quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

A EVOLUÇÃO: OS DPOs, OS GPAEs E AS UPPs - A ESPERANÇA: AS UPBs.

MARCHA DEMOCRÁTICA - CBMERJ - PMERJ
17 FEV 2008
A implantação das Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) na Zona Sul tem alcançado um sucesso midiático extraordinário e trouxeram a sensação de paz para as comunidades carentes onde foram implantadas, isso é inquestionável.
A forma de implantação merece críticas, inclusive em virtude do Estado não ter invadido também as comunidades com os serviços públicos e os ordenamentos necessários, o que já era de se esperar na atual gestão governamental.
As UPPs estão sendo implantadas na Zona Sul em comunidades dominadas por uma das facções que vendem drogas no Rio de Janeiro, como a Rede Globo tem noticiado através do seu comentarista Rodrigo Pimentel, algo que também merece uma melhor explicação além do tamanho das comunidades.
Todavia, apesar das minhas críticas ácidas ao governo estadual, me colocando na condição de mordador de uma dessas comunidades, aplaudiria a iniciativa, apesar dos pesares.
Entretanto, como especialista na área e por uma questão de justiça, devo destacar que as Unidades de Polícia Pacificadoras são na verdade grandes Destacamentos de Policiamento Ostensivo (DPOs), empregados pela Polícia Militar há décadas no Rio de Janeiro.
A única diferença é o efetivo empregado e as novas instalações adaptadas.
No passado, alguns desses DPOs foram comandados também por Oficiais (Tenentes de Polícia) e tiveram efetivos maiores, com cerca de 10 Policiais Militares por turno, como o existente na Comunidade do Jacarezinho, na área do 3o BPM. Uma experiência que retrocedeu com o passar do tempo, em razão dos problemas com efetivos.
Na busca da verdade, devo destacar ainda que os DPOs não tinham mais qualquer sentido também há muito tempo, diante da sua completa ineficiência, com seus efetivos atuais de 2, 3 ou 4 Policiais Militares por turno de serviço.
O Coronel Ubiratan pretendia desativá-los em 2007, como Mário Sérgio fez agora, porém não conseguiu implantar essa idéia, talvez na época não fosse politicamente aceita, como é atualmente.
Na Polícia Militar alguns os DPOs começaram a evoluir para Grupamentos de Policiamento em Áreas Especiais (GPAEs), com efetivos maiores, sendo que o do Morro do Cavalão, em Niterói, é uma história de sucesso no controle da venda de drogas ilícitas na comunidade.
Mário Sérgio fez pesadas críticas aos GPAEs, esquecendo que as UPPs nada mais são do que GPAEs com um efetivo maior.
Cidadão, uma UPP é um GPAE com maior efetivo, enquanto um GPAE é um DPO com maior efetivo, simples.
A grande pergunta que surge é por qual motivo não foram empregados efetivos maiores, como os empregados nas UPPs, nas comunidades carentes antes de 2008?
Simples, para não diminuir o efetivo nas ruas do Rio de Janeiro.
Essa foi a opção de Cabral, uma alternativa política e não a implantação de uma política de estado, com a participação de todos.
Eles implantará mais algumas UPPs até as eleições de outubro/2010 e usará o sucesso midiático como plataforma política, prometendo que no próximo governo implantará um sem número.
Logo teremos os novos Super DPOs (UPP), novos Capitães comandando e menos Policiais Militares nas ruas do Rio de Janeiro.
Em tom de gozação, na internet tem surgido um pedido ao governador, a implantação nas UPB, as Unidades Pacificadoras de Bairros, nas outras "Zonas" do Rio de Janeiro, as populações agradeceriam penhoradamente, a coisa anda muito feia por esse lado dos túneis.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

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