domingo, 29 de junho de 2008
O GLOBO ONLINE - CHÁVEZ É ACUSADO DE PERSEGUIÇÃO NOS QUARTÉIS.
REVISTA.
Chávez é acusado de perseguição nos quartéis.
RIO - Centenas de Oficiais das forças armadas da Venezuela que não concordam com as políticas do presidente Hugo Chávez estariam sendo ameaçados e perseguidos pelos seus superiores, informa a edição deste sábado do jornal O Globo. A acusação foi feita por oficiais reformados e pela ONG venezuelana Controle Cidadão para a Segurança. Os opositores do governo, segundo eles, estariam perdendo oportunidades de promoção ou mesmo sendo retirados de suas funções e colocados em disponibilidade (com salários, mas sem trabalhar). O governo negou as acusações [...]".
O artigo pode ser lido na íntegra através do link:
Infelizmente, alguns governantes que se dizem democratas, utilizam as ferramentas da ditadura para impor a sua vontade, quando democraticamente são contrariados.
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UMA PRIMEIRA-DAMA QUE VALEU A PENA - MARIA LUCIA VICTOR BARBOSA.
"Quando personalidades marcantes, daquelas que se distinguem no cenário nacional partem, para quem sabe outra dimensão, fica uma sensação de perda como se fosse a de um parente, de alguém próximo, apesar de não termos tido contato pessoal com essa figura. Assim, com certeza, se sentiram os brasileiros quando tomaram conhecimento da morte da ex-primeira-dama, dona Ruth Cardoso, ocorrido em 24/06/2008.
Essa comoção não é normal com relação às primeiras-damas. Geralmente elas não se destacam ofuscadas por seus maridos, sobretudo, quando estes são presidentes da República.
Algumas esposas de presidentes exercem ou simulam exercer certas funções de assistência social sem muita relevância. Outras se limitam a freqüentar ocasiões sociais ou acompanhar seus maridos em viagens para compor o quadro que os eleitores admiram: o da família bem constituída. Portanto, primeiras-damas podem ser também peças de marketing, figuras sem vida própria com tendência a resvalar para futilidades que os privilégios do seu status comportam.
Dona Ruth Cardoso fugiu à regra. Extremamente discreta, dotada de elegância sóbria e gestos comedidos, dona de invejável cultura, ela se destacou no cenário nacional pelo trabalho desenvolvido na área social e pela preocupação com os menos favorecidos.
Antes de mais nada ela foi uma mulher como o são as mulheres de fibra, ou seja, foi primeiramente mãe. Assim, enquanto o marido Fernando Henrique Cardoso se dedicava aos estudos e fazia brilhante carreira, inclusive internacional como sociólogo, a antropóloga Ruth cuidou dos filhos do casal, o que fez com que sua trajetória acadêmica ocorresse mais lentamente que a dele.
Mesmo assim conseguiu defender o mestrado em 1970 e o doutorado em 1972. Num país como o nosso, em que se cultiva a mediocridade, a educação caiu ao seu nível mais baixo e não se premia o mérito, infelizmente essa enorme dedicação aos estudos é vista como coisa da elite ou algo desnecessário. Seria, então, preciso mudar nossa mentalidade para se reverenciar os que vencem por mérito.
Dona Ruth foi também professora e pesquisadora e, quando seu marido chegou à presidência da República, assumiu a presidência do Programa Comunidade Solidária. A partir daí foi uma primeira-dama incansável no combate à exclusão social. Menos pelo papel que lhe coube junto a Fernando Henrique e mais por sua consciência cívica, sua visão do país, seu sentimento de brasilidade.
Ruth Cardoso não foi a primeira-dama fútil das festas, o ornamento a desfilar junto ao marido, a deslumbrada exibindo jóias e roupas. Mas exerceu o papel para o qual seu preparo intelectual e seu sentimento de cidadã brasileira se conjugaram para fazer da discreta senhora uma pessoa participante do seu tempo, um ser humano útil a outros seres humanos.
Ainda assim, recentemente foi vítima desse tipo de sordidez que permeia o jogo político. O dossiê urdido nas tramas palacianas para denegrir o ex-presidente FHC através dos gastos pessoais realizados durante seu governo, visou atingir também dona Ruth. De forma firme, sem se intimidar, ela declarou publicamente que se mostrava indignada com a exploração política que estava sendo feita como os gastos pessoais do seu marido e familiares no período em que ele fora presidente. Realmente, uma abominação visando encobrir abusos de outros, estes sim, absurdos.
Dona Ruth, mãe, professora, primeira-dama atuante se foi para outra dimensão. Fica o Brasil em certo estado de orfandade num momento em que faltam mais mulheres dotadas de espírito público, mulheres solidárias, dignas, capazes de entender que cargo não é privilégio, mas encargo e que o fim último da política, como disse Aristóteles, é o bem comum.
Dona Ruth Cardoso, à sua maneira fez política como se deve fazer. Ela se foi, mas fica seu exemplo. O exemplo raro de como deve ser uma primeira-dama. Dona Ruth valeu a pena".
Essa comoção não é normal com relação às primeiras-damas. Geralmente elas não se destacam ofuscadas por seus maridos, sobretudo, quando estes são presidentes da República.
Algumas esposas de presidentes exercem ou simulam exercer certas funções de assistência social sem muita relevância. Outras se limitam a freqüentar ocasiões sociais ou acompanhar seus maridos em viagens para compor o quadro que os eleitores admiram: o da família bem constituída. Portanto, primeiras-damas podem ser também peças de marketing, figuras sem vida própria com tendência a resvalar para futilidades que os privilégios do seu status comportam.
Dona Ruth Cardoso fugiu à regra. Extremamente discreta, dotada de elegância sóbria e gestos comedidos, dona de invejável cultura, ela se destacou no cenário nacional pelo trabalho desenvolvido na área social e pela preocupação com os menos favorecidos.
Antes de mais nada ela foi uma mulher como o são as mulheres de fibra, ou seja, foi primeiramente mãe. Assim, enquanto o marido Fernando Henrique Cardoso se dedicava aos estudos e fazia brilhante carreira, inclusive internacional como sociólogo, a antropóloga Ruth cuidou dos filhos do casal, o que fez com que sua trajetória acadêmica ocorresse mais lentamente que a dele.
Mesmo assim conseguiu defender o mestrado em 1970 e o doutorado em 1972. Num país como o nosso, em que se cultiva a mediocridade, a educação caiu ao seu nível mais baixo e não se premia o mérito, infelizmente essa enorme dedicação aos estudos é vista como coisa da elite ou algo desnecessário. Seria, então, preciso mudar nossa mentalidade para se reverenciar os que vencem por mérito.
Dona Ruth foi também professora e pesquisadora e, quando seu marido chegou à presidência da República, assumiu a presidência do Programa Comunidade Solidária. A partir daí foi uma primeira-dama incansável no combate à exclusão social. Menos pelo papel que lhe coube junto a Fernando Henrique e mais por sua consciência cívica, sua visão do país, seu sentimento de brasilidade.
Ruth Cardoso não foi a primeira-dama fútil das festas, o ornamento a desfilar junto ao marido, a deslumbrada exibindo jóias e roupas. Mas exerceu o papel para o qual seu preparo intelectual e seu sentimento de cidadã brasileira se conjugaram para fazer da discreta senhora uma pessoa participante do seu tempo, um ser humano útil a outros seres humanos.
Ainda assim, recentemente foi vítima desse tipo de sordidez que permeia o jogo político. O dossiê urdido nas tramas palacianas para denegrir o ex-presidente FHC através dos gastos pessoais realizados durante seu governo, visou atingir também dona Ruth. De forma firme, sem se intimidar, ela declarou publicamente que se mostrava indignada com a exploração política que estava sendo feita como os gastos pessoais do seu marido e familiares no período em que ele fora presidente. Realmente, uma abominação visando encobrir abusos de outros, estes sim, absurdos.
Dona Ruth, mãe, professora, primeira-dama atuante se foi para outra dimensão. Fica o Brasil em certo estado de orfandade num momento em que faltam mais mulheres dotadas de espírito público, mulheres solidárias, dignas, capazes de entender que cargo não é privilégio, mas encargo e que o fim último da política, como disse Aristóteles, é o bem comum.
Dona Ruth Cardoso, à sua maneira fez política como se deve fazer. Ela se foi, mas fica seu exemplo. O exemplo raro de como deve ser uma primeira-dama. Dona Ruth valeu a pena".
Em 25 de junho de 2008.
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga, professora, escritora.
mlucia@sercomtel.com.br
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga, professora, escritora.
mlucia@sercomtel.com.br
sábado, 28 de junho de 2008
ELEMENTAR.
O jornal O Globo publicou nesta sexta-feira o editorial Opinião, na página 19, com o título “Elementar”, o qual transcrevo a seguir:
“Há uma lógica tão sinistra quanto inaceitável no reaparecimento ostensivo do tráfico na Providência logo após o Exército ter deixado o morro.
Trata-se de prova elementar da necessidade da presença física do poder público nas favelas, não só através de serviços que resgatem a cidadania dos seus moradores, mas, principalmente, da manutenção do monopólio da força legal do Estado em contraposição ao império da violência do crime organizado.
Tal princípio aplica-se a todas as áreas subjugadas por bandos armados no estado”.
O sucinto editorial sintetiza perfeitamente a gravidade do quadro de insegurança pública vivenciado pela população do Estado do Rio de Janeiro, quando cita que existem áreas do território fluminense subjugadas por bandos armados, que impedem a manutenção do monopólio estatal do uso da força.
Uma realidade que perdura a vários anos!
O quadro é de grave perturbação da ordem pública considerando que no estado existem comunidades onde “leis” tácitas impostas por criminosos submetem os moradores a toda sorte de privações e onde a polícia responsável pelo policiamento ostensivo e pela preservação da ordem pública – a Polícia Militar – não consegue adentrar sem a ocorrência de confrontos armados, com as inevitáveis vítimas.
Não podemos continuar buscando culpados pelo estágio de desordem que alcançamos, nem mesmo podemos adiar a discussão democrática e multidisciplinar que deve anteceder o encontro de soluções para o maior problema da sociedade fluminense.
Urge que encontremos as soluções, sendo certo que estes territórios que não estão sob o controle estatal precisam ser retomados, ocupados e mantidos sob a égide da legalidade.
Ninguém duvida da capacidade operacional das instituições policiais estaduais de retomarem a hegemonia do monopólio estatal do uso da força nestas comunidades, enfrentando os criminosos, porém todos sabem também que estas instituições não possuem efetivos suficientes para ocupar e manter o controle dessas comunidades, mesmo desviando a Polícia Civil da sua missão constitucional – a investigação das infrações penais.
Portanto, temos que buscar alternativas e essas praticamente inexistem.
O programa federal da Força Nacional de Segurança apenas tem a capacidade de apoiar as ações, como tem feito, não reunindo condições de ser empregado na ocupação e na manutenção dos territórios.
Assim sendo, diante da dimensão e da gravidade do problema, devemos avaliar seriamente a possibilidade do emprego das forças armadas como uma alternativa factível, considerando que parte do território nacional está submetida a um estado paralelo, o que significa dizer que não fazem parte do nosso estado democrático de direito.
Caso existam outras alternativas para ocupar e manter o controle estatal nestas comunidades, além do emprego das forças armadas, por favor, que elas sejam apresentadas para avaliação, pois todos nós, cidadãos fluminenses agradecemos e ansiamos pelo encontro de soluções para essa catástrofe social.
O quadro é de grave perturbação da ordem pública considerando que no estado existem comunidades onde “leis” tácitas impostas por criminosos submetem os moradores a toda sorte de privações e onde a polícia responsável pelo policiamento ostensivo e pela preservação da ordem pública – a Polícia Militar – não consegue adentrar sem a ocorrência de confrontos armados, com as inevitáveis vítimas.
Não podemos continuar buscando culpados pelo estágio de desordem que alcançamos, nem mesmo podemos adiar a discussão democrática e multidisciplinar que deve anteceder o encontro de soluções para o maior problema da sociedade fluminense.
Urge que encontremos as soluções, sendo certo que estes territórios que não estão sob o controle estatal precisam ser retomados, ocupados e mantidos sob a égide da legalidade.
Ninguém duvida da capacidade operacional das instituições policiais estaduais de retomarem a hegemonia do monopólio estatal do uso da força nestas comunidades, enfrentando os criminosos, porém todos sabem também que estas instituições não possuem efetivos suficientes para ocupar e manter o controle dessas comunidades, mesmo desviando a Polícia Civil da sua missão constitucional – a investigação das infrações penais.
