segunda-feira, 22 de agosto de 2011

SÉRGIO CABRAL (PMDB) CONTINUA APRONTANDO E O POVO FLUMINENSE NEM AÍ.

1) FOLHA DE SÃO PAULO
20/08/2011
CÉSAR DE PONTA-CABEÇA

FERNANDO DE BARROS E SILVA
SÃO PAULO - O governo de Sérgio Cabral acaba de firmar oito contratos emergenciais, com dispensa de licitação, com a empreiteira Delta, do empresário Fernando Cavendish, seu grande amigo.
São contratos que totalizam R$ 37,6 milhões e vêm se somar aos R$ 58,7 milhões que a Delta já recebeu sem licitação do governo fluminense somente neste ano.
Foi um acidente aéreo no litoral baiano, há dois meses, que jogou luz sobre as relações quentes do governador. Ele e o empresário viajaram juntos no jatinho emprestado por Eike Batista. Iam comemorar o aniversário de Cavendish e aguardavam o helicóptero que caiu, matando a namorada do filho de Cabral e familiares do empreiteiro.
Cabral e Cavendish já haviam usado o jatinho do mesmo Eike para ir às Bahamas, a passeio. Ambos têm casa de férias no mesmo condomínio de endinheirados em Mangaratiba, litoral sul do Rio.
Essa bonita relação de amizade não foi suficiente para constranger negócios com o Estado, que devem se pautar pela impessoalidade. Pelo contrário, tudo parece pertencer a uma mesma festa. A Delta abocanhou mais de R$ 1,3 bi em contratos na gestão Cabral, dos quais R$ 214 milhões são "emergenciais".
O dinheiro aprovado nesta semana, por exemplo, se destina a reparar danos provocados pelas chuvas de janeiro de... 2010 -um caso de "emergência retroativa". A Delta vai receber 40% dos R$ 96,3 milhões reservados às obras.
O que chama a atenção nessa história toda é a sem-cerimônia com que a promiscuidade se apresenta. Tudo é muito didático e ostensivamente escancarado. Como se o governador estivesse empenhado não mais em agredir a inteligência do contribuinte -já passamos desse ponto-, mas em testar os limites da sua impunidade e o grau de omissão das instituições do Estado.
No Brasil, as coisas funcionam de ponta-cabeça. Não é que invertemos a máxima da mulher de César?
2) REVISTA VEJA.
21/08/2011 / Direto ao Ponto
Augusto Nunes
O BILIONÁRIO ACASALAMENTO DE CABRAIS E CAVENDISHS IRRIGA OS CANTEIROS DE OBRAS
Depois de deixar eventuais explicações por conta da assessoria de imprensa, Sérgio Cabral saiu de seus cuidados para comentar a descoberta de que o governo do Rio acabou de beneficiar a Delta Construções, pertencente ao empresário Fernando Cavendish, com outro lote de “contratos para obras emergenciais” ─ sem licitação, naturalmente ─ que somam R$ 37,6 milhões. “Eu tomei conhecimento com a imprensa, não estava nem sabendo”, desconversou Cabral.
Com apenas 10 palavras, o declarante conseguiu, simultaneamente, agredir a língua portuguesa, atropelar a verdade, menosprezar a inteligência alheia, zombar da polícia, do Ministério Público e da Justiça ─ e deixar claro que se trata de um reincidente patológico. Ele prometera criar juízo ao emergir do período de luto decretado em 17 de julho pela queda de um helicóptero no litoral da Bahia. Pelo jeito, piorou.
Só no primeiro semestre deste ano, Cabral irrigou com R$ 58,7 milhões os canteiros de obras sem licitação da Delta. Abalroado pelo acidente que escancarou as relações mais que promíscuas que o ligam à família do amigo, anfitrião, patrocinador, agente de viagens e contraparente Fernando Cavendish, encomendou um código de conduta para vigiar-se. A nova safra de negócios malandros confirma que a encomenda foi mais um monumento ao cinismo.
Os contratos foram assinados por Luiz Fernando Pesão, secretário de Obras, vice-governador e candidato à sucessão do chefe e amigo. Um porta-voz da secretaria lembrou que as obras “têm alta complexidade” e que parte do dinheiro vem do governo federal. Uma nota da Delta engrossou o discurso sobre o nada: “A motivação para a escolha da Delta para obras emergenciais é o fato da empresa ter capacidade e agilidade para atender a essas demandas”.
Deve ser a única no mundo. Nos últimos quatro anos e sete meses, a empresa Cavendish faturou, em contratos com o governo do Rio, R$ 1,3 bilhão. A coisa fica mais espantosa quando exposta pela procissão de zeros à direita: 1.300.000.000. O bilionário acasalamento de cabrais e cavendishs não é caso para código de conduta. É coisa para o Código Penal.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

Um comentário:

Anônimo disse...

A necessidade da concessão de melhores salários aos Policiais Militares do Rio de Janeiro não pode ser ignorada.

"SE OS HOMENS NÃO TIVESSEM ALGUMA COISA DE LOUCOS SERIAM INCAPAZES DE HEROÍSMO" (MARQUÊS DE MARICÁ)

A EXPLORAÇÃO DOS POLICIAIS JÁ PASSOU DO LIMITE!

Policiais Militares precisam estar preparados e bem pagos (devidamente descansados) para terem condições de agir em situações inusitadas do dia a dia em comunidade.

Alunos da PM têm de fazer aula particular para complementar formação, um absurdo!

O Rio de Janeiro segue descendo a ladeira na segurança pública...

Distribuir gratificações para pequenos grupos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros é um desrespeito às Instituições e aos seus integrantes!

O Estado do Rio de Janeiro é o mais atrasado da federação em termos de segurança pública, em face principalmente da completa inexistência de uma política de Estado para essa área vital da vida social.

No Brasil, educação pública de qualidade não interessa aos políticos, que querem manter o povo escravo dessa cleptocracia que seguem implantando em todo país, enquanto o povo analfabeto ou analfatebo funcional, enche os estádios de futebol, toma cerveja e torce para o carnaval chegar.