Ontem, o Coronel DAVID, Comandante do 1º Comando de Policiamento de Área, entregou-me uma cópia do artigo que transcrevo a seguir, recomendando a minha leitura.
Li e resolvi transcrevê-lo, acrescentando uma proposta de reflexão:
JORNAL DO BRASIL
PASSANDO A LIMPO
Jornalista Boris Casoy
DROGAS
DROGAS
"Chamou a atenção da imprensa de todo o país a prisão no Rio de um grupo de jovens traficantes, quase todos de classe média alta. A situação econômica desses jovens, alguns imberbes, evidencia mais uma vez a amplitude do problema, que sai das favelas cariocas e se estende pela zona sul.
A atenção que os jornais dão ao fato, obviamente está contaminada pelo “efeito espelho”: boa parte dos jornalistas se espanta quando fatos graves desse tipo acontecem em seu próprio nível social. São jovens rostos semelhantes àqueles que estamos acostumados a ver diariamente no convívio com nossas famílias ou em nosso círculo de amizades, faces supostamente muito distantes das habituais imagens do submundo brasileiro.
Sem a pretensão de tentar resolver um problema que desde há muito atormenta o mundo, valem algumas reflexões sobre o que ocorre em nosso país, com um avanço apavorante do consumo e tráfico de drogas ilícitas.
Como uma espécie de câncer, tráfico e consumo avançam na medida em que não são combatidos. Como “negócio”, o tráfico está sujeito às regras de mercado. Cresce o número de consumidores, amplia-se a rede de venda. Consumo e tráfico se realimentam mutuamente. E criam toda uma complexa rede de interesses que se avoluma à medida que o tempo passa. Não é segredo para ninguém que o tráfico se utiliza para o bom andamento de seus “negócios” da ingenuidade de setores da sociedade ligados aos direitos humanos e ONGs envolvidas com comunidades e grupos de necessitados. Com as exceções de praxe, vemos as pressões que sofrem o governo do Estado do Rio de Janeiro e suas polícias, na medida em que não arredam pé da decisão de desalojar o tráfico das posições subtraídas do espaço urbano legal. E nesse campo vale tudo – desde criticar pura e simplesmente as ações policias pelo suposto permanente exagero no uso da força até recorrer a órgãos internacionais tentando lançar à execração o combate aos traficantes.
Todos sabemos dos riscos do combate que está sendo feito, inclusive com perda de vidas preciosas; todos queremos que essa luta se faça dentro da lei, mas a impressão que se tem ante algumas abordagens – muitas eivadas de caráter supostamente ideológico, é que réu é o Estado do Rio de Janeiro. Basta ver algumas entrevistas do secretário fluminense da Segurança Pública. Quem ligar a televisor naquele instante pensará que ele está sendo submetido a um rigoroso interrogatório. Na verdade, tudo mostra que o governo do Rio decidiu imbuir-se da missão de enfrentar o tráfico. E esse confronto é doloroso e deve ser feito com cuidado e dentro da lei e da preservação dos direitos humanos – o que, convenhamos, não é fácil ante o potencial de fogo inimigo. É claro que as polícias brasileiras estão muito distantes da perfeição, assoladas, entre outros problemas, pela corrupção e pelas divisões internas, que levam ao absurdo de várias polícias, que brigam entre si.
É claro que os ímpetos anti-sociais do ser humano podem e devem ser contidos ante a certeza de uma punição dura, o que praticamente não acontece no Brasil,com raras exceções. E as punições ao tráfico – este na raiz de mais de 70% da criminalidade brasileira – infelizmente marcham em sentido contrário. Têm sido abrandadas nos últimos 30 anos, contra a opinião da maioria da população que, segundo pesquisas, condena as drogas, ao contrário do que pensam acadêmicos de plantão, que se batem pela impunidade invocando duvidosas concepções de direito e justiça."
A atenção que os jornais dão ao fato, obviamente está contaminada pelo “efeito espelho”: boa parte dos jornalistas se espanta quando fatos graves desse tipo acontecem em seu próprio nível social. São jovens rostos semelhantes àqueles que estamos acostumados a ver diariamente no convívio com nossas famílias ou em nosso círculo de amizades, faces supostamente muito distantes das habituais imagens do submundo brasileiro.
Sem a pretensão de tentar resolver um problema que desde há muito atormenta o mundo, valem algumas reflexões sobre o que ocorre em nosso país, com um avanço apavorante do consumo e tráfico de drogas ilícitas.
Como uma espécie de câncer, tráfico e consumo avançam na medida em que não são combatidos. Como “negócio”, o tráfico está sujeito às regras de mercado. Cresce o número de consumidores, amplia-se a rede de venda. Consumo e tráfico se realimentam mutuamente. E criam toda uma complexa rede de interesses que se avoluma à medida que o tempo passa. Não é segredo para ninguém que o tráfico se utiliza para o bom andamento de seus “negócios” da ingenuidade de setores da sociedade ligados aos direitos humanos e ONGs envolvidas com comunidades e grupos de necessitados. Com as exceções de praxe, vemos as pressões que sofrem o governo do Estado do Rio de Janeiro e suas polícias, na medida em que não arredam pé da decisão de desalojar o tráfico das posições subtraídas do espaço urbano legal. E nesse campo vale tudo – desde criticar pura e simplesmente as ações policias pelo suposto permanente exagero no uso da força até recorrer a órgãos internacionais tentando lançar à execração o combate aos traficantes.
