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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

REUNIÃO DO COMANDANTE GERAL COM PRAÇAS - AÚDIO - JORNAL DA ASSINAP - PROVIDÊNCIAS.

Na segunda-feira, dia 30 JAN 2012, com certeza ainda emocionado com o sucesso na caminhada dos profissionais da segurança pública, adotarei as seguintes providências:
1) Encaminharei o conteúdo do aúdio da reunião do comandante geral com dezenas de Praças, ato realizado no Quartel General,  no dia 13 JAN 2012, para a Corregedoria Geral Unificada, Ministério Público e Corregedoria Interna. Devo encaminhar também para a ALERJ, considerando a citação de uma CPI e de um deputado estadual.
2) Encaminharei o jornal da ASSINAP (Ano 15 - número 45 - DEZ 2011) para um dos escritórios de advogacia ao qual sou filiado, objetivando a adoção das medidas judiciais cabíveis. No local buscarei esclarecimentos quanto à necessidade da feitura de um registro criminal.
3) Comunicarei à Corregedoria Geral Unificada, ao Ministério Público e à Corregedoria Interna o arquivamento pelo Corregedor Interno da minha denúncia sobre as graves violações dos meus direitos constitucionais nos dias 03, 04, 05 e 06 JUN 2011.
Ao adotar esses procedimentos, ratifico a minha crença de que um dia poderemos vivenciar na sua plenitude, um estado democrático de direito no Brasil.
Juntos Somos Fortes!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

RIO - POLÍCIA MILITAR - NÃO SEI COMO CLASSIFICAR ESSE ESCÂNDALO.

No dia 03 JUN 2011, eu fui preso ilegalmente pelo então comandante geral da PMERJ, assunto já tratado exaustivamente nesse espaço democrático. Volto a ele apenas em razão do surgimento de um fato novo. Permaneci encarcerado por quase três dias e tive objetos de minha propriedade ilegalmente apreendidos. Logo que deixei o cárcere comecei uma luta para tentar vencer a blindagem, no sentido de que fosse instaurada uma investigação sobre os fatos, protocolando documentação em diferentes órgãos, entre eles: Ministério Público da AJMERJ, Secretaria de Segurança Pública, Corregedoria Geral Unificada e Corregedoria Interna da Polícia Militar. Apesar de ter feito reiterações, não tenho notícia da instauração de qualquer investigação, algo inexplicável pois relacionei 5 (cinco) Coronéis e 1 (um) Tenente de Polícia como testemunhas dos diferentes fatos que ocorreram naquelas quase 72 horas. Além disso, apresentei prova documental da apreensão ilegal dos meus objetos.
Recentemente, tive conhecimento sobre uma decisão.
O Corregedor Interno da Polícia Militar (ou um auxiliar), não sei se o atual ou seu antecessor, exarou o seguinte despacho no RPM 131/2558/2011 feito na 1a DPJM no dia 05 JUL 2011:
"Sem elementos bastantes a inauguração de feito de apuração".
Falta de elementos?
Salvo o surgimento de novos dados, a blindagem foi tanta ao comandante geral que a documentação nem foi encaminhada ao secretário de segurança, foi simplesmente engavetada.
Isso é um escândalo!
Entristecido tenho escrito que a Polícia Militar vive tristes dias, tristíssimos na verdade.
Quem ouve o conteúdo do aúdio da reunião do comandante geral com dezenas de Praças no QG da PMERJ, no dia 13 JAN 2012, por exemplo, não tem qualquer dúvida sobre a crise existente na PMERJ e concluirá que a nossa amada Polícia Militar está sendo transformando na "mosca".
Isso deve mudar e com urgência, temos que salvar a PMERJ.
Juntos Somos Fortes!

sábado, 15 de outubro de 2011

A BLINDAGEM DE BELTRAME CONTINUA NA IMPRENSA.

