quinta-feira, 21 de outubro de 2010

RIO: O AVANÇO DAS BANDAS PODRES DAS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL .

No início da luta dos Coronéis Barbonos para tentar salvar a Polícia Militar, isto no segundo semestre do ano de 2007, durante um almoço no Rancho dos Coronéis ("Aquário"), no Quartel General, o Coronel de Polícia Jorge Braga comentou que a PMERJ vivia um momento muito especial, considerando que o número de Coronéis que exercia as funções mais importantes da corporação, podia ser considerado excelente, pois contra eles não constava nada de desabonador.
Braga falava de honestidade, realmente, o número de Coronéis considerados honestos pela tropa era bastante considerável.
Em desfavor deles não existiam histórias "mal contadas", boatos.
Apesar desta realidade, a banda podre sobrevivia e, diariamente, a mídia retratava esta verdade.
Várias vezes eu ouvi de amigos e familiares, inclusive quando estava na função de Corregedor Interno, que não podia ser investigada uma quadrilha no Rio, não importando os crimes praticados, sempre surgiam Policiais Militares e Policiais Civis no grupo dos envolvidos.
Isto era um fato.
A banda podre das polícias faz clínica geral em termos da prática de crimes.
A notícia desta quinta-feira, mais uma vez, sinaliza para tal realidade.
Sinceramente, ou levamos a sério o combate às bandas podres das Polícias Civil e Militar, ou logo não precisaremos mais destas polícias.
"JORNAL EXTRA
PF desarticula quadrilha, formada por policiais do Rio, que deixou rombo de R$ 7 milhões
Antônio Werneck
RIO - Quatro policiais, sendo três PMs e um policial civil de Nova Friburgo, suspeitos de participação numa quadrilha que fraudava empréstimos bancários, foram presos, no início da tarde desta quinta-feira, por policiais da Polícia Federal do Rio. Ao todo sete pessoas foram presas. Em um ano o grupo teria deixado um rombo de R$ 7 milhões. Eles atuavam montando empresas fantasmas.
A operação desta quinta é um desdobramento da operação Roubo S/A, que em setembro do ano passado, levou à prisão 44 pessoas , entre elas 11 PMs e quatro policiais civis, três deles lotados na 151ª DP (Nova Friburgo). Naquela ocasião, eles eram acusados de integrar uma quadrilha responsável por roubos de cargas, assaltos a bancos, extorsões, lavagem de dinheiro e assassinatos.
Com base na cidade serrana de Nova Friburgo, o bando chegava a movimentar R$ 800 mil por semana, segundo investigações, e contava com ramificações em pelo menos outros dez municípios do estado: Rio, Niterói, Campos, Cordeiro, Cabo Frio, Macaé, São Sebastião do Alto, Além Paraíba, Guapimirim e Teresópolis.
Os quatro policiais presos na tarde desta quinta-feira, eram investigados desde o ano passado, já que seus nomes apareceram na operação Roubo S/A. O policial civil Miguel Angelo dos Santos, um dos presos, havia sido preso na operação, mas foi posto em liberdade e teria voltado a agir.
Cidade pacata da Região Serrana, a 140 quilômetros do Rio e com cerca de 180 mil habitantes, Nova Friburgo tem sido sacudida por uma onda de violência, com o crescimento, nos últimos três anos, do número de roubos, furtos e assassinatos".
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

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