Portanto, temos que buscar alternativas e essas praticamente inexistem.
O programa federal da Força Nacional de Segurança apenas tem a capacidade de apoiar as ações, como tem feito, não reunindo condições de ser empregado na ocupação e na manutenção dos territórios.
Assim sendo, diante da dimensão e da gravidade do problema, devemos avaliar seriamente a possibilidade do emprego das forças armadas como uma alternativa factível, considerando que parte do território nacional está submetida a um estado paralelo, o que significa dizer que não fazem parte do nosso estado democrático de direito.
Caso existam outras alternativas para ocupar e manter o controle estatal nestas comunidades, além do emprego das forças armadas, por favor, que elas sejam apresentadas para avaliação, pois todos nós, cidadãos fluminenses agradecemos e ansiamos pelo encontro de soluções para essa catástrofe social.
UM PEDIDO DE SOCORRO PELOS QUE IRÃO MORRER OU DESAPARECER!
A ONG Rio de Paz realizou outro ato cívico em defesa da vida e da cidadania no Estado do Rio de Janeiro, um ato ordeiro e pacífico, um novo pedido de socorro da sociedade fluminense diante dos milhares de homicídios e de desaparecimentos de cidadãos fluminenses.
A população fluminense, as ONGs, os movimentos sociais, as associações de moradores e os servidores públicos têm se mobilizado, os atos cívicos têm se multiplicado, porém infelizmente as soluções não têm sido encontradas por nós, população e governo fluminense, ao longo dos últimos anos.
No ano de 2007 e no início do corrente ano, milhares de Policiais Militares e Bombeiros Militares – Oficiais e Praças – participaram de atos cívicos, que representaram o pedido de socorro dos militares estaduais com o objetivo de prestarem um melhor serviço à sociedade fluminense, clamando pelo resgate da sua cidadania através de salários dignos e de adequadas condições de trabalho.
Atos ordeiros, pacíficos e inéditos - considerando a participação de dezenas de Coronéis da ativa da Polícia Militar – atos que também não resultaram nas mudanças que todos almejavam e que a sociedade fluminense merecia.
O ato realizado nesta sexta-feira pela ONG Rio de Paz teve um diferencial marcante e assustador em relação aos atos anteriores do Rio de Paz, pois não foi um ato unicamente pelos milhares que morreram ou que desapareceram no Estado do Rio de Janeiro nos últimos anos, na verdade o ato teve como foco os milhares de cidadãos fluminenses que serão mortos e que desaparecerão até o final do ano, conforme a projeção apresentada.
Viver esta expectativa, viver esta realidade, significa viver sob o império do medo.
E nós, população fluminense, não merecemos e não podemos continuar vivendo subjugados a esta cruel realidade, que nos oprime e nos cerceia direitos que o Estado tem o dever de salvaguardar.
A população fluminense, as ONGs, os movimentos sociais, as associações de moradores e os servidores públicos têm se mobilizado, os atos cívicos têm se multiplicado, porém infelizmente as soluções não têm sido encontradas por nós, população e governo fluminense, ao longo dos últimos anos.
No ano de 2007 e no início do corrente ano, milhares de Policiais Militares e Bombeiros Militares – Oficiais e Praças – participaram de atos cívicos, que representaram o pedido de socorro dos militares estaduais com o objetivo de prestarem um melhor serviço à sociedade fluminense, clamando pelo resgate da sua cidadania através de salários dignos e de adequadas condições de trabalho.
Atos ordeiros, pacíficos e inéditos - considerando a participação de dezenas de Coronéis da ativa da Polícia Militar – atos que também não resultaram nas mudanças que todos almejavam e que a sociedade fluminense merecia.
O ato realizado nesta sexta-feira pela ONG Rio de Paz teve um diferencial marcante e assustador em relação aos atos anteriores do Rio de Paz, pois não foi um ato unicamente pelos milhares que morreram ou que desapareceram no Estado do Rio de Janeiro nos últimos anos, na verdade o ato teve como foco os milhares de cidadãos fluminenses que serão mortos e que desaparecerão até o final do ano, conforme a projeção apresentada.
Viver esta expectativa, viver esta realidade, significa viver sob o império do medo.
E nós, população fluminense, não merecemos e não podemos continuar vivendo subjugados a esta cruel realidade, que nos oprime e nos cerceia direitos que o Estado tem o dever de salvaguardar.
sexta-feira, 27 de junho de 2008
DIA ONLINE - 27/06/2008 - PRAIA DE COPACABANA AMANHECE COM 4 MIL BALÕES INFLÁVEIS VERMELHOS E UMA CRUZ.
Praia de Copacabana amanhece com 4 mil balões infláveis vermelhos e uma cruz.
Protesto é contra a previsão de assassinatos para os próximos seis meses no Rio.
"Rio - A Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, amanheceu nesta sexta-feira com cerca de quatro mil balões infláveis vermelhos e uma cruz. O protesto de integrantes do movimento Rio de Paz foi na altura do Posto 2.
O objetivo da manifestação é alertar quanto a previsão de assassinatos para os próximos seis meses na cidade, estimada em quatro mil, segundo o Instituto de Segurança Pública.
Também foram coletadas assinaturas para o Manifesto pela Redução do Homicídio no Brasil."
"Rio - A Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, amanheceu nesta sexta-feira com cerca de quatro mil balões infláveis vermelhos e uma cruz. O protesto de integrantes do movimento Rio de Paz foi na altura do Posto 2.
O objetivo da manifestação é alertar quanto a previsão de assassinatos para os próximos seis meses na cidade, estimada em quatro mil, segundo o Instituto de Segurança Pública.
Também foram coletadas assinaturas para o Manifesto pela Redução do Homicídio no Brasil."
O Movimento Segurança Cidadã participou do ato cívico organizado pela ONG Rio de Paz.
G1 - PROTESTO CONTRA FUTURAS MORTES NO RIO ENCHE PRAIA DE BALÕES.
quinta-feira, 26 de junho de 2008
GLOBO ONLINE - 26/06/2008 - CONSUMO DE COCAÍNA CRESCE NO PAÍS, QUE SÓ PERDE PARA OS EUA EM USUÁRIOS.
ÍNDICE PREOCUPANTE.
Brasil tem 870 mil usuários de cocaína; relatório da ONU indica o aumento do número de usuários de drogas.
Jailton de Carvalho.
O DIA ONLINE - 26/6/2008 - MAJOR DO 190 É ASSASSINADO.
Major do 190 é assassinado.
Oficial da PM que chefiava setor de atendimento telefônico de emergência leva tiro mortal.
Marco Antonio Canosa e Christina Nascimento.
Marco Antonio Canosa e Christina Nascimento.
Rio - O major da PM Paulo Sérgio Durães Fernandes (foto), 37 anos, foi executado com um tiro à queima-roupa, no início da tarde de ontem, quando almoçava na Churrascaria Carioca Grill, na Avenida Marechal Floriano, Centro. O oficial era lotado no Centro de Comando e Controle, onde funciona o serviço 190, da Secretaria de Segurança Pública, e atuava também como auxiliar de arbitragem de futebol. No sábado, ele trabalhou no jogo São Paulo e Sport, no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro.
O assassino chegou ao restaurante poucos minutos após Durães entrar para almoçar. Segundo testemunhas, houve uma discussão e o oficial, que estava à paisana, tentou reagir, mas não conseguiu. A bala atingiu a veia aorta e ficou alojada.
“Ele estava praticamente morto quando o colocamos no carro da PM. Os médicos fizeram de tudo para salvá-lo, mas, infelizmente, não deu. O tiro atingiu o coração”, contou o subtenente Marcos Freire, que acompanhou o major até o Hospital Souza Aguiar, no Centro.
O atirador, segundo uma das testemunhas, estava de calça jeans, casaco azul, é alto e moreno. Ele atravessou correndo a avenida e seguiu em direção à Central do Brasil. No percurso, enrolou a arma em um pano.
Durães trabalhava no serviço 190 há dois anos. Ontem, ele chefiava o setor. Chegou às 6h e deixaria o trabalho às 18h. Ao sair para almoçar, trocou a farda, como costumava fazer, e colocou a arma na cintura. No momento do crime, o restaurante estava lotado. Algumas pessoas se jogaram no chão.
O presidente da Comissão de Árbitros da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Sérgio Corrêa da Silva, em nota oficial, pediu um minuto de silêncio, como homenagem póstuma, em todas as partidas deste fim de semana pelo Campeonato Brasileiro (séries A e B).
terça-feira, 24 de junho de 2008
CLIQUE E LEIA.
BLOG DO JORNALISTA GUSTAVO DE ALMEIDA.
Discutindo Responsabilidades.
Na discussão sobre o uso das Forças Armadas - principalmente o lamentável uso político - pelo jeito citar a Constituição da República tem pouca validade. O ministro Nelson Jobim anunciou sexta-feira que até o fim desta semana apresentaria um projeto de lei para permitir o uso das FFAA no perímetro urbano no papel de polícia. Creio que o ministro deveria ter dito "Emenda Constitucional" em vez de projeto, mas, enfim [...].
http://gustavodealmeida.blogspot.com/2008/06/discutindo-responsabilidades.html
ESTADÃO.COM.BR.
Exército pode atuar na segurança pública, diz presidente do STF.
Ministro Gilmar Mendes disse que fato que ocorreu no Rio não é razão para criticar a atuação da Força Armada.
Felipe Recondo - O Estado de S.Paulo.
BRASÍLIA - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, afirmou nesta terça-feira, 24, após cerimônia no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que a morte de cinco jovens no Morro da Providência, entregues a traficantes por militares, não é razão para criticar a participação do Exército em missões de segurança pública. Ao contrário, o ministro disse que o caso não deve ser politizado e que o Exército, constitucionalmente, pode atuar na segurança pública diante da falta de policiamento [...].
http://www.estadao.com.br/geral/not_ger194994,0.htm
O DIA ONLINE.
Jobim confirma que Exército já desocupou o morro da Providência.
Brasília - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, confirmou na tarde desta terça-feira que o Exército já desocupou o Morro da Providência, no Centro. A medida foi anunciada após decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de suspender o Projeto Cimento Social, por meio do qual estavam sendo reformadas casas na comunidade. “No momento em que a Justiça Eleitoral determinou a paralisação das obras, desaparece a razão pela qual o Exército poderia ficar no morro”, disse Jobim à TV Brasil. “Logo, o Exército saiu do morro. Está afastado completamente da atividade”, afirmou após uma reunião com a cúpula do Comando Militar do Leste, responsável por coordenar as ações do Exército no Rio de Janeiro[...].
http://odia.terra.com.br/rio/htm/jobim_confirma_que_exercito_ja_desocupou_o_morro_da_providencia_180567.asp
EXTRA ONLINE.
Exército divulga nota sobre saída das tropas do morro da Providência.
RIO - O Exército divulgou, na tarde desta terça-feira, uma nota oficial, dirigida a todos os militares, comunicando a saída de suas tropas do Morro da Providência. O documento foi passado a todos os comandantes, chefes e diretores de unidades militares. A seguir, a íntegra do documento:
"Em razão da decisão do Juiz da Fiscalização da Propaganda Eleitoral do Município do Rio de Janeiro, determinando a suspensão das obras que vêm sendo realizadas no morro da Providência, o Exército Brasileiro interrompeu, de imediato, a sua execução. Desse modo, as atividades relacionadas à segurança do canteiro de obras, do pessoal e do material deixaram de ser necessárias, resultando na saída de todo o pessoal militar daquela área". http://extra.globo.com/rio/plantao/2008/06/24/exercito_divulga_nota_sobre_saida_das_tropas_do_morro_da_providencia-546953321.asp
Discutindo Responsabilidades.
Na discussão sobre o uso das Forças Armadas - principalmente o lamentável uso político - pelo jeito citar a Constituição da República tem pouca validade. O ministro Nelson Jobim anunciou sexta-feira que até o fim desta semana apresentaria um projeto de lei para permitir o uso das FFAA no perímetro urbano no papel de polícia. Creio que o ministro deveria ter dito "Emenda Constitucional" em vez de projeto, mas, enfim [...].
http://gustavodealmeida.blogspot.com/2008/06/discutindo-responsabilidades.html
ESTADÃO.COM.BR.
Exército pode atuar na segurança pública, diz presidente do STF.
Ministro Gilmar Mendes disse que fato que ocorreu no Rio não é razão para criticar a atuação da Força Armada.