Eu tenho denunciado que o secretário de segurança, delegado de Polícia Federal Beltrame, recebe uma verdadeira blindagem por parte da mídia, considerando que apesar de estar há quase 5 anos comandando a segurança pública, nenhum problema que acontece gera responsabilidade para ele.
Beltrame nunca tem culpa, pior, sempre é colocado como a solução para os problemas.
A Revista Veja Rio dessa semana segue nessa direção ao tratar das bandas podres das polícias fluminenses:
"SEGURANÇA - COMO FAZER UMA FAXINA".
A revista usa a Colômbia como modelo, algo já citado mil vezes pela mídia e nunca implantado no Brasil, pois a Colômbia retirou dos seus quadros milhares de policiais e valorizou o homem, algo que nem passa pela cabeça dos nossos governantes. O modelo da Colômbia é tratado no Brasil da mesma maneira que o famoso programa de tolerância zero, adotado em Nova Iorque e também citado como modelo mais de mil vezes e nunca implantado no Rio.
A não aplicação do tolerância zero é fácil de entender, pois teríamos que combater o lucrativo "jogo dos bichos", algo que os governantes não querem, como a prática demonstra. No caso do modelo colombiano, a explicação não é tão evidente, pois nesse caso temos que conhecer as razões que fazem com que policiais desonestos interessem aos governantes. Não custa lembrar que as milícias foram inicialmente citadas como solução contra os traficantes, em seguida foram levemente combatidas com a prisão de pés de chinelo e no governo Sérgio Cabral (PMDB) se tornaram a maior facção criminosa do Rio de Janeiro.
Na revista Beltrame é colocado, mais uma vez como a solução:
"(...) Se existe um consolo, é a certeza de que a cúpula da segurança pública sabe o que precisa ser feito. O secretário José Mariano Beltrame, que esteve em Bogotá (Colômbia) com o governador Sérgio Cabral (PMDB), no início de 2007, tem uma visão muito clara sobre o problema e vem reafirmando a disposição de limpar a polícia(...)".
Vez por outra, a maior desgraça do protegido é o protetor.
Ao afirmar que Beltrame conhece desde 2007 o problema, a revista nos permite uma pergunta cruel:
O que Beltrame fez para combater as bandas podres das polícias fluminenses em 5 anos?
Sou o Oficial da PMERJ com mais tempo na área correcional, fui Corregedor em dois governos e por quase três anos, afirmo sem medo de errar: NADA!
Nada de positivo, pois piorou muito o controle interno da Polícia MIlitar na gestão do seu apadrinhado Mário Sérgio.
Na gestão Beltrame o controle interno não deu um único passo para frente e o que nós tentamos dar, ele não implantou, o Gabinete Geral de Assuntos Internos, a ampliação da Corregedoria Interna.
Caro leitor, a revista ainda revela como Beltrame vai combater as bandas podres:
"(...) é a reforma da grade curricular e na carga horária das academias de formação de militares  e civis (...). Serão descartadas algumas disciplinas e acrescentadas novas, com ênfase em temas como direitos humanos e cidadania (...)".
Os integrantes das bandas podres das polícias do Rio de Janeiro rolarão de rir e aplaudirão Beltrame após lerem a matéria, o enaltecendo como o maior secretário de todos os tempos.
Lastimável.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

CRISE NA PM: NOTÍCIA NOVA DE 2003.

O GLOBO:
De olho na rua.
Corregedoria da PM vai passar a fiscalizar policiais durante patrulhamento.
Publicada em 06/10/2011.
Ana Cláudia Costa (accosta@oglobo.com.br)
RIO - O comandante geral da Polícia Militar, coronel Costa Filho, disse na manhã desta quinta-feira que a partir de agora a corregedoria vai passar a fiscalizar policiais que estão de serviço nas ruas. A fiscalização será aleatória e vai contar com o efetivo de todas as seis delegacias de Polícia Judiciária Militar.
O corregedor da PM, coronel Waldyr Soares, disse que eventualmente poderá estar presente em algumas dessas fiscalizações. A declaração foi dada após a entrega de 200 novos carros para a Polícia Militar, nesta quinta-feira. Os veículos são equipados com computadores de bordo com acesso à internet e ar-condicionado. O governador do Rio, Sérgio Cabral, aproveitou para informar que os automóveis da polícia serão posteriormente equipados com câmeras. Os carros antigos serão doados para a Guarda Municipal e para a Defesa Civil (leiam).
COMENTO:
A Corregedoria Interna realizava essas supervisões desde 2003, sendo interrompidas apenas no comando de Mário Sérgio, que diminui o efetivo e acabou com essa proatividade. O serviço foi implantado primeiro na 1a DPJM e foi expandido para as outras três em 2005.
Não existem seis DPJMs e sim quatro.
No comando do Coronel de Polícia Ubiratan o projeto era implantar mais três, totalizando sete, uma em cada comando intermediário.
Em suma, a notícia não tem qualquer novidade.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

POLÍCIA MILITAR – CORONEL MENEZES – NOTA PARA IMPRENSA.

