sábado, 13 de agosto de 2011

OS POLICIAIS QUE ATIRAM NO ÔNIBUS E UM ESTADO MARGINAL DA LEI.

BLOG DO RVCHUDO
sábado, 13 de agosto de 2011
Os policiais que atiram no ônibus e um Estado marginal da Lei.

Presenciamos esta semana a “tentativa” de policiais militares de impedir que um ônibus com meliantes armados de posse de reféns empreendesse fuga. Alvejaram os pneus do veículo para que não tivesse condições de sair do local. Tudo estaria as mil maravilhas se não fosse a falta de comando no local e os policiais detivessem perícia no uso de suas armas, fornecidas pelo estado.
No primeiro momento da ação, embora a área seja interseção de três Unidades Operacionais próximas, 1º, 5º e 13º BPMs, além do BPChq, propiciava a chegada no local de Supervisão de Oficiais, a qual assumiria as determinações da operação e, se assim aconteceu, como pôde dar errado?
Embora a tentativa de parar o ônibus com tiros nos pneus de todo não fosse errada, nota-se que havia perfurações pela lataria do ônibus em locais totalmente incompatíveis com a tentativa de atingir os pneus, mostrando o quão estão despreparados os policiais no uso de sua ferramenta de trabalho, a arma. O erro por imperícia, negligência ou imprudência acarreta morte.
Toda ocorrência de vulto deve haver a intervenção de um oficial, o quer no caso não aparece nenhum que afirme sua chegada no local. Deve ser objeto de averiguação, pois, se não chegaram ao local, os praças estavam sem comando, praticando ação fora de sua alçada. Se cometeram lesão corporal culposa, não diferente deve ser o tratamento aos responsáveis pelo comando por não haverem “comandado” a ação. Como também deve ser avaliada a imperícia dos policiais que, de posse de armas letais, não alcançaram a precisão no uso do equipamento.
Em três de junho deste ano, ação de conseqüências idênticas, porem envolvendo o alto comando da PMERJ e do CBMERJ que, por ordem ou conivência o governador junto com seu secretário de segurança, não adotaram as ações preventivas/repressivas para que ato delituoso já sabido acontecesse. Após a “invasão” do Quartel Central do Corpo de Bombeiros Militares do Estado do Rio de Janeiro, foi oferecida pelo Comandante Geral PMERJ aos “invasores”, oportunidade de desocuparem o aquartelamento sem nenhuma conseqüência para os mesmos, o que não atendido, foi usada força desproporcional (BOPE) contra trabalhadores, suas esposas e filhos, inclusive com uso de armamento letal, para a desocupação da unidade militar. No episódio uma vida se perdeu com aborto causado pelo trauma da ação.
Então temos dois casos distintos. No primeiro caso, dos tiros disparados contra os pneus do ônibus, que devido a imperícia no uso da arma, atingiram inocentes. A Imprensa, a mídia, “entendidos” no assunto e, por envolvimento, o governador, o Comandante Geral PMERJ, o Secretário de Segurança e a PCERJ, voltam suas ações contra o ponto mais fraco, o policial militar. Este na ação sem comando, sem treinamento e sem tudo o mais que o estado lhe deveria fornecer é mais uma vez o culpado. Fácil não? É o elemento ignorante e subserviente do “sistema” e nada mais lógico que dar uma satisfação à sociedade reponsabilizando-o. Ela ficará satisfeita, ignorando o “porque”? A real responsabilidade do Estado no adestramento do efetivo policial. A falta de comando na ação. O efetivo comando das ações.
No segundo caso, onde crimes foram praticados de forma “DOLOSA”, ignorando Legislação Peculiar e Especifica altas autoridades do estado, com falta de prevenção/repressão, foram coniventes com a ação de “invasão do Quartel central do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro, usando força desproporcional para após consentir, desocupar a Unidade Militar. De todos os crimes ali praticados pelo Estado, não vi e não houve nenhuma cobrança das Autoridades que agora colocam os “subservientes e ignorantes” à disposição da Justiça.
Falta real entendimento do que é lei no segundo caso? Os infratores da Lei, se Autoridades, não devem ser submetidos a apreciação do Judiciário? Ou é conivência de todos? Pensem e reflitam. Estamos sendo subjugados ao estado ilegal, nefasto, com requintes de Ditador. E pior, tudo isso com nossa aquiescência.
Marginal da Lei é quem ignora a lei para praticar seus intentos. O Estado marginal da lei.
Obsevem no video o Comandante geral da PMERJ oferecer a saida dos manifestantes sem interferência do Estado, e não sendo feito, usou de sua força especial (BOPE), com armas desproporcionais para desocupar a Unidade. Prevaricou para depois prender.

Integrante da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, a deputada estadual Janira Rocha (PSOL-RJ) passou a madrugada acompanhando o protesto dos bombeiros dentro do Quartel General do Corpo de Bombeiros, no centro da cidade, e disse que só não houve uma tragédia porque o movimento é pacífico e porque os manifestantes tinham treinamento militar.
"Foi terrível o que aconteceu lá dentro. O Bope [Batalhão de Operações Especiais] invadiu por trás, jogando bombas de gás e disparando balas de verdade. Tem carros dos bombeiros lá dentro arrebentados a bala. Se os bombeiros não estivessem em movimento pacífico e ordeiro poderia ter ocorrido uma tragédia", afirmou a deputada, exibindo cápsulas deflagradas de fuzil e pedaços de bomba de efeito moral.
"Essas pessoas que estão sendo penalizadas são as mesmas que salvam vidas em incêndios e nas praias do Rio. Ganham o pior salário da categoria no Brasil. Quero saber se o governador (Sérgio) Cabral, responsável por essa operação, consegue se alimentar em Paris com os R$ 950 que são pagos a esses homens e mulheres."
Representantes da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também estão na porta do quartel do Batalhão de Choque, acompanhando a autuação dos bombeiros.
SUBTENENTE PM RICARDO OSCAR VILETE CHUDO
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

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