segunda-feira, 8 de agosto de 2011

É HORA DE VENCERMOS A INÉRCIA CÍVICA DA POPULAÇÃO DO RIO DE JANEIRO.

O Rio de Janeiro é um dos estados mais importantes do país, sendo o segundo em arrecadação, mas apesar dessas verdades presta serviços públicos de qualidade lastimável para a sofrida população fluminense, em face da péssima gestão realizada pelo governador Sérgio Cabral (PMDB).
Na tentativa de prestar serviços públicos de boa qualidade, diferentes categorias do funcionalismo público têm ocupado as ruas do município do Rio de Janeiro, principalmente, promovendo atos públicos nos quais tentam conscientizar a população para a gravidade da situação e para os riscos concretos a que está submetida (saúde e segurança), assim como, tentam motivar a população para participar da luta para a salvação dos serviços públicos, o que parece impossível de conseguir.
Prezado leitor, a inércia cívica da população do Rio de Janeiro é algo assustador, nem parece que há poucos anos o Rio era o pólo político, a caixa de ressonância do Brasil. Hoje, sem dúvida, é mais fácil dobrar governantes do que mobilizar a população fluminense, a qual parece anestesiada por completo diante dos gravíssimos riscos de morte envolvendo a todos nós, em qualquer lugar e em qualquer horário, no nosso estado de natureza esplendorosa.
Ao longo do terrível governo Sérgio Cabral (PMDB), os funcionários públicos têm feito a sua parte, sobretudo os das áreas da segurança (Bombeiros e Policiais Militares), da educação e da saúde, realizando ao todo mais de uma centena de atos públicos nas ruas, mas apesar de todo esse esforço para conscientizar a população, ela NUNCA aparece, NUNCA, eis a verdade.
Mais de cem atos foram realizados e NENHUM deles foi promovido pela população organizada. O máximo que acontece é um movimento de um pequeno grupo isolado ou um ato desenvolvido por uma ONG em defesa do serviço público, como tem feito a Rio de Paz. Não vemos associações de bairros, clubes de serviços, associações de moradores, ONGs, etc, organizadamente, promoverem atos da população para defender o serviço e os servidores públicos.
São praticamente cinco anos tentando mobilizar a população para participar da luta e NADA, a inércia cívica continua teimosamente. Parece que o povo fluminense não sabe que pode morrer em qualquer rua do Rio sendo vítima de um assalto, por exemplo. Ou que também pode morrer a qualquer momento ao ser conduzida pelo Corpo de Bombeiros, após um acidente, para um hospital público completamente ineficiente por falta de profissionais ou de recursos materiais.
A grande pergunta que se impõe aos servidores públicos:
- O que fazer para mobilizar a população para participar da luta e pressionar os governantes para ter a sua disposição serviços públicos de boa qualidade?
Agir de forma ordeira e pacífica, como os servidores têm feito nesses último anos, dando continuidade ao que tem sido feito até o momento, sem qualquer sucesso. Ou usar com a população a mesma estratégia que se usa na educação dos jovens, ou seja, quando a conscientização não é alcançada através do diálogo, só resta o implemento de ônus aos reincidentes como forma para mudar um comportamento errado.
A primeira vista parece que os servidores da educação pública (SOS EDUCAÇÃO) estão iniciando essa fase mais contundente, estão em greve, o que causa prejuízos para a população, sem dúvida. Sem aulas, o filho que estuda na escola pública tem menor possibilidade ainda de enfrentar os filhos de quem pode pagar uma escola particular, onde as greves não acontecem, na hora dos exames seletivos. Certamente, as TVs cahapa branca (apoiam Sérgio Cabral) entrevistarão responsáveis e alunos nas portas das escolas públicas, os quais criticarão a greve veementemente, todavia, esses mesmos que criticam a greve, NUNCA estiveram nas ruas lutando pelos seus próprios direitos, pressionando os governantes para que a escola pública seja de boa qualidade, com profissionais justamente valorizados e com todos os recursos que o processo ensino-aprendizagem impõe.
Obviamente, nenhum servidor público quer fazer greve, ninguém fez um difícil concurso público para no exercício da atividade prejudicar a população que paga seus salários, entretanto, a inércia cívica da população do Rio de Janeiro está conduzindo os servidores para essa última alternativa.
É hora de vencer a inércia cívica da população do Rio de Janeiro.
Isso não pode ser mais adiado.
Melhor será que a própria população através dos vetores sociais se mobilize e passe a cobrar dos governantes a prestação de serviços públicos de boa qualidade, ombreando com os servidores públicos, essa é a melhor solução, ninguém dúvida.
Caso a população não escolha tal opção indolor, penso que não restará alternativas aos servidores públicos , os quais deverão escolher entre:
- Deixar os serviços públicos se deteriorarem inteiramente de uma vez por todas (fingem que me pagam, finjo que trabalho); ou
- Ensinar civismo à população do Rio de Janeiro, impondo alguns ônus (greves, paralisações, operação padrão, operação tolerância zero, passeatas, operação cumpra-se a lei, etc) para conscientizar a todos sobre a extrema gravidade da situação e juntos, servidores e população, possam salvar os serviços públicos da ação destruidora dos péssimos governantes.
O tempo trabalha contra a população e contra os servidores públicos.
É hora de vencer a inércia cívica da população do Rio de Janeiro.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

