segunda-feira, 27 de julho de 2009

O COMANDANTE GERAL DA PMERJ E A REDE GLOBO - PLIN PLIN.


Os leitores de primeira hora do nosso espaço democrático podem ser conduzidos a pensar que o organizador desse espaço e o atual Comandante Geral da PMERJ, caminham em direções opostas, quando na verdade, concordamos em vários aspectos da atividade de segurança pública.
Afinal, o mundo cresce impulsionado por idéias que são atiradas no tempo e que através dos debates se transformam em soluções aplicáveis.
Sim, concordamos, pelo menos o organizador desse blog concorda, aqui e ali.
O texto a seguir copiado do blog do Coronel de Polícia Mário Sérgio, foi publicado no dia 9 de setembro de 2008, sendo um exemplo de caminharmos pelos mesmos caminhos...
Nele Mário Sérgio escreve sobre a TV Globo e devo dizer que concordo com a sua abordagem em desfavor de uma parte das Organizações Globo.
BLOG SEGURANÇA PÚBLICA - IDÉIAS E AÇÕES.
PLIN PLIN.
Infeliz do homem que se indispõe com Deus, que O desafia ou O critica. Vai penar no inferno!
Já ouvimos algo parecido em nossas vidas, pelo menos muitos de nós.
De minha parte não creio assim, embora não goste de dirigir imprecações ao Todo-Poderoso.
Penso que mesmo aquele movido por algum mal-estar, por algum incômodo existencial, pode, segundo se abstrai dos atributos da divindade, ser destinatário de Sua perfeita benevolência e receber o benefício do Seu perdão, após Tê-lo enfrentado.
Encontramos isso à luz de diferentes religiões e nas diversas interpretações do cristianismo, em fórmulas diferentes de salvação (salvação exclusivamente pela fé – salvação pelo conjunto “fé + obra” – salvação pela fé que se depreende da obra – salvação que não significa permanecer eternamente num paraíso de beatitude contemplativa, mas manter-se a salvo de padecimentos evitáveis quando se busca o bem e se permanece no amor, etc.).
Destino diferente, todavia, para quem se atreve a desafiar as Organizações Globo, principalmente seu jornalismo.
Enfrentá-las, apontar suas incongruências, seus paradoxos e interesses econômicos diluídos e disfarçados em meio às “ferramentas” de informação de sua mídia, é assinar uma sentença de morte: metafísica, inexorável e insuspeita.
Lembro-me do Governador Leonel Brizola, com quem até não me simpatizava com suas idéias e políticas, lutando ferozmente contra a Globo, atirando-lhe denúncias, chamando-a para a briga.Pobre Brizola. Aquelas brigas ele nunca venceu.
Só um nefelibata como o Brizola (que ele me perdoe de onde estiver) para atentar contra a Globo, expondo sua ira contra um poder irrefreável, incontrolável, incontradito (me perdoem a invenção) e subdivino (me perdoem mais esta).
Só um estúpido, como eu, para fazer alguma coisa parecida (mesmo que muito mais tímida e “desimportante”); para afirmar, publicamente, que a Globo usa medidas diferentes de avaliação e julgamento para fatos e coisas que veicula, quando intenta firmar um ponto ideológico ou persuasivo sobre seu público leitor-expectador.
Vamos lá.
Vou demonstrar:
Fantástico de domingo último, dia 07 de setembro. Patrícia Poeta e Zeca Camargo exibem uma matéria na qual Policiais Militares aparecem em situação no mínimo desconfortáveis para suas Corporações. Numa delas, integrantes da Polícia Militar de Santa Catarina realizam um churrasco com seus familiares, na Unidade onde se encontram presos à disposição da justiça. Em outra, um Soldado da Polícia Militar de São Paulo se exibe diante de uma filmadora, talvez de um telefone celular, não sei, dançando mambo, acompanhado de um “cantor” improvisado, no pátio de um destacamento policial militar paulista.
Vou me deter no caso do policial paulista.
Não que o caso catarinense não mereça nossa atenção, mas porque a questão que me move não é aquela tratada seguramente com toda importância, serenidade e seriedade pelo Comando da histórica Polícia Militar de Santa Catarina, prestadora de reconhecidos bons serviços ao seu povo, desde sua existência. Não sou legítimo para isso e devo olhar para meu próprio umbigo.
Mas não posso me calar sobre o outro caso.
Relativamente ao PM?
Não, relativamente à Globo.
Explico:
Ano de 2005. A Polícia Militar de Minas Gerais estabelece uma parceria com o grupo cultural AfroReggae. O grupo, cuja gênese leva a marca de um drama, a chacina de Vigário Geral, é “convocado” a ensinar à respeitada Policia Militar mineira uma forma alternativa de aproximação com a população pobre, das favelas. Um projeto piloto é estabelecido e uma Unidade engajada, o 22º BPM (coincidentemente eu comandava, à época, o 22º BPM, no Rio: o Batalhão da Maré), e logo vários Policiais Militares estão aprendendo percussão com o AfroReggae, com direito a uma grande apresentação popular.
Não faço julgamentos sobre a nobre Polícia Militar de Minas Gerais. Gosto dela e a respeito, muito. Gosto de sua história, de sua estética e de sua disciplina.
Sei muito pouco desse projeto, dessa parceria. Pelo que vi, o AfroRegae entrou com o saber e a PMMG com a necessidade de saber. Professores e aprendizes de alternativas para promoção de cidadania e respeito, tudo nesta ordem.
Não sei se a turma do AfroReggae se dispôs a cumprir alguma “etapa”, se havia alguma condição, dada por contrapartida de "convênio", para os “atores sociais” Afroreggaeanos; coisas como cortar o cabelo à moda da casa e prestar culto à bandeira nacional, pela manhã.
Mas não ficou aí.
No dia 5 de fevereiro de 2006 cerca de vinte Policiais Militares da PM de Minas se apresentaram no Domingão do Faustão, fardados. Militarmente fardados, como o Policial Militar paulista; batendo tambores e dançando Reggae. Dançando como o soldado paulista. Dançando desinibidamente para milhões de espectadores.Volto a repetir: não se trata de uma crítica à PMMG. Ela tem suas razões e estratégias, e isto deve ser respeitado também.
O AfroReggae tentou bater tambor no terraço do BOPE quando fui seu Comandante. Acabaram batendo no pátio do QG.
Nada contra o AfroReggae, mas não acredito que “diferentes” possam se reconhecer “iguais” apenas porque foram colocados forçadamente juntos, a partir da vontade da “superestrutura”.
Com negociação, porém, julgo que se ambos os lados conviverem participando de rotinas e práticas legais e legítimas, comuns “ao outro”, conhecendo-lhes os pontos-de-vista e a estrutura lógica coletiva, talvez seja possível a construção de algum tipo de identidade real, que vá além, no tempo e no espaço, de suas permanências sob os holofotes e câmeras.
E, particularmente, o AfroReggae toca mal pra cacete!
Mas duro, duro mesmo é pensar que o soldado paulista, que nem vou citar seu nome para não complicá-lo ainda mais, pode ser punido por sua dança não autorizada, não chancelada, não validada politicamente em atenção a interesses e à ideologia que professa a Globo.
Pronto. Agora é só rezar.
Vai depender de uma banda da Globo.
Se ela quiser mesmo, eu "danço".
Ps: confiram nos sites
MÁRIO SÉRGIO DE BRITO DUARTE
CORONEL DE POLÍCIA
Parabéns!
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO

