Escândalo aplaudido pela imprensa: Polícia do Rio dá tempo para bandidagem fugir e implanta nova UPP sem tiros e prisões! Quando Cabral for 100% eficiente, terá exportado seus bandidos para outros estados
Aplaudam quantos quiserem, e eu continuarei a chamar de mistificação. A polícia do Rio de Janeiro ocupou ontem o chamado Morro dos Macacos, no Rio, onde um helicóptero foi derrubado por traficantes no ano passado. Marketing da polícia: instalou-se a UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) sem um único tiro! Uau! A bandidagem também fica grata e pacificada!
O que terá acontecido? Assinale a alternativa correta:
a - ( ) os bandidos se converteram em trabalhadores honestos;
b - ( ) foram aterrorizar a população em outro morro;
c - ( ) fizeram um acordo de cavalheiros com a polícia.
Essa política de segurança do governador Sérgio Cabral (PMDB), que Dilma Rousseff considera modelo e que seduz tanta gente na imprensa, especialmente a carioca, é uma piada! Ontem, José Mariano Beltrame, secretário de Segurança, concedeu uma entrevista, que vi no Jornal da Globo. Segundo o valente, o objetivo principal dessa política é recuperar território, não prender malfeitores. Ah, bom! Agora está explicado!
Digamos que tenha acontecido a alternativa “b”, não a “c” (embora eu não esteja bem certo disso): há de se supor que Cabral pretenda “libertar” todas as áreas da cidade, acabando com o domínio do narcotráfico por ali, certo?. Certo! Mas sem prender ninguém! Assim, entendemos que os criminosos não estarão nos morros do Rio, mas também não estarão nas cadeias. Logo, se o governador for 100% eficiente em sua obra, os outros estados que se cuidem porque ele estará exportando seus maus rapazes para outras unidades da federação: “O Rio não dá! Vamos para outros estados”.
Cabral é esperto: ele “pacifica”, ganha manchetes positivas e não tem o trabalho de manter presos em cadeias, o que é sempre difícil de administrar e caro. Alguns números explicam certas coisas.
Em dezembro de 2009, a população carcerária no país era de 474.626 pessoas. Do total, nada menos de 34.6% estavam em São Paulo, que tem apenas 22% da população. Será que o estado tem mais pilantras do que os outros ou prende demais? Não! Tem uma polícia e uma segurança mais eficientes. O Rio vinha em quinto lugar, com menos presos do que Minas, Paraná e Rio Grande do Sul. São 399,79 os presos por 100 mil habitantes em São Paulo, contra apenas 166,56 no Rio.
Agora vejam que interessante: no Mapa da Violência, com dados de 2007, São Paulo estava em 25º lugar (antepenúltimo) nos estados com o maior número de homicídios (15 por 100 mil — já baixou para quase 10); o Rio estava em quarto: 45 por 100 mil; a média brasileira é 26 por 100 mil. Não é que mais bandidos na cadeia significa menos cadáveres nas ruas? Incrível!!!
Fico feliz pelas áreas pacificadas — na hipótese de não ter havido apenas uma pacificação com o crime, não sem ele. Mas chegou a hora de Cabral começar a prender os marginais. Ou, então, que ele nos apresente essas almas pias, convertidas ao bom-mocismo. Se não o fizer, no dia em que ele pacificar todo o Rio de Janeiro, terá passado seus malfeitores para seus colegas governadores.
Tudo bem… Eu sei que vêm Olimpíada, Copa do Mundo, o diabo a quatro, e esse papo de polícia pacificadora faz parte desse grande marketing do nosso bundalelê cordial. Mas respeitem minimamente a inteligência de quem lida com a lógica e sabe fazer conta. Quero saber onde estão os traficantes das áreas que a polícia de Cabral ocupou. Sem eles, aconteceu, na verdade, uma de duas coisas: ou acordo ou mera transferência de base de operação.
Se o governador ou o secretário Beltrame tiverem alternativas novas, cartas para o blog.
Por Reinaldo Azevedo
O que terá acontecido? Assinale a alternativa correta:
a - ( ) os bandidos se converteram em trabalhadores honestos;
b - ( ) foram aterrorizar a população em outro morro;
c - ( ) fizeram um acordo de cavalheiros com a polícia.
Essa política de segurança do governador Sérgio Cabral (PMDB), que Dilma Rousseff considera modelo e que seduz tanta gente na imprensa, especialmente a carioca, é uma piada! Ontem, José Mariano Beltrame, secretário de Segurança, concedeu uma entrevista, que vi no Jornal da Globo. Segundo o valente, o objetivo principal dessa política é recuperar território, não prender malfeitores. Ah, bom! Agora está explicado!
Digamos que tenha acontecido a alternativa “b”, não a “c” (embora eu não esteja bem certo disso): há de se supor que Cabral pretenda “libertar” todas as áreas da cidade, acabando com o domínio do narcotráfico por ali, certo?. Certo! Mas sem prender ninguém! Assim, entendemos que os criminosos não estarão nos morros do Rio, mas também não estarão nas cadeias. Logo, se o governador for 100% eficiente em sua obra, os outros estados que se cuidem porque ele estará exportando seus maus rapazes para outras unidades da federação: “O Rio não dá! Vamos para outros estados”.
Cabral é esperto: ele “pacifica”, ganha manchetes positivas e não tem o trabalho de manter presos em cadeias, o que é sempre difícil de administrar e caro. Alguns números explicam certas coisas.
