetivo, seria possível ocupar até 40 comunidades pequenas, ou então um ou dois complexos de favelas grandes como o Alemão e a Maré. Sobre o efetivo necessário para ocupar o Complexo do Alemão, o coronel Mário Sérgio Duarte disse que não sabe precisar.
Agência Brasil
RIO - A ocupação do conjunto de favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, com uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) não é impossível, mas exigirá um trabalho longo e complexo da Polícia Militar. A afirmação foi feita pelo comandante-geral da PM fluminense, coronel Mário Sérgio Duarte, em entrevista à Agência Brasil. Segundo Duarte, a UPP chegará ao Alemão, assim como ao Complexo da Maré e a outras grandes favelas do Rio até 2016 ( 1 ).
Desde a implantação do projeto de policiamento comunitário conhecido como UPP, que prevê a aproximação da polícia com a comunidade e o fim do controle de quadrilhas armadas sobre favelas ( 2 ), existem dúvidas sobre quando ou mesmo se haverá a ocupação do Alemão com a unidade.
O Complexo do Alemão é uma das favelas mais problemáticas para a polícia fluminense, por ter um grande território, milhares de habitantes e servir como quartel-general para uma das maiores facções criminosas do Rio. Desde 2007, operações policiais no conjunto de favelas resultaram em dezenas de mortes, tanto de suspeitos quanto de policiais e inocentes vítimas de balas perdidas.
Além disso, o complexo é cercado por favelas que são controladas por quadrilhas de venda de drogas, como o Morro do Adeus, o Juramento e o Engenho da Rainha, o que poderia causar problemas para a polícia pacificadora.
- É possível pacificar qualquer lugar, mas sabemos que a complexidade no Alemão é muito maior. Vai requerer recursos humanos maiores, um grande número de policiais. A extensão de tempo da primeira fase [entrada da polícia na favela], muito provavelmente vai ser maior. A segunda fase, que é a ocupação temporária, também vai ser muito maior, até que nós possamos consolidar no modelo final com a Unidade de Polícia Pacificadora - disse o comandante da PM ( 3 ).
Até agora, o governo do estado já implantou seis unidades de polícia pacificadora, que atendem a nove favelas da capital. Mas a maioria dessas favelas escolhidas para a implantação da UPP é de pequenas ou médias comunidades, na Zona Sul da cidade.
A única comunidade de grande porte já ocupada pela UPP foi a Cidade de Deus, no início de 2009, onde até hoje a polícia não conseguiu acabar com a venda organizada de drogas. Apreensões de armas e drogas e prisões são rotineiras na comunidade. No fim do ano passado, uma grande operação tentou cumprir mandado de prisão para cerca de 20 pessoas que atuavam na Cidade de Deus, mesmo com a UPP.
Por enquanto, a Secretaria de Segurança mantém segredo sobre a ocupação, neste ano, de grandes favelas como o Alemão e o Complexo da Maré, também na Zona Norte. Recentemente, o secretário José Mariano Beltrame afirmou que, em 2010, a Polícia Militar formaria mais de 3 mil novos soldados. Todos eles serão empregados na UPP ( 4 ).
Segundo Beltrame, com esse efetivo, seria possível ocupar até 40 comunidades pequenas, ou então um ou dois complexos de favelas grandes como o Alemão e a Maré. Sobre o efetivo necessário para ocupar o Complexo do Alemão, o coronel Mário Sérgio Duarte disse que não sabe precisar.
- Se forem mil, colocaremos mil. Se forem 2 mil ou 3 mil, colocaremos esses homens no Complexo do Alemão - afirmou ( 5 ).
Mesmo mantendo segredo sobre as próximas comunidades a serem ocupadas pela UPP, a Secretaria de Segurança já deixou claro que o projeto não prevê a ocupação de todas as favelas do estado com a nova modalidade policial. O planejamento estratégico prevê um máximo de 100 comunidades, ou seja, apenas uma parte das mais de 900 favelas da capital e de outras centenas na região metropolitana e interior do estado que são controladas por grupos armados.
O comandante da PM do Rio não deixou claro para a Agência Brasil qual será a estratégia da polícia para evitar que as quadrilhas armadas expulsas das favelas com UPP passem a controlar novos territórios ou pratiquem crimes em outras regiões da cidade ( 6 ).
Duarte disse apenas que a polícia também deve buscar fomentar redes sociais de prevenção da violência em outros pontos da capital.
Mesmo mantendo segredo sobre as próximas comunidades a serem ocupadas pela UPP, a Secretaria de Segurança já deixou claro que o projeto não prevê a ocupação de todas as favelas do estado com a nova modalidade policial. O planejamento estratégico prevê um máximo de 100 comunidades, ou seja, apenas uma parte das mais de 900 favelas da capital e de outras centenas na região metropolitana e interior do estado que são controladas por grupos armados.
O comandante da PM do Rio não deixou claro para a Agência Brasil qual será a estratégia da polícia para evitar que as quadrilhas armadas expulsas das favelas com UPP passem a controlar novos territórios ou pratiquem crimes em outras regiões da cidade ( 6 ).
Duarte disse apenas que a polícia também deve buscar fomentar redes sociais de prevenção da violência em outros pontos da capital.
- O trabalho é muito amplo. Ele não é apenas executado com as ferramentas do mundo jurídico. Essa grande estratégia de pacificação importa trabalharmos com a ocupação, mas também com a criação de redes de prevenção em outros lugares - acrescentou.
Comento:
( 1 ) Mário Sérgio usa o discurso governamental e isenta Cabral da responsabilidade de ocupar as grandes comunidades carentes, esticando o prazo para 2016, quando Cabral não estará mais no governo há muito tempo.
( 2 ) Novamente, o governo ratifica que as UPPs não têm o objetivo de impedir a venda de drogas, isso deixou de ser um objetivo quando um jornal do Rio noticiou a venda em uma comunidade ocupada por UPP.
( 3 ) Lembramos que a prevenção e a repressão ao tráfico de drogas e ao contrabando de armas é missão constitucional da Polícia Federal. Portanto, por que essa fase inicial não é realizada pela Polícia Federal de Beltrame?
( 4 ) Mário Sérgio, novamente, declara que todos os novos Policiais Militares irão para o projeto eleitoral de Cabral, as UPPs, diminuindo o policiamento nas ruas. Esse projeto de formar 3.000 está correndo sério risco, como já noticiamos. Apenas cerca de 5.500 candidatos passaram na prova escrita, desses a psicologia teria reprovado quase 30%, o que significa que após todas fases o número apresentado para iniciar o curso ficará muito aquém do esperado. Essa verdade já aborreceu muito os setores governamentais. A área de saúde deverá ser pressionada, mais uma vez.
( 5 ) Não levem a sério, esses números são delírios eleitorais.( 6 ) Simples, não existe estratégia alguma.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO
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