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CORREGEDORIA CORONEL FRANCISCO DE PAULA ARAÚJO
NOTA
Não há outra maneira de iniciar a presente nota, a não ser enaltecendo o singular trabalho elucidativo apresentado pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro em relação ao homicídio da Magistrada e verdadeira amante da Justiça Patrícia Lourival Acioli, a quem farei nova referência mais à frente.
No momento em que fui convidado pelo senhor Coronel Mário Sérgio a assumir a Corregedoria da Corporação, pude observar, com certo assombro, o quão grande era o desafio que se apresentava.
Nosso grande objetivo era a proatividade. Para que investíssemos nisto, precisávamos profissionalizar as ações de polícia judiciária militar, reduzir a burocratização de procedimentos, e atender à necessidade de parâmetros mais justos para julgamentos disciplinares.
Além disto, planejamos desde o início a busca de sede própria, com maior independência para o aparato correicional, mecanismos importantes à oferta de serviços de melhor qualidade aos militares de polícia e às demais parcelas de cidadãos que integram a sociedade fluminense. Tendo todas essas metas, aceitei o desafio!
Após estudos pormenorizados, cheguei à conclusão de que um dos principais problemas com que se deparava o aparato correicional da Corporação não era diferente do que parece representar verdadeira chaga para a sociedade brasileira e, em especial, fluminense; falo da sensação de impunidade, fruto da quase certeza de que, cometido o ilícito, ele não será elucidado.
Debruçando-me sobre dados divulgados, apenas uma vez, pelo Instituto de Segurança Pública (Boletim Mensal de Monitoramento e Análise n.º 02, tendo por base o mês de junho do ano de 2003), verifiquei que apenas 2,7 % dos homicídios registrados no RJ são elucidados e que tal elucidação é fruto, em sua maioria, de prisões em flagrante delito feitas pela Polícia Militar e não da escorreita conclusão de inquéritos policiais.
Mais à frente, diante da divulgação de estudos feitos pelo Ministério Público, percebi que tais dados eram apenas a "ponta do iceberg", havendo no Rio de Janeiro, nos últimos dez anos, sessenta mil inquéritos de homicídio sem solução; e o que é ainda mais assustador nas conclusões do MP é que em vinte e quatro mil casos, nem mesmo a vítima do homicídio foi identificada.
Era preciso realmente fazer alguma coisa e foi movido pela necessidade de buscar respostas céleres, econômicas e não burocráticas, que foi criado o Registro Policial Militar, instrumento administrativo inspirado em projeto levado a efeito em 2005, quando estive à frente do Batalhão de São Gonçalo, a partir do qual demandas de natureza inclusive criminal passaram a merecer coleta de informações e, após indicação de elementos de materialidade e autoria, remessa às autoridades competentes do Poder Judiciário e do Ministério Público.
É verdade que tal ideia não foi exclusiva do Corregedor da Polícia Militar, tendo arrimo em pronunciamentos da Justiça, de Doutrinadores, do Ministério Público e de importantes atores, como a própria e saudosa Juíza Patrícia Lourival Acioli, que participou da concepção do projeto e que, como revelam matérias diversas veiculadas à época em que estive à frente do 7º Batalhão de Polícia Militar (busquem nos arquivos reportagem de O Fluminense - 27/09/05, RJTV - 1ª edição - 05 de outubro de 2005, etc.), foi a principal autoridade a se levantar contra a ordem dada pelo secretário de então, que, atendendo a interesses políticos, determinou que parássemos com a iniciativa.
Implantado o Registro Policial Militar e confirmada sua legalidade através de decisão unânime do Tribunal de Justiça do RJ (Processo n.º 0027243-31.2011.8.19.0000), foi possível a obtenção de algumas vitórias em prol da redução da sensação de impunidade.
Os policiais militares envolvidos em agressões do âmbito da "Lei Maria da Penha" passaram a ter a questão alçada à Justiça em menos de uma semana, sendo obrigados inclusive a tratamento psicológico no âmbito da própria Corporação, o que possibilitou a redução de 33 % dos registros de agressão, ameaça, etc.
Todos os eventos em que policiais militares se envolviam em confronto passaram também a ser alvo de acompanhamento através do Registro Policial Militar que, lavrado e tendo acostados depoimentos tomados na própria Corregedoria e documentos porventura produzidos em sede de Polícia Civil, passaram a ser encaminhados ao Ministério Público, Todos os atores eram submetidos a atendimento psicológico sempre que do confronto resultasse morte. A redução das mortes foi brusca e a tendência de queda ficou patente, sendo possível à Corregedoria aferir que 2/3 dos confrontos passaram a ter resultado diverso da morte do oponente. Em um estado que hoje celebra a paz e o convívio em vez da guerra e da intolerância, esta é uma vitória.
A propósito, vale ressaltar que um projeto piloto voltado ao controle da letalidade policial especificamente em São Gonçalo vinha sendo construído em reuniões realizadas ao longo do corrente ano com a própria Juíza Patricia Acioli, tendo a última delas se dado uma semana antes de seu óbito, oportunidade em que, durante mais de cinco horas de conversa no auditório da Corregedoria, foi aquela autoridade cientificada da existência do Registro Policial Militar e da possibilidade de sua aplicação com vistas a tal mister.
Da reunião, restou pauta de novo encontro na sede da Corregedoria com a presença da própria Juíza, do Promotor Paulo Roberto (de férias por ocasião do encontro anterior), do Defensor Diamantino e da Promotora Ana Beatriz.
O projeto, avalizado pela Juíza, versava, dentre outros pontos, sobre o encaminhamento dos Registros Policiais Militares diretamente à mesma, acompanhados de laudos técnicos do Centro de Criminalística da Corporação e de oitivas e demais documentos que seriam coletados pela 4ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar.
A reunião ficou marcada para 29 de setembro do corrente ano, não tendo ocorrido por tristes circunstâncias de conhecimento de todos.
Passamos também a buscar a avaliação das próprias vítimas de policiais militares em relação ao atendimento recebido na Corregedoria e em suas Unidades Operacionais, o que descortinou índices de satisfação superiores a 90%.
Homicídios foram elucidados por nossas Delegacias de Polícia Judiciária Militar com base em simples Registros Policiais Militares e na boa vontade e técnica de nossos camaradas.
Prendemos em 12 horas dois policiais militares que se envolveram de forma triste no episódio da morte do filho de Cissa Guimarães. E os expulsamos da Corporação em menos de dois meses.
No total, retiramos da Corporação quase duzentos profissionais que não honraram a farda e o compromisso assumido perante a Bandeira Nacional.
Encaminhamos diretamente à Justiça, agilizando processos e poupando tempo e pessoal administrativo de delegacias, mais de quatrocentas ocorrências de menor potencial ofensivo, conforme manda a Lei Federal n.º 9099/95.
Construímos uma nova sede física, com espaço inclusive para despachos do Ministério Público, conferindo ainda mais transparência ao nosso trabalho.
Criamos grupos especiais para investigação, que passarão a ser incumbidos de Inquéritos Policiais Militares conduzidos dentro da própria Corregedoria.
Realizamos julgamentos semanais de Processos Administrativos Disciplinares, gerando mais de trezentas soluções.
O canal técnico com o Sr Cel Mário Sérgio foi sempre mantido e de nada deixou ele em momento algum de ser informado.
É claro que erros houve, mas a busca de acertos foi o combustível de todas as ações da Corregedoria.
Há ainda muito a falar e, quem sabe, novas oportunidades de fazê-lo.
Encerro por agora, despedindo-me da carreira ativa na Corporação da qual também são oriundos meu avô, pai e filhos, certo de que há muito por fazer para que a sociedade tenha a tranquilidade de saber que, em havendo um homicídio, haverá também ao menos a quase certeza de que o crime será elucidado, seja quem for a vítima.
Quartel em São Gonçalo, em 04 de outubro de 2011
RONALDO ANTONIO DE MENEZES
Coronel Corregedor
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

terça-feira, 4 de outubro de 2011

CRISE NA PM: AGORA, A COISA VAI...

O GLOBO:
COMANDAR, AGORA, SÓ COM A FICHA LIMPA.
Novos passos
PM muda critérios de escolha e coronéis que vão chefiar batalhões precisarão ter ficha limpa.
Gustavo Goulart (gus@oglobo.com.br) e Jorge Antônio Barros (jab@oglobo.com.br)
RIO - O novo comando da PM decidiu modificar o processo de escolha dos comandantes de unidades da corporação. A novidade é que, agora, os comandantes dos batalhões, por exemplo, precisarão ter ficha limpa e serão indicados pelos comandantes dos sete comandos de policiamento de área (CPAs). O nome do indicado, no entanto, passará pelo crivo da Corregedoria Interna da PM e pelo Setor de Inteligência da corporação.
Apenas após esse trâmite, o nome do indicado será apreciado pelo alto escalão da PM: o chefe do Estado-Maior Operacional, o coronel Alberto Pinheiro Neto, e o comandante-geral da corporação, o coronel Erir da Costa Filho (leiam).
COMENTO:
O que é ficha limpa para o novo comando da Corporação?
A definição desse conceito é imprescindível.
Ficha limpa é a ausência de punições disciplinares?
Um Oficial que tenha trabalhado no Sambódromo para uma empresa que prestou serviços para a LIESA, empresa que Beltrame disse ter envolvimento histórico com os contraventores (jogo dos bichos), por exemplo, tem a ficha limpa.
O Oficial que foi punido por estar lutando por melhores salários tem a ficha suja?
Será que ficha limpa ou ficha suja será definido pelo famoso "consta que" da Inteligência?
Ou será que a definição estará no fato do Oficial estar sendo investigado ou não na Corregedoria Interna?
Midiaticamente, a notícia é boa, mas o que é ficha limpa na nova PM?

JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

CRISE NA PM: O NOVO CORREGEDOR.

JORNAL O DIA:
Corregedor promete agir com rigor no antigo BEP
Coronel Waldyr Soares Filho garante que vai combater desvios de conduta na PM
GABRIELA MOREIRA
Rio - O novo corregedor da Polícia Militar, coronel Waldyr Soares Filho, confirmado nesta segunda-feira no cargo, prometeu fazer valer a lei para todos os policiais presos na Unidade Prisional da PM (antigo BEP). Com pelo menos cinco anos de experiência na área jurídica e correcional, o oficial disse que fará valer a Lei de Execuções Penais.
“O policial que descumprir a lei será responsabilizado. O que não é tolerado pela Lei de Execuções Penais não será permitido”, prometeu.
Além de combater irregularidades e desvios de conduta na unidade que vendo sendo alvo de denúncias nas últimas semanas, o novo corregedor também terá pela frente a difícil tarefa de diminuir os abusos em registros de auto de resistência na PM (leiam).
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

TV BANDEIRANTES - PROGRAMA CIDINHA LIVRE - CONVITE - AGRADECIMENTO.

Agradeço o convite formulado pela produção do programa Cidinha Livre da Rede Bandeirantes, no sentido de que participasse para tratar de temas da área correcional (Corrgedoria Interna) da Polícia Militar, em face dos recentes acontecimentos. Infelizmente, fui obrigado a declinar em razão de ter uma audiência no Fórum da Capital, exatamente no mesmo horário do programa.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

terça-feira, 27 de setembro de 2011

TENENTE CORONEL PM CLÁUDIO - DIREITO À PRISÃO ESPECIAL - ESCLARECIMENTO DO CORRREGEDOR DA PM.

