Prezados leitores, bom dia!
Policiar as comunidades carentes é imprescindível, assim como policiar toda cidade.
No dia 28 de junho de 2008, seis meses antes da inauguração da primeira Unidade de Polícia Pacificadora, na comunidade do Dona Marta, em Botafogo, eu publiquei o artigo que transcrevo abaixo (link):
“O sucinto editorial sintetiza perfeitamente a gravidade do quadro de insegurança pública vivenciado pela população do Estado do Rio de Janeiro, quando cita que existem áreas do território fluminense subjugadas por bandos armados, que impedem a manutenção do monopólio estatal do uso da força.
Uma realidade que perdura a vários anos!
O quadro é de grave perturbação da ordem pública considerando que no estado existem comunidades onde “leis” tácitas impostas por criminosos submetem os moradores a toda sorte de privações e onde a polícia responsável pelo policiamento ostensivo e pela preservação da ordem pública – a Polícia Militar – não consegue adentrar sem a ocorrência de confrontos armados, com as inevitáveis vítimas.
Não podemos continuar buscando culpados pelo estágio de desordem que alcançamos, nem mesmo podemos adiar a discussão democrática e multidisciplinar que deve anteceder o encontro de soluções para o maior problema da sociedade fluminense.
Urge que encontremos as soluções, sendo certo que estes territórios que não estão sob o controle estatal precisam ser retomados, ocupados e mantidos sob a égide da legalidade.
Ninguém duvida da capacidade operacional das instituições policiais estaduais de retomarem a hegemonia do monopólio estatal do uso da força nestas comunidades, enfrentando os criminosos, porém todos sabem também que estas instituições não possuem efetivos suficientes para ocupar e manter o controle dessas comunidades, mesmo desviando a Polícia Civil da sua missão constitucional – a investigação das infrações penais.
Portanto, temos que buscar alternativas e essas praticamente inexistem.
O programa federal da Força Nacional de Segurança apenas tem a capacidade de apoiar as ações, como tem feito, não reunindo condições de ser empregado na ocupação e na manutenção dos territórios.
Assim sendo, diante da dimensão e da gravidade do problema, devemos avaliar seriamente a possibilidade do emprego das forças armadas como uma alternativa factível, considerando que parte do território nacional está submetida a um estado paralelo, o que significa dizer que não fazem parte do nosso estado democrático de direito.
Caso existam outras alternativas para ocupar e manter o controle estatal nestas comunidades, além do emprego das forças armadas, por favor, que elas sejam apresentadas para avaliação, pois todos nós, cidadãos fluminenses agradecemos e ansiamos pelo encontro de soluções para essa catástrofe social”.
No ano de 2010, o Exército ocupou o Complexo do Alemão.
Juntos Somos Fortes!
Nenhum comentário:
Postar um comentário