Nós, – mães, esposas, viúvas e filhos de policiais-militares e bombeiros-militares, – vivenciamos a penúria em vista de seus péssimos salários. São igualmente ridículas as pensões decorrentes da morte dos nossos esposos. Não conseguimos educar nossos filhos e menos ainda amparar condignamente os órfãos. Muitos de nossos entes queridos estão paraplégicos ou tetraplégicos; outros perderam membros do corpo devido aos constantes confrontos contra marginais armados com fuzis de guerra; muitos são obrigados a usar fraldas e dependem de cuidados especiais. Mesmo assim, muitos não são nem reformados, a insensibilidade das corporações (PMERJ e CBMERJ) atinge as raias do absurdo.
Não temos acesso à casa própria, nossos esposos e filhos são submetidos a escalas de serviço degradantes; não podemos gozar da companhia deles nos fins de semana e feriados. Nem nos período de férias escolares podemos realizar pequenas viagens para visitar familiares, ou por falta de dinheiro ou porque os serviços extras nos pegam de surpresa, incluindo-se a cassação de férias regulamentares por qualquer motivo fútil.
A família dos militares estaduais sofre nos lares o resultado dos maus-tratos que eles recebem nos quartéis, refletindo-se negativamente no ambiente familiar. As corporações ignoram as doenças psíquicas, em especial o estresse e a depressão que acometem assustadoramente nossos entes queridos. O exercício penoso da profissão e o esgotamento físico e psíquico dos militares estaduais transformam-nos em verdadeiros autômatos. Nunca sabemos qual deles será a próxima vítima fatal a ter a família avisada, fato que ocorre semanalmente e até muitas vezes numa só semana. Vivemos a apreensão permanente. O medo nos domina. E terminamos no pranto da morte ou do ferimento destruidor da dignidade dos nossos entes queridos ao se arriscarem no enfrentamento dos criminosos.
Não temos direito ao sossego e nem a um mínimo de dignidade humana. Se os militares estaduais não trabalharem na folga, quando não a têm interrompida sem pudor por seus superiores, corremos o risco de passar fome e do despejo da moradia. Nossas crianças estudam em colégios públicos e sofrem com os colegas desmerecendo seus pais. Enfim, sofremos o descaso total dos governantes e temos de assistir nossos entes queridos a serem tratados como animais pestilentos, sem direito a nada, presos em xadrezes fétidos como se fossem criminosos e descartados da profissão sem direito à ampla defesa e ao contraditório.
Qualquer falta disciplinar do militar estadual, – mesmo decorrente do desgaste emocional e físico, – significa a real possibilidade de sua abrupta exclusão e da família perder simultaneamente o direito ao sistema de saúde para o qual ele contribuiu anos a fio. Vivemos no extremo risco da miséria. Nossos direitos são o de não termos nenhuma tranquilidade jurídica, familiar e social.
Nossa aflitiva situação somente poderá ser resolvida com o clamor da população e da imprensa em favor de melhores condições de trabalho e de salários para os militares estaduais, e vida condigna para seus familiares. Precisamos de ajuda humanitária, e ela se resume no respeito ao direito que temos à dignidade humana que nos é negada. A nossa causa não é apenas pessoal e familiar. É, antes de tudo, uma denúncia pública. Pois nenhum ser humano submetido a tratamento tão degradante poderá produzir boa segurança para a população. Para mudar esse estado de abandono a que estão submetidos os militares estaduais, e que se refletem negativamente nas ruas, é preciso que a população nos ajude! É preciso que os cidadãos abracem a nossa causa. Por favor, ajudem-nos a salvar a PMERJ e o CBMERJ!
Mari Torres.
JUNTOS SOMOS FORTES!Não temos acesso à casa própria, nossos esposos e filhos são submetidos a escalas de serviço degradantes; não podemos gozar da companhia deles nos fins de semana e feriados. Nem nos período de férias escolares podemos realizar pequenas viagens para visitar familiares, ou por falta de dinheiro ou porque os serviços extras nos pegam de surpresa, incluindo-se a cassação de férias regulamentares por qualquer motivo fútil.
A família dos militares estaduais sofre nos lares o resultado dos maus-tratos que eles recebem nos quartéis, refletindo-se negativamente no ambiente familiar. As corporações ignoram as doenças psíquicas, em especial o estresse e a depressão que acometem assustadoramente nossos entes queridos. O exercício penoso da profissão e o esgotamento físico e psíquico dos militares estaduais transformam-nos em verdadeiros autômatos. Nunca sabemos qual deles será a próxima vítima fatal a ter a família avisada, fato que ocorre semanalmente e até muitas vezes numa só semana. Vivemos a apreensão permanente. O medo nos domina. E terminamos no pranto da morte ou do ferimento destruidor da dignidade dos nossos entes queridos ao se arriscarem no enfrentamento dos criminosos.
Não temos direito ao sossego e nem a um mínimo de dignidade humana. Se os militares estaduais não trabalharem na folga, quando não a têm interrompida sem pudor por seus superiores, corremos o risco de passar fome e do despejo da moradia. Nossas crianças estudam em colégios públicos e sofrem com os colegas desmerecendo seus pais. Enfim, sofremos o descaso total dos governantes e temos de assistir nossos entes queridos a serem tratados como animais pestilentos, sem direito a nada, presos em xadrezes fétidos como se fossem criminosos e descartados da profissão sem direito à ampla defesa e ao contraditório.
Qualquer falta disciplinar do militar estadual, – mesmo decorrente do desgaste emocional e físico, – significa a real possibilidade de sua abrupta exclusão e da família perder simultaneamente o direito ao sistema de saúde para o qual ele contribuiu anos a fio. Vivemos no extremo risco da miséria. Nossos direitos são o de não termos nenhuma tranquilidade jurídica, familiar e social.
Nossa aflitiva situação somente poderá ser resolvida com o clamor da população e da imprensa em favor de melhores condições de trabalho e de salários para os militares estaduais, e vida condigna para seus familiares. Precisamos de ajuda humanitária, e ela se resume no respeito ao direito que temos à dignidade humana que nos é negada. A nossa causa não é apenas pessoal e familiar. É, antes de tudo, uma denúncia pública. Pois nenhum ser humano submetido a tratamento tão degradante poderá produzir boa segurança para a população. Para mudar esse estado de abandono a que estão submetidos os militares estaduais, e que se refletem negativamente nas ruas, é preciso que a população nos ajude! É preciso que os cidadãos abracem a nossa causa. Por favor, ajudem-nos a salvar a PMERJ e o CBMERJ!
Mari Torres.
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
7 comentários:
Comentario muito forte e que bem explicita a atual fase das Corporações. Temos Regulamentos, temos Leis, temos Normas, Temos uma Constituição considerada cidadã, mas tudo é ignorado em nome de uma hipocrisia. Os oficiais hoje em atividade, até os de Comandos Superiores, foram formados e viveram sob o mando da "nova" Constituição, mas ignoram tudo. Será um cancer?
NÃO PRECISA FLAR MAIS NADA OU MELHOR BASTA ESCREVER E DIFUNDIR ISSO SEMPRE.ESSA MULHER SINTETIZOU TUDO QUE SENTIMOS,ARTIGO GENIAL!
CORONEL,
EU ESTOU EMOCIONADA, NAO ESPERAVA QUE O MEU DESABAFO VIESSE PARAR AQUI NO SEU BLOG. UM BLOG COM TAMANHA AUDIENCIA, OBRIGADA PELO CARINHO. O ADMIRO MUITO MUITO.
MARI TORRES
O espaço é nosso.
Juntos Somos Fortes!
MARI VC É GENIAL DEU AULA DE SABEDORIA E DA FACULDADE DA VIDA,A QUAL MUITOS POLÍTICOS MENTIROSOS E CANALHAS NÃO TEM,ALÉM DE VERGONHA NA CARA.VIREI SEU FÃ 01,VOU ATÉ PROCURAR SEU POSSIVEL BLOG.
CORONEL,
O SENHOR ME PERMITE DEIXAR AQUI O MEU BLOG PARA ESSE LEITOR, POiS ELE NAO VAI ME ENCONTRAR POIS O MEU BLOG ESTÁ EM NOME DE AMEPM.
CASO EU SEJA MERECEDORA DESSE CARINHO, DESDE JA LHE SOU GRATA,
BJAO
MARI TORRES
www.amepm.blogspot.com
Mari, use e abuse do nosso blog e parabéns pelo seu.
Juntos Somos Fortes!
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