Cidadão fluminense, você lembra da "Guerra do Alemão" no início do governo Sérgio Cabral e da gestão de Beltrame na SESEG/RJ?
Lembra das dezenas de mortos?
Pois é...
Tudo em vão, após três anos de governo Sérgio Cabral (PMDB), o Complexo do Alemão é uma área da cidade do Rio de Janeiro na qual as Polícias não entram, pois não podem atrapalhar as obras do elitoreiro PAC.
JORNAL EXTRA:BLOG CASOS DE POLÍCIA E SEGURANÇA.
Enviado por Isabel Boechat -
Operações empacadas
Polícia não entra há 479 dias no Complexo do Alemão
Com 13 favelas e uma área do tamanho de 296 campos de futebol, o Complexo do Alemão, na Zona Norte, é atualmente o esconderijo da facção criminosa mais bem armada do estado do Rio. Mas, curiosamente, ao contrário de todas outras favelas do Rio, os 250 mil moradores do Alemão não veem a presença efetiva da polícia há 479 dias.
O sumiço das forças de segurança está relacionada com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). As polícias Militar e Civil reduziram drasticamente o número de operações nas favelas, a partir de janeiro de 2008, quando o governo estadual anunciou o início das obras. O Alemão é um dos maiores investimentos do PAC no país e virou uma vitrine do programa no Rio: só o presidente Lula já esteve no local três vezes desde 2008.
Um levantamento feito pelo EXTRA, com base na leitura de mais de quatro mil registros de ocorrência de seis delegacias, mostrou a queda no número de operações. Em 2007, somente a PM realizou 12 operações no Alemão. Em 2008, foram quatro. Este ano, houve uma única incursão na favela Nova Brasília, em 6 de novembro, que resultou na apreensão de um tablete de maconha. Já a Polícia Civil — que em 2007 protagonizou batalhas no combate ao tráfico de drogas, deixando 19 mortos — realizou apenas uma operação 2009.
Delegados e oficiais da PM disseram, sob a condição de não terem seus nomes revelados, que as obras do PAC impedem, de forma não oficial, uma ação no Complexo do Alemão. Segundo o EXTRA apurou, não houve qualquer tipo de acordo com os bandidos. A decisão de evitar confrontos é política: a polícia sabe que impossível retomar o Complexo do Alemão sem um banho de sangue. O custo político de uma carnificina na vitrine do PAC seria altíssimo.
Apesar do poderio bélico, o chefe da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), Marcus Vinícius Braga, disse que cabe à Polícia Civil investigar e planejar bem uma incursão no Complexo do Alemão.
— Quando as investigações estiverem maduras, daremos uma resposta, ou melhor, a resposta, definitiva a esses traficantes. A polícia irá devolver o Complexo do Alemão ao Estado.
Tráfico migrou, diz a PM
A Polícia Militar informou que o motivo da ausência de policiais militares na favela é uma questão de prioridade. Em nota, a corporação informou que: “A Polícia Militar planeja suas ações a partir dos critérios de necessidade e oportunidade. (...) Observamos a dispersão das duas atividades principais do tráfico daquela comunidade. A venda de drogas e o emprego de homens fortemente armados, foram, gradativamente, sendo reduzidos e, aqueles marginais que restaram, viram-se obrigados a migrar para outras áreas como Complexo da Penha e, depois, Jacaré, Manguinhos, Mangueira, Mangueirinha, entre outras comunidades controladas pela mesma facção e que também veem recebendo a atuação policial”.
Segundo o diretor de Delegacias Especializadas, Rodrigo Oliveira, há seis unidades da Polícia Civil empenhadas em investigações do Complexo do Alemão. — Estamos realizando um trabalho de inteligência muito sério. Mais cedo ou mais tarde, faremos uma operação. É público e notório que os criminosos estão esperando por isso. Uma incursão no Alemão torna-se complicada pelo poderio bélico dos traficantes, pelo tamanho do complexo e pela geografia do local — disse o diretor, que enfatiza que nem sempre o serviço de inteligência evita confrontos. — É importante ressaltar que serviço de inteligência, no caso do Complexo do Alemão, não evita um confronto intenso e com consequências trágicas. Quanto mais precisa é a informação, quanto mais chegarmos ao coração do problema, maior é a resistência dos traficantes daquele local, que ainda fazem uso de drogas como o crack, o que aumenta mais ainda a violência nos ataques contra os policiais. Não esquecemos o Complexo do Alemão.