Felipe Recondo - O Estado de S.Paulo.
BRASÍLIA - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, afirmou nesta terça-feira, 24, após cerimônia no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que a morte de cinco jovens no Morro da Providência, entregues a traficantes por militares, não é razão para criticar a participação do Exército em missões de segurança pública. Ao contrário, o ministro disse que o caso não deve ser politizado e que o Exército, constitucionalmente, pode atuar na segurança pública diante da falta de policiamento [...].
http://www.estadao.com.br/geral/not_ger194994,0.htm
O DIA ONLINE.
Jobim confirma que Exército já desocupou o morro da Providência.
Brasília - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, confirmou na tarde desta terça-feira que o Exército já desocupou o Morro da Providência, no Centro. A medida foi anunciada após decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de suspender o Projeto Cimento Social, por meio do qual estavam sendo reformadas casas na comunidade. “No momento em que a Justiça Eleitoral determinou a paralisação das obras, desaparece a razão pela qual o Exército poderia ficar no morro”, disse Jobim à TV Brasil. “Logo, o Exército saiu do morro. Está afastado completamente da atividade”, afirmou após uma reunião com a cúpula do Comando Militar do Leste, responsável por coordenar as ações do Exército no Rio de Janeiro[...].
http://odia.terra.com.br/rio/htm/jobim_confirma_que_exercito_ja_desocupou_o_morro_da_providencia_180567.asp
EXTRA ONLINE.
Exército divulga nota sobre saída das tropas do morro da Providência.
RIO - O Exército divulgou, na tarde desta terça-feira, uma nota oficial, dirigida a todos os militares, comunicando a saída de suas tropas do Morro da Providência. O documento foi passado a todos os comandantes, chefes e diretores de unidades militares. A seguir, a íntegra do documento:
"Em razão da decisão do Juiz da Fiscalização da Propaganda Eleitoral do Município do Rio de Janeiro, determinando a suspensão das obras que vêm sendo realizadas no morro da Providência, o Exército Brasileiro interrompeu, de imediato, a sua execução. Desse modo, as atividades relacionadas à segurança do canteiro de obras, do pessoal e do material deixaram de ser necessárias, resultando na saída de todo o pessoal militar daquela área". http://extra.globo.com/rio/plantao/2008/06/24/exercito_divulga_nota_sobre_saida_das_tropas_do_morro_da_providencia-546953321.asp
sábado, 21 de junho de 2008
CARTA DOS CORONÉIS BARBONOS - ANO I.
Cidadãos Fluminenses, no dia 3 de julho de 2008, a carta dos Coronéis Barbonos – Pro Lege Vigilanda (para vigilância da lei) – completará o primeiro ano de sua divulgação. A carta foi assinada por nove Coronéis do serviço ativo da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro - PMERJ, que na época ocupavam cargos de grande importância na corporação e continha doze reivindicações institucionais, basicamente, direcionadas ao resgate da cidadania do Policial Militar através da concessão de salários dignos e de adequadas condições de trabalho.
O documento foi encaminhado ao Comandante Geral da Polícia Militar, ao Secretário Estadual de Segurança Pública, ao Governador do Estado do Rio de Janeiro e chegou ao conhecimento do Brasil por meio do noticiário da mídia em geral.
A carta dos Coronéis Barbonos pode ser acessada neste blog, permitindo uma avaliação sobre as reivindicações atendidas neste primeiro ano:
http://celprpaul.blogspot.com/2007/09/pro-lege-vigilanda-para-vigilncia-da.html
O referido documento foi referendado pela maioria dos Coronéis do serviço ativo da PMERJ, após reuniões no Quartel General, por meio do documento denominado Dignitae Quae Sera Tamen (Dignidade ainda que tardia), que também pode ser acessado neste blog:
http://celprpaul.blogspot.com/2007/09/dignitae-quae-sera-tamen-dignidade.html
Os Coronéis Barbonos foram exonerados e transferidos para a Diretoria Geral de Pessoal, no final de janeiro do corrente ano, onde permanecem na situação de aguardando movimentação e função, juntamente com os Tenentes-Coronéis Príncipe; Havani; Carballo e Magno, que também participaram das mobilizações cívicas.
O grupo se dissolveu e dois Coronéis Barbonos solicitaram transferência para a inatividade, enquanto quatro Coronéis Barbonos estão participando da edificação do Movimento Segurança Cidadã (MSC) – Uma nova Polícia, feita por policiais cidadãos! – juntamente com os Tenentes-Coronéis exonerados e outros Oficiais e Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, além de representantes de Organizações Não Governamentais e outras mobilizações sociais.
O objetivo do MSC é promover uma grande mobilização social, envolvendo vetores da sociedade fluminense, para a construção de uma nova segurança pública no Estado do Rio de Janeiro.
A valorização dos profissionais de segurança pública deve ser o passo inicial, considerando que os heróis sociais, Policiais Militares e Bombeiros Militares, não podem continuar arriscando a vida recebendo menos de R$ 30,00 por dia, enquanto os integrantes da Força Nacional de Segurança que atuam neste estado, recebem somente de diária uma quantia quatro vezes maior, isso sem falar do salário mensal que também recebem.
Cidadão Fluminense, a sua participação na mobilização cívica é indispensável para que as mudanças ocorram, caso contrário, com a sua omissão, continuaremos a vivenciar o que temos enfrentado dia após dia, a insegurança que nos oprime, que nos provoca medo, que nos impede o exercício de direitos constitucionais e que nos confina em nossas residências.
Tal realidade precisa mudar e só mudará com o seu engajamento.
O documento foi encaminhado ao Comandante Geral da Polícia Militar, ao Secretário Estadual de Segurança Pública, ao Governador do Estado do Rio de Janeiro e chegou ao conhecimento do Brasil por meio do noticiário da mídia em geral.
A carta dos Coronéis Barbonos pode ser acessada neste blog, permitindo uma avaliação sobre as reivindicações atendidas neste primeiro ano:
http://celprpaul.blogspot.com/2007/09/pro-lege-vigilanda-para-vigilncia-da.html
O referido documento foi referendado pela maioria dos Coronéis do serviço ativo da PMERJ, após reuniões no Quartel General, por meio do documento denominado Dignitae Quae Sera Tamen (Dignidade ainda que tardia), que também pode ser acessado neste blog:
http://celprpaul.blogspot.com/2007/09/dignitae-quae-sera-tamen-dignidade.html
Os Coronéis Barbonos foram exonerados e transferidos para a Diretoria Geral de Pessoal, no final de janeiro do corrente ano, onde permanecem na situação de aguardando movimentação e função, juntamente com os Tenentes-Coronéis Príncipe; Havani; Carballo e Magno, que também participaram das mobilizações cívicas.
O grupo se dissolveu e dois Coronéis Barbonos solicitaram transferência para a inatividade, enquanto quatro Coronéis Barbonos estão participando da edificação do Movimento Segurança Cidadã (MSC) – Uma nova Polícia, feita por policiais cidadãos! – juntamente com os Tenentes-Coronéis exonerados e outros Oficiais e Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, além de representantes de Organizações Não Governamentais e outras mobilizações sociais.
O objetivo do MSC é promover uma grande mobilização social, envolvendo vetores da sociedade fluminense, para a construção de uma nova segurança pública no Estado do Rio de Janeiro.
A valorização dos profissionais de segurança pública deve ser o passo inicial, considerando que os heróis sociais, Policiais Militares e Bombeiros Militares, não podem continuar arriscando a vida recebendo menos de R$ 30,00 por dia, enquanto os integrantes da Força Nacional de Segurança que atuam neste estado, recebem somente de diária uma quantia quatro vezes maior, isso sem falar do salário mensal que também recebem.
Cidadão Fluminense, a sua participação na mobilização cívica é indispensável para que as mudanças ocorram, caso contrário, com a sua omissão, continuaremos a vivenciar o que temos enfrentado dia após dia, a insegurança que nos oprime, que nos provoca medo, que nos impede o exercício de direitos constitucionais e que nos confina em nossas residências.
Tal realidade precisa mudar e só mudará com o seu engajamento.
Cidadão Fluminense, caso você não tenha compreendido a necessidade imperiosa da sua participação, clique no link abaixo e assista ao vídeo, certamente se convencerá:
"Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho:
os homens se libertam em comunhão"
( PAULO FREIRE)
quinta-feira, 19 de junho de 2008
ESTADO PARALELO - DEPUTADO ESTADUAL MARCELO FREIXO.
O Dia online:
Estado Paralelo.
Marcelo Freixo.
Deputado estadual pelo PSOL e presidente da CPI das Milícias.
Rio - O debate sobre as milícias finalmente está colocado na pauta da cidade. Infelizmente, foi preciso que uma equipe de O DIA fosse torturada para que muitos revissem seus olhares. Enquanto a violência e o terror recaíam sobre os moradores das favelas, o que vimos foi silêncio e conivência.
A ação desses grupos passa por três eixos: controle de território exercido por agentes públicos vinculados à área de segurança, extorsão direta dos moradores através do controle de serviços e, finalmente, a formação de braços políticos com parlamentares, frutos da construção dos redutos eleitorais nesses espaços. É preciso deixar claro que não são justiceiros. O que desejam é lucro — obtido por meio de atividades ilícitas ocorridas no vácuo do poder público.
A mais inadequada defesa ideológica que se faz sobre milícias é a de que representam um mal menor e que, diante da falta de policiamento e da precariedade da segurança pública, seriam“melhor”que o tráfico de drogas. Esse foi o grande equívoco do poder público e a principal razão de seu crescimento por dentro do Estado, com cada vez mais força política nos parlamentos. É um debate sobre soberania! Não podemos abrir mão do Estado democrático de direito. É inaceitável que grande parcela da população viva sobre o terror imposto por traficantes ou por grupos paramilitares.
Segurança pública não se resolve com polícia, mas com política. Precisamos de uma polícia bem preparada e formada na cultura de defesa dos direitos, bem remunerada, controlada por uma ouvidoria independente e com autonomia. Nas favelas, é urgente um novo conceito de segurança, que inclua a escola pública de qualidade, o atendimento digno nos postos de saúde, o primeiro emprego e acesso à cultura."
OPERAÇÃO SEGURANÇA PÚBLICA LTDA - TENENTE-CORONEL CARBALLO
"As atitudes criminosas consumadas por militares do Exército Brasileiro, contra três jovens moradores do Morro da Providência, em nada contribuem para o encaminhamento de conclusões simplistas por parte de autoridades públicas do Rio de Janeiro.
Por exemplo, dizer que o exército não está preparado para atuar na segurança pública além de constituir-se num argumento oportunista e falacioso, significa, em última instância, desconhecer completamente a realidade presente em muitas comunidades populares.
Nesses espaços geográficos urbano, geralmente denominados favela, predomina o domínio territorial armado imposto por narcotraficantes que, em algumas ocasiões, utilizam práticas terroristas para, através da exacerbação do medo, intimidar a população e as autoridades dos poderes públicos constituídos.
Estamos falando de uma situação real que por si só expressa um estado de grave perturbação da ordem pública com notório comprometimento do funcionamento das instituições democráticas e republicanas.
Estamos falando da necessidade premente do Estado brasileiro resgatar o monopólio da força em alguns desses territórios, uma conquista indelével da humanidade, um marco inquestionável da nossa civilização. Estamos falando da possibilidade constitucional de decretação do Estado de Defesa.
Por outro lado, o discurso da desqualificação do Exército a partir de ações isoladas, pressupõe que as forças policiais do estado do Rio de Janeiro são plenamente capazes de cumprir com a sua missão constitucional e de intervir na realidade violenta e criminosa que assola diariamente a vida da população fluminense, o que não é verdade.
Se tomarmos como corolário esse raciocínio medíocre, expresso por diversas autoridades e por especialistas da área de segurança pública, também chegaríamos facilmente à conclusão de que em razão dos inúmeros casos de policiais que participam de grupos de extermínio, ou estão diretamente envolvidos com atividades criminosas, milícias, etc, as polícias civil e militar também não estão preparadas para atuar na segurança pública.
Então, o que fazer de imediato diante desse quadro caótico conceitualmente definido por Durkheim como estado de anomia?
À primeira vista, me parece bastante razoável que os Poderes Públicos, federal e estadual, reconheçam publicamente três realidades que insistem em negligenciar:
Nesses espaços geográficos urbano, geralmente denominados favela, predomina o domínio territorial armado imposto por narcotraficantes que, em algumas ocasiões, utilizam práticas terroristas para, através da exacerbação do medo, intimidar a população e as autoridades dos poderes públicos constituídos.
