terça-feira, 7 de abril de 2009

DIA DO JORNALISTA - PARABÉNS A TODOS OS PROFISSIONAIS DE IMPRENSA.

(TIM LOPES)

O cidadão patrocina o Estado que utiliza os seus servidores públicos para promover o bem estar social do povo.
Portanto, o patrocinador tem o direito inalienável de receber serviços públicos de qualidade.
No Brasil, tal lógica não funciona, o cidadão sofre com uma carga tributária gigantesca - uma das maiores do mundo -, porém não recebe adequadamente os serviços essenciais.
Isso precisa mudar, nós merecemos que a realidade brasileira esteja em conformidade com a lógica, ou seja, pagamos e recebemos a contrapartida.
Infelizmente, a todo instante, percebemos que o dinheiro público é pessimamente empregado, isso de forma sistemática, fazendo com que faltem recursos públicos para remunerar adequadamente os servidores públicos, o que conduz a um Estado ineficiente.
A mudança necessária passa primeiro pela transparência do emprego do nosso dinheiro e isso só é possível com a transparência das instituições públicas.
Nenhuma instituição pública pode sonegar ou omitir informações necessárias à formação da opinião pública, assim sendo, os seus mandatários tem o dever de promover a total transparência.
O cidadão tem direito de conhecer tudo a respeito das instituições públicas, a democracia exige tal clareza.
Seguindo essa linha de raciocínio, percebemos a importância da liberdade de expressão, direito consagrado na constituição federal, que não pode ser violado.
Toda instituição pública que tentar impedir o direito à liberdade de expressão de seus funcionários públicos, no concernente ao interesse público, está cometendo um ato arbitrário e contrário aos princípios democráticos.
Se os dirigentes de uma instituição pública se calam, atendendo ao politicamente correto, permitem que qualquer funcionário público dessa instituição, se manifeste para atender ao interesse social.
O funcionário público que se calar diante de fatos irregulares ou ilegais relacionados à instituição pública a que pertence, estará sendo conivente com tais fatos.
E cito um exemplo concreto, no qual a transparência precisa acontecer:
_ A Polícia Militar e a Polícia Civil não cumprem as suas missões constitucionais com relação ao jogo dos bichos, situação evidenciada em cada esquina do Rio de Janeiro.
É dever dos seus mandatários esclarecer ao povo fluminense porque não reprimem tal contravenção, o silêncio deles determina que Policiais Militares e Policiais Civis tragam o tema para discussão pública.
O povo fluminense precisa saber a motivação para a omissão.
As instituições policiais do estado do Rio de Janeiro devem explicar porque agem de tal forma, a população fluminense precisa conhecer as razões, sobretudo quando se apregoa a realização de "choques de ordem" no município do Rio de Janeiro.
Cidadão Fluminense, perceba o absurdo, uma equipe do choque de ordem retira os ambulantes de uma calçada, apreende mercadorias, porém não prende em flagrante o apontador do "jogo dos bichos", isso chega a ser imoral, além de ser ilegal.
A DEMOCRACIA EXIGE A TRANSPARÊNCIA DE TODAS AS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS.
Nenhuma instituição pública pode sonegar dados que sejam do interesse público ou particular (cidadão).
A DEMOCRACIA NÃO SOBREVIVE ONDE NÃO EXISTE A LIBERDADE DE EXPRESSÃO.
Sufocar esse direito é matar a democracia.
A DEMOCRACIA NÃO EXISTE ONDE A IMPRENSA NÃO SEJA LIVRE E SOBERANA, TENDO ACESSO A TUDO QUE FOR RELACIONADO COM OS SERVIÇOS PÚBLICOS.
Impedir que a imprensa tenha acesso a dados necessários à formação da opinião pública é sonegar um direito ao povo.
A violência não é contra a imprensa, a violência dessa omissão atinge ao povo.
Hoje é o dia do jornalista, parabéns a todos os profissionais de imprensa, que lutam diariamente pela preservação da democracia, através das informações que transmitem aos cidadãos brasileiros.
O Brasil ainda não aprendeu a ser transparente, precisamos do esforço de todos para que o nosso direito à informação seja amplo, geral e irrestrito.
Imprensa brasileira, parabéns!

PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO