terça-feira, 7 de abril de 2009

REVISTA ÉPOCA - O FILTRO - JULIANO MACHADO.

REVISTA ÉPOCA - O FILTRO - JULIANO MACHADO.

Investigação.
PF apura suposto desvio de royalties do petróleoA manchete do Globo (íntegra para assinantes) informa que a Polícia Federal está investigando supostas fraudes no pagamento de royalties da exploração de petróleo a prefeituras do Estado do Rio de Janeiro. A irregularidade estaria em desembolsos acima dos valores estipulados para determinados municípios. De acordo com a revista Veja, um dos envolvidos na investigação da PF seria Victor Martins, diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que nega qualquer irregularidade.
Política.
As regalias da Assembleia Legislativa de São Paulo.
O Estadão de hoje traz mais uma prova de como é difícil, para a maior parte dos parlamentares brasileiros, lidar com noções de economia de dinheiro público. Em tempos de crise econômica, a Assembleia Legislativa de São Paulo mantém antigas regalias a seus deputados, como gabinetes especiais para ex-presidente, ex-primeiro-secretário e ex-segundo-secretário, com direito a carro oficial e cargos de confiança. O benefício vale por até dois anos após o parlamentar deixar o cargo, e não exige que se abra mão do gabinete de deputado “comum”. Ou seja, por esse período, ele pode acumular estruturas. Outra mostra de desperdício, segundo o jornal, foi a criação, em fevereiro, de mais dois gabinetes para vice-presidentes – já havia dois. Para o presidente da Casa, Barros Munhoz (PSDB), não há motivo para preocupação. “Claro que temos defeitos, mas eles são tão pequenos perto das aberrações que vemos na imprensa sobre o Congresso.”
O presentão aos usineiros.
São fartas as evidências de irregularidades numa operação em que o governo federal teria destinado R$ 178 milhões a um grupo de 53 usinas, que cobravam subsídios atrasados pela produção de álcool referentes aos anos de 2002 e 2003. O pagamento, feito no fim do ano passado, ocorreu num prazo muito rápido em comparação com a fila dos precatórios, na qual estão os cidadãos “comuns”. O caso, revelado pela edição de ÉPOCA deste fim de semana, envolve figuras importantes do círculo político de Brasília: o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo; o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Haroldo Lima; e o deputado José Mentor (PT-SP), suspeito de ter feito lobby para os usineiros. O mais grave é que boa parte desse dinheiro pode nem ter chegado às mãos dos usineiros – ou seja, teria sido desviado no meio do caminho. Esperam-se esclarecimentos do governo.
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO