domingo, 21 de fevereiro de 2010

CARTA ABERTA DOS PROFESSORES ESTADUAIS À POPULAÇÃO DO RIO DE JANEIRO.

Carta aberta a população do Estado do Rio de Janeiro – Vista a camisa da Educação!
Nós, professores servidores do Estado do Rio de Janeiro, escrevemos esta carta aberta à população do Rio de Janeiro para mostrar aquilo que realmente envolve a questão a incorporação da gratificação chamada Nova Escola e a diminuição do nosso plano de carreira. A princípio, não foi dito o valor do salário do professor estadual, que é de apenas R$ 607,26. A população deve imaginar que recebemos alguma ajuda extra,
como vale transporte, vale refeição, que qualquer empresa é obrigada a pagar a seu funcionário.
Porém, não é isso o que acontece: não recebemos estes benefícios que são direitos de todo o trabalhador e ainda temos o desconto previdenciário de 11%, recebendo um salário líquido de aproximadamente R$ 540,00. O Governo faz propagandas na televisão dizendo que deu laptops para todo professor, mas na verdade, estes laptops foram adquiridos pelo sistema de comodato, ou seja, estes equipamentos são emprestados pelo governo que, quando bem entender, pode pedir os mesmos de volta. Atualmente, observamos a climatização das salas de aula, onde o Governo aluga os aparelhos e ainda terá um consumo absurdo de energia elétrica, gerando consumo de energia bastante elevado. A incorporação do Nova Escola se dará até 2015, em 7 parcelas.
O governador já se considera reeleito. Existem casos de professores que
receberão, no ano que vem, segundo este projeto, um aumento de R$ 2,47! Isso mesmo, talvez não dê para pagar uma passagem com o valor deste aumento em 2010.
Um outro ponto é o grande número de pedidos de exoneração de professores, estima-se que seja aproximadamente 30 por dia! Não existem condições de trabalho e isso nos incomoda. Contudo, o que mais nos deixa indignados, é a carta compromisso enviada aos nossos lares onde o mesmo governador empenha sua palavra e agora se esquece de tudo aquilo que prometeu. As promessas são:
Promessa 1- Reposição das perdas dos últimos 10 anos.
Resultado - Reajuste de 4% e mais 8% de uma perda de mais de 70%.
Promessa 2- Manutenção do atual plano de carreira e inclusão dos professores de 40h.
Resultado - Não só manteve o professor 40h de fora do plano como diminuiu as diferenças entre níveis de 12% para 7,5%.
Promessa 3- Fim da política da gratificação Nova Escola e incorporação do valor da gratificação ao piso salarial.
Resultado - Esqueceu de avisar que seria em 7 anos e sem reposição da inflação.
Promessa 4- "A secretaria de Estado de Educação do meu governo terá como titular pessoa com histórico na área de educação e vínculos com o magistério."
Resultado- A atual titular da pasta é da área de computação, burocrata sem passagem pelo magistério.
Não somos ouvidos, e ainda vemos a imprensa nos virar as costas e distorcer a situação real. Somos pais e mães de família, que fizeram um curso superior, na esperança de um futuro melhor. Contamos com a compreensão e a colaboração da população do Estado do Rio de Janeiro. Vista a camisa da Educação, você pode não ser professor, seu filho e sua família podem não precisar da Educação Pública, mas a nossa sociedade só vai melhorar com Educação Pública de qualidade Faça a sua parte, essa será uma verdadeira mudança na história da Educação no Estado do Rio de Janeiro, porém precisamos adequar a verdadeira realidade do magistério Estadual.
Mande para os seus contatos e vamos mostrar a nossa força!
Agradecemos imensamente a atenção
Professores do Estado do Rio de Janeiro.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

3 comentários:

Anônimo disse...