JUNTOS SOMOS FORTES!O sumiço das forças de segurança está relacionada com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). As polícias Militar e Civil reduziram drasticamente o número de operações nas favelas, a partir de janeiro de 2008, quando o governo estadual anunciou o início das obras. O Alemão é um dos maiores investimentos do PAC no país e virou uma vitrine do programa no Rio: só o presidente Lula já esteve no local três vezes desde 2008.
Um levantamento feito pelo EXTRA, com base na leitura de mais de quatro mil registros de ocorrência de seis delegacias, mostrou a queda no número de operações. Em 2007, somente a PM realizou 12 operações no Alemão. Em 2008, foram quatro. Este ano, houve uma única incursão na favela Nova Brasília, em 6 de novembro, que resultou na apreensão de um tablete de maconha. Já a Polícia Civil — que em 2007 protagonizou batalhas no combate ao tráfico de drogas, deixando 19 mortos — realizou apenas uma operação 2009.
Delegados e oficiais da PM disseram, sob a condição de não terem seus nomes revelados, que as obras do PAC impedem, de forma não oficial, uma ação no Complexo do Alemão. Segundo o EXTRA apurou, não houve qualquer tipo de acordo com os bandidos. A decisão de evitar confrontos é política: a polícia sabe que impossível retomar o Complexo do Alemão sem um banho de sangue. O custo político de uma carnificina na vitrine do PAC seria altíssimo.
Apesar do poderio bélico, o chefe da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), Marcus Vinícius Braga, disse que cabe à Polícia Civil investigar e planejar bem uma incursão no Complexo do Alemão.
— Quando as investigações estiverem maduras, daremos uma resposta, ou melhor, a resposta, definitiva a esses traficantes. A polícia irá devolver o Complexo do Alemão ao Estado.
Tráfico migrou, diz a PM
A Polícia Militar informou que o motivo da ausência de policiais militares na favela é uma questão de prioridade. Em nota, a corporação informou que: “A Polícia Militar planeja suas ações a partir dos critérios de necessidade e oportunidade. (...) Observamos a dispersão das duas atividades principais do tráfico daquela comunidade. A venda de drogas e o emprego de homens fortemente armados, foram, gradativamente, sendo reduzidos e, aqueles marginais que restaram, viram-se obrigados a migrar para outras áreas como Complexo da Penha e, depois, Jacaré, Manguinhos, Mangueira, Mangueirinha, entre outras comunidades controladas pela mesma facção e que também veem recebendo a atuação policial”.
Segundo o diretor de Delegacias Especializadas, Rodrigo Oliveira, há seis unidades da Polícia Civil empenhadas em investigações do Complexo do Alemão. — Estamos realizando um trabalho de inteligência muito sério. Mais cedo ou mais tarde, faremos uma operação. É público e notório que os criminosos estão esperando por isso. Uma incursão no Alemão torna-se complicada pelo poderio bélico dos traficantes, pelo tamanho do complexo e pela geografia do local — disse o diretor, que enfatiza que nem sempre o serviço de inteligência evita confrontos. — É importante ressaltar que serviço de inteligência, no caso do Complexo do Alemão, não evita um confronto intenso e com consequências trágicas. Quanto mais precisa é a informação, quanto mais chegarmos ao coração do problema, maior é a resistência dos traficantes daquele local, que ainda fazem uso de drogas como o crack, o que aumenta mais ainda a violência nos ataques contra os policiais. Não esquecemos o Complexo do Alemão.
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO
2 comentários:
o governador sergio cabral tem muito medo,em que a policia ocupe o complexo do alemão,pois pode queimar a imagem do rio de janeiro,a droga lá come soltinha,e os marginais transitam pra todos os lados fortemente armados,onde está a policia do beltrame!!!!!!!!
Se vai devolver ao Estado é porque admite que perdeu para a bandidagem. simplesmente lamentável.
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