5 comentários:

Anônimo disse...

Prezado Coronel,
Não sei se o senhor está sabendo mas dia 13 de agosto de 2011, no posto 4 da Praia de Copacabana, às 14 horas, está programado o Dia do Basta 2 (contra a Corrupção e a favor da Educação).
Maiores informações: http://www.facebook.com/event.php?eid=170307469701652

favor ajudar a divulgar!!

Alexandre, The Great disse...

População?
Não seria "manada" conduzida por 1/2 dúzia ?

Anônimo disse...

Não se pode chegar a uma soveteria e pedir sorvete de morango se só se conhece o sabor limão..., ou seja só se pede cobra aquilo que se conhece. Há muito se retirou das grades escolares as aulas de moral e cívica o que ajudou a proliferar essas gerações alienadas que NUNCA cobrarão direitos pelo simples fato de que os ignoram. Estamos tratando de duas ou três gerações que simplesmente desconhecem direitos e deveres, vivendo à base de mímica, imitação, apenas se acostumando com a "verdades" repetidas por uma imprensa prostituída, corrompida. Sugiro,apenas sugiro, a criação de panfletos (imparciais), simples,diretos,que tentem lançar um pouco de luz de cidadania sobre essas pessoas. Tal panfleto poderia ser disponibilizado aqui no blog para que os mais engajados imprimissem e distribuissem em locais de grande circulação.Sou bombeiro e acredito que só lograremos êxito unindo as mobilizações -educação-segurança-saúde (nessa ordem). Att. Fernando BM RJ

Anônimo disse...

A população brasileira sempre foi facilmente ludibriada e manipulada pelos políticos e os barões da mídia.

Hoje, com todos os poderes da república visivelmente comprometidos e parcialmente inertes perante à corrupção generalizada que assola a nação, e acobertados pela grande mídia graças as "benesses" milionárias concedidas à pretexto de "verbas publicitárias", a população foi totalmente alienada.

Apenas medidas extremas como as elencadas pelo senhor, agiriam como um antídoto eficaz (e amargo) contra esta verdadeira lavagem cerebral imposta ao povão.

Até lá, o funcionalismo público será tratado pela população como a "GENI", e execrado diariamente pela mídia e os verdadeiros responsáveis por todas as mazelas e sofrimentos dos quais são vítimas.

Anônimo disse...

segunda-feira, 08 de agosto de 2011

Vexame no Grande Prêmio Brasil: Tribuna Social vaia Sérgio Cabral e o presidente do Jóquei.

Carlos NewtonDois fatos raros aconteceram ontem, logo após o Grande Prêmio Brasil, quando o presidente do Jóquei Clube Brasileiro, Luís Eduardo Costa Carvalho, entregava a taça de vencedor a Henderson Fernandez, 19 anos, que montou o vencedor Belo Acteon, pouco antes de se referir ao governador Sérgio Cabral.

A vaia começou a Costa Carvalho, já intensa, e se tornou ainda maior quando ele citou o nome do governador do Estado, que não compareceu, indelicadamente, fazendo-se representar, o que é considerado uma deselegância para com o JCB. Desajeitado, e surpreendido pela reação contrária, Costa Carvalho não conseguiu recuar e piorou as coisas quando se referiu ao prefeito Eduardo Paes, que igualmente não compareceu.

Como o Grande Prêmio Brasil é uma festa do turfe, um evento da cidade, os governadores e prefeitos do Rio costumam sempre comparecer. Mas a vaia a Sérgio e a Eduardo Paes não foi em função da ausência de ambos, mas sim um reflexo da baixa popularidade em que encontram, que por sua vez decorre de suas atuações administrativas. Um papelão.

http://www.tribunadaimprensa.com.br/?p=21836