SITE G1:
"Currículo de falso militar indica que ele trabalhou na guarda presidencial
Exército, que responde pela guarda presidencial, nega.
Secretário de Segurança determinou recadastramento de 500 funcionários.
"Currículo de falso militar indica que ele trabalhou na guarda presidencial
Exército, que responde pela guarda presidencial, nega.
Secretário de Segurança determinou recadastramento de 500 funcionários.
A polícia investiga se a admissão de um falso tenente-coronel do Exército foi autorizada por um integrante da cúpula da Secretaria de Segurança Pública. No currículo que o servidor Carlos da Cruz Sampaio Júnior apresentou à Secretaria consta que ele teria trabalhado até na guarda presidencial, em Brasília. O responsável pela admissão do falso militar pode ser exonerado do cargo.
O Exército, que responde pela guarda presidencial, informou que Carlos Sampaio nunca fez parte da equipe de segurança.
O servidor foi preso na sexta-feira (15) e vai responder por falsidade ideológica e porte ilegal de arma. Ele foi descoberto quando começou a trabalhar na Subsecretaria de Planejamento e Integração Operacional, há três meses. Por costume do órgão, sua vida profissional começou a ser investigada pelo departamento de Recursos Humanos e descobriram que ele não era do Exército.
Beltrame determina recadastramento de funcionários
Por causa do erro na contratação do falso militar, o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, determinou que os cerca de 500 funcionários que trabalham no órgão, entre policiais civis e militares, sejam recadastrados.
"O que houve efetivamente foi uma falha, sem dúvida nenhuma, num sistema nosso de procedimentos de admissão. E também, em função desse episódio, eu já determinei um recadastramento de todos os funcionários aqui pra ver se nós, por ventura, não tenhamos algum outro caso dessa natureza", explica o secretário.
Sindicâncias
Dois dias depois da prisão do suspeito, Beltrame informou que abriria uma sindicância interna para apurar as circunstâncias da contratação.
De acordo com a Secretaria de Segurança, a sindicância vai analisar os dois períodos em que falso militar trabalhou órgão: de 2003 a 2006 e de julho a outubro deste ano, quando foi contratado para a função administrativa na Subsecretaria de Planejamento e Integração Operacional. O cargo de coordenador, segundo a secretaria, permitia que ele auxiliasse a distribuição de efetivo e o planejamento do trabalho integrado das polícias.
A secretaria acrescentou que a sindicância do órgão correrá paralelamente ao inquérito na 4ª DP (Praça da República). No sábado (16), o órgão admitiu que houve falhas no processo de contratação do funcionário. O objetivo agora é saber de que forma o servidor foi contratado, se ele foi indicado por alguém e se isso facilitou a volta dele ao cargo este ano após 4 anos de sua primeira passagem pelo órgão.
Na segunda-feira (18), a Polícia Militar do Rio também confirmou a abertura de uma sindicância para apurar o possível relacionamento do falso militar com integrantes da corporação. A PM vai investigar a denúncia de que ele teria utilizado equipamentos e instalações da polícia.
Pai deve depor na quarta
Ainda na Na tarde de segunda, policias civis estiveram na casa de Calos Sampaio, em Vila Isabel, na Zona Norte. O pai dele, que é militar e havia sido intimado a prestar depoimento na segunda, será ouvido apenas na quarta-feira (20). Carlos disse aos agentes que a arma que ele usava, quando foi preso, pertencia ao pai. A polícia quer confirmar esta versão. O falso tenente-coronel está na carceragem da Polinter, no Grajaú, também na Zona Norte, e segundo o delegado Ricardo Domingues, ele confessou o crime.
Uma reportagem publicada no jornal Extra mostra que o falso militar chegou a representar a Secretaria de Segurança numa reunião em Brasília, em 2003. O encontro foi organizado pelo Ministério da Justiça para planejar a criação de gabinetes de gestão integrada em segurança pública. Um vídeo mostra Sampaio participando de um treinamento de tiros da polícia.
A delegacia que acompanha o caso enviou ofício à Secretaria de Segurança. Os policiais investigam, ainda, se Carlos tinha acesso a informações privilegiadas e se elas foram passadas para alguém. A nomeação dele como coordenador da subsecretaria de planejamento e integração operacional foi publicada há três meses no Diário Oficial.
A Secretaria de Segurança já sabe quem indicou o falso tenente-coronel para trabalhar no órgão, entre 2003 e 2006.
Erros na falsificação
Na carteira militar apresentada pelo funcionário havia pelo menos 10 erros na falsificação, como a inversão do nome dos pais e o tamanho do brasão do Exército.
"O documento que ele apresentou em primeira mão a gente teve que fazer uma investigação", disse o subsecretário de inteligência do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, que admitiu que o procedimento deveria ter sido adotado antes da contratação do servidor. "Até sim. Ele foi indicado, nós fizemos... O que importa é que nós fizemos o monitoramento e nós prendemos".
A secretaria afirmou ainda que o preso é filho de um militar e, por isso, conhece toda a documentação necessária para fazer falsificações".
