sábado, 20 de março de 2010

O CONHECIMENTO TÉCNICO E O DINHEIRO PÚBLICO JOGADOS NO LIXO.

Uma afronta à Aeronáutica?
Penso que os Oficiais Generais da Aeronáutica são os únicos que podem responder tal pergunta, porém, não tenho dúvidas, considerando o conhecimento técnico na análise dos fatos, estamos jogando dinheiro público no lixo.
No Brasil, os funcionários públicos do poder executivo, quando pretendem melhorar os seus salários miseráveis, sempre ouvem que a pretensão é justa, mas que não existe dinheiro.
Mentira! O dinheiro existe, inclusive é muito mal empregado pelos governantes, via de regra, isso sem falar nos desvios próprios das atividades criminosas, que inundam as nossas manchetes, enquanto o povo brasileiro continua dormindo em berço esplêndido.
No Rio o dinheiro público é mal empregado sistematicamente e no Brasil, quando tratamos de segurança pública, o mau uso é uma regra.
A Folha de São Paulo informa que o Ministério da Defesa contrariará a Aeronáutica e comprará os caças que custam mais caro e que a Instituição Militar não quer, algo surreal.
Leiam a matéria.
FOLHA DE SÃO PAULO:
20/03/2010 - 08h15
Jobim ignora FAB e mantém preferência por caça Rafale.
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, desconsiderou o ranking da Aeronáutica em que o caça sueco Gripen NG ficou em primeiro lugar para renovar a frota da FAB e priorizou transferência de tecnologia de caças, informa reportagem de Eliane Cantanhêde, publicada neste sábado pela Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).
Segundo a reportagem, Jobim mandou de volta aos militares um relatório sucinto desqualificando as possibilidades de transferência de tecnologia tanto do caça sueco quanto do norte-americano F-18 e afunilando a escolha para o francês Rafale.
A base da justificativa do ministro, conforme a Folha antecipou em 4 de fevereiro, é que o F-18 é americano e o Gripen NG tem componentes dos EUA, como o motor, e ambos deixariam o Brasil vulnerável. Os EUA, que têm regras peculiares de transferência de tecnologia, já impediram a Embraer de vender os aviões Super Tucano à Venezuela por terem peças americanas.
Argumentando que a avaliação de Jobim foi a partir de informações objetivas pinçadas do próprio relatório da FAB, o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, respondeu anteontem ao ministro que o Alto Comando (integrado pelos brigadeiros de mais alta patente) não tinha nada a opor.
Com isso, Jobim tem o caminho livre para finalmente anunciar o caça francês, o último no ranking oficial da Aeronáutica. O pacote do Rafale deve ficar em cerca de R$ 18 bilhões.
Leia a reportagem completa na Folha deste sábado, que já está nas bancas.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

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