sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

AFUNDANDO LITERALMENTE...

O Estado de S. Paulo
Mulher de Cabral defende fornecedor em 28 processos
De Alfredo Junqueira:

Um dos principais fornecedores do Estado do Rio e amigo do governador Sérgio Cabral (PMDB), Arthur Cesar de Menezes Soares Filho, dono do grupo Facility, foi buscar no Coelho, Ancelmo e Dourado Advogados sua defesa para litígios na Justiça Trabalhista.
O escritório tem como sócia a primeira-dama do Rio, Adriana Ancelmo Cabral, que também é advogada da empresa concessionária do Metrô do Rio - conforme o Estado revelou ontem.
Levantamento feito no 1º Tribunal Regional do Trabalho (TRT) identificou 28 processos nos quais Adriana e seus colegas defendem a empresa Service Clean, integrante do grupo Facility.
Só na gestão Cabral, a Service Clean recebeu R$ 57,8 milhões em aditivos a contratos assinados com a administração estadual, de acordo com o Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios (Siafem) do governo do Rio.
A empresa atua nas secretarias de Educação e de Ciência e Tecnologia, fazendo serviços administrativos, limpeza, dedetização e distribuição de alimentos.
O faturamento do grupo Facility nas terceirizações da administração estadual supera R$ 1,2 bilhão nos últimos seis anos, diz o deputado estadual Alessandro Molon (PT) - que propôs criação de CPI na Assembleia Legislativa.
"Quando levantei dados da empresa no governo Rosinha (2003-06), a concentração de contratos já me parecia suspeita", afirma. "A concentração aumentou no governo Cabral. Isso precisa ser apurado."
Em pelo menos quatro processos contra a Service Clean, o Estado do Rio e o Departamento de Trânsito (Detran) constam como corréus, na categoria de responsáveis subsidiários.
Sócio e ex-marido de Adriana, o advogado Sérgio Coelho confirmou que a Service Clean é "cliente antiga" do escritório. "Não acredito que alguém possa imaginar que 28 ações trabalhistas, cobradas em valor de mercado, possam ter relevância ou alguma relação com a concessão de serviços", alegou.
Para ele, não há impedimento legal de Adriana ou qualquer pessoa de seu escritório atuarem nessa causa. O secretário da Casa Civil, Régis Fichtner, não vê problema no fato de o escritório da primeira-dama representar uma das principais prestadoras de serviço para o Estado.
O grupo Facility informou que seu contrato com o Coelho, Ancelmo e Dourado Advogados existe muito antes de Cabral ser governador: "Qualquer ilação é, no mínimo, desrespeitosa."
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

2 comentários:

Anônimo disse...

Denúncias sobre Angra dos Reis e Ilha Grande...


Sergio Cabral e o decreto do Huck
Atualizado em 05 de janeiro de 2010 às 10:31 | Publicado em 04 de janeiro de 2010 às 14:53

COBERTURA DAS CHUVAS
A imprensa, de morro em morro

Por Luciano Martins Costa em 4/1/2010

no Observatório da Imprensa

Comentário para o programa radiofônico do OI, 4/1/2010

Os jornais abrem o ano com a tradicional contagem dos mortos por causa de morros que deslizam e casas que desabam com as fortes chuvas do início do verão. Mas há uma diferença flagrante de morro para morro: há os morros dos pobres e os morros dos ricos.

Em algumas dessas geografias, a culpa pela tragédia, na visão da imprensa, é sempre das vítimas, que insistem em ocupar ilegalmente áreas de encostas e outras topografias sujeitas a desmoronamentos e enchentes.No máximo, autoridades que toleram tais invasões compartilham a condenação da imprensa.

Em outras geografias, a culpa é simplesmente da natureza.

Ou seja, a imprensa parece ver uma enorme diferença entre morros com barracos e morros com construções mais sofisticadas. Ou será que as mansões de celebridades erguidas em áreas de proteção da Ilha Grande e outros locais do litoral brasileiro não deveriam também estar sujeitas ao crivo da imprensa, tanto quanto os amontoados de casas e barracos que sobem as encostas em lugares menos charmosos?

Descaso e omissão

É muito provável que, em alguns dos casos, as autoridades encarregadas tenham falhado ou se omitido. Também é muito provável que, em outros casos, essas mesmas autoridades tenham sido simplesmente subornadas.

Até a segunda-feira (4/1), os jornais ainda escondiam, por exemplo, que em junho de 2009 o governador do Rio liberou as regras para construções em áreas de preservação ambiental em Angra e outras regiões do Estado. O decreto, de número 41.921, é conhecido como "lei Luciano Huck", porque teria sido feito para beneficiar o apresentador da televisão.

Quando busca as causas das tragédias que se repetem regularmente, nesta época do ano, a imprensa costuma escorregar pelos chavões das chuvas recordes e da inadequação das construções. Mas nunca se aprofunda na investigação dos processos de ocupação de áreas de risco ou de áreas de proteção ambiental por propriedades privadas. Praias fechadas por condomínios ou casas particulares são parte dessas irregularidades.

Quando os morros deslizam, revela-se não apenas a precariedade das construções. Revelam-se também o descaso das autoridades e a omissão da imprensa.

Entenda aqui como o decreto de Cabral caiu do céu


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Paulo Ricardo Paúl disse...

Cabral nunca mais! Juntos Somos Fortes!