Prezado cidadão, parece piada, mas é real.
A inteligência demorou 45 dias para descobrir que Sampaio não era Tenente Coronel do Exército, apesar da própria cédula de identidade exibida apresentar sinais de irregularidades.
Cidadão, o que funciona ao lado da secretaria de segurança pública na Avenida Presidente Vargas (foto)?
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
O Exército, que responde pela guarda presidencial, informou que Carlos Sampaio nunca fez parte da equipe de segurança.
O servidor foi preso na sexta-feira (15) e vai responder por falsidade ideológica e porte ilegal de arma. Ele foi descoberto quando começou a trabalhar na Subsecretaria de Planejamento e Integração Operacional, há três meses. Por costume do órgão, sua vida profissional começou a ser investigada pelo departamento de Recursos Humanos e descobriram que ele não era do Exército.
Beltrame determina recadastramento de funcionários
Por causa do erro na contratação do falso militar, o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, determinou que os cerca de 500 funcionários que trabalham no órgão, entre policiais civis e militares, sejam recadastrados.
"O que houve efetivamente foi uma falha, sem dúvida nenhuma, num sistema nosso de procedimentos de admissão. E também, em função desse episódio, eu já determinei um recadastramento de todos os funcionários aqui pra ver se nós, por ventura, não tenhamos algum outro caso dessa natureza", explica o secretário.
Sindicâncias
Dois dias depois da prisão do suspeito, Beltrame informou que abriria uma sindicância interna para apurar as circunstâncias da contratação.
De acordo com a Secretaria de Segurança, a sindicância vai analisar os dois períodos em que falso militar trabalhou órgão: de 2003 a 2006 e de julho a outubro deste ano, quando foi contratado para a função administrativa na Subsecretaria de Planejamento e Integração Operacional. O cargo de coordenador, segundo a secretaria, permitia que ele auxiliasse a distribuição de efetivo e o planejamento do trabalho integrado das polícias.
A secretaria acrescentou que a sindicância do órgão correrá paralelamente ao inquérito na 4ª DP (Praça da República). No sábado (16), o órgão admitiu que houve falhas no processo de contratação do funcionário. O objetivo agora é saber de que forma o servidor foi contratado, se ele foi indicado por alguém e se isso facilitou a volta dele ao cargo este ano após 4 anos de sua primeira passagem pelo órgão.
Na segunda-feira (18), a Polícia Militar do Rio também confirmou a abertura de uma sindicância para apurar o possível relacionamento do falso militar com integrantes da corporação. A PM vai investigar a denúncia de que ele teria utilizado equipamentos e instalações da polícia.
Pai deve depor na quarta
Ainda na Na tarde de segunda, policias civis estiveram na casa de Calos Sampaio, em Vila Isabel, na Zona Norte. O pai dele, que é militar e havia sido intimado a prestar depoimento na segunda, será ouvido apenas na quarta-feira (20). Carlos disse aos agentes que a arma que ele usava, quando foi preso, pertencia ao pai. A polícia quer confirmar esta versão. O falso tenente-coronel está na carceragem da Polinter, no Grajaú, também na Zona Norte, e segundo o delegado Ricardo Domingues, ele confessou o crime.
Uma reportagem publicada no jornal Extra mostra que o falso militar chegou a representar a Secretaria de Segurança numa reunião em Brasília, em 2003. O encontro foi organizado pelo Ministério da Justiça para planejar a criação de gabinetes de gestão integrada em segurança pública. Um vídeo mostra Sampaio participando de um treinamento de tiros da polícia.
A delegacia que acompanha o caso enviou ofício à Secretaria de Segurança. Os policiais investigam, ainda, se Carlos tinha acesso a informações privilegiadas e se elas foram passadas para alguém. A nomeação dele como coordenador da subsecretaria de planejamento e integração operacional foi publicada há três meses no Diário Oficial.
A Secretaria de Segurança já sabe quem indicou o falso tenente-coronel para trabalhar no órgão, entre 2003 e 2006.
Erros na falsificação
Na carteira militar apresentada pelo funcionário havia pelo menos 10 erros na falsificação, como a inversão do nome dos pais e o tamanho do brasão do Exército.
"O documento que ele apresentou em primeira mão a gente teve que fazer uma investigação", disse o subsecretário de inteligência do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, que admitiu que o procedimento deveria ter sido adotado antes da contratação do servidor. "Até sim. Ele foi indicado, nós fizemos... O que importa é que nós fizemos o monitoramento e nós prendemos".
A secretaria afirmou ainda que o preso é filho de um militar e, por isso, conhece toda a documentação necessária para fazer falsificações".
Prezado cidadão, parece piada, mas é real.
A inteligência demorou 45 dias para descobrir que Sampaio não era Tenente Coronel do Exército, apesar da própria cédula de identidade exibida apresentar sinais de irregularidades.
Cidadão, o que funciona ao lado da secretaria de segurança pública na Avenida Presidente Vargas (foto)?
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
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