SITE G1.
Ex-comandante sai da delegacia sem prestar depoimento, diz advogado.
Ele não teria tido acesso ao inquérito sobre morte da juíza Patrícia Acioli.
Tenente-coronel Cláudio Luiz Oliveira é acusado de ser mandante do crime.
(...)
"O militar, como uma questão de prerrogativa, tem direito à prisão especial, deveria estar lotado numa unidade da PM ou no Batalhão Prisional. Mas a autoridade que determina a prisão temporária decidiu que ela fosse cumprida em Bangu 8. Nós temos que cumprir a decisão judicial". disse o corregedor da Polícia Militar coronel Ronaldo Menezes (leiam na íntegra).
(...).
COMENTO:
Pergunto:
Qual a serventia da lei se o Poder Judiciário a ignora?
Se existe o direito amparado pela legislação, como demonstramos em artigo anterior, como entender que o Poder Judiciário não acate esse direito?
Os nossos leitores sabem que eu estou lutando há quase 4 (quatro) meses, sem sucesso, para que seja instaurada uma investigação para apurar responsabilidades pelo fato de no dia 03 JUN 2011, eu ter sido preso ilegalmente e mantido nessa condição por quase 3 (três) dias, além de ter cerceados meus direitos à propriedade e à liberdade de expressão.
Pergunto:
O poder-dever das autoridades públicas que receberam as comunicações deixou de existir?
As referidas autoridades podem ignorar a violação dos meus direitos constitucionais, deixando de instaurar ou retardando a instauração da investigação?
Claro que não!
Apesar de tal verdade, as autoridades não instauram a investigação.
Pior, caro leitor, a quem posso recorrer para exigir judicialmente a instauração da investigação?
Exatamente ao Poder Judiciário, o que se dá ao direito de ignorar a lei, como no caso do Oficial da Polícia Militar.
Inexistindo uma legislação que possibilite ao Poder Judiciário ignorar a legislação que ampara o direito do Tenente Coronel Cláudio, por favor, que ele seja recolhido a uma Organização Policial Militar, com a brevidade que o caso exige.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

POLÍCIA MILITAR: UNIDADE PRISIONAL, UMA HISTÓRIA DE PROBLEMAS..

1) JORNAL EXTRA:
Fotos mostram festa de aniversário dentro de presídio para PMs.

Marcos Nunes e Marcelo Gomes
Acusado de ser o principal matador de uma milícia da Zona Oeste, citado em pelo menos 16 assassinatos, o ex-PM Carlos Ari Ribeiro, o Carlão, levava uma vida livre, leve e solta no Batalhão Especial Prisional (BEP) da Polícia Militar, de onde fugiu no último dia 2 de setembro. Além de comandar da cadeia um esquema de cobrança de TV a cabo clandestina, Carlão chegou a dar uma festa no BEP, regada a energético, refrigerante e uísque, para festejar o aniversário de um dos seus filhos.
O EXTRA teve acesso a fotografias que mostram o ex-PM circulando livre pelas dependências do BEP, usando joias de ouro, como relógio, anel, pulseira e cordão, durante a festa, realizada em setembro de 2010. Para decorar o ambiente, bolas de aniversário foram colocadas no corredor de uma das alas, bem próximo às celas (leiam mais).
2) JORNAL EXTRA:
Juíza: escuta descobre que PM queria fugir do BEP.

Vera Araújo (varaujo@oglobo.com.br)
RIO - Uma interceptação telefônica dentro do Batalhão Especial Prisional (BEP) foi o estopim para a transferência dos três PMs acusados do assassinato da juíza Patrícia Acioli, que estavam presos lá, para diferentes unidades de detenção. Na gravação, um dos PMs comentou com outra pessoa, por telefone, que seria fácil fugir do BEP. A descoberta fez com que o Ministério Público pedisse a transferência imediata do tenente Daniel dos Santos Benitez Lopes e dos cabos Sérgio Costa Júnior e Jefferson de Araújo Miranda da unidade, destinada a receber PMs (leiam mais).
COMENTO:
A Unidade Prisional da PMERJ (UP-PMERJ), o antigo Batalhão Especial Prisional (BEP), é um exemplo concreto de como uma boa ideia pode ser mal operacionalizada, gerando problemas por longos períodos.
A ideia era ótima, retirar os PMs que ficavam custodiados nas Unidades Operacionais da Polícia Militar e concentrá-los em um local, gerando uma economia de efetivo para a guarda dos custodiados e desafogando os batalhões dessa tarefa.
Infelizmente, o BEP foi operacionalizado com extrema rapidez, sem que o local estivesse devidamente adaptado para funcionar como um presídio militar. Os PMs custodiados foram levados de uma só vez para o local, o que resultou logo em uma grande rebelião, tendo sido danificadas várias instalações.
No meu período como Corregedor Interno da PMERJ, o então BEP era subordinado ao Comando das Unidades Operacionais Especiais, atualmente é subordinado à Corregedoria Interna. Torço para que essa mudança seja o primeiro passo para uma melhor estruturação da Unidade Prisional da Corporação, para que ela possa cumprir suas finalidades, inclusive dando a necessária dignidade aos custodiados, pois o local não é uma festa, como uma das notícias pode dar a entender.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

TV GLOBO - RJ TV - ENTREVISTA COM O CORONEL DE POLÍCIA MENEZES - CORREGEDOR INTERNO DA POLÍCIA MILITAR.

O RJ TV entrevistou nessa semana o Coronel de Polícia Ronaldo Antônio de MENEZES, o Corregedor Interno da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. O Oficial esclareceu os problemas envolvendo a demissão de Praças e de Oficiais acusados da prática de crimes e tratou da fase atual da Corregedoria Interna, a qual citou como sendo "a mais bem estruturada de recursos humanos e materiais do país".
Assistam a entrevista que durou cerca de cinco minutos (vídeo).
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

sexta-feira, 15 de julho de 2011

CASO JUAN - CONTROLE DA LETALIDADE POLICIAL - UM PROGRAMA DE 2006 - CORONEL PAÚL - ENTREVISTA - JORNAL EXTRA.

JORNAL EXTRA
CASOS DE POLÍCIA
15/07/2011 às 08:00
Caso Juan: plano de redução de autos de resistência da PM é uma ‘velha novidade’.
Anunciado com pompa pela Polícia Militar anteontem — 23 dias após o suposto tiroteio em Nova Iguaçu que resultou no sumiço e na morte do menino Juan Moraes Neves, de 11 anos — o "Plano de Acompanhamento de Autos de Resistência" é uma reciclagem de um projeto que havia sido implementado em 2006.
O "Programa de Controle de Disparos de Armas de Fogo efetuados por Policiais Militares em Serviço" foi oficializado pelo então corregedor da PM, coronel Paulo Ricardo Paúl, no boletim da corporação de 24 de julho de 2006.
O programa determinava que todas as unidades encaminhassem à Corregedoria, diariamente, um relatório sobre todos os disparos de arma de fogo realizados no dia anterior pelos PMs em serviço.
O relatório deveria ter, ainda, a quantidade de mortos e feridos (civis e PMs) e os dados do registro na delegacia.
— O programa anunciado agora é menos abrangente do que o criado em 2006. Ao invés de reinventar a roda, a gestão atual deveria aprimorar o projeto, infinitamente superior ao anunciado — disse o coronel Paúl, atualmente na reserva.
O primeiro balanço do programa — referente ao período de agosto a dezembro de 2006 — foi publicado no boletim PM de 16 de janeiro de 2007.
Fuzis apreendidos
O advogado Edson Ferreira, que defende os quatro PMs suspeitos da morte de Juan, minimizou ontem o fato de o exame de balística feito nos fuzis dos policiais ter comprovado que as cápsulas encontradas no beco onde ocorreu o suposto tiroteio tenham saído da arma do cabo Edilberto Ramos do Nascimento.
Segundo o advogado, além de Edilberto, o sargento Isaias Souza do Carmo também fez disparos:
— Os dois não negam que atiraram, porque houve confronto. O laudo não diz nada — afirma Ferreira.
A Delegacia de Homicídios pediu ontem a realização de balística em nove fuzis do 20º BPM, já que o exame anterior não identificou de qual arma saiu um cartucho 7.62 encontrado na Favela Danon, no local do susposto tiroteio.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

quarta-feira, 6 de julho de 2011

CORONEL PAÚL - CONVOCAÇÃO.

Atendendo convocação comparecerei à Corregedoria Interna nessa quarta-feira.
Mais tarde postarei no blog os detalhes sobre essa convocação.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

terça-feira, 5 de julho de 2011

CORONEL PAÚL - CONVOCAÇÃO - CORREGEDORIA INTERNA.

Ontem, fui convocado para comparecer na Corregedoria Interna, amanhã, 06 JUL 2011, às 10:00 horas.
Lá estarei e aproveitarei para rever os amigos.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

sexta-feira, 15 de abril de 2011

PMERJ - CORREGEDORIA INTERNA - 2a DPJM - PARABÉNS!

Hoje a 2a Delegacia de Polícia Judiciária Militar (2a DPJM) completa 12 anos de criação, parabéns a todos os integrantes dessa valorosa unidade correcional da Polícia Militar.
O Boletim da PMERJ publica uma síntese histórica na página 66, embora quem lê a matéria acabe ficando em dúvida sobre quem faz aniversário nesta data: a 2a ou a 4a DPJM (leiam).
Um samba do criolo doido.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

terça-feira, 12 de abril de 2011

POLÍCIA MILITAR - SERVIÇO DE 24 HORAS - O HORÁRIO DE DESCANSO.

