Major do 190 é assassinado.
Oficial da PM que chefiava setor de atendimento telefônico de emergência leva tiro mortal.
Marco Antonio Canosa e Christina Nascimento.
Marco Antonio Canosa e Christina Nascimento.
Rio - O major da PM Paulo Sérgio Durães Fernandes (foto), 37 anos, foi executado com um tiro à queima-roupa, no início da tarde de ontem, quando almoçava na Churrascaria Carioca Grill, na Avenida Marechal Floriano, Centro. O oficial era lotado no Centro de Comando e Controle, onde funciona o serviço 190, da Secretaria de Segurança Pública, e atuava também como auxiliar de arbitragem de futebol. No sábado, ele trabalhou no jogo São Paulo e Sport, no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro.
O assassino chegou ao restaurante poucos minutos após Durães entrar para almoçar. Segundo testemunhas, houve uma discussão e o oficial, que estava à paisana, tentou reagir, mas não conseguiu. A bala atingiu a veia aorta e ficou alojada.
“Ele estava praticamente morto quando o colocamos no carro da PM. Os médicos fizeram de tudo para salvá-lo, mas, infelizmente, não deu. O tiro atingiu o coração”, contou o subtenente Marcos Freire, que acompanhou o major até o Hospital Souza Aguiar, no Centro.
O atirador, segundo uma das testemunhas, estava de calça jeans, casaco azul, é alto e moreno. Ele atravessou correndo a avenida e seguiu em direção à Central do Brasil. No percurso, enrolou a arma em um pano.
Durães trabalhava no serviço 190 há dois anos. Ontem, ele chefiava o setor. Chegou às 6h e deixaria o trabalho às 18h. Ao sair para almoçar, trocou a farda, como costumava fazer, e colocou a arma na cintura. No momento do crime, o restaurante estava lotado. Algumas pessoas se jogaram no chão.
O presidente da Comissão de Árbitros da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Sérgio Corrêa da Silva, em nota oficial, pediu um minuto de silêncio, como homenagem póstuma, em todas as partidas deste fim de semana pelo Campeonato Brasileiro (séries A e B).