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Raio-X da fraude do consignado
Alterações no contracheque revelam a fragilidade do sistema bancário e operacional do governo estadual
Raio-X da fraude do consignado
Alterações no contracheque revelam a fragilidade do sistema bancário e operacional do governo estadual
ALESSANDRA HORTO
Rio - Como explicar a um servidor que os seus dados financeiros e pessoais podem ser tão facilmente clonados e manipulados por terceiros? Quem seriam os responsáveis pelo vazamento das informações que deveriam ser sigilosas? Em meio a incertezas, é possível dizer que a fraude envolvendo contracheques, informações bancárias e senhas funcionais de servidores estaduais é resultado da fragilidade dos sistemas dos bancos e do governo.
Rio - Como explicar a um servidor que os seus dados financeiros e pessoais podem ser tão facilmente clonados e manipulados por terceiros? Quem seriam os responsáveis pelo vazamento das informações que deveriam ser sigilosas? Em meio a incertezas, é possível dizer que a fraude envolvendo contracheques, informações bancárias e senhas funcionais de servidores estaduais é resultado da fragilidade dos sistemas dos bancos e do governo.
Além da falta de apuração dos financiamentos por parte do estado, que deveria exigir mais zelo das instituições durante a elaboração dos contratos, os bancos também erram, ao permitir abertura de conta e autorizar empréstimos sem conferir se os dados e os documentos são falsos.
Enquanto não há um sistema blindado, cabe ao servidor tentar entender um pouco como as fraudes acontecem. A raiz do problema é o uso indevido da senha que possibilita alterar a sua margem consignável e captar indevidamente dados pessoais. A partir da senha, o fraudador contrata empréstimos, averba margem ao contracheque e vincula a conta do funcionário a outras operações financeiras.
Agenciador e funcionários de bancos e das instituições financeiras são os principais responsáveis pelas alterações. O lucro vem das comissões pagas pelas contratações de empréstimo e, dependendo da fraude, do recebimento parcial ou total do valor que foi depositado em contas abertas irregularmente.
Em outros casos, também é notável a participação de servidores que utilizam a senha para alterar, inapropriadamente, os contracheques. Sem contar os que agem de má fé, assinando, no mesmo dia, diversos contratos para obter lucro a curto prazo.
R$ 5.400 gastos em uma hora
Dez professores do Colégio Estadual Marechal João Baptista de Mattos, em Acari, têm sofrido sucessivas tentativas de golpes de empréstimo consignado e de uso indevido da conta bancária.
A professora Cláudia Danuse de Souza Motta Coelho, 38 anos, por exemplo, recebeu em casa fatura de cartão de crédito no valor de R$ 5.400 e conta de telefone celular de R$ 1.200. Levantamento feito pela servidora, com ajuda da polícia, mostrou que as compras foram realizadas em uma hora, em lojas do Shopping Grande Rio, em Duque de Caxias. A conta de telefone foi aberta, após a fraudadora ter ido a 20 postos de operadoras de celular.
Já a professora Marta Ivone de Almeida conseguiu bloquear um empréstimo indevido de R$ 8.400. Ela tem tido ainda descontos irregulares de faturas de cartões de crédito, feitos na conta-salário. Ela jamais solicitou tais cartões.
JUNTOS SOMOS FORTES!Enquanto não há um sistema blindado, cabe ao servidor tentar entender um pouco como as fraudes acontecem. A raiz do problema é o uso indevido da senha que possibilita alterar a sua margem consignável e captar indevidamente dados pessoais. A partir da senha, o fraudador contrata empréstimos, averba margem ao contracheque e vincula a conta do funcionário a outras operações financeiras.
Agenciador e funcionários de bancos e das instituições financeiras são os principais responsáveis pelas alterações. O lucro vem das comissões pagas pelas contratações de empréstimo e, dependendo da fraude, do recebimento parcial ou total do valor que foi depositado em contas abertas irregularmente.
Em outros casos, também é notável a participação de servidores que utilizam a senha para alterar, inapropriadamente, os contracheques. Sem contar os que agem de má fé, assinando, no mesmo dia, diversos contratos para obter lucro a curto prazo.
R$ 5.400 gastos em uma hora
Dez professores do Colégio Estadual Marechal João Baptista de Mattos, em Acari, têm sofrido sucessivas tentativas de golpes de empréstimo consignado e de uso indevido da conta bancária.
A professora Cláudia Danuse de Souza Motta Coelho, 38 anos, por exemplo, recebeu em casa fatura de cartão de crédito no valor de R$ 5.400 e conta de telefone celular de R$ 1.200. Levantamento feito pela servidora, com ajuda da polícia, mostrou que as compras foram realizadas em uma hora, em lojas do Shopping Grande Rio, em Duque de Caxias. A conta de telefone foi aberta, após a fraudadora ter ido a 20 postos de operadoras de celular.
Já a professora Marta Ivone de Almeida conseguiu bloquear um empréstimo indevido de R$ 8.400. Ela tem tido ainda descontos irregulares de faturas de cartões de crédito, feitos na conta-salário. Ela jamais solicitou tais cartões.
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
2 comentários:
Isso é grave. O Estado tem que proteger os seus servidores dessas coisas. Ou será que os servidores não interessam ao Estado?
O FATO em si, traduz a abusividade do Banco Itaú que por força de um suspeito contrato é responsável pelo controle dos pagamentos de todos os servidores do Estado do Rio de Janeiro. Interessante é que, os Diretores desse banco, determina apropriação indébita de salários dos servidores em casos de eventual inadimplência, auto executam suas dividas sem ajuizamento de ação judicial, além de violar sigilos bancários dos funcionários públicos. Deveria o próprio servidor escolher a instituição bancária que melhor aprouver para recebimento de seus salários, deixar sob domínio do banco Itaú/unibanco é o mesmo que " deixar a raposa tomando conta do galinheiro". Espero que todos os servidores publicos retirem suas contas correntes do banco itaú, livrando-se dessa perniciosa instituiçao bancária
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