sábado, 22 de janeiro de 2011

GUERRA DO RIO: O QUE O EXÉRCITO TEMIA COMEÇOU A ACONTECER.

Nos quartéis das Forças Armadas sempre existiu uma resistência ao emprego dos seus integrantes na segurança pública, nas ruas do Rio de Janeiro.
Prezados leitores, os salários pagos aos militares e aos policiais brasileiros é muito ruim, uma verdade que não combina com a quantidade de oportunidades para praticar desvios de conduta existentes nas ruas do Rio de Janeiro.
Na retomada da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão, localidades que receberam o apelido de Serra Pelada, conta a lenda que alguns policiais arrumaram o equivalente aos salários de toda uma vida nas polícias.
Um Soldado de Polícia recebe cerca de mil reais de salários, algo entre quinze e vinte mil reais por ano. Um investigador da Polícia Civil não ganha muito mais.
Prezado cidadão, imagine o que passa pela cabeça deles quando prendem uma cabeça que vale trezentos mil?
Por favor, não repita o que todos os amantes da cleptocracia brasileira querem que você responda: Uma coisa não tem relação com a outra, tem muita gente que ganha pouco e não faz nada errado, enquanto muitos ricos são os maiores ladrões.
Concordo, todavia não esqueça que para a cleptocracia seguir prosperando, o policial da ponta precisa ganhar muito mal, para ser facilmente corrompido por migalhas, pelos corruptos ativos que habitam cada esquina do Rio de Janeiro. Assim, os ilícitos de rua funcionam a todo vapor e com pequeno gasto na corrupção dos policiais.
A convivência do fiscal péssimamente remunerado com as possibilidades de tirar "um por fora", acarreta resultados devastadores para as instituições e a população em geral.
O que o Exército temia começou a acontecer.
JORNAL O DIA:
Denúncia de ar-condicionado furtado é o motivo.
Rio - Cinquenta e três militares — 30 do Exército e 23 da PM — que atuavam na pacificação do Complexo do Alemão foram afastados do trabalho por conta de denúncia. Após receber a informação de um soldado do Exército de que um militar da equipe teria furtado aparelho de ar-condicionado de uma casa em obras, o comandante da Força de Paz na região, general Fernando Sardemberg, afastou imediatamente o grupo que estava de serviço.
De acordo com a denúncia, o crime teria sido praticado no dia 5 por um tenente da Brigada Paraquedista, que comandava tropa de mais 30 militares. Ele teria furtado o eletrodoméstico na Fazendinha. O local está emprestado para a associação de moradores.
De acordo com relações-públicas da Força, major Luiz Fabiano de Carvalho, o general ainda enviou ofício ao comando da PM, pedindo também o afastamento dos 23 policiais militares que estavam de plantão no local naquele dia. Os PMs foram retirados do serviço de rua e colocados à disposição da Diretoria Geral de Pessoal (DGP) até o fim da investigação que está sendo feita pelo Exército. A PM aguarda o resultado da apuração. Caso as informações não sejam confirmadas, os PMs retornarão aos batalhões de origem.
Ainda segundo o major Fabiano, a investigação será concluída em até 10 dias. Caso sejam confirmados indícios de crime, será aberto um inquérito policial militar, que terá 40 dias para levantar as informações e investigar o caso.
No próximo boletim da PM, serão publicadas as mudanças nas equipes que formam o Batalhão de Campanha. Seguindo os modelos das UPPs, as tropas serão formadas apenas por soldados, supervisionados por oficiais. De acordo com a corporação, a mudança já estava prevista e não tem a ver com o caso.
Conforme O DIA informou no dia 8, a Corregedoria da PM investiga 55 denúncias contra agentes de pacificação. Há ainda três averiguações sumárias, em que se checam informações, e 45 investigações sigilosas, para levantamento de dados.

JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

5 comentários:

Anônimo disse...

Aquela velha frase... "EU JÁ SABIA"

Assim que começou a ocupação,postei em seu espaço democratico um texto sobre tal fato.

Postei ainda um outro texto onde repudiava frases do tipo "PM é corrupto por isso colocamos o EXERCITO". Nesse mesmo texto, lembrei que a IMBEL, fabricante de Fuzis e a CBC, de cartuchos, não são controladas pela PM, e a PM portanto não fabrica os fuzis de guerra que são apreendidos nas favelas.

O senhor se lembra disso Coronel?

Postei ainda uma denuncia de que uma Guarnição Paraquedista havia desviado vários fuzis apreendidos no complexo, mais especificamente na Rua Cantiá - acesso a matinha, se lembra Coronel?

Pois é...

Será que agora vão me dar ouvidos?

Será que agora eu, na condição de PM, vou deixar de ser taxado como ladrão?

Gostaria de ver meu texto postado em seu Blogger, para que todos aqueles irmãos de farda saibam que ainda existe isenção na exposição de pensamentos e liberdade de palavras.

Sabemos que a PMERJ tem "a mão pesada" para coibir desvios de conduta. E nãopode ser diferente.

Espero que o Exercito Brasileiro não macule a sua imagem, e expulse de suas fileiras esses maus militares que desonram o militarismo (que não seja utilizado o termo ausencia de provas) e nos fazem ser genericamente taxados de corruptos e ladrões.

Anônimo disse...

È mister informar que na PCERJ existem investigadores e inspetores e suas respectivas classes e não condiz com a realidade a o relato de que um investigador ganhe igual ou um pouco mais que o soldado da PMERJ , apesar de ser ser atualmente o único cargo na PCERJ a nível de 2º grau e posso afirmar que um investigador não ganha menos que R$ 2.000,00 líquidos de remuneração.

Paulo Ricardo Paúl disse...

Grato pelos comentário e pela correção.
Juntos Somos Fortes!

Paulo Ricardo Paúl disse...

Será que estão investigando o sumiço dos fuzis?
Juntos Somos Fortes!

Anônimo disse...

ESTÁ PROVADO QUE NÃO É NA POLÍCIA QUE O NIVEL DE CORRUPÇÃO É MAIOR.
DOS 53 INVESTIGADOS,30 SÃO DO EXERCITO.O QUE PROVA AINDA QUE OS BAIXOS SALÁRIOS,SÃO A MAIOR FONTE DE INCENTIVO À CORRUPÇÂO.