O Policial Militar do Rio de Janeiro não precisa ser maltratado pelos seus inimigos naturais - os criminosos -, a própria Polícia Militar faz isso com frequência pela mão dos seus maus gestores.
Isso é um fato.
Ontem, após entregar o meu DRD na Diretoria Geral de Pessoal, conversei com Policiais Militares que reclamaram sobre o fato de que embora escalados em serviços de 24 horas na unidade operacional, não estavam tendo direito ao descanso indispensável.
Ninguém consegue trabalhar corretamente sem descanso durante 24 horas, isso é humanamente impossível em face do cansaço físico e mental. Apesar de tal realidade ser conhecida por todos, os Policiais Militares reclamaram que estavam sendo escalados no horário do descanso em outras atividades, portanto, acabavam ficando empregados por mais de 24 horas.
Lembro que as funções desempenhadas pelo Policial Militar exigem que ele tenha um equilíbrio emocional e físico muito grande, em face das decisões que deve adotar em frações de segundo, como a decisão de atirar ou não atirar. Assim sendo, quem determina que o PM desgastado desempenhe uma função, acaba assumindo a responsabilidade pela situação de risco que cria, não custa lembrar.
Vou comentar o fato na DPJM com circunscrição sobre a unidade operacional para viabilizar que seja desenvolvida uma investigação para apurar responsabilidades.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

sábado, 12 de fevereiro de 2011

JORNAL O GLOBO SE SUPERA NO APOIO AO GOVERNO CABRAL.

O jornal O Globo tem apoiado o governo Sérgio Cabral insistentemente, um direito do órgão de imprensa, mas que sacrifica a sua função social de informar à população, considerando que apresenta as notícias com o contorno chapa branca.
Devo confessar que admiro a capacidade da editoria, que se supera a cada dia no cumprimento desse apoio irrestrito.
Ontem, a Polícia Federal desencadeou uma operação contra a banda podre da Polícia Civil, alcançando a banda podre da Polícia Militar que atua na Civil.
Foi um escândalo, mais um envolvendo as bandas podres das polícias no Governo Sérgio Cabral e na administração Beltrame. Apesar dessas verdades, O Globo mantém Cabral e Beltrame fora do problema, embora os dois estejam comandando as polícias do Rio há mais de QUATRO ANOS.
Expressões como "o problema é sério e antigo" tentam blindar a dupla Cabral-Beltrame, logo eles que nada investiram nas Corregedorias Internas da Polícia Militar e da Polícia Civil, único órgãos de controle dos desvios de conduta. Na PMERJ, o primeiro ato de Mário Sérgio ao assumir a cadeira 01 foi enfraquecer a Corregedoria Interna, além de como Pitta não mover uma palha para implantar o GGAI, destinado a investigar comandantes.
Nesse cenário dantesco, O Globo conseguiu introduzir as Unidades de Polícia Pacificadora (leia), cumprindo a tarefa de não ficar nenhum dia sem falar bem das UPPs.
Salvo melhor juízo, nos dois anos de existência das UPPs O Globo não fez qualquer reportagem sobre os graves problemas existentes nelas, isso não é uma postura normal.
O Globo se supera a cada dia no apoio ao governo Sérgio Cabral.
Penso que logo os Super GPAEs (UPPs) serão anunciados como a cura para várias doenças graves.
Quem viver, lerá!
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

sábado, 5 de fevereiro de 2011

POLÍCIA MILITAR - CORREGEDORIA INTERNA - CRESCIMENTO.

COMENTÁRIO PSOTADO:
"Cel, está no Bol PM do dia 03/02/11, a criação da 5ª, 6ª e 7ª DPJM. Será o renascimento ou fortalecimento da corregedoria? Vamos aguardar.
Por favor, faça um comentário sobre o assunto.
Anônimo
COMENTO:
É com grande alegria que recebo essa informação que representa a retomada de um projeto nosso de 2008, no curso do comando do último comandante geral da PMERJ, Coronel de Polícia Ubiratan de Oliveira Angelo, o último a assumir o comando olhando nos olhos da tropa.
Espero que o GGAI, com a sua imprescindível Diretoria de Assuntos Internos (investigação qualificada de comandantes, chefes e diretores) também seja implementado.
Penso que as DPJMs serão instaladas, uma em cada CPA, a Corregedoria Interna é dirigida por mãos competentes e honestas.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O COMANDANTE (DELEGADO) É HONESTO, MAS ...

O crescimento da banda podre nas instituições policiais do Rio de Janeiro possui várias causas, uma delas os salários miseráveis que os policiais recebem para arriscarem a própria vida em defesa da população, porém a mais importante penso ter sido o comprometimento crescente do andar de cima. A mídia por diversas vezes noticiou envolvimento de comandantes e de delegados, sendo importante destacar nesse aspecto que nos últimos anos tivemos dois ex-chefes da Polícia Civil acusados de fatos criminosos gravíssimos, o que por si só COMPROVA a gravidade da situação.
A situação é tão grave que frequentemente sou questionado com a seguinte pergunta:
- Coronel, fulano é honesto, como pode ter sicrano o assessorando diretamente?
A pergunta é sobre o fato de comandantes reconhecidos como honestos pela tropa, terem em seu estado maior, Oficiais que não possuem esse mesmo reconhecimento.
Eu respondo fazendo uma proposta:
- Se imagine comandante geral da corporação e tente escolher quarenta e um comandantes honestos para os batalhões operacionais da PMERJ. Em seguida, imagine cada um desses quarenta e um comandantes tento que escolher quarenta e um subcomandantes honestos. Depois, cada um deles tendo que escolher Oficiais honestos para o seu estado maior (P/1, P/2, P/3 e P/4).
Faça essa soma inicial: 41 + 41 + 164 = 246 Oficiais honestos.
Finalmente, considere o número total necessário de Oficiais honestos para aproximadamente cem Organizações Policiais Militares (batalhões, batalhões especiais, diretorias, escolas, etc).
Entendeu o motivo de um comandante dito como honesto, acabar sendo assessorado por Oficiais com perfil diferente do dele.
Atualmente é simplesmente impossível encontrar Oficiais honestos no número necessário para cobrir todas as funções importantes em todas as OPMs, essa é a verdade. Raciocínio idêntico pode ser feito com relação à Polícia Civil. Pior, a situação se generaliza pelo país, afinal estamos nos transformando em povo que quer levar vantagem em tudo.
Obviamente, poderemos ter também a situação inversa, assessores honestos de comandantes ou delegados nem tanto.
O crescimento da banda podre nos andares mais altos das instituições policiais e na política fluminense provocou situações bizarras.
Honestos convivendo com desonestos.
Banda boa e banda podre juntas e misturadas.
O bandido-policial.
A quadrilha político-bandido-policial.
A única estratégia com chance de sucesso para reverter esse quadro começa pelo corte de cabeças de cima para baixo, sem isso a tendência é o quadro se agravar cada vez mais.
Na Polícia Militar nós tentamos dar esse pontapé inicial com a criação de uma estrutura com essa finalidade, ampliando a Corregedoria Interna, infelizmente, ela foi criada e esquecida na gaveta.
Parece que usar a guilhotina de cima para baixos não interessa ao governo.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

