População do Rio de Janeiro está menos segura, diz ONU.
REUTERS.
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http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/06/02/e020624359.html
RIO - Os habitantes do Rio de Janeiro estão menos seguros, com mais vítimas inocentes da ação policial contra os grupos delinquentes que dominam muitas das favelas da cidade, disse na segunda-feira um relatório da Organização das Nações Unidas.
- A polícia do Rio matou 25 por cento mais pessoas em 2007 que em 2006 - disse o Relator Especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre Execuções Arbitrárias, Sumárias e Extrajudiciais, Philip Alston.
Ele apresentou um relatório preliminar sobre a situação do Brasil na área do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra, após visitar o país, a convite do governo, de 4 a 14 de novembro.
Alston centrou o relatório no Estado do Rio de Janeiro, onde afirmou que a polícia foi no ano passado responsável por 18 por cento dos homicídios, 'matando uma média de três pessoas por dia'.
O funcionário indicou que o 'Rio enfrenta enormes problemas com drogas, facções criminais e insegurança em geral. Uma polícia eficaz é uma necessidade crônica'.
Ele acrescentou que a principal resposta do governo 'consiste em fogos de artifício e mortes', divulgadas como uma política pública de 'confronto'.
Alston reforçou que a polícia, no combate aos grupos de narcotraficantes que dominam muitas das mais de 600 favelas da cidade, usa a metodologia de operações em grande escala nas quais participam centenas de agentes.
- Mas as operações, invariavelmente, resultam em muitas mortes - afirmou, indicando que analisou de perto uma ação realizada em julho de 2007 no complexo do Alemão, onde a polícia matou 19 pessoas.
Deixando de lado o fato de nenhum governo poder se envolver com assassinatos ilegais, a questão real seria 'se essas mortes chegaram aos seus objetivos declarados ou se, essencialmente, mascararam a omissão do governo no controle do crime'.
O relatório indicou que a força pública do Rio matou em 2007 25 por cento a mais de pessoas do que no ano anterior, enquanto houve redução de 16,9 por cento na quantidade de armas confiscadas e de 13,2 por cento nas prisões feitas, disse ele.
- Os cariocas estão menos seguros, espectadores inocentes são feridos ou mortos em 'confrontos' com a polícia, a polícia fracassou em 'retomar' as favelas dos grupos, o número de delinquentes presos caiu e a quantidade de armas e drogas apreendidas diminuiu - afirmou Alston.
- Resumindo, a estratégia baseada na ação estatal de mortes extrajudiciais falhou totalmente desde todos os pontos de vista - concluiu.
RIO - Os habitantes do Rio de Janeiro estão menos seguros, com mais vítimas inocentes da ação policial contra os grupos delinquentes que dominam muitas das favelas da cidade, disse na segunda-feira um relatório da Organização das Nações Unidas.
- A polícia do Rio matou 25 por cento mais pessoas em 2007 que em 2006 - disse o Relator Especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre Execuções Arbitrárias, Sumárias e Extrajudiciais, Philip Alston.
Ele apresentou um relatório preliminar sobre a situação do Brasil na área do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra, após visitar o país, a convite do governo, de 4 a 14 de novembro.
Alston centrou o relatório no Estado do Rio de Janeiro, onde afirmou que a polícia foi no ano passado responsável por 18 por cento dos homicídios, 'matando uma média de três pessoas por dia'.
O funcionário indicou que o 'Rio enfrenta enormes problemas com drogas, facções criminais e insegurança em geral. Uma polícia eficaz é uma necessidade crônica'.
Ele acrescentou que a principal resposta do governo 'consiste em fogos de artifício e mortes', divulgadas como uma política pública de 'confronto'.
Alston reforçou que a polícia, no combate aos grupos de narcotraficantes que dominam muitas das mais de 600 favelas da cidade, usa a metodologia de operações em grande escala nas quais participam centenas de agentes.
- Mas as operações, invariavelmente, resultam em muitas mortes - afirmou, indicando que analisou de perto uma ação realizada em julho de 2007 no complexo do Alemão, onde a polícia matou 19 pessoas.
Deixando de lado o fato de nenhum governo poder se envolver com assassinatos ilegais, a questão real seria 'se essas mortes chegaram aos seus objetivos declarados ou se, essencialmente, mascararam a omissão do governo no controle do crime'.
O relatório indicou que a força pública do Rio matou em 2007 25 por cento a mais de pessoas do que no ano anterior, enquanto houve redução de 16,9 por cento na quantidade de armas confiscadas e de 13,2 por cento nas prisões feitas, disse ele.
- Os cariocas estão menos seguros, espectadores inocentes são feridos ou mortos em 'confrontos' com a polícia, a polícia fracassou em 'retomar' as favelas dos grupos, o número de delinquentes presos caiu e a quantidade de armas e drogas apreendidas diminuiu - afirmou Alston.
- Resumindo, a estratégia baseada na ação estatal de mortes extrajudiciais falhou totalmente desde todos os pontos de vista - concluiu.