O que eu defendo para um novo modelo de sistema policial no Brasil?
Eu sou alvo desse questionamento insistentemente, embora já tenha me posicionado sobre as alterações que defendo, algumas vezes. Em síntese apresento algumas delas, destacando que o passo primordial é trazer o cidadão para o centro do sistema, não só como o destinatário das ações de segurança pública, mas transformando o policial em cidadão brasileiro pleno, algo que ainda está longe de ocorrer no país. Em seguida, deixando uma branstorning fluir e respeitando todas as adaptações que se farão necessárias, proponho seguir pelo caminho da federalização da segurança pública com a criação do Ministério da Segurança Pública. Criar a polícia única, dividida em departamentos de Polícia Ostensiva/Preservação da Ordem Pública, de Polícia Investigativa e de Polícia Técnico-Científica (Perícia); controlada externamente pelo Ministério Público e internamente pelas Corregedorias; com porta de entrada única (base) e através de concurso público com exigência de nível superior completo; tendo o piso salarial de R$ 4.000,00 para o Policial (primeiro nível hierárquico), promovendo a diminuição dos níveis hierárquicos e com promoções unicamente pelo critério meritório, mediante concurso interno e, ainda, promover adaptação de toda legislação (regulamentos) referente à atividade policial aos mandamentos constitucionais.
Indo na direção apontada, significará o fim: da subordinação da polícia ao poder político estadual; do programa da Força Nacional de Segurança; das Secretarias de Segurança Pública (e nomes similares) nos estados federativos e dos concursos externos para Delegado e Oficial.
É isso!
Juntos Somos Fortes!
Um comentário:
UMA QUESTÃO DE MÉTODO
"Estamos condenados à civilização. Ou progredimos, ou desaparecemos."
Euclides da Cunha
Visto o empenho de ampliar a instrumentalidade do blog, como espaço do desenvolvimento do pensamento útil às realização da Segurança Pública, na defesa dos direitos do cidadão policial e na busca do bem da sociedade, transcrevo o texto a seguir, sobre como construir um conhecimento em conjunto:
"A maneira certa para fazer as coisas não é tentar persuadir as pessoas que você está certo, mas desafiá-los a pensar por si mesmos. Não há nada nas questões humanas sobre o que você pode falar com muita segurança. Mesmo nas ciências naturais isso é verdade em grande parte. Nos casos das questões humanas, nas questões familiares, seja lá o que for, você pode compilar evidências e colocá-las juntas, analisando-as de uma determinada maneira. A abordagem certa, excetuando o que uma ou outra pessoa faz, é simplesmente encorajar as pessoas a fazerem isso.
Você tenta mostrar, especificamente, o abismo que separa as versões padrão do que acontece no mundo daquilo que as evidências dos sentidos e os questionamentos das pessoas lhe indicarão tão logo elas começarem a analisá-las. Como eu vou saber que o que você está dizendo é verdade?
(...)
Ninguém vai despejar verdades no seu cérebro. É algo que você tem que descobrir por si mesmo."
"Há coisas que você pode fazer em grupos, que você não pode fazer sozinho."
"Parte do segredo do sistema de dominação e controle é separar as pessoas uma das outras de tal forma que essa união não aconteça."
Fonte: Noam Chomsky, em Propaganda e consciência popular.
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