Estamos falando de uma situação real que por si só expressa um estado de grave perturbação da ordem pública com notório comprometimento do funcionamento das instituições democráticas e republicanas.
Estamos falando da necessidade premente do Estado brasileiro resgatar o monopólio da força em alguns desses territórios, uma conquista indelével da humanidade, um marco inquestionável da nossa civilização. Estamos falando da possibilidade constitucional de decretação do Estado de Defesa.
Por outro lado, o discurso da desqualificação do Exército a partir de ações isoladas, pressupõe que as forças policiais do estado do Rio de Janeiro são plenamente capazes de cumprir com a sua missão constitucional e de intervir na realidade violenta e criminosa que assola diariamente a vida da população fluminense, o que não é verdade.
Se tomarmos como corolário esse raciocínio medíocre, expresso por diversas autoridades e por especialistas da área de segurança pública, também chegaríamos facilmente à conclusão de que em razão dos inúmeros casos de policiais que participam de grupos de extermínio, ou estão diretamente envolvidos com atividades criminosas, milícias, etc, as polícias civil e militar também não estão preparadas para atuar na segurança pública.
Então, o que fazer de imediato diante desse quadro caótico conceitualmente definido por Durkheim como estado de anomia?
À primeira vista, me parece bastante razoável que os Poderes Públicos, federal e estadual, reconheçam publicamente três realidades que insistem em negligenciar:
1) a existência no Rio de Janeiro de espaços geográficos dominados territorialmente por grupos paramilitares, que impõem aos subjugados uma política de terror para perpetuação de suas atividades ilícitas;
2) a falências de diversas instituições públicas, em especial as organizações de segurança pública do estado do Rio de Janeiro; e,
3) a ausência, no âmbito nacional e estadual, de uma efetiva política de segurança pública, integrada, objetiva e consistente.
O segundo passo seria, depois de superadas as vaidades pessoais e institucionais das nossas autoridades públicas, bem assim as disputas de poder não declaradas, reunir ao redor de uma mesa todas as forças e atores sociais relacionadas com as questões acima expostas, para que sejam traçadas as estratégias necessárias objetivando, sobretudo, a retomada do território, a garantia plena do funcionamento das instituições republicanas e o livre exercício dos direitos civis.
Essas ações devem ser imediatamente desencadeadas, principalmente em face dessas novas ameaças que estão caracterizadas pelo domínio territorial armado e pela prática do terror imposta tanto por narcotraficantes quanto por forças milicianas com grave risco e comprometimento para o funcionamento dos poderes constituídos.
São medidas adotadas em razão dessas novas ameaças e que se enquadram perfeitamente a um novo conceito de segurança que já vem sendo aplicado e desenvolvido nos Estados Unidos da América e na União Européia: trata-se de um novo modelo estratégico denominado em alguns países de “Segurança Interior”.
O terceiro e decisivo passo seria a promoção de uma ampla e profunda reforma no sistema brasileiro de segurança pública.
O segundo passo seria, depois de superadas as vaidades pessoais e institucionais das nossas autoridades públicas, bem assim as disputas de poder não declaradas, reunir ao redor de uma mesa todas as forças e atores sociais relacionadas com as questões acima expostas, para que sejam traçadas as estratégias necessárias objetivando, sobretudo, a retomada do território, a garantia plena do funcionamento das instituições republicanas e o livre exercício dos direitos civis.
Essas ações devem ser imediatamente desencadeadas, principalmente em face dessas novas ameaças que estão caracterizadas pelo domínio territorial armado e pela prática do terror imposta tanto por narcotraficantes quanto por forças milicianas com grave risco e comprometimento para o funcionamento dos poderes constituídos.
São medidas adotadas em razão dessas novas ameaças e que se enquadram perfeitamente a um novo conceito de segurança que já vem sendo aplicado e desenvolvido nos Estados Unidos da América e na União Européia: trata-se de um novo modelo estratégico denominado em alguns países de “Segurança Interior”.
O terceiro e decisivo passo seria a promoção de uma ampla e profunda reforma no sistema brasileiro de segurança pública.
Nesse sentido, a despeito de outras providências, duas medidas me parecem fundamentais:
1) a desvinculação das Polícias Militares do Exército Brasileiro; e,
2) a substituição do atual modelo de funções policiais bipartidas pelo modelo institucional baseado no ciclo completo da atividade policial.
Feita essa necessária reforma aí sim poderíamos almejar algum dia, quem sabe, ter uma polícia verdadeiramente cidadã."
ANTONIO CARLOS CARBALLO BLANCO
ANTONIO CARLOS CARBALLO BLANCO
Tenente – Coronel de Polícia, Sociólogo e Membro do Movimento Segurança Cidadã.
O COMBATE A CORRUPÇÃO COMO POLÍTICA PÚBLICA - CORONEL PM ROSETTE
"O Brasil é o país do “jeitinho”.
A validação desse pensamento amplamente difundido em todos os rincões do nosso país ; quer na sua origem histórica, quer na sua evolução social desde o colonialismo, passando pela escravização, às diversas formas de dominação imposta pelos governos, fossem ou não democraticamente eleitos, quer na hierarquização de nossa sociedade; tem uma norma, eternizada numa célebre frase propagandística, que a exterioriza e foi proferida pelo jogador de futebol tri-campeão mundial em 1970 – Gerson: “... porque eu gosto de levar vantagem em tudo, certo?”
O chamado “jeitinho brasileiro”, considerado ainda por significativa parcela da população como “culturalmente positivo”, ou como “malandragem”, não passa de uma forma heterodoxa de legitimar aquilo que é ilegal.
A corrupção é um comportamento considerado desviante pela sociedade, não só no seu aspecto jurídico-legal, mas também na visão moral. Tem característica peculiar pois sua ocorrência, como fato social objeto de estudo, recai não sobre um indivíduo isolado, mas sobre muitos, ou pelo menos, dois indivíduos: um ativo que requer um benefício ou vantagem ao qual não tem direito e um passivo, responsável pela preservação dos valores requeridos pelo ativo que sucumbe a uma oferta considerada vantajosa feita por aquele.
É um comportamento que se fortalece mais em regimes autoritários ou em sociedades hierarquizadas e holísticas como a brasileira, onde as desigualdades sociais alimentam-no, do que nos regimes democráticos plenos ou em sociedades igualitárias e individualistas onde sua visibilidade torna-se maior, conseqüentemente aumentando o controle e reduzindo seu alcance.
Há que se observar, contudo, que o combate à corrupção não é tarefa fácil. Tampouco se pode associar seu controle simplesmente à redução de uma visão moralista, ou seja, combater a corrupção combatendo o corrupto – a recorrente “teoria de eliminação das maçãs podres”. É uma visão canhestra e pouco abrangente do problema pois considera a corrupção um comportamento desviante praticado apenas pelo seu sujeito passivo e prega a “eliminação” deste como medida saneadora. Desconsidera portanto, além do sujeito ativo, todo um sistema que propiciou sua ocorrência, alheiando-se, assim, de uma abordagem organizacional – um grande “esquema” engendrado para propiciar a corrupção, como por exemplo o atual sistema tributário e legal do país ou a burocracia das normatizações.
O primeiro tratamento exigido pela sociedade diante da exposição da corrupção praticada por agentes públicos é o da imediata punição do corrupto, o sujeito passivo. A seguir, em grau decrescente vem o do corruptor, sujeito ativo, para finalmente, mas nem sempre, chegar-se ao cerne, a gênese daquilo que propiciou o cometimento daquelas infrações, o sistema impessoal, um “sujeito sem rosto”. Este último, via de regra, é preservado pela vilania dos que deveriam eliminá-lo – os políticos – pois almejam ocupar o lugar dos que se locupletavam anteriormente.
Enquanto estivermos, de forma apaixonada e superficial, a exigir “cadeia para os corruptos” e não erguermos a cabeça para enxergarmos além deste “mar de lama”, estaremos fadados à busca de uma forma eficaz de “enxugar o gelo”.
Essa questão certamente estará no eixo das discussões, mais uma vez, neste ano eleitoral; e a “Lei de Gerson” em pauta para “revogação”, mas resta sabermos: será “revogada”?
A validação desse pensamento amplamente difundido em todos os rincões do nosso país ; quer na sua origem histórica, quer na sua evolução social desde o colonialismo, passando pela escravização, às diversas formas de dominação imposta pelos governos, fossem ou não democraticamente eleitos, quer na hierarquização de nossa sociedade; tem uma norma, eternizada numa célebre frase propagandística, que a exterioriza e foi proferida pelo jogador de futebol tri-campeão mundial em 1970 – Gerson: “... porque eu gosto de levar vantagem em tudo, certo?”
O chamado “jeitinho brasileiro”, considerado ainda por significativa parcela da população como “culturalmente positivo”, ou como “malandragem”, não passa de uma forma heterodoxa de legitimar aquilo que é ilegal.
A corrupção é um comportamento considerado desviante pela sociedade, não só no seu aspecto jurídico-legal, mas também na visão moral. Tem característica peculiar pois sua ocorrência, como fato social objeto de estudo, recai não sobre um indivíduo isolado, mas sobre muitos, ou pelo menos, dois indivíduos: um ativo que requer um benefício ou vantagem ao qual não tem direito e um passivo, responsável pela preservação dos valores requeridos pelo ativo que sucumbe a uma oferta considerada vantajosa feita por aquele.
É um comportamento que se fortalece mais em regimes autoritários ou em sociedades hierarquizadas e holísticas como a brasileira, onde as desigualdades sociais alimentam-no, do que nos regimes democráticos plenos ou em sociedades igualitárias e individualistas onde sua visibilidade torna-se maior, conseqüentemente aumentando o controle e reduzindo seu alcance.
Há que se observar, contudo, que o combate à corrupção não é tarefa fácil. Tampouco se pode associar seu controle simplesmente à redução de uma visão moralista, ou seja, combater a corrupção combatendo o corrupto – a recorrente “teoria de eliminação das maçãs podres”. É uma visão canhestra e pouco abrangente do problema pois considera a corrupção um comportamento desviante praticado apenas pelo seu sujeito passivo e prega a “eliminação” deste como medida saneadora. Desconsidera portanto, além do sujeito ativo, todo um sistema que propiciou sua ocorrência, alheiando-se, assim, de uma abordagem organizacional – um grande “esquema” engendrado para propiciar a corrupção, como por exemplo o atual sistema tributário e legal do país ou a burocracia das normatizações.
O primeiro tratamento exigido pela sociedade diante da exposição da corrupção praticada por agentes públicos é o da imediata punição do corrupto, o sujeito passivo. A seguir, em grau decrescente vem o do corruptor, sujeito ativo, para finalmente, mas nem sempre, chegar-se ao cerne, a gênese daquilo que propiciou o cometimento daquelas infrações, o sistema impessoal, um “sujeito sem rosto”. Este último, via de regra, é preservado pela vilania dos que deveriam eliminá-lo – os políticos – pois almejam ocupar o lugar dos que se locupletavam anteriormente.
Enquanto estivermos, de forma apaixonada e superficial, a exigir “cadeia para os corruptos” e não erguermos a cabeça para enxergarmos além deste “mar de lama”, estaremos fadados à busca de uma forma eficaz de “enxugar o gelo”.
Essa questão certamente estará no eixo das discussões, mais uma vez, neste ano eleitoral; e a “Lei de Gerson” em pauta para “revogação”, mas resta sabermos: será “revogada”?
Alexandre Carvalhaes Rosette
Coronel de Polícia e membro do Movimento Segurança Cidadã.
ECOS DA CASERNA - GUSTAVO DE ALMEIDA
Artigo extraído do blog do jornalista Gustavo de Almeida:
"Quinta-feira, 19 de Junho de 2008.
No livro "O prêmio Darwin", que se originou do genial site The Darwin Awards, é narrada a história divertida do usuário de drogas que telefonou para a polícia para "reclamar da qualidade da cocaína que um traficante lhe vendera". Obviamente, o episódio se passou nos EUA e o usuário foi preso.A repercussão do episódio no Morro da Providência tem soado, aos ouvidos da caserna, como esta história do Prêmio Darwin. O próprio Exército não apoiava sua presença no morro. O próprio Exército era legalista e não queria afrontar a Constituição. Mas presidente, vice-presidente e ministro mandando, juntos, era demais.O curioso é que, ao contrário do episódio citado no início do texto, todos estão agindo como se o usuário realmente tivesse o direito de reclamar.Para ilustrar melhor a questão, segue texto do coronel-aviador reformado Luís Mauro Ferreira Gomes. O texto é longo para a internet, mas se justifica em cada linha. É exatamente o que pensa neste momento a reserva e a ativa. Sem tirar nem pôr.
PS - Os grifos são meus.
Regras de mais e princípios de menos.
Por Luís Mauro Ferreira Gomes.
Coronel Aviador Reformado.
Em 17 de junho de 2008
O ataque cerrado as Forças Armadas brasileiras continua cada vez mais intenso.
Desta feita, o instrumento usado foi assassinato de três jovens depois de terem sido presos por militares e, inexplicavelmente, entregues, pelos coatores, a traficantes de uma facção rival.
Imediatamente, várias autoridades passaram a dar declarações preconceituosas, com o objetivo de debitar ao Exército, como instituição, a responsabilidade pelo crime, cujos autores, ao contrário do que normalmente ocorre, já foram identificados e presos.
Para o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, o Exército tornou-se "um protagonista nocivo, na tragédia de horrores imposta aos moradores". Que a tragédia foi um horror, nem era preciso dizer, mas ver nocividade no Exército seria como considerar a OAB nociva, porque alguns advogados transportam droga para traficantes ou transmitem sentenças de morte geradas dentro dos presídios, para os criminosos que as executarão do lado de fora.
As manifestações de indignação quase histéricas, cuidadosamente encenadas por alguns, não se justificam, pois os culpados serão, inevitavelmente, condenados.
E o serão, justamente, por serem militares.
Dissemos "justamente", porque os militares não adotam a lógica do presidente e de seus seguidores, para os quais o aparelho repressor do Estado serve, apenas, para constranger adversários políticos.
Os aliados são sempre intocáveis.
Onde estarão, agora, os "mensaleiros"; os "cuequeiros"; os "sanguessugas"; os mafiosos da saúde; os "aloprados"; os usuários dos cartões de crédito ditos corporativos; os autores do dossiê da Casa Civil; os traficantes de influência da venda irregular da VARIG; os assassinos dos prefeitos do PT, vitimados em meio à queima de arquivos, nos escândalos de desvio de dinheiro público; os ministros; os parentes e os amigos do presidente?
Como se vê, nenhum desses casos envolvia militares. A impunidade só vigora nos meios castrenses, quando imposta pela Justiça, contaminada pelos "defensores dos direitos humanos", mais interessados em quebrar a espinha dorsal das Forças Armadas, demolindo-lhes os princípios basilares da Hierarquia e da Disciplina.
Ninguém verá a “tropa de choque” do Exército ser chamada para "blindar" criminosos. Esta será preservada para usos mais nobres, quando tal se fizer necessário.
A Força Terrestre sempre procurou evitar o seu emprego em operações de Garantia da Lei e da Ordem, sem o cumprimento de todos os ritos legais.
O que, então, estaria o Exército fazendo no Morro da Providencia?
Infelizmente, o presidente envolveu, indevidamente, os militares, coagindo-os, como Comandante Supremo das Forças Armadas, a participar de um projeto de cunho político-partidário, para favorecer o seu candidato à prefeitura do Rio de Janeiro.
Assim, a indignação presidencial com o envolvimento de militares no crime, só se explicaria pelo desgaste que isso possa ter causado ao seu candidato.Em verdade, o presidente deve estar exultante.
A exposição da sua política indigenista antinacional e criminosa deflagrou um intenso esforço para desacreditar o Exército, utilizando-se, inclusive, do recurso à baixaria, com a exploração, nos meios de comunicação, das declarações de militares homossexuais desajustados.
Um presente desses deve tê-lo deixado muito feliz.
O presidente "indignado" mandou, então, o ministro da Defesa acompanhar as investigações. Ressuscitado, agora, depois do grande silêncio obsequioso a que se viu condenado, quando foi confrontado pelo Alto-Comando do Exército em decorrência de suas bravatas iniciais, o ministro não nos parece, mercê do seu passado, a melhor pessoa para acompanhar qualquer investigação.
E ele não perdeu tempo. Tratou, logo, de tirar proveito da situação, ao augurar, em busca de mais quinze minutos de fama, uma reação forte, da sociedade, e radical, da Justiça, contra o nosso Exército. Novamente, a avaliação do ministro foi equivocada. Reação forte da sociedade, quando houver, será contra esse governo desastroso.
Contra as Forças Armadas, somente as manifestações orquestradas pelos inimigos tradicionais e já conhecidos, para os quais tudo vale, desde que seja para destruí-las.
O Exército Brasileiro é instituição permanente e continuará respeitado por todos, muito depois que os nossos maus governantes tenham sido varridos da História.Até o ministro Tarso Genro saiu do limbo e voltou a "deitar falação".
A contaminação ideológica é tanta, que ninguém fala dos traficantes do Morro da Mineira, os verdadeiros assassinos dos rapazes, nem do absurdo de existirem, na cidade, com a tolerância do Estado, áreas controladas por essa ou por aquela facção criminosa.
O Ministro da Justiça, tão diligente contra os rizicultores, também silenciou sobre isso. Só interessa ferir, de morte, o Exército. Mais uma vez, fracassarão.
Mas a responsabilidade do presidente vai muito além do que já foi dito.Com os baixos soldos, as graves restrições orçamentárias e o desprestígio que têm sido impostos às Forças Armadas, a seleção de pessoal ficou muito prejudicada. O recrutamento de militares nas áreas controladas por traficantes e a sensação de impunidade generalizada, sem dúvida, contribuíram para essa barbárie.
Por tudo isso, é o presidente quem menos tem o direito de se indignar. Ele é a principal fonte de todos os nossos problemas e, portanto, também, da nossa indignação, esta, sim muito justa.Para agravar a situação, recentemente, o Tribunal Superior Eleitoral sucumbiu à lógica dos criminosos e perdeu a chance de resgatar parte da moralidade nacional.
Alguns ministros parecem haver-se esquecido de que a aplicação do Direito se rege por princípios e por regras, para se concentrarem, exclusivamente, nestas últimas.
É incompreensível que quatro deles tenham preferido permitir que maus cidadãos se aproveitem de suas próprias ações dolosas e torpes para conseguirem imunidades, que lhes garantam continuar a praticar seus crimes livremente.
No Brasil, há regras demais e princípios de menos.
Vivemos em um caos jurídico, onde os bons são oprimidos e os maus têm toda a proteção do Estado.
Isso decorre da anomia intencional que a ditadura petista nos impõe, para desestruturar o Estado de direito, em benefício de seu projeto despótico de poder.
Por que alguém se sentiria obrigado a respeitar as Leis, se, todos os dias, os ministros e o próprio presidente as violentam, sem qualquer pudor, e debocham de toda a Nação, negando, cinicamente, todas as evidências das atividades ilícitas que cometem às escâncaras?
Tudo, tranqüilamente, sem que nada se faça para impedi-los.
Todas as regras têm seus limites e somente devem servir para proteger quem, também, as cumpra.
O Estado de direito tem o dever de usar todos os meios à sua disposição, para proteger-se de todos os que o ameaçam, inclusive de ministros e presidentes."
"O futuro não é uma coisa escondida na esquina. O futuro se constrói no presente" - PAULO FREIRE
“Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão.”
(FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 1987.)
“O respeito à autonomia e à dignidade de cada um é um imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros. (...) É nesse sentido também que a dialogicidade verdadeira, em que os sujeitos dialógicos aprendem e crescem na diferença, sobretudo, no respeito a ela, é a forma de estar sendo coerentemente exigida por seres que, inacabados, assumindo-se como tais, se tornam radicalmente éticos. É preciso deixar claro que a transgressão da eticidade jamais pode ser vista como virtude, mas como ruptura com a decência. O que quero dizer é o seguinte: que alguém se torne machista, racista, classista, sei lá o quê, mas se assuma como transgressor da natureza humana. Não me venha com justificativas genéticas, sociológicas ou históricas ou filosóficas para explicar a superioridade da branquitude sobre a negritude, dos homens sobre as mulheres, dos patrões sobre os empregados. Qualquer discriminação é imoral e lutar contra ela é um dever por mais que se reconheça a força dos condicionamentos a enfrentar."
(FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 1987.)
“O respeito à autonomia e à dignidade de cada um é um imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros. (...) É nesse sentido também que a dialogicidade verdadeira, em que os sujeitos dialógicos aprendem e crescem na diferença, sobretudo, no respeito a ela, é a forma de estar sendo coerentemente exigida por seres que, inacabados, assumindo-se como tais, se tornam radicalmente éticos. É preciso deixar claro que a transgressão da eticidade jamais pode ser vista como virtude, mas como ruptura com a decência. O que quero dizer é o seguinte: que alguém se torne machista, racista, classista, sei lá o quê, mas se assuma como transgressor da natureza humana. Não me venha com justificativas genéticas, sociológicas ou históricas ou filosóficas para explicar a superioridade da branquitude sobre a negritude, dos homens sobre as mulheres, dos patrões sobre os empregados. Qualquer discriminação é imoral e lutar contra ela é um dever por mais que se reconheça a força dos condicionamentos a enfrentar."
(FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia, 1996).
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segunda-feira, 16 de junho de 2008
CLIQUE E LEIA.
O DIA ONLINE.
Beltrame diz que exército não está preparado para atuar na segurança pública.
http://odia.terra.com.br/rio/htm/beltrame_diz_que_exercito_nao_esta_preparado_para_atuar_na_seguranca_publica_178618.asp
JORNAL DO BRASIL ONLINE.
Beltrame: Exército não está preparado para atuar na segurança pública.
Beltrame diz que exército não está preparado para atuar na segurança pública.
http://odia.terra.com.br/rio/htm/beltrame_diz_que_exercito_nao_esta_preparado_para_atuar_na_seguranca_publica_178618.asp
JORNAL DO BRASIL ONLINE.
Beltrame: Exército não está preparado para atuar na segurança pública.
CLIQUE E LEIA.
O GLOBO ONLINE.
Presidente do TSE defende a divulgação de nomes de candidatos com ficha suja. http://oglobo.globo.com/pais/mat/2008/06/16/presidente_do_tse_defende_divulgacao_de_nomes_de_candidatos_com_ficha_suja-546824833.asp
O DIA ONLINE.
Estado monta QG para combater milícias.
http://odia.terra.com.br/rio/htm/estado_monta_qg_na_zona_oeste_para_combater_milicia_178396.asp
JORNAL DO BRASIL ONLINE.
Acusado de chefiar a milícia que torturou equipe do O Dia se entrega.
http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/06/16/e16065711.html
EXTRA ONLINE.
Moradores da Providência protestam no Centro e são repelidos pela polícia.
http://extra.globo.com/rio/materias/2008/06/16/moradores_da_providencia_protestam_no_centro_sao_repelidos_pela_policia-546828226.asp
FOLHA DE SÃO PAULO ONLINE.
Oficial planejou entregar jovens a traficantes rivais, diz polícia do rio.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u413016.shtml
ESTADÃO.COM.BR
Após enterro, moradores protestam contra militares no Rio.
http://www.estadao.com.br/cidades/not_cid190646,0.htm
Presidente do TSE defende a divulgação de nomes de candidatos com ficha suja. http://oglobo.globo.com/pais/mat/2008/06/16/presidente_do_tse_defende_divulgacao_de_nomes_de_candidatos_com_ficha_suja-546824833.asp
O DIA ONLINE.
Estado monta QG para combater milícias.
http://odia.terra.com.br/rio/htm/estado_monta_qg_na_zona_oeste_para_combater_milicia_178396.asp
JORNAL DO BRASIL ONLINE.
Acusado de chefiar a milícia que torturou equipe do O Dia se entrega.
http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/06/16/e16065711.html
EXTRA ONLINE.
Moradores da Providência protestam no Centro e são repelidos pela polícia.
http://extra.globo.com/rio/materias/2008/06/16/moradores_da_providencia_protestam_no_centro_sao_repelidos_pela_policia-546828226.asp
FOLHA DE SÃO PAULO ONLINE.
Oficial planejou entregar jovens a traficantes rivais, diz polícia do rio.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u413016.shtml
ESTADÃO.COM.BR
Após enterro, moradores protestam contra militares no Rio.
http://www.estadao.com.br/cidades/not_cid190646,0.htm
WORKSHOP PARA POLICIAIS BRASILEIROS
Email recebido:
Workshop para Policiais Brasileiros.
