De volta ao passado.
As mobilizações cívicas por melhores salários e por condições dignas de trabalho para os Policiais Militares e para os Bombeiros Militares começaram com o grupo de Oficiais e Praças das duas instituições, que constituíram o grupo denominado “40 da Evaristos”.
O grupo dos Coronéis Barbonos – composto por nove Coronéis de Polícia – foi formado logo após.
Neste espaço, eu já escrevi incontáveis vezes sobre os dois grupos e sobre a mobilização e os seus resultados, decorrentes das ações repressivas e das ações não democráticas usadas como forma de repressão às justas reivindicações. Portanto, não voltarei aos temas pretéritos, sendo o motivo deste artigo, o meu pedido de desculpas a dois Oficiais de Polícia.
As reuniões passaram a ser realizadas na AME/RJ, atendendo convite do seu Presidente, o Tenente-Coronel Anaíde, sendo que não eram mais exclusivas dos dois grupos, na realidade compareceram às reuniões centenas de Oficiais da ativa e da inatividade da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar.
Alguns Coronéis de Polícia da ativa que compareceram são mais antigos que todos os “Coronéis Barbonos”, embora a maioria das falas tenha sido dos Barbonos e dos 40 da Evaristos, porém não faltaram discursos inflamados contra o Governo do Estado do Rio de Janeiro, proferidos por não integrantes dos grupos.
Isso é passado, isso é HISTÓRIA!
As reuniões eram muito tensas e faltou-nos uma melhor direção dos trabalhos.
Eu, por exemplo, acertei e errei, certamente mais de uma vez.
Em uma das reuniões, o Capitão de Polícia Luiz Alexandre, que possui também um blog pessoal (http://capitaoluizalexandre.blogspot.com/), propôs que adiássemos a marcha democrática, alegando que representantes da Polícia Civil queriam também participar, porém necessitavam de mais tempo para mobilizar a categoria, eu fui contra e a proposta não foi aceita, até aí nada de mais, poderíamos a qualquer tempo realizar uma nova marcha com a participação dos Policiais Civis.
Todavia, ao retornar ao meu lugar, fiz uma afirmação deselegante e injusta contra o Capitão de Polícia Luiz Alexandre, que foi ouvida por alguns dos presentes.
Publicamente, solicito desculpas ao Oficial que a cada dia demonstra o quanto eu estava errado na minha avaliação precipitada.
Não me recordo se na mesma reunião ou na reunião seguinte – quando soubemos na AME/RJ quem seriam o novo Comandante Geral e o novo Chefe do Estado Maior Geral – surgiu no plenário uma afirmação de que o Major de Polícia Fábio, tinha sido colocado na Corregedoria Interna (CIntPM) para espionar as minhas ações. Eu confirmei que o Major de Polícia Fábio tinha ido para a Corregedoria Interna, quando eu atendi uma solicitação do Coronel de Polícia Pitta, quando era Chefe da Segunda Seção do Estado Maior. Acrescentei que o Oficial apresentou várias propostas de modificação no funcionamento da CIntPM, baseadas no seu conhecimento na área de inteligência.
Em nenhum momento eu confirmei que o Major de Polícia Fábio poderia estar me espionando, porém, no dia seguinte, os jornais destacaram o fato e obviamente, o Oficial ficou em situação constrangedora e certamente, os seus familiares.
Algum tempo depois, compareci na CIntPM e encontrei o Major de Polícia Fábio, sentamos para conversar e ele falou o quanto aquelas notícias tinham feito mal a ele, aos seus familiares e a sua própria carreira. Expliquei como os fatos se desenvolveram, falei sobre a tensão emocional que todos vivenciamos e afirmei ao Oficial que para mim a palavra dele era suficiente para esclarecer que não estava espionando, dando o caso por encerrado.
Cumpre destacar que o Major de Polícia Fábio, enquanto esteve sobre minhas ordens, demonstrou ser um Oficial dedicado e competente, tendo sido um dos Oficiais que mais contribuiu para a criação do Primeiro Curso de Assuntos Internos da Polícia Militar – o primeiro curso para Oficiais já foi realizado – e ainda, na criação do Gabinete Geral de Assuntos Internos (GGAI), que coordenaria a CIntPM e a Diretoria de Assuntos Interna (DAÍ), que seria criada.
A DAÍ iria cumprir duas missões fundamentais: gerar conhecimento (inteligência) na área da CIntPM e promover a investigação das denúncias anônimas feitas contra os Comandantes, Chefes e Diretores da Corporação. Tais denúncias eram encaminhadas ao Comando Intermediário correspondente ou ao Estado Maior Geral, não alcançando o resultado esperado, diante das dificuldades estruturais.
O GGAI chegou a ser criado através de um Decreto Estadual, porém nunca foi implantado e pelo que soube (sem confirmação), o decreto foi revogado. Em conseqüência, a DAÍ também não foi implantada.
Passei a receber emails do Major de Polícia Fábio, onde solicitava que publicasse um artigo para que os fatos fossem devidamente esclarecidos.
Assim sendo, ratifico publicamente, que acredito na palavra do Major de Polícia Fábio e dou o assunto por encerrado.
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
As mobilizações cívicas por melhores salários e por condições dignas de trabalho para os Policiais Militares e para os Bombeiros Militares começaram com o grupo de Oficiais e Praças das duas instituições, que constituíram o grupo denominado “40 da Evaristos”.
O grupo dos Coronéis Barbonos – composto por nove Coronéis de Polícia – foi formado logo após.
Neste espaço, eu já escrevi incontáveis vezes sobre os dois grupos e sobre a mobilização e os seus resultados, decorrentes das ações repressivas e das ações não democráticas usadas como forma de repressão às justas reivindicações. Portanto, não voltarei aos temas pretéritos, sendo o motivo deste artigo, o meu pedido de desculpas a dois Oficiais de Polícia.
As reuniões passaram a ser realizadas na AME/RJ, atendendo convite do seu Presidente, o Tenente-Coronel Anaíde, sendo que não eram mais exclusivas dos dois grupos, na realidade compareceram às reuniões centenas de Oficiais da ativa e da inatividade da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar.
Alguns Coronéis de Polícia da ativa que compareceram são mais antigos que todos os “Coronéis Barbonos”, embora a maioria das falas tenha sido dos Barbonos e dos 40 da Evaristos, porém não faltaram discursos inflamados contra o Governo do Estado do Rio de Janeiro, proferidos por não integrantes dos grupos.
Isso é passado, isso é HISTÓRIA!
As reuniões eram muito tensas e faltou-nos uma melhor direção dos trabalhos.
Eu, por exemplo, acertei e errei, certamente mais de uma vez.
Em uma das reuniões, o Capitão de Polícia Luiz Alexandre, que possui também um blog pessoal (http://capitaoluizalexandre.blogspot.com/), propôs que adiássemos a marcha democrática, alegando que representantes da Polícia Civil queriam também participar, porém necessitavam de mais tempo para mobilizar a categoria, eu fui contra e a proposta não foi aceita, até aí nada de mais, poderíamos a qualquer tempo realizar uma nova marcha com a participação dos Policiais Civis.
Todavia, ao retornar ao meu lugar, fiz uma afirmação deselegante e injusta contra o Capitão de Polícia Luiz Alexandre, que foi ouvida por alguns dos presentes.
Publicamente, solicito desculpas ao Oficial que a cada dia demonstra o quanto eu estava errado na minha avaliação precipitada.
Não me recordo se na mesma reunião ou na reunião seguinte – quando soubemos na AME/RJ quem seriam o novo Comandante Geral e o novo Chefe do Estado Maior Geral – surgiu no plenário uma afirmação de que o Major de Polícia Fábio, tinha sido colocado na Corregedoria Interna (CIntPM) para espionar as minhas ações. Eu confirmei que o Major de Polícia Fábio tinha ido para a Corregedoria Interna, quando eu atendi uma solicitação do Coronel de Polícia Pitta, quando era Chefe da Segunda Seção do Estado Maior. Acrescentei que o Oficial apresentou várias propostas de modificação no funcionamento da CIntPM, baseadas no seu conhecimento na área de inteligência.
Em nenhum momento eu confirmei que o Major de Polícia Fábio poderia estar me espionando, porém, no dia seguinte, os jornais destacaram o fato e obviamente, o Oficial ficou em situação constrangedora e certamente, os seus familiares.
Algum tempo depois, compareci na CIntPM e encontrei o Major de Polícia Fábio, sentamos para conversar e ele falou o quanto aquelas notícias tinham feito mal a ele, aos seus familiares e a sua própria carreira. Expliquei como os fatos se desenvolveram, falei sobre a tensão emocional que todos vivenciamos e afirmei ao Oficial que para mim a palavra dele era suficiente para esclarecer que não estava espionando, dando o caso por encerrado.
Cumpre destacar que o Major de Polícia Fábio, enquanto esteve sobre minhas ordens, demonstrou ser um Oficial dedicado e competente, tendo sido um dos Oficiais que mais contribuiu para a criação do Primeiro Curso de Assuntos Internos da Polícia Militar – o primeiro curso para Oficiais já foi realizado – e ainda, na criação do Gabinete Geral de Assuntos Internos (GGAI), que coordenaria a CIntPM e a Diretoria de Assuntos Interna (DAÍ), que seria criada.
A DAÍ iria cumprir duas missões fundamentais: gerar conhecimento (inteligência) na área da CIntPM e promover a investigação das denúncias anônimas feitas contra os Comandantes, Chefes e Diretores da Corporação. Tais denúncias eram encaminhadas ao Comando Intermediário correspondente ou ao Estado Maior Geral, não alcançando o resultado esperado, diante das dificuldades estruturais.
O GGAI chegou a ser criado através de um Decreto Estadual, porém nunca foi implantado e pelo que soube (sem confirmação), o decreto foi revogado. Em conseqüência, a DAÍ também não foi implantada.
Passei a receber emails do Major de Polícia Fábio, onde solicitava que publicasse um artigo para que os fatos fossem devidamente esclarecidos.
Assim sendo, ratifico publicamente, que acredito na palavra do Major de Polícia Fábio e dou o assunto por encerrado.
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA