O DIA ON LINE
28/11/2007 17:24:00
"Operação Propina S/A prende 23 pessoas no Rio Investigações apontam que apontam que os fiscais cobravam propina para não multar empresas de diferentes setores
Rio - Vinte e três pessoas, entre elas, 10 fiscais de renda, quatro empresários e seis contadores foram presas na manhã desta quarta-feira na Operação Propina S/A., deflagrada por 360 policiais militares, integrantes do Ministério Público Estadual e da Secretaria Estadual de Fazenda e Receita para combater a sonegação fiscal no Rio de Janeiro. Estima-se que o governo do Estado do Rio tenha perdido R$ 1 bilhão com o golpe, o que equivale a seis vezes o valor do propinoduto ou três meses custeando a pasta de Educação.
A polícia descobriu nos dez meses de investigações que os fiscais cobravam propina para não multar empresas de diferentes setores. Ao todo, foram expedidos 106 mandados de busca e apreensão e 31 de prisão. O fiscal Francisco da Cunha Gomes, conhecido como Chico Olho de Boi, foi preso no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, onde pegaria um vôo para Manaus, no Amazonas. Apontado como principal envolvido no esquema, ele foi acusado de vender uma casa, no valor de R$ 4 milhões para o narcotraficante colombiano Juan Carlos Ramírez Abadía. As outras prisões foram feitas em bairros da Zona Oeste e no município de Niterói. Um deles foi preso em casa
A inspetoria da Receita Estadual, em Bonsucesso, foi vasculhada por policiais a serviço do Ministério Público. Foram apreendidos computadores, talões de multa, notas fiscais, livros de contabilidade que serão analisados por peritos, técnicos e promotores da Coordenadoria de Combate à Sonegação Fiscal do Ministério Público. O material pode reunir mais provas contra os suspeitos. Tudo foi levado para o Centro de Investigação e Apuração Criminal do Ministério Público, no Santo Cristo. Segundo o procurador-geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Marfan Martins Vieira, a operação foi a maior já ocorrida no país contra esse tipo de crime.
“Em 2006, quando tínhamos ainda a Secretaria da Receita, firmamos um convênio com o Ministério Público com o objetivo de proceder um combate sem tréguas contra a sonegação. Delineou-se esta operação, que é uma operação muito grande, talvez a maior ocorrida do gênero no país”, informou Marfan Vieira. Na opinião do secretário de Segurança do estado do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, esse tipo de crime causa mais danos do que os crimes comuns, como os assaltos. “O Ministério Público tem em suas mãos provas concretas para tirar do comércio do Rio de Janeiro pessoas que praticam esse crime, que eu considero crime silencioso, talvez muito mais danoso do que os crimes do asfalto que estamos acostumados a ver”, disse o secretário.
A Justiça concedeu mandados de prisão temporária dos suspeitos para que as provas sejam preservadas até o fim da apuração. Foram apreendidos na casa de um dos fiscais cerca de R$ 290 mil. Também foram apreendidos automóveis e uma lancha e foi decretado o bloqueio das contas dos suspeitos. Segundo o Ministério Público, os valores apreendidos são incompatíveis com os salários, que hoje variam entre R$ 10 mil e R$ 12 mil.
Com autorização da Justiça os promotores fizeram escutas telefônicas e afirmam que há comprovação do envolvimento dos acusados com crimes como corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro."
Rio - Vinte e três pessoas, entre elas, 10 fiscais de renda, quatro empresários e seis contadores foram presas na manhã desta quarta-feira na Operação Propina S/A., deflagrada por 360 policiais militares, integrantes do Ministério Público Estadual e da Secretaria Estadual de Fazenda e Receita para combater a sonegação fiscal no Rio de Janeiro. Estima-se que o governo do Estado do Rio tenha perdido R$ 1 bilhão com o golpe, o que equivale a seis vezes o valor do propinoduto ou três meses custeando a pasta de Educação.
A polícia descobriu nos dez meses de investigações que os fiscais cobravam propina para não multar empresas de diferentes setores. Ao todo, foram expedidos 106 mandados de busca e apreensão e 31 de prisão. O fiscal Francisco da Cunha Gomes, conhecido como Chico Olho de Boi, foi preso no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, onde pegaria um vôo para Manaus, no Amazonas. Apontado como principal envolvido no esquema, ele foi acusado de vender uma casa, no valor de R$ 4 milhões para o narcotraficante colombiano Juan Carlos Ramírez Abadía. As outras prisões foram feitas em bairros da Zona Oeste e no município de Niterói. Um deles foi preso em casa
A inspetoria da Receita Estadual, em Bonsucesso, foi vasculhada por policiais a serviço do Ministério Público. Foram apreendidos computadores, talões de multa, notas fiscais, livros de contabilidade que serão analisados por peritos, técnicos e promotores da Coordenadoria de Combate à Sonegação Fiscal do Ministério Público. O material pode reunir mais provas contra os suspeitos. Tudo foi levado para o Centro de Investigação e Apuração Criminal do Ministério Público, no Santo Cristo. Segundo o procurador-geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Marfan Martins Vieira, a operação foi a maior já ocorrida no país contra esse tipo de crime.
“Em 2006, quando tínhamos ainda a Secretaria da Receita, firmamos um convênio com o Ministério Público com o objetivo de proceder um combate sem tréguas contra a sonegação. Delineou-se esta operação, que é uma operação muito grande, talvez a maior ocorrida do gênero no país”, informou Marfan Vieira. Na opinião do secretário de Segurança do estado do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, esse tipo de crime causa mais danos do que os crimes comuns, como os assaltos. “O Ministério Público tem em suas mãos provas concretas para tirar do comércio do Rio de Janeiro pessoas que praticam esse crime, que eu considero crime silencioso, talvez muito mais danoso do que os crimes do asfalto que estamos acostumados a ver”, disse o secretário.
A Justiça concedeu mandados de prisão temporária dos suspeitos para que as provas sejam preservadas até o fim da apuração. Foram apreendidos na casa de um dos fiscais cerca de R$ 290 mil. Também foram apreendidos automóveis e uma lancha e foi decretado o bloqueio das contas dos suspeitos. Segundo o Ministério Público, os valores apreendidos são incompatíveis com os salários, que hoje variam entre R$ 10 mil e R$ 12 mil.
Com autorização da Justiça os promotores fizeram escutas telefônicas e afirmam que há comprovação do envolvimento dos acusados com crimes como corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro."
Equipes da Corregedoria Interna e da Inteligência (EMG/PM-2) da Polícia Militar participaram da operação em apoio ao Ministério Público.
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL
CORREGEDOR INTERNO
3 comentários:
Caro Cel. Paúl:
Acho que a PMERJ com o apoio dado a "Operação Propina S/A", que sangra os cofres públicos do Estado, consegue assim sinalizar aos que persistem em estigmatizá-la, que é competente e forte, sem precisar de "alardes" quando sua participação é solicitada.
Parabéns aos 360 Militares empenhados na referida Operação, ao Comando Geral e à Corregedoria Interna da PMERJ.
Parabéns Cel. Paúl!
Um abraço,
CHRISTINA ANTUNES FREITAS
Sei que vão dizer que "calaram minha voz", mas de que adianta. Alguém se lembra do Silveirinha? Pois é, ficou míseros 08 meses "encarcerado", com todas as regalias possíveis, e hoje se acha liberto. Cada dia de sua reclusão lhe valeram $140.000 (cento e quarenta mil dolares). Para falar a verdade, qual o miserável ou assalariado que não se sujeitaria a permanecer oito meses preso, mesmo nas piores condições possíveis ( o que não foi o caso), se em contrapartida viesse a ganhar 140.000 (dólares) por dia. Sabe o que vai acontecer com os fiscais presos? Nada. Sabe o que vai acontecer com os Empresários? Nada. Talvez os contadores, talvez, venham a ser admoestados pela Justiça de nosso querido estado democrático de direito.
Por que o MP não confiou na Polícia Civil, que é a encarregada da apuração penal?
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