terça-feira, 1 de janeiro de 2008

RETROSPECTIVA - NÓS MUDAMOS, ELES PARECEM QUE CONTINUAM OS MESMOS!


O Brasil precisa mudar!

A minha segunda retrospectiva do ano de 2.007 começa um pouco antes, no segundo semestre de 2006, no auge da campanha eleitoral.
Nós, Policiais Militares, enfrentávamos toda sorte de dificuldades.
Nós, Policiais Militares, recebíamos salários baixíssimos, que nos excluíam da cidadania.
Nós, Policiais Militares, empurrávamos as viaturas.
Nós, Policiais Militares, amarrávamos peças das viaturas com arames, para que não despencassem.
Nós, Policiais Militares, conseguíamos pneus segunda vida, no borracheiro do setor.
Nós, Policiais Militares, trabalhávamos em quartéis, companhias, postos de policiamento comunitário e destacamentos de policiamento ostensivo com instalações precárias.
Nós, Policiais Militares, não tínhamos equipamentos de proteção suficientes para todos.
Eles, políticos, discursavam.
Eles, políticos, prometiam.
Eles, políticos, prometiam valorizar os Policiais Militares e Civis.
Eles, políticos, tinham solução para tudo.
Eles, políticos, faziam promessas em nossos clubes e associações, onde nos reunimos para ouvi-los.
Era a campanha eleitoral!
Nós, Policiais Militares, acreditamos.
Nós, Policiais Militares, confiamos neles, mais uma vez.
Nós, Policiais Militares, convencemos nossos familiares.
Nós, Policiais Militares, nos enchemos de esperança.
Nós, Policiais Militares, votamos neles.
Nós, Policiais Militares, convencemos nossos familiares a também acreditarem nas promessas e a votarem neles.
Eles, políticos, se elegeram.
Eles, políticos, festejaram.
Nós, Policiais Militares, confiando neles, também festejamos.
Nós, Policiais Militares, iniciamos 2007 acreditando nas promessas de campanha.
Eles, políticos, iniciaram 2007 com total credibilidade.
A mídia explodia de novidades!
A segurança, a educação e a saúde seriam prioritários, cantavm em prosa e verso.
Nós, Policiais Militares, vivenciamos os dias passando e nada mudando.
Nós, Policiais Militares, continuamos a acreditar.
Nós, Policiais Militares, continuamos trabalhando duramente.
Nós, Policiais Militares, continuamos morrendo e sendo transformados em Bandeiras Nacionais, entregues aos nossos familiares.
Nós, Policiais Militares, realizamos um policiamento primoroso no PAN do Rio.
Nós, Policiais Militares, tivemos a companhia da Força Nacional de Segurança Pública com suas excelentes diárias, suas viaturas e equipamentos melhores do que os do denominado primeiro mundo.
Nós, Policiais Militares, cansados de acreditar, nos indignamos e clamamos pelas promessas.
Nós, Policiais Militares, desarmados e de folga, realizamos atos públicos, ordeiros e pacíficos.
Nós, Policiais Militares, encaminhamos documentos contendo nossas reivindicações justas a Eles.
Eles, políticos, se reuniram para encontrar soluções, embora na campanha eleitoral tivessem todas as respostas.
Eles, políticos, se desculparam, novamente.
Eles, políticos, acabaram por trazer as mesmas desculpas do passado, como que arrancadas das velhas gavetas do poder.
Eles, políticos, nos ofereceram um aumento em 24 (vinte e quatro) parcelas, cada uma de 1% (um por cento), a partir de setembro de 2007.
Nós, Policiais Militares, nos indignamos e não aceitamos.
Eles, políticos, prometeram reavaliar o aumento e realizaram reuniões.
Eles, políticos, acabaram nos concedendo um aumento de 4% (quatro por cento), de uma só vez, em setembro de 2007, nada mais.
Nós, Policiais Militares, mais uma vez, nos indignamos.
Eles, políticos, prometeram reavaliar novamente o aumento, reabrindo as negociações.
Eles, políticos, realizaram várias reuniões com nossos representantes.
E assim o ano de 2007 acabou.
Acabou para eles, políticos e para nós, Policiais Militares, sem qualquer avanço.
Nós, Policiais Militares, desacreditando totalmente na concretização das promessas da campanha eleitoral, palavras que se perderam no vento.
Nós, Policiais Militares, indignados.
Eles, políticos, desacreditados.
E o ano de 2008 iniciou assim, diametralmente diferente do início de 2007.
Nós, Policiais Militares, mobilizados para a obtenção das justas nossas pretensões.
Nós, Policiais Militares, mobilizados para buscar a nossa cidadania através de salários justos e da disponibilidade de adequadas condições de trabalho.
Nós, Policiais Militares, querendo a implementação das soluções da campanha eleitoral.
Nós, Policiais Militares, desacreditando neles.
Nós, Policiais Militares, unidos para só votarmos baseados em fatos, nunca mais em promessas.

Nós, Policiais Militares, mudamos!

Eles, políticos, parecem que continuam os mesmos!

PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORREGEDOR INTERNO

8 comentários:

Anônimo disse...

Já que nós, Policiais Militares, somos tratados como lixo por "elles"; pelo menos devemos demonstrar, de forma clara e inequívoca, e mais "efetiva" diria, que "não é assim que a banda toca" e que "é bumbo no pé direito".
A população é nossa aliada, ela também já está, como nós, de saco cheio dessa escumalha política.
2008 - o ano da mudança!
JUNTOS SOMOS FORTES!