Escândalo milionário no governo Cabral é caso para o MP

No sábado de carnaval, a jornalista Berenice Seara, do EXTRA publicou a nota acima que é mais um escândalo do governo Sérgio Cabral. É preciso que o Ministério Público faça alguma coisa. Cabral está liberando R$ 5.872.500,00 para patrocinar o Rock in Rio, que vai acontecer em Madri e Lisboa. É claro, que a desculpa vai ser dizer que a verba é para divulgar a imagem do Rio de Janeiro no exterior, que é para atrair turistas e blábláblá.

Mas, essa argumentação não cola. Estamos falando de quase R$ 6 milhões. Cabral está fazendo uma sangria nos cofres públicos. Está certo o deputado Comte Bittencourt (PPS) em pedir explicações ao governador, mas isso só não basta. Estamos falando de uma bolada milionária que está sendo repassada a uma empresa privada, a Dream Factory. E para quem não está ligando o nome à empresa. É a mesma empresa que foi contratada pela prefeitura do Rio para organizar o carnaval de rua em toda a cidade.

Vale lembrar, que o Rock in Rio, é promovido pela família Medina, dona da agência de publicidade Artplan, que coincidentemente é uma das agências que atende o governo do Estado (LOTERJ).

Cabral, acha que é intocável, que tem todo mundo na mão e por isso pode fazer uma atrás da outra, que nada será investigado. Mas em ano eleitoral, esse patrocínio de quase R$ 6 milhões para shows na Europa, da forma como está sendo feito, soa muito, mas muito estranho.

Esperamos que o Ministério Público cumpra o seu papel e vá fundo nessa história, que é mais um escândalo milionário do governo Sérgio Cabral.

Anônimo disse...

MINAS DÁ O EXEMPLO

Anônimo enviou “Corporação pretende cobrar do Governo mineiro a promessa de ter a melhor remuneração do país neste ano Policiais militares fazem ato público na próxima quarta-feira (24) no Hall das Bandeiras, na Assembleia Legislativa, para levar ao conhecimento dos deputados estaduais a campanha por reajuste salarial. Eles vão conversar com o presidente do Legislativo mineiro, deputado estadual Alberto Pinto Coelho (PP), o líder do Governo, deputado estadual Mauri Torres (PSDB), e farão corpo a corpo com os deputados estaduais.

Representantes do Clube dos Oficiais, da União dos Militares, da Associações dos Oficiais, do Centro Social dos Cabos e Soldados e da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares (Aspra), em ação conjunta com os comandos da Policia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, reivindicam *****primento de compromisso feito pelo Governo em 2007 de que em 2010 a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros estariam entre as três instituições mais bem pagas do país. Para que este objetivo seja alcançado, o piso dos PMs de Minas tem que estar acima de R$ 3 mil. Em reunião na quinta-feira (18), os representantes das entidades discutiram com os comandantes da Policia Militar, coronel Renato Vieira de Souza, e do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Gilvan Almeida Sá, os termos da proposta que será encaminhada ao Governo. “Construímos juntos para não ficar medindo forças. Vamos buscar convergência. O tempo é curto até o final de março”, afirmou nesta sexta-feira (19) o subtenente Luiz Gonzaga Ribeiro, da Aspra.

Na próximas segunda e terça-feiras (22 e 23), o Alto Comando das duas corporações se reúne e dentre os assuntos em pauta estará a proposta de reajuste. E na quinta-feira (25), às 9 horas, faz nova reunião com as entidades para fechar a proposta. A campanha foi iniciada na quarta-feira (10) em assembleia realizada no Clube dos Oficiais com a participação de 700 militares, informou nesta sexta-feira (19), o presidente do Clube dos Oficiais, coronel Edvaldo Picinini.

A expectativa de Gonzaga é de que a proposta seja entregue ao Governo na primeira semana de março. Caberá aos comandos da PM e do Corpo de Bombeiros, segundo Picinini, encaminhar a proposta ao Governo. “Esperamos ser chamados para discutir a proposta”, afirmou. Atualmente um coronel após 25 anos de serviço, seis quinquênios, recebe R$ 9.762,50 e um soldado R$ 1.775,00, valor que estaria em 12º lugar no ranking do país.

Obs.:

O Rio de Janeiro é o segundo estado do país em arrecadação e, espantosamente, o segundo pior salário pago aos Bombeiros e Policiais Militares do Brasil.

Anônimo disse...

Anônimo disse...

Carta ao Governador Sergio Cabral

De uma médica
Sáb, 18 de abril de 2009 21:39

Sergio Cabral
Quem é o vagabundo, Governador?
Sabe governador, somos contemporâneos, quase da mesma idade, mas vivemos em mundos bem diferentes.

Sou classe média, bem média, médica, pediatra, deprimida e indignada com as canalhices que estão acontecendo.



Fiz um vestibular bastante disputado e com grande empenho tive a oportunidade de freqüentar a Universidade do Estado do Rio de Janeiro, hoje esquartejada pela omissão e politiquices do poder público estadual.

Fiz treinamento no Hospital Pedro Ernesto, hoje vivendo de esmolas emergenciais em troca de leitos da dengue.

Parece-me que o senhor desconhece esta realidade. O seu terceiro grau não foi tão suado assim, em universidade sem muito prestígio, curso na época pouco disputado, turma de meninos Zona Sul...


Ao final do curso nova seleção, agora para residência. Mais trabalho com pouco dinheiro e pacientes pobres, o povo. Sempre fui doutrinada a fazer o máximo com o mínimo.

Muitas noites sem dormir, e lhe garanto que não foram em salinhas refrigeradas costurando coligações e acordos para o povo que o senhor nem conhece o cheiro ou choro em momento de dor.

No início da década de noventa fui aprovada num concurso para ser médica da Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro. A melhor decisão da minha vida, da qual hoje mais do que nunca não me arrependo, foi abandonar este cargo.

Não se pode querer ser Dom Quixote, herói ou justiceiro. Dói assistir a morte por falta de recursos. Dói como mãe de quatro filhos, ver outros filhos de outras mães não serem salvos por falta de condições de trabalho.

Fingir que trabalha, fingir que é médico, estar cara-a-cara com o paciente como representante de um sistema de saúde ridículo, ter a possibilidade de se contaminar e se acostumar com uma pseudo-medicina é doloroso, aviltante e uma enorme frustração.

Aprendi em muitas daquelas noites insones tudo o que sei fazer e gosto muito do que eu faço. Sou médica porque gosto. Sou pediatra por opção e com convicção. Não me arrependo. Prometi a mim mesma fazer o melhor de mim.

É um deboche numa cidade como o Rio de Janeiro, num estado como o nosso assistir políticos como o senhor discursarem com a cara mais lavada que este é o momento de deixar de lenga-lenga para salvar vidas. Que vidas, senhor governador? Nas UPAS? tudo de fachada para engabelar o povão!!!!

Por amor ao povo o senhor trabalharia pelo que o senhor paga ao médico?

Os médicos não criaram os mosquitos. Os hospitais não estão com problema somente agora. Não faltam especialistas. O que falta é quem queira se sujeitar a triste realidade do médico da SES para tentar resolver emergencialmente a omissão de anos.



Não há pediatra neste momento que não esteja sobrecarregado. Mesmo na medicina privada há uma grande dificuldade em administrar uma demanda absurda de atendimentos em clínicas, consultórios ou telefones. Todos em pânico.



Acorde governador! Hoje o senhor é poder executivo. Esqueça um pouco das fotos com o presidente e com a mãe do PAC, esqueça a escolha do prefeito, esqueça a carinha de bom moço consternado na televisão.



"Lenga-lenga" é não mudar os hospitais e os salários.

Quem sabe o senhor poderia trabalhar como voluntário também. Chame a sua família. Venha sentir o stress de uma mãe, não daquelas de pracinha com babá, que o senhor bem conhece, mas daquelas que nem podem faltar ao trabalho para cuidar de um filho doente.

Quem sabe entra no seu nariz o cheiro do pobre, do povo e o senhor tenta virar o jogo.
A responsabilidade é sua, governador.

Afinal, quem é, ou são, os vagabundos, Governador?