3 comentários:

Unknown disse...

cmt o sr é nossa unica esperança de luta contra todo esse desreispeito a tropa

Marcelo Loureiro disse...

Boa Tarde.

Coronel, sou Policial Militar a 09 (anos) e nesse período sempre procurei aproveitar as oportunidades dadas pela Corporação para melhorar minha reallidade como Policial. Passei para APM no meu primeiro ano na Briosa, mas infelizmente, por fatores que nem gosto de comentar e sobre tudo pelo descaso e falta de apoio da Corporação, só consegui realizar o 1º ano, voltando a graduação de soldade, continuei a estudar e hoje sou 3º SGT. Mas o que me causa espanto é a falta de valor que o Policial mais antigo tem. Hoje não posso trabalhar nas famosas UPPs e ganhar R$ 500,00 a mais, pois o 01 considera que minha geração tem "Vicios de Rua", subentendo que todos os Policiais antigos são "Corruptos", o que não é verdade. O Que falar daquele PM que foi preso assaltando na Tijuca junto com o Filho do Coronel Lopes, amplamente divulgado na mídia nos dias 31 Jan e 01 Fev. Aquele Sd é da Geração UPP, 81 milhão. E eu com a ficha limpa a 09 (nove) anos não posso fazer jus a melhoria salarial. O que o senhor me diz disso?

Paulo Ricardo Paúl disse...

Grato pela confiança, Vânia, mas na verdade somos muitos, sobretudo Praças, todos somos Soldados.
caro Marcelo, Mário Sérgio não apita nada pelo que eu soube, portanto, o fato de aproveitar os novos nas UPPs é coisa do Beltrame. Concordo com você, isso é um desrespeito aos mais antigos. Aliás, nem os Coronéis mais antigos eles respeitam, imagine aos Praças.
Vamos mudar tudo isso.
Juntos Somos Fortes!