quarta-feira, 20 de outubro de 2010

'CASO SAMPAIO", A DESMORALIZÇÃO DA INTELIGÊNCIA.


SITE G1:
"Currículo de falso militar indica que ele trabalhou na guarda presidencial
Exército, que responde pela guarda presidencial, nega.
Secretário de Segurança determinou recadastramento de 500 funcionários.
A polícia investiga se a admissão de um falso tenente-coronel do Exército foi autorizada por um integrante da cúpula da Secretaria de Segurança Pública. No currículo que o servidor Carlos da Cruz Sampaio Júnior apresentou à Secretaria consta que ele teria trabalhado até na guarda presidencial, em Brasília. O responsável pela admissão do falso militar pode ser exonerado do cargo.
O Exército, que responde pela guarda presidencial, informou que Carlos Sampaio nunca fez parte da equipe de segurança.
O servidor foi preso na sexta-feira (15) e vai responder por falsidade ideológica e porte ilegal de arma. Ele foi descoberto quando começou a trabalhar na Subsecretaria de Planejamento e Integração Operacional, há três meses. Por costume do órgão, sua vida profissional começou a ser investigada pelo departamento de Recursos Humanos e descobriram que ele não era do Exército.
Beltrame determina recadastramento de funcionários
Por causa do erro na contratação do falso militar, o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, determinou que os cerca de 500 funcionários que trabalham no órgão, entre policiais civis e militares, sejam recadastrados.
"O que houve efetivamente foi uma falha, sem dúvida nenhuma, num sistema nosso de procedimentos de admissão. E também, em função desse episódio, eu já determinei um recadastramento de todos os funcionários aqui pra ver se nós, por ventura, não tenhamos algum outro caso dessa natureza", explica o secretário.
Sindicâncias
Dois dias depois da prisão do suspeito, Beltrame informou que abriria uma sindicância interna para apurar as circunstâncias da contratação.
De acordo com a Secretaria de Segurança, a sindicância vai analisar os dois períodos em que falso militar trabalhou órgão: de 2003 a 2006 e de julho a outubro deste ano, quando foi contratado para a função administrativa na Subsecretaria de Planejamento e Integração Operacional. O cargo de coordenador, segundo a secretaria, permitia que ele auxiliasse a distribuição de efetivo e o planejamento do trabalho integrado das polícias.
A secretaria acrescentou que a sindicância do órgão correrá paralelamente ao inquérito na 4ª DP (Praça da República). No sábado (16), o órgão admitiu que houve falhas no processo de contratação do funcionário. O objetivo agora é saber de que forma o servidor foi contratado, se ele foi indicado por alguém e se isso facilitou a volta dele ao cargo este ano após 4 anos de sua primeira passagem pelo órgão.
Na segunda-feira (18), a Polícia Militar do Rio também confirmou a abertura de uma sindicância para apurar o possível relacionamento do falso militar com integrantes da corporação. A PM vai investigar a denúncia de que ele teria utilizado equipamentos e instalações da polícia.
Pai deve depor na quarta
Ainda na Na tarde de segunda, policias civis estiveram na casa de Calos Sampaio, em Vila Isabel, na Zona Norte. O pai dele, que é militar e havia sido intimado a prestar depoimento na segunda, será ouvido apenas na quarta-feira (20). Carlos disse aos agentes que a arma que ele usava, quando foi preso, pertencia ao pai. A polícia quer confirmar esta versão. O falso tenente-coronel está na carceragem da Polinter, no Grajaú, também na Zona Norte, e segundo o delegado Ricardo Domingues, ele confessou o crime.
Uma reportagem publicada no jornal Extra mostra que o falso militar chegou a representar a Secretaria de Segurança numa reunião em Brasília, em 2003. O encontro foi organizado pelo Ministério da Justiça para planejar a criação de gabinetes de gestão integrada em segurança pública. Um vídeo mostra Sampaio participando de um treinamento de tiros da polícia.
A delegacia que acompanha o caso enviou ofício à Secretaria de Segurança. Os policiais investigam, ainda, se Carlos tinha acesso a informações privilegiadas e se elas foram passadas para alguém. A nomeação dele como coordenador da subsecretaria de planejamento e integração operacional foi publicada há três meses no Diário Oficial.
A Secretaria de Segurança já sabe quem indicou o falso tenente-coronel para trabalhar no órgão, entre 2003 e 2006.
Erros na falsificação
Na carteira militar apresentada pelo funcionário havia pelo menos 10 erros na falsificação, como a inversão do nome dos pais e o tamanho do brasão do Exército.
"O documento que ele apresentou em primeira mão a gente teve que fazer uma investigação", disse o subsecretário de inteligência do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, que admitiu que o procedimento deveria ter sido adotado antes da contratação do servidor. "Até sim. Ele foi indicado, nós fizemos... O que importa é que nós fizemos o monitoramento e nós prendemos".
A secretaria afirmou ainda que o preso é filho de um militar e, por isso, conhece toda a documentação necessária para fazer falsificações".
Prezado cidadão, parece piada, mas é real.
A inteligência demorou 45 dias para descobrir que Sampaio não era Tenente Coronel do Exército, apesar da própria cédula de identidade exibida apresentar sinais de irregularidades.
Cidadão, o que funciona ao lado da secretaria de segurança pública na Avenida Presidente Vargas (foto)?
JUNTOS SOMOS FORTES!

PAULO RICARDO PAÚL

PROFESSOR E CORONEL

Ex-CORREGEDOR INTERNO

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