Em dezembro de 2009, a população carcerária no país era de 474.626 pessoas. Do total, nada menos de 34.6% estavam em São Paulo, que tem apenas 22% da população. Será que o estado tem mais pilantras do que os outros ou prende demais? Não! Tem uma polícia e uma segurança mais eficientes. O Rio vinha em quinto lugar, com menos presos do que Minas, Paraná e Rio Grande do Sul. São 399,79 os presos por 100 mil habitantes em São Paulo, contra apenas 166,56 no Rio.
Agora vejam que interessante: no Mapa da Violência, com dados de 2007, São Paulo estava em 25º lugar (antepenúltimo) nos estados com o maior número de homicídios (15 por 100 mil — já baixou para quase 10); o Rio estava em quarto: 45 por 100 mil; a média brasileira é 26 por 100 mil. Não é que mais bandidos na cadeia significa menos cadáveres nas ruas? Incrível!!!
Fico feliz pelas áreas pacificadas — na hipótese de não ter havido apenas uma pacificação com o crime, não sem ele. Mas chegou a hora de Cabral começar a prender os marginais. Ou, então, que ele nos apresente essas almas pias, convertidas ao bom-mocismo. Se não o fizer, no dia em que ele pacificar todo o Rio de Janeiro, terá passado seus malfeitores para seus colegas governadores.
Tudo bem… Eu sei que vêm Olimpíada, Copa do Mundo, o diabo a quatro, e esse papo de polícia pacificadora faz parte desse grande marketing do nosso bundalelê cordial. Mas respeitem minimamente a inteligência de quem lida com a lógica e sabe fazer conta. Quero saber onde estão os traficantes das áreas que a polícia de Cabral ocupou. Sem eles, aconteceu, na verdade, uma de duas coisas: ou acordo ou mera transferência de base de operação.
Se o governador ou o secretário Beltrame tiverem alternativas novas, cartas para o blog.
Por Reinaldo Azevedo
COMENTO:
Finalmente, alguém da mídia bate nas UPPs, mostrando alguns dos seus graves problemas.
Eu tenho alertado sobre a gravidade da transferência de traficantes de drogas, a verdadeira tática utilizada pela dupla Cabral-Beltrame.
O objetivo é jogar os traficantes para áreas menos nobres do Rio, nas quais um tiro repercute menos que um tapa em Copacabana, como considera Beltrame.
As ruas estão cada vez piores, em pânico toma conta da população e a dupla Cabral-Beltrame afirma que os criminosos estão procurando emprego, zombando do povo fluminense.
O terrível é que a mídia bate palmas, alardeia o feito.
Cidadão fluminense, deixo uma reflexão:
Onde ocorrerão as batalhas finais?
Escrevo batalhas, pois chegará um momento em que os traficantes de algumas comunidades não terão mais para onde serem transferidos e enfrentarão as polícias?
Será a nova Batalha do Alemão, por exemplo, onde dezenas foram mortos em circunstâncias não esclarecidas plenamente e denunciadas como execuções por organismos internacionais.
Certamente, elas não ocorrerão na Zona Sul, acontecerão na Zona Oeste, na Zona Norte, na Baixada Fluminense e na Grande Niterói.
A vida vale menos nestas áreas menos nobres do Rio de Janeiro.
As UPPs são apenas um projeto eleitoreiro.
Uma mistificação.
Um escândalo, como bem escreveu Reinaldo de Azevedo.
Logo, TODOS NÓS, estaremos responsabilizando a dupla Cabral-Beltrame por tamanha covardia, puro elitismo político, mas será muito tarde para muitas famílias do Rio de Janeiro.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
Finalmente, alguém da mídia bate nas UPPs, mostrando alguns dos seus graves problemas.
Eu tenho alertado sobre a gravidade da transferência de traficantes de drogas, a verdadeira tática utilizada pela dupla Cabral-Beltrame.
O objetivo é jogar os traficantes para áreas menos nobres do Rio, nas quais um tiro repercute menos que um tapa em Copacabana, como considera Beltrame.
As ruas estão cada vez piores, em pânico toma conta da população e a dupla Cabral-Beltrame afirma que os criminosos estão procurando emprego, zombando do povo fluminense.
O terrível é que a mídia bate palmas, alardeia o feito.
Cidadão fluminense, deixo uma reflexão:
Onde ocorrerão as batalhas finais?
Escrevo batalhas, pois chegará um momento em que os traficantes de algumas comunidades não terão mais para onde serem transferidos e enfrentarão as polícias?
Será a nova Batalha do Alemão, por exemplo, onde dezenas foram mortos em circunstâncias não esclarecidas plenamente e denunciadas como execuções por organismos internacionais.
Certamente, elas não ocorrerão na Zona Sul, acontecerão na Zona Oeste, na Zona Norte, na Baixada Fluminense e na Grande Niterói.
A vida vale menos nestas áreas menos nobres do Rio de Janeiro.
As UPPs são apenas um projeto eleitoreiro.
Uma mistificação.
Um escândalo, como bem escreveu Reinaldo de Azevedo.
Logo, TODOS NÓS, estaremos responsabilizando a dupla Cabral-Beltrame por tamanha covardia, puro elitismo político, mas será muito tarde para muitas famílias do Rio de Janeiro.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
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