quarta-feira, 9 de abril de 2008

MOBILIZAÇÃO CÍVICA - POLÍCIA CIDADÃ - MAIS UMA FRENTE DE LUTA


O Tenente Coronel Antonio Carlos CARBALLO Blanco acaba de lançar na blogosfera da segurança pública o seu blog pessoal:


SEGURANÇA PÚBLICA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS.



Um novo espaço democrático para a nossa mobilização cívica pelo resgate da cidadania do policial militar e do bombeiro militar através da concessão de salários dignos e de adequadas condições de trabalho.
O Tenente Coronel CARBALLO tem demonstrado com o seu idealismo e a sua grandeza de propósitos ser um exemplo para todos nós.
Parabéns pela iniciativa Tenente Coronel CARBALLO.
E por falar em iniciativa, Oficiais e Praças, vamos construir uma Polícia Cidadã, formada por Cidadãos.
Uma Polícia Militar onde Policiais Militares tenham missões e deveres a cumprir, porém tenham simultaneamente direitos.
Os direitos comuns a todo cidadão brasileiro e principalmente recebam como contrapartida um salário que faça jus ao seu heroísmo.
O Policial Militar arrisca a sua vida em defesa do cidadão fluminense e deve ser valorizado dignamente.
O fato de um Soldado da Polícia Militar receber menos de R$ 30,00 por dia deve envergonhar a todos nós, principalmente aos Oficiais da Polícia Militar.
Aprendemos que não se identifica um líder pelo que carrega nos ombros e sim, pelo seu posicionamento com relação aos seus liderados.
Sem reconhecimento dos liderados, não existe liderança.
O mando deve caber ao mais digno e competente - o líder - portanto a responsabilidade é nossa, Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, pela situação salarial aflitiva vivenciada pela nossa tropa.
Coronéis de Polícia Militar deram o exemplo, pela primeira vez em 200 anos de história, abriram mão de funções e de gratificações, irmanados no ideal de construir uma nova Polícia Militar.
E com eles ombrearam muitos, porém não todos.
O tempo e a história se encarregarão de fazer justiça.
E o tempo passa rápido...
JUNTOS SOMOS FORTES!
DIVIDIDOS SOMOS O QUE SOMOS!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CIDADÃO BRASILEIRO PLENO

2 comentários:

Anônimo disse...

Uma referência para aqueles que gostariam de entender um pouco mais sobre SEGURANÇA CIDADÃ. Um profissional deste quilate é subaproveitado pelo Estado. Realmente devemos estar "muito bem servidos", a ponto de "dispensarmos" os serviços do TC Carballo.

Turma 76

Anônimo disse...

Esse testo brilhante do Gustavo de Almeida deveria sair no jornal e ser copiado em TODOS os blogs militares:

Quinta-feira, 10 de Abril de 2008
Valores invertidos

Pela cidade é comum encontrar um adesivo de veículos: "Sem advogado não há democracia". Eu iria um pouco mais longe: sem defensor público e sem Ministério Público não há democracia. E, claro, sem polícias.
Mas como saber quanto custa um ano de procurador do Ministério Público para o cidadão?
Creio que a matemática é simples. Reproduzo abaixo diálogo ocorrido em 13 de dezembro do ano passado, 2007, na Assembléia Legislativa do Rio:

"Presidente da Alerj (Jorge Picciani) anuncia a discussão única onde em regime de urgência do projeto de Lei 1173/2007 (...), de autoria do MP, mensagem 03/2007), que cria cargos na estrutura do MPERJ.
Deputado Paulo Melo (para emitir parecer)- Sr. Presidente, o Ministério Público, que também cria dez cargos de procurador para fazer frente à demanda da criação de dez cargos de desembargador do Tribunal de Justiça, fez acompanhar na sua mensagem o impacto financeiro-orçamentário, dando curso ao que determina o artigo 16, inciso I, parágrafo 2º da Lei de Responsabilidade Fiscal, no montante anual de R$ 4,9 milhões. Então, não há óbice constitucional e o parecer é pela constitucionalidade.
(...)O projeto recebeu uma emenda, sai de pauta e retorna às Comissões Técnicas."

Basta então fazer a conta: por ano, um procurador custa R$ 490 mil. Arredondando, isto dá uma média de R$ 41 mil por mês por promotor. Como ganha em torno de R$ 22 mil, creio que os R$ 20 mil restantes mensais sejam equivalentes ao 13º salário e às despesas de gabinete (funcionários e material), além do transporte e segurança.
Fico a pensar se os R$ 20 mil restantes são para pagamento de pessoal ou não.

É necessário gastar este dinheiro, sim. E é necessário que os procuradores trabalhem.
Mas trazendo a discussão para perto de casa: se cada soldado da PMERJ ganha ao mês R$ 900, em um ano ele torra uns R$ 12 mil do nosso patrimônio. Mais ou menos o que um procurador com o orçamento acima deve gastar em papel para xerox ou galão de água mineral em um ano.
Se dividir por um quarteirão de mil habitantes de classe média o que gasta o soldado, dá R$ 12 ao ano por pessoa para manter o soldadinho ali, bem esperto. E sempre por perto.
E tanto o soldado quanto o povo protegido, em certos casos, prefere desse jeito. E daí surge a tal milícia.
O que explica nossa situação de desordem: a população ordeira que a esta altura está reclamando do salário anual do procurador já não se importa em pagar mesmo que ilegalmente ao soldado um acréscimo de salário por uma segurança privada. O serviço aparece diante dos olhos do incauto morador, ao contrário do procurador de quem ele volta e meia reclama tanto.
E é neste ponto que acontece a grande e verdadeira inversão de valores: a ilegalidade como atalho, quando o legalismo deixou de ser rigoroso com seus opositores e insatisfatório para seus seguidores mais fiéis e cumpridores de deveres.

Postado por Gustavo de Almeida