Todos sabemos dos riscos do combate que está sendo feito, inclusive com perda de vidas preciosas; todos queremos que essa luta se faça dentro da lei, mas a impressão que se tem ante algumas abordagens – muitas eivadas de caráter supostamente ideológico, é que réu é o Estado do Rio de Janeiro. Basta ver algumas entrevistas do secretário fluminense da Segurança Pública. Quem ligar a televisor naquele instante pensará que ele está sendo submetido a um rigoroso interrogatório. Na verdade, tudo mostra que o governo do Rio decidiu imbuir-se da missão de enfrentar o tráfico. E esse confronto é doloroso e deve ser feito com cuidado e dentro da lei e da preservação dos direitos humanos – o que, convenhamos, não é fácil ante o potencial de fogo inimigo. É claro que as polícias brasileiras estão muito distantes da perfeição, assoladas, entre outros problemas, pela corrupção e pelas divisões internas, que levam ao absurdo de várias polícias, que brigam entre si.
É claro que os ímpetos anti-sociais do ser humano podem e devem ser contidos ante a certeza de uma punição dura, o que praticamente não acontece no Brasil,com raras exceções. E as punições ao tráfico – este na raiz de mais de 70% da criminalidade brasileira – infelizmente marcham em sentido contrário. Têm sido abrandadas nos últimos 30 anos, contra a opinião da maioria da população que, segundo pesquisas, condena as drogas, ao contrário do que pensam acadêmicos de plantão, que se batem pela impunidade invocando duvidosas concepções de direito e justiça."
Minha proposta para reflexão:
A impunidade é reconhecidamente um dos fatores que alimenta a criminalidade.
A impunidade do cliente - o usuário - não seria o principal fator que alimenta o tráfico de drogas?
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL
CORREGEDOR INTERNO
5 comentários:
Sr Cel
A lavratura de termos circunstanciados pela PM é urgente para a redução da impunidade concernente à posse de substância entorpecente (além, é claro, de tantas outras infrações penais - jogo do bicho, exercício ilegal de profissão, perturbação do sossego, ameaça, etc).
A perspectiva de deslocamentos sucessivos (e ilegais - basta fazermos a leitura dos §§ 2º e 3º do art 48 da Lei n.º 11343/06), e da perda de horas com anacrônicos e desnecessários feitos cartorários, deve atuar como motivadora para o não encaminhamento de usuários às delegacias de polícia no RJ.
Coronel, sou usuário de drogas, responsável, tenho família, um ótimo emprego, onde ganho bom salário e grandes responsabilidades. Sou cidadão consciente, não alimento mercado ilegal de drogas. Tive que me virar para conseguir de alguma forma cannabis sem ser pela mão de traficantes de qualquer espécie. Não acho justo ser incriminado por um conduta que não fere nenhum direito de terceiros. Uma ação de foro íntimo, no meu caso sem dúvida. Uso por ser portador do vírus hiv e me manter num peso aceitável, visto que já tentei ganhar peso com outras drogas legais e nada me serviu, nada me dava fome. Ela veio através da cannabis, na mal falada larica. Agradeço a Deus pela larica existir. Não acho justo ser incriminado por isso. Alguma coisa precisa mudar.
O SR Philip Alston, da ONU declarou que os Policiais quando matam marginais é violação dos direitos humanos, mas quandos os Policiais são mortos pelos marginais não, talvez por ser direito dos marginais matar Policiais. Triste País esse Brazil
Vamos refletir Cel: como querer combater qualquer tipo de crime quando é permitido a um comandante de batalhão prender um subordinado porque este salgou a comida? Não adiantam teses, não adiantam planos, não adiantam estratégias enquanto o ponta de lança dessa guerra ainda for tratado como um ser inferior e que se acha sob o jugo do senhor de escravos. ┬
O país chamado BRASIL sempre se expondo ao ridículo,como um gringo cheio de marra tem o direito de aqui chegar e emitir relatório de segurança pública?na realidade os nossos politicos estão totalmente comprometidos com estas ONGS etc,pois não cabe mencionar.Mas um fato é verdadeiro,este senhor escutou ,falou etc com Ongs, organizações etc,todas a favor de bandidos,mas este gringo não escutou ou falou com familiares que perderam seus entes queridos da POLÍCIA,sendo assim,temos que ter conciência que a mudança destes políticos e organizações devem ser mudadas logo por NÓS.AS URNAS ESTÃO AÍ CHEGA DE GARGAREJO,NÃO PODEMOS NÓS VENDER,VAMOS COMEÇAR A ESCOLHER CANDIDATOS DE NOSSA CLASSE QUE TENHAM COMPROMISSO COM A DIGNIDADE DO POLICIAL E RESPEITO.ESTAS MUDANÇAS DEVEM COMEÇAR POR VEREADORES,PERFEITOS E DEPOIS DEPUTADOS ESTADUAIS,FEDERAIS,SENADORES E GOVERNADORES.NA NOSSA ASSEMBLEÍA LEGISLATIVA TEMOS DOIS deputados DEFENSORES DE DIREITOS HUMANOS DE BANDIDOS E OUTROS QUE POR NÓS LÁ ESTÃO (PAULO RAMOS-WAGNER-CORONEL JAIRO)NADA FAZEM É HORA DE PENSARMOS COM CIDADANIA.FORA A FALTA DE RESPEITO DO POLICIAL,CONFORME O CEL PAUL MENCIONOU,VOU SER MAIS EXATO ,GANHA HOJE POR DIA R$28,3333333333333333333,BEM MENOS QUE A MINHA DIARISTA (SEM DESMERECER)QUE HOJE FATURA POR DIA R$60,00 + R$5,00 DE PASSAGEM +ALMOÇO+LANCHE E EM ALGUNS MOMENTOS CAFÉ DA MANHÃ.É ISSO AIIIIIIIIIIIIII
JOÃO DO MEIER
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