INSCRIÇÕES PRORROGADAS!!!
INSCRIÇÕES PRORROGADAS!!!
A Rede Brasileira de Policiais e Sociedade Civil (RPS) lança nesta terça-feira (27) o edital para o workshop “Liderança para o desenvolvimento institucional policial: práticas e saberes policiais”, com vagas limitadas. Os interessados devem se candidatar até o dia 20 de junho. O workshop – com carga horária de 20h – será ministrado de 17 a 19 de setembro, na ONG Viva Rio, no Rio de Janeiro.O workshop busca promover a troca de experiências, e incentivar uma reflexão crítica sobre a reforma das instituições, através de “estudos de caso” – apresentados pelos próprios alunos – sobre processos de mudança institucional nas cinco regiões brasileiras. A metodologia adotada incentiva os policiais a assumirem o papel de protagonistas na condução das reflexões.
São 12 vagas para o workshop – que conta com o apoio da Fundação Konrad Adenauer e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública –, destinadas a policiais civis e militares de todo o Brasil. As despesas de transporte, hospedagem, alimentação e material didático serão custeadas pela organização.
As inscrições somente serão aceitas pela internet, através da ficha de inscrição disponível no edital (link no final da matéria) e no Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Os candidatos serão selecionados por análise dos currículos e dos resumos dos “estudos de caso” propostos durante a inscrição.
Para mais informações, acesse o edital em:
http://blog.comunidadesegura.org/policiaesociedade/wp-content/arquivos/editalworkshop_com_anexos.pdf
http://blog.comunidadesegura.org/policiaesociedade/wp-content/arquivos/editalworkshop_com_anexos.pdf
sábado, 14 de junho de 2008
O VERDADEIRO SENTIDO DA PALAVRA HERÓI.
Dicionário Aurélio Século XXI:
HERÓI: Do grego héros, héroos, pelo latim heroe.
"Substantivo masculino, homem extraordinário por seus feitos guerreiros, seu valor ou sua magnanimidade".
HERÓI: Do grego héros, héroos, pelo latim heroe.
"Substantivo masculino, homem extraordinário por seus feitos guerreiros, seu valor ou sua magnanimidade".
No Brasil a palavra herói não é usada em conformidade com o conceito original, talvez pela carência de heróis nacionais ou pelo fato dos nossos heróis não serem cultuados adequadamente.
Um gol decisivo transforma um jogador mediano no “herói” responsável pela conquista de um campeonato.
Recentemente, participantes de um programa de televisão foram chamados de “meus heróis” emprestando a um grupo de pessoas extremamente comuns, uma qualidade que a mitologia atribui aos semideuses.
O certo é que a palavra “herói” no Brasil é empregada cada vez mais no sentido figurado, não tendo qualquer relação com a prática de atos de heroísmo.
Entretanto, o Brasil possui centenas de milhares de heróis, heróis do dia a dia, homens e mulheres que arriscam a vida em defesa do cidadão brasileiro.
São os Policiais Militares e os Bombeiros Militares!
Verdadeiros heróis nacionais!
Homens e mulheres que arriscam a própria vida em defesa da vida alheia.
No Estado do Rio de Janeiro, os Soldados da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar arriscam a própria vida recebendo um salário mensal que corresponde a menos de R$ 30,00 por dia.
Nos últimos dias Policiais Militares e Bombeiros Militares tem morrido no Rio de Janeiro e nós, cidadãos fluminenses, destinatários do seu heroísmo, não derramamos uma única lágrima em homenagem a esses heróis de verdade.
Culturalmente, não conhecemos o sentido adequado da palavra herói.
E como não conhecemos o sentido real, ignoramos os heróis sociais que nos defendem.
Não sabemos honrá-los!
Não sabemos valorizá-los!
Só sabemos gritar por eles quando precisamos...
A reportagem do jornal Extra estampa a foto de um herói, mais um herói assassinado no Rio de Janeiro.
Uma foto realizada minutos antes de ele ser assassinado.
Cidadão brasileiro mostre essa foto aos seus filhos e aos seus netos, não perca a oportunidade de mostrar a eles um herói de verdade, um homem que sacrificou a própria vida em defesa da cidadania.
Quem sabe as futuras gerações consigam aprender o real sentido da palavra “herói” e possam honrá-los e valorizá-los, exigindo do poder político que eles recebam salários dignos, compatíveis com o seu heroísmo e adequadas condições de trabalho.
Se essa transformação ocorrer, as futuras gerações aprenderão inclusive a chorar por eles, o que nem isso nós sabemos fazer.
A MORTE DE HERÓIS - BOMBEIROS MILITARES
Texto extraído blog:
Já estava chegando em Cachoeiras de Macacu, quando meu irmão com a voz embargada, ao celular, me dá a notícia de que dois bombeiros de Bom Jardim haviam falecido em socorro. O choque foi tremendo, pois há apenas duas semanas, eu pedi transferência de Nova Friburgo para Bom Jardim. Outro bombeiro amigo meu, Ivaldo, também tinha sido transferido para lá, mas só que por necessidade de serviço, e ele estava de serviço hoje. Como é motorista (QBMP 02), logo comecei imaginar que ele poderia ter sofrido o acidente. Liguei para o quartel e recebi a notícia precisa através do Cabo Moreno: Num socorro de capotagem de veículo, dois BMs vítimas fatais, Subtenente Rodrigues e Sargento Fischer. Pronto, ali acabava o meu dia.
Após alguns instantes meu telefone não parava de tocar, vários amigos que já tomavam conhecimento do ocorrido, ligavam para mim para sanar a dúvida se eu estava vivo ou se fazia parte da guarnição do acidente. Perguntavam o nome, a graduação, se eram novos ou velhos... Não importa!!!! Eram bombeiros, heróis, salvadores de vidas! Vejam que falta que isso fará para nossa sociedade fluminense!
Os bombeiros que estavam na viatura que "puxava" o socorro, no ABSL de Bom Jardim, presenciaram o acidente pelo retrovisor e tiveram que retornar para resgatar os próprios amigos das ferragens. Desencarceraram os dois BMs já mortos. Horas depois a guarnição do ARC-025 (rabecão), também composta por amigos, estaria no local para remover os corpos e encaminhar ao IML em Friburgo.
A dor tomou conta do peito dos bombeiros de todos os quartéis da Região Serrana. Quando me dirigi à Sede para pegar mais informações e me oferecer para qualquer eventual ajuda, notei no semblante de todos da Ala de serviço que estavam arrasados, assustados, inconformados e alguns até revoltados, pela hipótese de ter havido falha mecânica.
Depois da perda, vem o frio, a realidade. Os bombeiros jantando no refeitório, num silêncio que eu, em dez anos de serviço nunca presenciei. A sirene anuncia mais um socorro, queda de moto. Sete bombeiros que mal começaram a jantar, abandonam a refeição, se levantam e correm para as viaturas para mais uma vida salvar.
O velório será realizado amanhã no 6º GBM Nova Friburgo (Sede) e tentará trazer um pouco de afago aos familiares e amigos que perderam além de seres humanos, heróis.
O meu mais profundo reconhecimento a estes dois bombeiros pelas décadas de sangue empenhado em salvaguardar vidas e bens. O Cordel faz questão de, na minha pessoa, homenagear o Subtenente Rodrigues e o Sargento Fischer, ambos bombeiros de Bom Jardim".
Luiz Henrique Sardella Stutz.
sexta-feira, 13 de junho de 2008
O GLOBO - 13/06/2008 - OPINIÃO - DEGRADAÇÃO.
O jornal O GLOBO publica nesta sexta-feira o artigo OPINIÃO – DEGRADAÇÃO (página 15), transcrito a seguir:
DEGRADAÇÃO
"A COMPARAÇÃO pode ser de mau gosto, mas é a que expressa de forma clara a degradação acelerada de instituições fluminenses: um câncer.
AS POLÍCIAS, parte do organismo do Estado, se degeneram e contaminam partes saudáveis do sistema, enquanto estabelecem alianças com o crime e ligações patogênicas com o Poder Legislativo estadual e municipal.
O PROCESSO de degradação é idêntico ao da metástase, o que requer – sabem os médicos – um tratamento químico e cirúrgico drástico, antes que o estado de direito entre em falência terminal".
O breve artigo retrata uma cruel realidade, um Estado doente, invadido por tumores malignos.
Um Estado que parece que não querer receber o tratamento, tal qual um doente terminal que prefere enfrentar as metástases, ao invés de submeter-se à quimioterapia.
No primeiro semestre de 2007, Oficiais e Praças da Polícia Militar do Estado do Rio, elaboraram documentos formais que foram encaminhados ao poder político, contendo uma série de justas reivindicações para iniciar a luta contra esse câncer e diante do silêncio político, realizaram atos cívicos ordeiros e pacíficos para conscientizar à população fluminense sobre a gravidade da doença.
Foi oferecido o começo do tratamento, um tratamento longo, muito longo e que só pode começar com o remédio da valorização do Policial.
A quimioterapia oferecida foi tratada politicamente, como um movimento sindical e o remédio jogado na vala comum do descompromisso, enquanto os idealistas foram condenados ao ostracismo.
O câncer existe e precisa ser combatido, porém a cura só será possível quando o doente desejar o tratamento e não a doença!
http://celprpaul.blogspot.com/2007/09/pro-lege-vigilanda-para-vigilncia-da.html
AS POLÍCIAS, parte do organismo do Estado, se degeneram e contaminam partes saudáveis do sistema, enquanto estabelecem alianças com o crime e ligações patogênicas com o Poder Legislativo estadual e municipal.
O PROCESSO de degradação é idêntico ao da metástase, o que requer – sabem os médicos – um tratamento químico e cirúrgico drástico, antes que o estado de direito entre em falência terminal".
O breve artigo retrata uma cruel realidade, um Estado doente, invadido por tumores malignos.
Um Estado que parece que não querer receber o tratamento, tal qual um doente terminal que prefere enfrentar as metástases, ao invés de submeter-se à quimioterapia.
No primeiro semestre de 2007, Oficiais e Praças da Polícia Militar do Estado do Rio, elaboraram documentos formais que foram encaminhados ao poder político, contendo uma série de justas reivindicações para iniciar a luta contra esse câncer e diante do silêncio político, realizaram atos cívicos ordeiros e pacíficos para conscientizar à população fluminense sobre a gravidade da doença.
Foi oferecido o começo do tratamento, um tratamento longo, muito longo e que só pode começar com o remédio da valorização do Policial.
A quimioterapia oferecida foi tratada politicamente, como um movimento sindical e o remédio jogado na vala comum do descompromisso, enquanto os idealistas foram condenados ao ostracismo.
O câncer existe e precisa ser combatido, porém a cura só será possível quando o doente desejar o tratamento e não a doença!
http://celprpaul.blogspot.com/2007/09/pro-lege-vigilanda-para-vigilncia-da.html
MOVIMENTO SEGURANÇA CIDADÃ - BOLETIM INFORMATIVO
MOVIMENTO SEGURANÇA CIDADÃ
BOLETIM INFORMATIVO NÚMERO 3
O Movimento Segurança Cidadã (MSC) é uma iniciativa promovida por um grupo de oficiais e praças da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), com a finalidade precípua de sensibilizar a população fluminense sobre a gravidade da situação da segurança pública em nosso estado. O MSC é, em última instância, um movimento em prol de um novo modelo de polícia, uma polícia cidadã feita por policiais cidadãos. O MSC propõe, no âmbito da PMERJ, a persecução dos seguintes objetivos específicos que, sem qualquer sombra de dúvida produzirão impacto positivo na melhoria da qualidade de vida da nossa sofrida população:
1) A VALORIZAÇÃO DO POLICIAL MILITAR.
2) FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL.
3) MODERNIZAÇÃO E GESTÃO ORGANIZACIONAL.
quarta-feira, 11 de junho de 2008
JORNAL O GLOBO - 11/06/2008 - MIGUEL PAIVA.
Marcadores:
Miguel Paiva,
Movimento Segurança Cidadã,
O Globo
CLIQUE E LEIA.
O GLOBO ONLINE.
Estatística da Violência.
Polícia não consegue controlar roubos a transeuntes no Rio.
Célia Costa.
http://oglobo.globo.com/rio/mat/2008/06/10/policia_nao_consegue_controlar_roubos_transeuntes_no_rio-546744322.asp
Investigação.
Ninguém quem ser relator da cassação de Lins.
