sexta-feira, 4 de abril de 2008

O DIA ON LINE - 04/04/2008 - POLÍCIA MATA 11 EM OPERAÇÃO

4/4/2008 01:36:00
Polícia mata 11 em operação
Agentes ocupam duas favelas da Zona Oeste, apreendem armas pesadas e prendem seis homens
Leslie Leitão

"Rio - Em mais uma megaoperação da Polícia Civil, desta vez nas favelas da Coréia e da Vila Aliança, em Senador Camará e Bangu, pelo menos 11 traficantes morreram em um intenso tiroteio na manhã de ontem. Cerca de 200 agentes de cinco unidades do Departamento de Polícia Especializada (DPE) tinham como objetivo principal a prisão de um dos líderes das bocas-de-fumo da região, Márcio da Silva Lima, o Tola, que conseguiu escapar. Mas o saldo da incursão foi positivo: houve seis prisões e a apreensão de fuzis, pistolas, munição, uma granada e drogas.
Com o apoio do Pacificador (carro blindado) e de dois Águias (helicópteros), policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais e das delegacias de Repressão a Armas e Explosivos (Drae), de Combate às Drogas (Dcod), de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) e de Homicídios da Baixada (DHBF) começaram a cercar a Vila Aliança às 6h10.
Houve o primeiro tiroteio, próximo a uma creche, onde dois bandidos foram baleados. Socorridos no Hospital Albert Schweitzer, eles acabaram morrendo. Em seguida, mais dois homens foram mortos. Policiais da DRFC chegaram a entrar em uma das casas em que Tola poderia estar escondido, mas não o encontraram. Segundo informações, ele teria fugido em um Corolla prata.
CAPTURADOS
Perto dali, um dos gerentes do tráfico acabou preso: Carlos Henrique Souza Peixoto, o Pimenta, 35 anos, flagrado ao entar esconder duas armas numa padaria. Na operação, também foram presos Marcelo Augusto Silva, o PT, 23 anos, e Vítor Júlio Souza Pereira, o Chaveirinho, 29, ambos seguranças de Tola; Robson Ribeiro Xavier, 42; Vanderson dos Santos da Silva, o Brasil, 25; e Wellington Luís Gama Inácio, o WL, 18.
Por volta das 10h30, os policiais seguiram para a Estrada do Taquaral e passaram para a Favela da Coréia. Logo na entrada, três homens morreram em confronto com um helicóptero. Na Rua Manoel de Barros, número 625, agentes da Drae cercaram o grupo do gerente da favela, Luiz Cláudio Cândido, o Claudinho Nonô, que estaria dentro de uma vila. Mais 20 minutos de fogo cruzado. Os traficantes invadiram casas de moradores, mas três acabaram mortos. Já no fim da operação, agentes da Dcod e da DHBF trocaram tiros mais uma vez e outro bandido morreu.
A relação do arsenal de Tola
Travessa Guimarães, 50, fundos. Foi neste endereço que a Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (Drae) conseguiu apreender a contabilidade das armas da Vila Aliança. A casa estourada pelos policiais é onde vive um dos homens de confiança de Tola, identificado como Léo Vascão. O bandido tem este apelido por causa do clube do coração. Ele, inclusive, tatuou o escudo do Vasco e o da torcida organizada Força Jovem.Uma das folhas lista parte do armamento e indica com quem estão cada uma daquelas armas. Quatro fuzis 7.62, por exemplo, estão em poder de bandidos identificados apenas pela primeira letra: T, L, D e S/L.
Dois fuzis AR-15 ficaram com outros homens chamados apenas de Plac F. e Plac. P. Há outras referências de dois fuzis AK, um Rugger e um Mosquetão (para tiros de precisão). Duas escopetas calibre 12 e duas metralhadoras 9 milímetros também aparecem em uma das folhas. A outra lista cita as pistolas da quadrilha.
“Sabemos que é ele quem controla o arsenal do Tola, porque é um homem que concluiu o segundo grau e tem mais capacidade para administrar. Agora daremos continuidade às investigações para identificar toda a quadrilha”, diz o delegado da Drae, Carlos Oliveira.
Além da contabilidade — que inclui até R$ 4 gastos na compra de refrigerante —, agentes encontraram 500 cápsulas de fuzil 5.56 ainda na caixa, dois carregadores de pistola, material para embalar drogas e uma foto em que Léo aparece com uma criança no colo."
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CIDADÃO BRASILEIRO PLENO

Um comentário:

CHRISTINA ANTUNES FREITAS disse...

Sr. Cel. Paúl:

Acredito que seria oportuno que o Blog discorresse sobre as atribuições da PMERJ e da PCERJ.
Se não estou enganada, "Operações" como a de ontem citada nesse artigo, não seriam atribuições da PMERJ?
Se possível, tire-nos essa dúvida.

Um abraço,
CHRISTINA ANTUNES FREITAS