Turma 76

CHRISTINA ANTUNES FREITAS disse...

Sr.Cel.Paúl:

Nada mais apropriado, para o momento que passamos. Sua Retrospectiva (incluindo a anterior), nos anima a acreditar que ainda existam pessoas dentro da PMERJ, tal qual dentro da Sociedade Fluminense, que almejam e lutam por melhorias salarias, qualidade de vida e de trabalho.
Palavra dita: palavra fincada...
Peço autorização para transcrever sua RETROSPECTIVA em meu Blog, pois tenho certeza que elevará o nível do mesmo!

Um grande abraço,
CHRISTINA ANTUNES FREITAS

Anônimo disse...

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Soldo de militar não pode ser inferior ao mínimo

Para o Tribunal de Justiça de Goiás, o salário básico do militar não pode ser inferior ao salário mínimo, sobre o qual devem incidir as vantagens pessoais. Com este entendimento manifestado pelo desembargador Zacarias Neves Coêlho, a 2ª Câmara Cível concedeu, por unanimidade, segurança ao policial aposentado Manoel Teixeira Chaves para que a Polícia Militar de Goiás observe o valor básico de seu vencimento, "que nunca deve ser inferior a um salário mínimo, para efeito de incidência de suas vantagens pessoais".

Manoel alegou que, ao ser transferido para a reserva remunerada, por ter sido eleito vereador na cidade de São Salvador do Tocantins - TO, em 1992, a sua remuneração foi fixada proporcionalmente ao tempo de serviço -18 anos- e calculada com base no vencimento da graduação de soldado PM, segundo a Lei nº 8.033/75. O seu soldo, alegou, vinha sendo pago abaixo do salário mínimo, em confronto com as Constituições Federal e do Estado de Goiás. O comando-geral da PM apontou a perda do objeto da impetração, ao informar que desde maio de 2004 todos os inativos da Polícia Militar percebem vencimento básico igual ao mínimo, sobre o qual são calculadas as vantagens. No mérito, ressaltou a inexistência de direito líquido e certo, esclarecendo que o cálculo das vantagens observa a proporcionalidade relativa ao tempo de contribuição de Manoel, que foi de 18 meses, tendo-se como parâmetro o tempo mínimo de 30 anos para a garantia da percepção integral dos proventos advindos da inatividade.

Zacarias ponderou que de fato o policial já está recebendo valor correspondente ao salário mínimo, mas que a autoridade impetrada não tem observado, para efeito de incidência das vantagens pessoais a que ele faz jus, conforme dispõe a Lei Estadual nº 11.866/92. "Inegável violação a direito líquido e certo do impetrante, de ver adotadas corretamente as normas insculpidas na Lei Estadual nº 11.866/92, observando-se o seu vencimento básico para efeito de aplicação dos percentuais das vantagens pessoais que lhes são conferidas", concluiu o relator.

A ementa recebeu a seguinte redação: "Mandado de Segurança. Militar. Soldo Inferior ao Salário Mínimo. Equiparação. Vantagens. É imperativo constitucional, que o salário básico do militar não pode ser inferior ao salário mínimo vigente, sobre o qual hão de incidir as vantagens pessoais a que o impetrante fizer jus. Segurança parcialmente concedida." Mandado de Segurança nº 12045-0/101 -200400987893, comarca de Goiânia, em 29 de março de 2005. (Lílian de França)


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Anônimo disse...

tudo muito bonito, mas o que eu queria ver aqui não é o que passamos e o que foi (ou deixou de ser) feito.

quero ver é o que faremos!

quais serão nossas ações futuras?

o que o sr. sugere que façamos?

Anônimo disse...

Grande Cel. vamos em frente...
SD PM.

Anônimo disse...

SENHOR,
EXCELENTE RETROSPECTIVA COM ANÁLISE DA SITUAÇÃO.
MAS NÃO ESTOU VENDO, NA PRÁTICA, A NOSSA MOBILIZAÇÃO.

Anônimo disse...

Comentário moderado:
Este é um ano de eleições, temos que votar contra....no poder.
O problema é que as opções já são previamente escolhidas por quem já está lá, é a perpetuação ......
No meu entender política ........

Anônimo disse...

Coronel,
Não só os policiais, como os médicos e os professores.
Hoje (2/01/2008)os jornais noticiam que o governador foi escurraçado dos hospitais públicos pelas mães de crianças doentes e pelos próprios doentes.
As "prioridades de governo" educação, segurança e saúde não sairam do papel.
Só faltou ele dizer que os professores e os médicos estão motivados.
ESTÁ NA HORA DA REAÇÃO SENHORES É ANO DE ELEIÇÃO. Mesmo que municipal, podemos mostrar que nós, cidadãos de bem e honestos não somo bobos. Vamos fazer campanha contra os apoidos deste governo.

A LUTA NÃO PODE PARAR. ESTE É O MOMENTO DA REAÇÃO. OFILHO DO DR. LÍDIO TOLEDO FOCOU PARALÍTICO. USEMOS A MÍDIA A NOSSO FAVOR, POIS CONTRA NÓS ELES SEMPRE A USAM.

Abraço, dignidade e honra