O jornal “Estado de São Paulo” publicou no dia 15/11/2007, uma reportagem sobre o relatório que será elaborado pelo emissário da Organização das Nações Unidas - ONU, para Execuções Arbitrárias, Sumárias ou Extrajudiciais, PHILIP ALSTON.
A matéria foi assinada pelas jornalistas Luciana Nunes Leal, Adriana Carranca e Talita Figueiredo, tendo como título:
A matéria foi assinada pelas jornalistas Luciana Nunes Leal, Adriana Carranca e Talita Figueiredo, tendo como título:
“RELATOR CONDENA AÇÃO POLICIAL E PRESÍDIOS – Emissário da ONU afirma que Rio faz blitze em morros por “razões políticas”.
Essa é mais uma das incontáveis matérias veiculadas através da mídia sobre a visita do emissário da ONU, umas criticando duramente os posicionamentos iniciais de PHILIP ALSTON, outras apoiando em um ou outro ponto, essas uma minoria.
O certo é que o Relatório ainda tardará a chegar em terras brasileiras e por enquanto, restou um documento preliminar de cinco páginas, conforme o noticiado.
E nessa análise preliminar, foram feitas algumas sugestões:
O certo é que o Relatório ainda tardará a chegar em terras brasileiras e por enquanto, restou um documento preliminar de cinco páginas, conforme o noticiado.
E nessa análise preliminar, foram feitas algumas sugestões:
OITO SUGESTÕES AO PAÍS
- Melhoria no salário dos policiais: '''A baixa remuneração favorece a corrupção.''- Investigação profunda pela Polícia Militar e pelas Corregedorias das Polícias Militares das mortes causadas por policiais que alegam resistência das vítimas: "Classificar como auto de resistência é completamente inaceitável."
- Modificar a relação das corregedorias com as chefias das polícias: "A corregedoria não possui verdadeira independência."
- Mais recursos e mais independência para polícias técnicas.
- Garantir a segurança de testemunhas de execuções: "Elas têm medo, que é aumentado quando a polícia continua na investigação."
- Garantir o acompanhamento do Ministério Público das investigações sobre mortes causadas por policiais.
- Aumentar e qualificar os juízes de execuções penais e garantir mais fiscalização nos presídios: "Os presos temem reportar casos de violência."- Garantir a segurança e os direitos dos presos: "O governo deve controlar as cadeias. Algumas práticas devem ser encerradas, como no Rio, onde novos presos que não pertencem a nenhuma facção precisam escolher uma ao entrar."
- Melhoria no salário dos policiais: '''A baixa remuneração favorece a corrupção.''- Investigação profunda pela Polícia Militar e pelas Corregedorias das Polícias Militares das mortes causadas por policiais que alegam resistência das vítimas: "Classificar como auto de resistência é completamente inaceitável."
- Modificar a relação das corregedorias com as chefias das polícias: "A corregedoria não possui verdadeira independência."
- Mais recursos e mais independência para polícias técnicas.
- Garantir a segurança de testemunhas de execuções: "Elas têm medo, que é aumentado quando a polícia continua na investigação."
- Garantir o acompanhamento do Ministério Público das investigações sobre mortes causadas por policiais.
- Aumentar e qualificar os juízes de execuções penais e garantir mais fiscalização nos presídios: "Os presos temem reportar casos de violência."- Garantir a segurança e os direitos dos presos: "O governo deve controlar as cadeias. Algumas práticas devem ser encerradas, como no Rio, onde novos presos que não pertencem a nenhuma facção precisam escolher uma ao entrar."
E mantendo a linha das avaliações preliminares, considerando que não podemos criticar o que não conhecemos e o Relatório, como um todo, ainda é desconhecido, faço algumas breves considerações:
As sugestões apresentadas não parecem fruto apenas da visita, ficando evidente o assessoramento interno e a existência de análises prévias a respeito dos temas abordados, o que considero absolutamente normal, devo destacar.
A maioria das sugestões são ecos das nossas próprias constatações, não trazem qualquer novidade e caso não existam fatos novos no Relatório, a visita nada acrescentará para modificar o que precisa ser modificado.
Portanto, salvo melhor juízo, será muito mais produtivo para o Brasil que cada um de nós, não se limite a apoiar ou a criticar a missão do emissário da ONU, uns vendo um caráter invasor, outros vendo como algo que poderá modificar a situação atual, antes devemos assumir a nossa culpa, a nossa máxima culpa, pelas nossas mazelas no campo da Segurança Pública.
Precisamos vencer a nossa inércia, inércia que nos afasta dos nossos direitos e nos aparta da cidadania.
Uma omissão que só contribuiu para o agravamento dos nossos problemas ao longo do tempo.
E apenas para tratar de uma das sugestões:
Os Policiais ganham muito mal isso é um fato incontestável, como também é indiscutível que os baixissimos salários favorecem claramente a corrupção policial.
E o que fizemos para mudar esse verdadeiro absurdo?
Absolutamente nada!
Preferimos cobrar investigações rigorosas e a demissão dos corruptos, o que deve ser feito e tem sido feito pela Polícia Militar, porém o que fizemos para valorizar o Policial, o que não se corrompe apesar dos salários baixissimos, esse herói social que ganha tão mal?
Em que momento da história desse estado, a sociedade se mobilizou para exigir melhores salários para os Policiais, que arriscam a própria vida em nossa defesa?
Nunca nos mobilizamos!
Cada um de nós, brasileiros, parece que assumiu ser um cidadão de segunda classe.
Um cidadão que tem apenas alguns direitos e que praticamente não tem deveres com relação à cidadania.
Enquanto cada cidadão brasileiro não assumir a sua responsabilidade na implementação das mudanças, essas nunca ocorrerão.
Precisamos assumir a nossa culpa, a nossa máxima culpa, pelo nosso estágio atual, onde milhões de excluídos são sustentados pelo Estado Pai de Todos, tendo como patrocinadores aqueles que conseguiram ter os seus direitos fundamentais respeitados ou pelo menos alguns deles.
O Brasil só mudará, quando cada um de nós mudar, na busca de cidadania para todos os brasileiros.
E se isso não ocorrer, continuaremos a ser visitados, inspecionados ou invadidos por organismos internacionais, que nos ensinarão que devemos fazer tudo aquilo que já estamos cansados de saber, que devemos fazer.
E nunca é demais lembrar que domingo tem jogo do Brasil.
E que o Carnaval não tarda a chegar, as Escolas de Samba já escolheram os Sambas Enredo e as suas Rainhas de Bateria.
E que um Soldado da Polícia Militar do Rio de Janeiro ganha líquido menos de R$ 30,00 (trinta reais) por dia, menos que um(a) diarista, com todo respeito, que honradamente faz a limpeza da nossa casa, cidadãos brasileiros.
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL
CORREGEDOR INTERNO
3 comentários:
O SENHOR FOI NA ESSÊNCIA:
-“... O QUE FAZEMOS PARA MUDAR ESSE VERDADEIRO ABSURDO? ABSOLUTAMENTE NADA.”
-“O BRASIL SÓ MUDARÁ QUANDO CADA UM DE NÓS MUDAR”
-“MILHÕES DE EXCLUÍDOS SUSTENTADOS PELO ESTADO PAI DE TODOS”.
-ETC.
ACREDITO QUE NÃO MUDARÁ TÃO CEDO:
- A LEGIÃO DE EXCLUÍDOS MANTIDOS PELO ESTADO É MANANCIAL DE VOTOS.
- MÁGOAS, FRUSTRAÇÕES, CONQUISTAS NÃO REALIZADAS,
DIFICULDADES ETC, TUDO ISTO SUCUMBE A UM BOM FUTEBOL E AO NOSSO ESFUZIANTE CARNAVAL.
E ASSIM,
SINGRANDO MARES
DE PROCELOSAS ÁGUAS
NAVEGA O BARCO
DE MULTIDÃO REPLETO.
DE VAGA EM VAGA
VÃO PARA TRÁS FICANDO
ESPUMAS DESFEITAS
E DESCONHECIDOS PÉLAGOS.
É CORONEL ,O SENHOR TEM RAZÃO.OS SAMBAS JÁ ESTÃO NA BOCA DOS CARIOCAS,FINAL DO BRASILEIRÃO QUEM SOBE QUEM CAI,QUEM VAI PARA A LIBERTADORES,QUEM VAI VAI PARA A SULAMENRICANA,ESTÁDIOS LOTADOS PELA MULAMBADA,ENSAIOS DE ESCOLAS DE SAMBA TODO O FINAL DE SEMANA,NATAL,ANO NOVO,CARNAVAL E OUTRAS FESTAS VEM POR AÍ,ENTRETANTO O QUE FAZEMOS PARA MELHORAR?NADA +NADA E ASSIM CONTINUA NOSSO ESTADO,ESTAV ESQUECENDO, O NOSSO GOVERNADOR ESTA NA EUROPA DE NOVO,QUE LEGAL!!!!!
E como complemento,creio não ser de mais recomendar a audição da fala de Arnaldo Jabor de 19/11/07"Lula se aproveita da nossa ignorância política", disponível na Rádio CBN.
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