quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

UMA VIDA NA POLÍCIA MILITAR.

Prezados leitores, bom dia!
"Blog do RVCHUDO:
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011.
QUEM EU ERA, QUEM FUI, QUEM SOU E QUEM SEREI.
Quando pequeno tive minhas referências familiares, filho de família pobre, mas, com alto grau de dignidade, me conduzindo a uma personalidade idêntica. Nos estudos me destacava, culminando a ingressar em 1975 na Escola Preparatória de cadetes do Ar, vindo a ser desligado por reprovação em Física por desleixo nos estudos.
Os próximos anos foram de trabalho, tendo exercido atividade profissional em bancos, usina de açúcar e álcool e estaleiro. No estaleiro convivi com pessoas de várias índoles, principalmente as que executavam trabalhos mais pesados, sem qualificação especializada. Eram trabalhos realmente pesados, como remoção de “cracas” e limpeza de porões de navios.
Em 1982 ingressei na Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, Corporação que nunca passou pela minha cabeça estar. Ingressei como soldado, pois, na época a idade máxima para a antiga EsFO era 24 anos, idade que já havia alcançado. Após um curso de três meses, fui mandado a uma Unidade Operacional, sendo destacado para um presídio onde a escala era 24x48 hs., sendo escalado na segunda folga para um serviço “EXTRA” em área comercial.
Nos primeiros meses comecei a ter conhecimento do que seria a PMERJ, ouvia comentários sobre quantias recebidas da contravenção pelo comando e a venda de policiamento, coisas inconcebíveis na minha visão.
Depois veio o Curso de Sargento e o Comando de PATAMO e PPC, onde conheci a política da morte, onde os “quebra cocos” eram reverenciados na Unidade. Vieram os confrontos armados e com eles a necessidade de matar para não morrer. As prisões e apreensões que acumularam vários elogios pelas ações em prol das comunidades.
Com isso vieram os problemas, pois, minha criação contradizia tudo que estava vivenciando, era difícil aceitar que o mesmo comando que me submetia ao confronto podia estar recebendo favores dos combatidos. Começou o tratamento psiquiátrico, culminando a internação compulsória pela PMERJ na Clinica Dr. Eiras em Botafogo. Diante do que vi na Clinica, misturado a alienados que defecavam e urinavam pelo chão, fugi daquele lugar cometendo a Deserção Militar, sendo julgado e absolvido da imputação estatal.
Fui trabalhar em Unidade de Interior, onde me vi obrigado a matricula em curso de Direito para eliminar questões sobre duvidas de procedimentos administrativos. O curso foi interrompido diante das freqüentes mudanças de escala que inviabilizava obtenção de conhecimento, mas, o que eu queria foi aprendido; espernear contra os abusos e ilegalidades.
Aprendi mas sofri, sendo alvo de “quadrilhas” de oficiais que se formaram para punir ilegalmente quem se contrapunha a ataques ilegais. Com isso não mais fui promovido, servindo as punições ilegais para contra indicar em qualquer possibilidade de promoção funcional, culminado a juntada de tempo de serviço para pedir passagem para a reserva Remunerada.
Apesar dos diversos Processos em vara de Fazenda Pública que se arrastam por anos sem solução, encontro vazão a carga negativa acumulada durante anos. Posso expor minha opinião sem medo de perder minha liberdade e, se acontecer, saberei adotar as providências cabíveis. Juntando também o pedido judicial de reparação indenizatória pelas ilegalidades praticadas, que, se não elimina o ocorrido, pelo menos atunuam o sofrimento causado.
Não se trata de uma critica a Corporação Policial Militar, a qual devo uma vida de serviços e o proveito de uma “aposentadoria”. Mas uma acirrada critica aos que a comandam adotando uma discricionariedade que não possuem para prender e prejudicar quem se oponha a seus “mandos” ilegais e abusivos.
Passado todos estes desconfortos que a caserna me proporcionou a obrigação de adquirir conhecimento; não que valesse algo profissional, mas em defesa própria, foi gratificante. Me defendi e continuo me defendendo, agora com a razão e não com reclamações infundadas pelos cantos do quartel.
Portanto estou novamente em evolução, agora de volta ao início, ao resgate de meus valores sólidos esquecidos com a convivência que os desvirtuou. Labuto por uma PMERJ digna, acima dos devaneios de comandantes aventureiros, que traga o policial militar como um cidadão pleno em DIREITOS e deveres, sabedores de como exercer sua defesa com plenitude e não subjugados a limitações impostas.
A PMERJ tem, sempre teve e terá sempre o meu respeito e gratidão enquanto Corporação.
Ricardo Oscar Vilete Chudo".
Juntos Somos Fortes!

2 comentários:

Anônimo disse...

É uma pena enorme que existam poucos e pensem como o exemplo deste.

Anônimo disse...

Avante Cidadão Vilete!