segunda-feira, 22 de agosto de 2011

POLÍCIA MILITAR DO RIO DE JANEIRO: A DIFÍCIL LUTA CONTRA A BANDA PODRE.

JORNAL O DIA
Cúpula da PM promoveu varredura em São Gonçalo
Pelo menos 100 policiais foram transferidos, a maioria por suspeita de ligações com máfias
POR JOÃO ANTÔNIO BARROS
Rio - As ligações estreitas de policiais com as máfias de São Gonçalo — expostas com a morte da juíza Patrícia Acioli — levaram à remoção de pelo menos 100 sargentos, cabos e soldados do efetivo do 7º BPM, entre outubro de 2010 e junho deste ano. No período, todo o quadro de oficiais responsável por planejar e fiscalizar o policiamento na cidade também foi transferido.
A medida extrema, de substituir 16% dos agentes lotados no município, foi adotada pela cúpula da PM na tentativa de frear os elevados índices de criminalidade de São Gonçalo. Deu certo. No primeiro semestre deste ano, morreram 75 pessoas a menos do que no mesmo período de 2010 (145 assassinatos contra 220, respectivamente).
Segundo o tenente-coronel Cláudio Luís da Silva Oliveira, nem todos os policiais estavam diretamente ligados a denúncias de desvio de conduta. “Alguns só estavam muito tempo num mesmo setor, acomodados, e precisavam mudar de região”, conta o comandante do 7º BPM. Mas a maioria respondia a processos criminais ou era citado em denúncias de ligações com as máfias de transporte, caça-níquel, combustíveis e segurança particular.
A participação de policiais com as máfias que agem em São Gonçalo são, na análise do comandante, a principal motivação dos assassinatos praticados na cidade. “Supera o tráfico de drogas”, informa Cláudio Oliveira. Foi justamente para frear os homicídios que ele resolveu transferir os 100 PMs.
E a conta não fechou. O oficial sabe que esta semana a PM deve receber a lista dos policiais que respondem a crimes no Comarca de São Gonçalo e devem ser transferidos a pedido da Justiça. “Só espero que eles sejam substituídos para não deixar a cidade sem policiamento”, espera Cláudio Oliveira.
Maior parte dos PMs mora na cidade
Município com quase 1 milhão de habitantes, segundo o Censo de 2010, e baixa renda per capta, São Gonçalo tem uma curiosidade no seu policiamento: é basicamente feito por moradores. É que 85% dos praças que servem no 7º BPM moram e têm família na cidade. Resultado: como são os responsáveis pelo policiamento justamente na área onde são os xerifes, nunca sofrem fiscalização.
Outra característica do município é a quantidade de máfias atuante numa mesma região. Além das milícias e seu ‘gatonet’, o transporte alternativo, a adulteração de combustível, a segurança particular, o jogo do bicho e os caça-níqueis formam uma rede mafiosa capaz de corromper policiais como em nenhum outro município do estado. Sem contar com o poder do tráfico, que aumenta na mesma proporção que o do Rio diminui.
“São todas máfias lucrativas e que sempre cobiçam policiais”, revela o tenente-coronel Cláudio Oliveira, que se assustou com o quadro encontrado ao assumir o batalhão. Era tão crítica, que além dos oficiais de confiança, ele levou praças do Rio de Janeiro para colocar em pontos estratégicos em São Gonçalo.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

Um comentário:

Anônimo disse...

A necessidade da concessão de melhores salários aos Policiais Militares do Rio de Janeiro não pode ser ignorada.

"SE OS HOMENS NÃO TIVESSEM ALGUMA COISA DE LOUCOS SERIAM INCAPAZES DE HEROÍSMO" (MARQUÊS DE MARICÁ)

A EXPLORAÇÃO DOS POLICIAIS JÁ PASSOU DO LIMITE!

Policiais Militares precisam estar preparados e bem pagos (devidamente descansados) para terem condições de agir em situações inusitadas do dia a dia em comunidade.

Alunos da PM têm de fazer aula particular para complementar formação, um absurdo!

O Rio de Janeiro segue descendo a ladeira na segurança pública...

Distribuir gratificações para pequenos grupos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros é um desrespeito às Instituições e aos seus integrantes!

O Estado do Rio de Janeiro é o mais atrasado da federação em termos de segurança pública, em face principalmente da completa inexistência de uma política de Estado para essa área vital da vida social.

No Brasil, educação pública de qualidade não interessa aos políticos, que querem manter o povo escravo dessa cleptocracia que seguem implantando em todo país, enquanto o povo analfabeto ou analfatebo funcional, enche os estádios de futebol, toma cerveja e torce para o carnaval chegar.