"Às duas da tarde do dia 8 de julho, Dirceu Viana, um homem magro, com quase 2 metros de altura, subiu ao púlpito do auditório do quartel-general da Polícia Militar do Rio de Janeiro para uma aula de quarenta minutos sobre como os vinte policiais sentados à sua frente deveriam lidar com a imprensa. Sem microfone e com voz de comando, disse: “Boa-tarde, senhores. Entramos na reta final das eleições, e hoje venho falar sobre as restrições que as leis eleitorais impõem à divulgação do trabalho que vocês realizam.” Em quatro meses, aquela era a segunda rodada de media training dada pelo chefe da assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança aos comandantes e vice-comandantes das Unidades de Polícia Pacificadora– as UPPs, a última voga de combate ao crime no Rio.
“Ontem, alguns jornalistas me procuraram pedindo para ouvi-los sobre as suas inclinações políticas. Neguei todos os pedidos de entrevista. Lembrem-se, senhores, que, enquanto estiverem fardados, são servidores públicos e não devem se posicionar.” Na plateia, algumas cabeças balançaram para cima e para baixo, em demonstração da mais disciplinada aquiescência.
“Façam o trabalho policial como ele tem que ser feito e fiquem atentos. A UPP é uma vitrine construída com dificuldade. Se chegamos até aqui, é porque cativamos o povo. E agora que as pessoas começaram a acreditar que é possível retomar o Rio, o cuidado tem que ser redobrado”, enfatizou Viana. Para sublinhar a gravidade da lição, arregalou os olhos e engrossou a voz: “Não guardem panfletos nas viaturas, não xeroquem nada, não permitam que o logotipo do projeto apareça em nenhum cartaz, não emprestem o telefone da UPP...” Em resumo: “Usem luvas de pelica (...) Sinal de prestígio na função, no fim do ano passado, o Diário Oficial do estado publicou um decreto ampliando o orçamento relativo a “serviços de comunicação e divulgação” de 66,9 milhões para 91,7 milhões de reais.” (leiam).
“Ontem, alguns jornalistas me procuraram pedindo para ouvi-los sobre as suas inclinações políticas. Neguei todos os pedidos de entrevista. Lembrem-se, senhores, que, enquanto estiverem fardados, são servidores públicos e não devem se posicionar.” Na plateia, algumas cabeças balançaram para cima e para baixo, em demonstração da mais disciplinada aquiescência.
“Façam o trabalho policial como ele tem que ser feito e fiquem atentos. A UPP é uma vitrine construída com dificuldade. Se chegamos até aqui, é porque cativamos o povo. E agora que as pessoas começaram a acreditar que é possível retomar o Rio, o cuidado tem que ser redobrado”, enfatizou Viana. Para sublinhar a gravidade da lição, arregalou os olhos e engrossou a voz: “Não guardem panfletos nas viaturas, não xeroquem nada, não permitam que o logotipo do projeto apareça em nenhum cartaz, não emprestem o telefone da UPP...” Em resumo: “Usem luvas de pelica (...) Sinal de prestígio na função, no fim do ano passado, o Diário Oficial do estado publicou um decreto ampliando o orçamento relativo a “serviços de comunicação e divulgação” de 66,9 milhões para 91,7 milhões de reais.” (leiam).
Pena que a turma que está produzindo os programas eleitorais de Sérgio Cabral (PMDB) não estivesse no auditório do QG ouvindo Dirceu, isso teria evitado que um Soldado da Polícia Militar e um Major do Corpo de Bombeiros, fardados e no interior de próprios estaduais, fizessem campanha política para Sérgio Cabral (PMDB), como foi exibido na TV no seu programa eleitoral.
Uma pena.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO
Uma pena.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO
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