Dimmi Amora.
http://oglobo.globo.com/rio/mat/2008/06/10/ninguem_quer_ser_relator_da_cassacao_de_lins-546749482.asp
O DIA ONLINE.
Combate à atuação de bando em vans (milícias).
http://odia.terra.com.br/rio/htm/combate_a_atuacao_de_bandos_em_vans_177317.asp
Casa de jogos fechada.
Foram apreendidos 10 computadores no local. Dois deles tinham emblema do governo federal. Polícia investiga desvio das máquinas.
Leslie Leitão.
http://odia.terra.com.br/rio/htm/casa_de_jogos_fechada_177312.asp
EXTRA ONLINE.
Boba explode em delegacia em Campo Grande;
Jorge Martins.
http://extra.globo.com/rio/plantao/2008/06/11/bomba_explode_em_delegacia_de_campo_grande-546749876.asp
Policiais prendem assaltantes em Ipanema.
Natanael Damasceno.
http://extra.globo.com/rio/plantao/2008/06/11/policiais_prendem_assaltantes_em_ipanema-546749809.asp
JORNAL DO BRASIL ONLINE.
Milícia faz ameaça velada a moradores em Botafogo.
Renata Victal.
http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/06/11/e11064078.html
FOLHA DE SP ONLINE.
Violência no Rio impede crescimento da economia, diz FGV.
Luisa Belchior.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u410549.shtml
ESTADÃO.COM.BR
TSE decide que candidatos com ficha suja podem concorrer.
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac187235,0.htm
Estatística da Violência.
Polícia não consegue controlar roubos a transeuntes no Rio.
Célia Costa.
http://oglobo.globo.com/rio/mat/2008/06/10/policia_nao_consegue_controlar_roubos_transeuntes_no_rio-546744322.asp
Investigação.
Ninguém quem ser relator da cassação de Lins.
Dimmi Amora.
http://oglobo.globo.com/rio/mat/2008/06/10/ninguem_quer_ser_relator_da_cassacao_de_lins-546749482.asp
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Combate à atuação de bando em vans (milícias).
http://odia.terra.com.br/rio/htm/combate_a_atuacao_de_bandos_em_vans_177317.asp
Casa de jogos fechada.
Foram apreendidos 10 computadores no local. Dois deles tinham emblema do governo federal. Polícia investiga desvio das máquinas.
Leslie Leitão.
http://odia.terra.com.br/rio/htm/casa_de_jogos_fechada_177312.asp
EXTRA ONLINE.
Boba explode em delegacia em Campo Grande;
Jorge Martins.
http://extra.globo.com/rio/plantao/2008/06/11/bomba_explode_em_delegacia_de_campo_grande-546749876.asp
Policiais prendem assaltantes em Ipanema.
Natanael Damasceno.
http://extra.globo.com/rio/plantao/2008/06/11/policiais_prendem_assaltantes_em_ipanema-546749809.asp
JORNAL DO BRASIL ONLINE.
Milícia faz ameaça velada a moradores em Botafogo.
Renata Victal.
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FOLHA DE SP ONLINE.
Violência no Rio impede crescimento da economia, diz FGV.
Luisa Belchior.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u410549.shtml
ESTADÃO.COM.BR
TSE decide que candidatos com ficha suja podem concorrer.
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac187235,0.htm
terça-feira, 10 de junho de 2008
MOVIMENTO SEGURANÇA CIDADÃ - BLOG
UMA NOVA POLÍCIA, FEITA POR POLICIAIS CIDADÃOS!
OS BASTIDORES DA SEGURANÇA NO RIO DE JANEIRO!
BLOG
MOVIMENTO SEGURANÇA CIDADÃ:
CLIQUE E LEIA.
FOLHA ONLINE.
Polícia do Rio matou mais e aprendeu menos armas e drogas no 1º trimestre.
Luisa Belchior.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u410944.shtml
O DIA ONLINE.
Assembléia aprova criação da CPI das milícias.
http://odia.terra.com.br/rio/htm/assembleia_aprova_criacao_da_cpi_das_milicias_177252.asp
O GLOBO ONLINE.
Álvaro Lins se defende ALERJ diz que acusações são montagem e chama Polícia Federal de polícia política.
http://oglobo.globo.com/rio/mat/2008/06/10/alvaro_lins_se_defende_na_alerj_diz_que_acusacoes_sao_montagens_chama_pf_de_policia_politica_-546733254.asp
JORNAL DO BRASIL ONLINE.
Sou inocente e vítima, afirma o deputado Álvaro Lins.
http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/06/10/e10063964.html
Polícia do Rio matou mais e aprendeu menos armas e drogas no 1º trimestre.
Luisa Belchior.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u410944.shtml
O DIA ONLINE.
Assembléia aprova criação da CPI das milícias.
http://odia.terra.com.br/rio/htm/assembleia_aprova_criacao_da_cpi_das_milicias_177252.asp
O GLOBO ONLINE.
Álvaro Lins se defende ALERJ diz que acusações são montagem e chama Polícia Federal de polícia política.
http://oglobo.globo.com/rio/mat/2008/06/10/alvaro_lins_se_defende_na_alerj_diz_que_acusacoes_sao_montagens_chama_pf_de_policia_politica_-546733254.asp
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Sou inocente e vítima, afirma o deputado Álvaro Lins.
http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/06/10/e10063964.html
segunda-feira, 9 de junho de 2008
CLIQUE E LEIA - MANIFESTAÇÕES NO RIO.
O DIA ONLINE.
DOMINGO DE MANIFESTAÇÃO.
CARIOCAS OCUPAM A ORLA PARA MANIFESTAR CONTRA VIOLÊNCIA E CONTRA A LIBERTAÇÃO DO DEPUTADO ÁLVARO LINS.
MARIA INEZ MAGALHÃES.
http://odia.terra.com.br/rio/htm/domingo_de_manifestacao_176764.asp
DOMINGO DE MANIFESTAÇÃO.
CARIOCAS OCUPAM A ORLA PARA MANIFESTAR CONTRA VIOLÊNCIA E CONTRA A LIBERTAÇÃO DO DEPUTADO ÁLVARO LINS.
MARIA INEZ MAGALHÃES.
http://odia.terra.com.br/rio/htm/domingo_de_manifestacao_176764.asp
Planfleto distribuído no ato cívico realizado contra a violência no Rio de Janeiro pelo Movimento Segurança Cidadã:
CLIQUE E LEIA - REVISTA VEJA RIO.
REVISTA VEJA RIO.
CRIMINALIDADE.
O RIO SITIADO.
Milícias torturam, traficantes assassinam, ex-governador é indiciado por formação de quadrilha e ex-chefe da Polícia Civil é preso por lavagem de dinheiro (e logo solto por seus colegas deputados) numa cidade que precisa de ajuda para enfrentar a barbárie e a corrupção.
Patrcik Moraes e Sofia Cerqueira.
http://vejabrasil.abril.com.br/rio-de-janeiro/editorial/m532/o-rio-sitiado
CRIMINALIDADE.
O RIO SITIADO.
Milícias torturam, traficantes assassinam, ex-governador é indiciado por formação de quadrilha e ex-chefe da Polícia Civil é preso por lavagem de dinheiro (e logo solto por seus colegas deputados) numa cidade que precisa de ajuda para enfrentar a barbárie e a corrupção.
Patrcik Moraes e Sofia Cerqueira.
http://vejabrasil.abril.com.br/rio-de-janeiro/editorial/m532/o-rio-sitiado
Leia ainda:
UMA CIDADE DOMINADA.
http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/vejarj/110608/pop_capa01.html
UMA CIDADE DOMINADA.
http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/vejarj/110608/pop_capa01.html
CLIQUE E LEIA.
O GLOBO ONLINE.
INVESTIGAÇÃO.
RELATÓRIO DA POLÍCIA FEDERAL REVELA QUE ATÉ DELEGACIA DE REPRESSÂO AO CRIME ORGANIZADO (DRACO) QUE INVESTIGA CAÇA-NIQUÉIS, RECEBIA MESADA DE BICHEIROS.
http://oglobo.globo.com/rio/mat/2008/06/08/relatorio_da_pf_revela_que_ate_draco_que_investiga_caca-niqueis_recebia_mesada_de_bicheiros-546713141.asp
SEM SIGILO.
GRAMPOS MONITORAM 17 MIL PESSOAS NO RIO.
http://oglobo.globo.com/rio/mat/2008/06/08/grampos_monitoram_17_mil_pessoas_no_rio-546712193.asp
JB ONLINE.
DOIS PRESOS COM 100 QUILOS DE MACONHA NA RODOVIÁRIA.
http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/06/09/e09063410.html
O DIA ONLINE.
'MILÍCIA NÃO SALVA VIDA, SÓ QUER DINHEIRO'.PARA ESPECIALISTA, OBJETIVO DOS GRUPOS PARAMILITARES É CONSTRUIR GOVERNO PARALELO.
http://odia.terra.com.br/rio/htm/_milicia_nao_salva_vida_so_quer_dinheiro__176756.asp
INVESTIGAÇÃO.
RELATÓRIO DA POLÍCIA FEDERAL REVELA QUE ATÉ DELEGACIA DE REPRESSÂO AO CRIME ORGANIZADO (DRACO) QUE INVESTIGA CAÇA-NIQUÉIS, RECEBIA MESADA DE BICHEIROS.
http://oglobo.globo.com/rio/mat/2008/06/08/relatorio_da_pf_revela_que_ate_draco_que_investiga_caca-niqueis_recebia_mesada_de_bicheiros-546713141.asp
SEM SIGILO.
GRAMPOS MONITORAM 17 MIL PESSOAS NO RIO.
http://oglobo.globo.com/rio/mat/2008/06/08/grampos_monitoram_17_mil_pessoas_no_rio-546712193.asp
JB ONLINE.
DOIS PRESOS COM 100 QUILOS DE MACONHA NA RODOVIÁRIA.
http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/06/09/e09063410.html
O DIA ONLINE.
'MILÍCIA NÃO SALVA VIDA, SÓ QUER DINHEIRO'.PARA ESPECIALISTA, OBJETIVO DOS GRUPOS PARAMILITARES É CONSTRUIR GOVERNO PARALELO.
http://odia.terra.com.br/rio/htm/_milicia_nao_salva_vida_so_quer_dinheiro__176756.asp
EXTRA ONLINE.
MILÍCIAS E TRÁFICO FIRMAM SOCIEDADE PARA TER LUCRO.
Marcelo Dias e Marco Antônio Martins – Extra.
http://extra.globo.com/rio/materias/2008/06/08/milicias_trafico_firmam_sociedade_para_ter_lucro-546713879.asp
MILÍCIAS E TRÁFICO FIRMAM SOCIEDADE PARA TER LUCRO.
Marcelo Dias e Marco Antônio Martins – Extra.
http://extra.globo.com/rio/materias/2008/06/08/milicias_trafico_firmam_sociedade_para_ter_lucro-546713879.asp
sexta-feira, 6 de junho de 2008
REVISTA VEJA RIO - SOCORRO!
EMAIL RECEBIDO DE VEJA RIO:
"Milícias torturam, traficantes assassinam, ex-governador é indiciado por formação de quadrilha e ex-chefe da Polícia Civil é preso por lavagem de dinheiro (e logo solto por seus colegas deputados) numa cidade que precisa de ajuda para enfrentar a barbárie e a corrupção" (Veja Rio).
RIO DE PAZ - ATO CÍVICO - 08/06/2008 - DOMINGO
EMAIL RECEBIDO:
Prezados amigos:
No próximo dia 8 de junho de 2008 (domingo, às 15h00min, na praia do Leblon, em frente a Rua Bartolomeu Mitre) haverá uma manifestação pública em repúdio ao elevado número de mortes violentas no nosso país e, em particular, no estado do Rio de Janeiro, numa crítica contundente a política de segurança pública que vem sendo adotada. Os números dramáticos representam o colapso do pacto social em seu item fundamental, o respeito ao direito à vida.
Neste evento, reuniremos numa mesma causa todos os credos, todas as cores e todas as classes sociais que habitam em nossa cidade, vítimas da violência e da criminalidade.
Simbolicamente, reuniremos alguns representantes da comunidade judaica - em razão do assassinato de um de seus membros no Centro da cidade, que conseguiu sobreviver ao holocausto mas não a violência do Rio -, com moradores de uma favela da zona oeste da cidade, evangélicos, que exigem justiça em razão da morte de um jovem, que teria sido covardemente assassinado por policiais militares do 14º BPM.
