Avançando na nossa caminhada com o objetivo de rediscutir a segurança pública no Brasil, alcançamos o modelo policial brasileiro, o preconizado pela Constituição Federal, especificamente no que diz respeito às polícias estaduais. Neste momento, deixaremos a Polícia Federal fora do foco, voltaremos a ela oportunamente, trataremos das Polícias Militares e das Polícias Civis.
O artigo será breve, tendo em vista que já abordamos esse tema exaustivamente em outros artigos, que podem ser localizados no blog.
No Brasil temos um modelo estranho, sem similar no mundo civilizado, pelo pouco que conheço, as meias polícias, as polícias de ciclo incompleto.
As instituições policiais, em apertada síntese, desempenham as seguintes missões: evitar o delito; manter a ordem pública; reprimir de imediato o delito e prender o criminoso; investigar as circunstâncias do delito para tentar prender o criminoso, caso tenha conseguido fugir após o delito; prender o criminoso e apresentá-lo para ser julgado.
O roteiro da ação policial é simples e lógico, começando na prevenção e terminando na apresentação do criminoso para o poder judiciário. O modelo atual brasileiro, divide esse roteiro ao meio, atribuindo parte da missão à Polícia Militar e parte à Polícia Civil.
O criminoso consegue burlar a presença do policiamento ostensivo e comete o delito, sendo perseguido pela Polícia Militar. Se ele for preso em flagrante será conduzido para a delegacia de Polícia Civil, encerrando a participação castrense. Caso ele consiga fugir, a guarnição que atendeu a ocorrência, comunica o ocorrido na delegacia policial, que passa a desenvolver atividades investigativas para tentar identificar e prender os envolvidos.
Eu considero este modelo ineficaz, sou favorável a implantação do ciclo completo por todas as polícias, que passariam a atuar desde a prevenção até a apresentação do criminoso ao poder judiciário, ciclo completo, com a competência para atuação definida por área geográfica.
No novo modelo a Polícia Civil passaria a atuar também no policiamento ostensivo e na preservação da ordem pública, desenvolvendo todos os tipos de policiamento ostensivo, como o policiamento a pé e o atendimento de ocorrências através do serviço de Rádio Patrulha. Enquanto isso, a Polícia Militar passaria a investigar os delitos, além das suas missões habituais.
Penso que esse modelo possa funcionar, inclusive como uma ferramenta de competição sadia, tendo em vista os resultados obtidos em cada área geográfica. Será o fim da troca de acusações, pois as polícias atuais desempenhariam as suas missões de forma independente, porém, correlacionada.
A adoção seria uma experiência interessante e nos conduziria ao modelo adotado e consagrado mundialmente
Pode dar certo, pode dar errado, porém seria uma tentativa de mudar, algo imprescindível, considerando que o modelo atual está dando errado, muito errado.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO
O artigo será breve, tendo em vista que já abordamos esse tema exaustivamente em outros artigos, que podem ser localizados no blog.
No Brasil temos um modelo estranho, sem similar no mundo civilizado, pelo pouco que conheço, as meias polícias, as polícias de ciclo incompleto.
As instituições policiais, em apertada síntese, desempenham as seguintes missões: evitar o delito; manter a ordem pública; reprimir de imediato o delito e prender o criminoso; investigar as circunstâncias do delito para tentar prender o criminoso, caso tenha conseguido fugir após o delito; prender o criminoso e apresentá-lo para ser julgado.
O roteiro da ação policial é simples e lógico, começando na prevenção e terminando na apresentação do criminoso para o poder judiciário. O modelo atual brasileiro, divide esse roteiro ao meio, atribuindo parte da missão à Polícia Militar e parte à Polícia Civil.
O criminoso consegue burlar a presença do policiamento ostensivo e comete o delito, sendo perseguido pela Polícia Militar. Se ele for preso em flagrante será conduzido para a delegacia de Polícia Civil, encerrando a participação castrense. Caso ele consiga fugir, a guarnição que atendeu a ocorrência, comunica o ocorrido na delegacia policial, que passa a desenvolver atividades investigativas para tentar identificar e prender os envolvidos.
Eu considero este modelo ineficaz, sou favorável a implantação do ciclo completo por todas as polícias, que passariam a atuar desde a prevenção até a apresentação do criminoso ao poder judiciário, ciclo completo, com a competência para atuação definida por área geográfica.
No novo modelo a Polícia Civil passaria a atuar também no policiamento ostensivo e na preservação da ordem pública, desenvolvendo todos os tipos de policiamento ostensivo, como o policiamento a pé e o atendimento de ocorrências através do serviço de Rádio Patrulha. Enquanto isso, a Polícia Militar passaria a investigar os delitos, além das suas missões habituais.
Penso que esse modelo possa funcionar, inclusive como uma ferramenta de competição sadia, tendo em vista os resultados obtidos em cada área geográfica. Será o fim da troca de acusações, pois as polícias atuais desempenhariam as suas missões de forma independente, porém, correlacionada.
A adoção seria uma experiência interessante e nos conduziria ao modelo adotado e consagrado mundialmente
Pode dar certo, pode dar errado, porém seria uma tentativa de mudar, algo imprescindível, considerando que o modelo atual está dando errado, muito errado.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO
Um comentário:
Sr Cel Paul a sua visão é corporativista. É muito mais prático e mais correto a fusão das duas Corporações em uma só. O modelo atual esta falido servindo apenas, no caso da PM, aos seus Oficiais Superiores. Os quais não querem perder a condição de militares estaduais. Para a sociedade é desperdício de recursos e de valores, pois os melhores, os mais preparados, os melhores remunerados,os de melhor nível intelectual não dão retornam a população. Muitos passam a carreira toda no Quartel e sequer prendem um pivete. Na prática não exercem a função policial, são militares de caserna. Fazem os melhores cursos(CFO,CAO,CSPM,etc) mais não dão retorno a população.
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