sexta-feira, 5 de agosto de 2011

EXCELENTÍSSIMOS SENHORES OFICIAIS GENERAIS, POR FAVOR, FALEM DE PEITO ABERTO, EXERÇAM AS SUAS CIDADANIAS.

A reportagem que se segue é um começo, mas teria uma força muito grande caso os Oficiais Generais que comentaram a nomeação, tivessem se identificado plenamente.
No Rio de Janeiro, desde 2007, estamos vivenciando o nascimento do que denominamos MILITARISMO CIDADÃO, no qual o militar exerce todos os seus direitos constitucionais próprios da cidadania.
É um verdadeiro absurdo pretender através de regulamentos militares atávicos transformar os militares em cidadãos de segunda classe, logo eles que juram sacrificar a própria vida em defesa da pátria e da população.
Além dessas verdades, o interesse público determina que os servidores públicos, os militares, por exemplo, tornem públicas as suas opiniões, como tem feito no Rio os Bombeiros e os Policiais Militares há quatro anos, para que aprestação do serviço ocorra da melhor forma possível para o contribuinte, o patrocinador do Estado.
O ESTADO DE SÃO PAULO.
Militares veem em Amorim a ''pior'' opção.
Para generais, decepção só é comparável à escolha de Viegas no início do governo Lula.
05 de agosto de 2011.
Tânia Monteiro / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
A escolha do ex-chanceler Celso Amorim para substituir Nelson Jobim no Ministério da Defesa desagradou a almirantes, generais e brigadeiros e foi considerada "a pior surpresa" dos últimos tempos pelos militares, só comparável à escolha de José Viegas Filho, também diplomata, no início do governo Luiz Inácio Lula da Silva, para o mesmo cargo.
No caso de Celso Amorim, de acordo com oficiais-generais da ativa ouvidos pelo Estado - e que não podem se identificar para não quebrar o regulamento disciplinar - a situação é ainda mais delicada. Todos eles conhecem as posições assumidas pelo ex-chanceler em sua passagem pelo Itamaraty, quando, segundo avaliam, ele "contrariou princípios e valores" dos militares.
Apesar de toda contrariedade, os militares, disciplinados, não pensam em tomar qualquer atitude contra o novo ministro da Defesa. Não há o que fazer, além de bater continência para o sucessor de Nelson Jobim. Para os militares, a escolha de Amorim tem "o dedo de Lula", dizem.
Dilma Rousseff é a presidente da República e cabe a ela escolher o novo ministro da Defesa e, aos militares, acatar a decisão. "É quase como nomear o flamenguista Márcio Braga para o cargo de presidente do Fluminense ou do Vasco, ou vascaíno Roberto Dinamite como presidente do Flamengo", comentou um militar, recorrendo a uma imagem futebolística e resumindo o sentimento de "desgosto" da categoria. "O governo está apostando na crise", observou outro oficial-general, explicando que Jobim conquistou autoridade mas ninguém sabe como será a reação da tropa caso haja algum problema que obrigue Amorim a fazer valer sua autoridade.
O maior desafio para os militares é que, durante todo o governo Lula, Celso Amorim usou a ideologia para tomar decisões e conduzir a política externa brasileira. Além disso, Amorim priorizou a relação com Fidel Castro, de Cuba, e Hugo Chávez, da Venezuela, além de Mahmmoud Ahmadinejad, do Irã. "Ele colocou o MRE a serviço do partido", salientou outro militar, acrescentando que temem, por exemplo, a forma de condução do programa nuclear brasileiro. Isso porque Amorim sempre defendem , segundo esses oficiais, posições "perigosas" no que se refere aos programas de pesquisa que constam nos planos das Forças Armadas.
Outro oficial salientou ainda que, em vários episódios, Jobim, saiu em defesa dos militares, inclusive contra a posição de Amorim. "E agora, quem nos defenderá?", observou ele, acrescentando que temem até o risco de uma certa politização do processo de promoção dos militares.
Depois de reconhecer que os militares estão subordinados ao poder civil, um oficial-general questionou por que colocá-los abaixo de outra categoria.
Outro militar fez questão de lembrar que, durante os anos em que foi ministro das Relações Exteriores, Amorim nunca contrariou ninguém durante sua gestão e quando sua posição foi colocada em xeque, mudou de opinião. Isso, na área militar é muito ruim.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

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