Para tanto, pedimos a sua inestimável participação, para formarmos uma Frente em Defesa da Cidadania, em apoio a essa manifestação, no sentido somarmos esforços para a construção de uma nova concepção de polícia e de uma cultura cidadã que exija transparência e responsabilidade das autoridades públicas, em todos os níveis decisórios.
Solicitamos também a devida autorização para que possamos utilizar a logomarca da sua entidade nos impressos que serão exibidos e distribuídos.
Para que possamos confeccionar o material de apoio solicitamos confirmar suas participações e nos enviar a logomarca de sua instituição o mais rápido possível, preferencialmente até às 12h00min de amanhã.
De qualquer forma seria muito importante, conveniente e oportuno se vocês pudessem comparecer neste evento.
Por um mundo justo e pacífico,
No próximo dia 8 de junho de 2008 (domingo, às 15h00min, na praia do Leblon, em frente a Rua Bartolomeu Mitre) haverá uma manifestação pública em repúdio ao elevado número de mortes violentas no nosso país e, em particular, no estado do Rio de Janeiro, numa crítica contundente a política de segurança pública que vem sendo adotada. Os números dramáticos representam o colapso do pacto social em seu item fundamental, o respeito ao direito à vida.
Neste evento, reuniremos numa mesma causa todos os credos, todas as cores e todas as classes sociais que habitam em nossa cidade, vítimas da violência e da criminalidade.
Simbolicamente, reuniremos alguns representantes da comunidade judaica - em razão do assassinato de um de seus membros no Centro da cidade, que conseguiu sobreviver ao holocausto mas não a violência do Rio -, com moradores de uma favela da zona oeste da cidade, evangélicos, que exigem justiça em razão da morte de um jovem, que teria sido covardemente assassinado por policiais militares do 14º BPM.
Para tanto, pedimos a sua inestimável participação, para formarmos uma Frente em Defesa da Cidadania, em apoio a essa manifestação, no sentido somarmos esforços para a construção de uma nova concepção de polícia e de uma cultura cidadã que exija transparência e responsabilidade das autoridades públicas, em todos os níveis decisórios.
Solicitamos também a devida autorização para que possamos utilizar a logomarca da sua entidade nos impressos que serão exibidos e distribuídos.
Para que possamos confeccionar o material de apoio solicitamos confirmar suas participações e nos enviar a logomarca de sua instituição o mais rápido possível, preferencialmente até às 12h00min de amanhã.
De qualquer forma seria muito importante, conveniente e oportuno se vocês pudessem comparecer neste evento.
Por um mundo justo e pacífico,
RIO DE PAZ
A INDÚSTRIA DO MEDO - ANTONIO CARLOS CARBALLO BLANCO - TEN CEL PM
Quarta-feira, 4 de Junho de 2008
A Indústria do Medo
Raízes da Insegurança Pública no Rio de Janeiro.
http://agendadacidadania.blogspot.com/2008/06/indstria-do-medo.html
A Indústria do Medo
Raízes da Insegurança Pública no Rio de Janeiro.
http://agendadacidadania.blogspot.com/2008/06/indstria-do-medo.html
Está em curso no Rio de Janeiro um processo de privatização da segurança pública. Trata-se, na verdade, do financiamento privado das atividades de segurança pública.
Ao longo das últimas décadas, a ausência de uma política inteligente e sólida de segurança pública tem provocado inúmeras distorções legais e morais que, via de regra, produz efeitos nocivos para a gestão do serviço policial.
As omissões e permissividades protagonizadas pelos sucessivos governos fluminenses, especificamente no que tange à temática da segurança pública, geraram nos últimos anos o incremento do processo de privatização desse bem público que é a segurança, em tese, considerado indivisível.
Não obstante, essa particular dinâmica de financiamento privado da segurança pública, vem produzindo efeitos perversos contrários às demandas e expectativas da sociedade, frutos do processo de acomodação e de apropriação particular do serviço público por parte de autoridades políticas do governo (de todos os poderes públicos constituídos), dos dirigentes das instituições policiais e dos servidores públicos que as compõem (hoje, muitos comandantes, oficiais e praças da polícia militar, delegados e inspetores da polícia civil, todos no serviço ativo, administram serviços de segurança privada).
O serviço policial, por sua natureza e característica intrínseca, requer do profissional de segurança pública dedicação integral ao serviço, não podendo exercer nenhuma outra atividade, salvo aquelas expressamente autorizadas por força de Lei.
Por mais paradoxal que possa parecer essa norma vem sendo violada e descumprida sistematicamente, inclusive com a cumplicidade, complacência e irresponsabilidade do Poder Público que muita das vezes gera artífices da facilidade para viabilizar ao policial uma folga mais dilatada para que o mesmo possa através de outras atividades laborais complementar sua renda.
Aparentemente inofensivo e motivado até por razões nobres (decorrentes do processo de alienação imposto aos policiais pelo Poder Público em relação às condições salariais e de trabalho), o famigerado “bico” representa dos maiores problemas a serem enfrentados no campo da segurança pública.
Nesse contexto, podemos afirmar que atualmente o medo e a insegurança pública, sejam eles tratados de forma objetiva ou subjetiva, constitui valor de mercado e moeda de troca para ampliação do empreendimento na área da segurança privada e, em alguns casos, para a conformação de nefastos e inconfessáveis projetos de poder político. Em outras palavras, grosso modo: O Policial depende do medo e da insegurança pública da população para sobreviver.
É triste dizer, mas é justamente essa dualidade de valores e disputas veladas entre o bem indivisível (a segurança pública) e o bem divisível (a segurança privada), que faz com que o policial, conscientemente ou não, sujeito ou objeto da sua história, da história de sucesso ou de fracasso de sua instituição, aposte no medo e na insegurança pública como fator de garantia para expansão dos negócios privados.
Por outro lado, o aumento da carga extraordinária do trabalho policial, mediante o exercício ilegal e clandestino das atividades de segurança privada, longe de favorecer ao policial uma melhor qualidade de vida, cria os seguintes problemas para a segurança pública:
Ao longo das últimas décadas, a ausência de uma política inteligente e sólida de segurança pública tem provocado inúmeras distorções legais e morais que, via de regra, produz efeitos nocivos para a gestão do serviço policial.
As omissões e permissividades protagonizadas pelos sucessivos governos fluminenses, especificamente no que tange à temática da segurança pública, geraram nos últimos anos o incremento do processo de privatização desse bem público que é a segurança, em tese, considerado indivisível.
Não obstante, essa particular dinâmica de financiamento privado da segurança pública, vem produzindo efeitos perversos contrários às demandas e expectativas da sociedade, frutos do processo de acomodação e de apropriação particular do serviço público por parte de autoridades políticas do governo (de todos os poderes públicos constituídos), dos dirigentes das instituições policiais e dos servidores públicos que as compõem (hoje, muitos comandantes, oficiais e praças da polícia militar, delegados e inspetores da polícia civil, todos no serviço ativo, administram serviços de segurança privada).
O serviço policial, por sua natureza e característica intrínseca, requer do profissional de segurança pública dedicação integral ao serviço, não podendo exercer nenhuma outra atividade, salvo aquelas expressamente autorizadas por força de Lei.
Por mais paradoxal que possa parecer essa norma vem sendo violada e descumprida sistematicamente, inclusive com a cumplicidade, complacência e irresponsabilidade do Poder Público que muita das vezes gera artífices da facilidade para viabilizar ao policial uma folga mais dilatada para que o mesmo possa através de outras atividades laborais complementar sua renda.
Aparentemente inofensivo e motivado até por razões nobres (decorrentes do processo de alienação imposto aos policiais pelo Poder Público em relação às condições salariais e de trabalho), o famigerado “bico” representa dos maiores problemas a serem enfrentados no campo da segurança pública.
Nesse contexto, podemos afirmar que atualmente o medo e a insegurança pública, sejam eles tratados de forma objetiva ou subjetiva, constitui valor de mercado e moeda de troca para ampliação do empreendimento na área da segurança privada e, em alguns casos, para a conformação de nefastos e inconfessáveis projetos de poder político. Em outras palavras, grosso modo: O Policial depende do medo e da insegurança pública da população para sobreviver.
É triste dizer, mas é justamente essa dualidade de valores e disputas veladas entre o bem indivisível (a segurança pública) e o bem divisível (a segurança privada), que faz com que o policial, conscientemente ou não, sujeito ou objeto da sua história, da história de sucesso ou de fracasso de sua instituição, aposte no medo e na insegurança pública como fator de garantia para expansão dos negócios privados.
Por outro lado, o aumento da carga extraordinária do trabalho policial, mediante o exercício ilegal e clandestino das atividades de segurança privada, longe de favorecer ao policial uma melhor qualidade de vida, cria os seguintes problemas para a segurança pública:
1) estresse, cansaço, fadiga física e mental, com grave comprometimento das funções fisiológicas e, conseqüentemente, sérias repercussões nas condições objetivas de segurança para a preservação da integridade física do policial, de seu companheiro de trabalho ou de qualquer outra pessoa;
2) ausência de mecanismos institucionais e de ferramentas gerenciais de controle de tais atividades clandestinas;
3) ausência de cobertura oficial do sistema de previdência;
4) subversão da hierarquia e da disciplina;
5) construção de uma cultura de privilégios na alocação de recursos destinados ao policiamento ostensivo;
6) venda de proteção em troca da contratação de serviços de segurança privada; 7) formação de “milícias”.
Nesse contexto, em face da possibilidade concreta e generalizada do exercício paralelo de atividades inerentes à segurança privada, sobrepõe-se a essa discussão uma outra, porém não menos importante, que questiona qual deve ser o posicionamento político do governo e o comportamento da corporação à luz da ética e da deontologia policial.
Nesse sentido, cabe o seguinte questionamento: No caso do policial da ativa, o exercício de atividades adstritas ao campo da segurança privada é eticamente compatível com o exercício de atividades no campo da segurança pública?
Um bom exemplo que pode servir de referência analógica em razão desse importante questionamento pode ser obtido através de uma análise detida das normas legais contidas na Lei nº. 8.906. de 04 de julho de 1994 (Estatuto da OAB) que prevê no inciso V do Ar. 28 que o exercício da advocacia é incompatível com as atividades exercidas por ocupantes de cargos ou funções vinculadas direta ou indiretamente à atividade policial de qualquer natureza.
Portanto, seria muito importante, conveniente e oportuno que o Poder Público considerasse o exercício da segurança pública incompatível com a atividade da segurança privada. É necessário, pois, romper com essa lógica perversa de privatização, sustentada no âmbito de um projeto de poder não declarado, para que tenhamos uma política pública de segurança objetiva e consistente.
Compete então ao governo do estado do Rio de Janeiro abraçar a tarefa de construir uma nova Polícia, formada por policiais cidadãos, bem remunerados, capacitados e motivados para o exercício de sua missão precípua de proteger e servir à população fluminense.
Nesse contexto, em face da possibilidade concreta e generalizada do exercício paralelo de atividades inerentes à segurança privada, sobrepõe-se a essa discussão uma outra, porém não menos importante, que questiona qual deve ser o posicionamento político do governo e o comportamento da corporação à luz da ética e da deontologia policial.
Nesse sentido, cabe o seguinte questionamento: No caso do policial da ativa, o exercício de atividades adstritas ao campo da segurança privada é eticamente compatível com o exercício de atividades no campo da segurança pública?
Um bom exemplo que pode servir de referência analógica em razão desse importante questionamento pode ser obtido através de uma análise detida das normas legais contidas na Lei nº. 8.906. de 04 de julho de 1994 (Estatuto da OAB) que prevê no inciso V do Ar. 28 que o exercício da advocacia é incompatível com as atividades exercidas por ocupantes de cargos ou funções vinculadas direta ou indiretamente à atividade policial de qualquer natureza.
Portanto, seria muito importante, conveniente e oportuno que o Poder Público considerasse o exercício da segurança pública incompatível com a atividade da segurança privada. É necessário, pois, romper com essa lógica perversa de privatização, sustentada no âmbito de um projeto de poder não declarado, para que tenhamos uma política pública de segurança objetiva e consistente.
Compete então ao governo do estado do Rio de Janeiro abraçar a tarefa de construir uma nova Polícia, formada por policiais cidadãos, bem remunerados, capacitados e motivados para o exercício de sua missão precípua de proteger e servir à população fluminense.
Antonio Carlos Carballo Blanco é cidadão fluminense, Tenente-Coronel da Polícia do Rio de Janeiro e membro do Movimento Segurança Cidadã.
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