sábado, 22 de janeiro de 2011

GUERRA DO RIO: O QUE O EXÉRCITO TEMIA COMEÇOU A ACONTECER.

Nos quartéis das Forças Armadas sempre existiu uma resistência ao emprego dos seus integrantes na segurança pública, nas ruas do Rio de Janeiro.
Prezados leitores, os salários pagos aos militares e aos policiais brasileiros é muito ruim, uma verdade que não combina com a quantidade de oportunidades para praticar desvios de conduta existentes nas ruas do Rio de Janeiro.
Na retomada da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão, localidades que receberam o apelido de Serra Pelada, conta a lenda que alguns policiais arrumaram o equivalente aos salários de toda uma vida nas polícias.
Um Soldado de Polícia recebe cerca de mil reais de salários, algo entre quinze e vinte mil reais por ano. Um investigador da Polícia Civil não ganha muito mais.
Prezado cidadão, imagine o que passa pela cabeça deles quando prendem uma cabeça que vale trezentos mil?
Por favor, não repita o que todos os amantes da cleptocracia brasileira querem que você responda: Uma coisa não tem relação com a outra, tem muita gente que ganha pouco e não faz nada errado, enquanto muitos ricos são os maiores ladrões.
Concordo, todavia não esqueça que para a cleptocracia seguir prosperando, o policial da ponta precisa ganhar muito mal, para ser facilmente corrompido por migalhas, pelos corruptos ativos que habitam cada esquina do Rio de Janeiro. Assim, os ilícitos de rua funcionam a todo vapor e com pequeno gasto na corrupção dos policiais.
A convivência do fiscal péssimamente remunerado com as possibilidades de tirar "um por fora", acarreta resultados devastadores para as instituições e a população em geral.
O que o Exército temia começou a acontecer.
JORNAL O DIA:
Denúncia de ar-condicionado furtado é o motivo.
Rio - Cinquenta e três militares — 30 do Exército e 23 da PM — que atuavam na pacificação do Complexo do Alemão foram afastados do trabalho por conta de denúncia. Após receber a informação de um soldado do Exército de que um militar da equipe teria furtado aparelho de ar-condicionado de uma casa em obras, o comandante da Força de Paz na região, general Fernando Sardemberg, afastou imediatamente o grupo que estava de serviço.
De acordo com a denúncia, o crime teria sido praticado no dia 5 por um tenente da Brigada Paraquedista, que comandava tropa de mais 30 militares. Ele teria furtado o eletrodoméstico na Fazendinha. O local está emprestado para a associação de moradores.
De acordo com relações-públicas da Força, major Luiz Fabiano de Carvalho, o general ainda enviou ofício ao comando da PM, pedindo também o afastamento dos 23 policiais militares que estavam de plantão no local naquele dia. Os PMs foram retirados do serviço de rua e colocados à disposição da Diretoria Geral de Pessoal (DGP) até o fim da investigação que está sendo feita pelo Exército. A PM aguarda o resultado da apuração. Caso as informações não sejam confirmadas, os PMs retornarão aos batalhões de origem.
Ainda segundo o major Fabiano, a investigação será concluída em até 10 dias. Caso sejam confirmados indícios de crime, será aberto um inquérito policial militar, que terá 40 dias para levantar as informações e investigar o caso.
No próximo boletim da PM, serão publicadas as mudanças nas equipes que formam o Batalhão de Campanha. Seguindo os modelos das UPPs, as tropas serão formadas apenas por soldados, supervisionados por oficiais. De acordo com a corporação, a mudança já estava prevista e não tem a ver com o caso.
Conforme O DIA informou no dia 8, a Corregedoria da PM investiga 55 denúncias contra agentes de pacificação. Há ainda três averiguações sumárias, em que se checam informações, e 45 investigações sigilosas, para levantamento de dados.

JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO