No Rio de Janeiro, o governo estadual é o principal anunciante ou um dos principais anunciantes da mídia, isso é um fato, milhões e milhões do dinheiro público é consumido em propagandas. Obviamente, a evolução dessa relação comercial cliente x comerciante com o passar do tempo, acabaria por deteriorar a imprescindível liberdade de opinião da imprensa, fazendo com que o comerciante tivesse a preocupação de agradar o cliente, o que parece estar acontecendo a passos largos.
Prezados leitores, o Jornal Nacional exibiu no dia 15 NOV 2011 uma ótima matéria:
“Entenda como as favelas se transformaram em fortalezas do crime”.
A matéria é uma viagem no tempo, assistam (4 minutos) e só depois continuem a leitura (link para o vídeo).
Tenho certeza que vocês gostaram, excelente.
Quem assiste é conduzido pela evolução da criminalidade nas comunidades carentes e acaba se convencendo diante das imagens que tudo ocorreu como foi descrito na matéria, pois as imagens convencem e formam opinião.
Eu assisti mais de uma vez, sugiro que faça o mesmo e depois prossiga na leitura.
Assistiu novamente?
Percebeu algo estranho?
A matéria sinalizou para mim que o atual governo age de forma correta, enquanto antes foram décadas de erros?
Inclusive são apresentadas matérias exemplificando a equivocada tática do entra e sai, a famosa “tiro, porrada e bomba”.
Pergunto:
Qual o exemplo mais recente de uma desastrada operação “tiro, porrada e bomba”?
O que poderia exemplificar com maior propriedade a diferença entre as formas de atuação?
Exemplificar uma das tentativas fracassadas?
Não lembra?
Eis o vídeo sobre ela:
Por que parte desse excelente material não foi inserida na matéria do Jornal Nacional?
Será que o fato da operação ter sido realizada no ano de 2007 pelo governo Sérgio Cabral e sob a égide do secretário de segurança Beltrame, impediu a inserção?
Aliás, assista ao vídeo novamente e repare qual o remédio que o festejado secretário de segurança sugeriu para o Rio de Janeiro na época, um remédio que foi usado em todo Rio de Janeiro nos anos de 2007 e 2008, uma forma de atuação que continua sendo usada no RJ até a presente data, tendo como exceção os territórios das dezoito Unidades de Polícia Pacificadora.
Em 2008, antes ainda da primeira UPP ser implantada, o secretário explica que os marginais das comunidades carentes traziam a cultura do uso das armas do ventre de suas mães, mulheres que o festejam quando visita as UPPs (link da matéria).
O que teria feito o secretário mudar radicalmente de opinião?
Eis uma boa reflexão.
Juntos Somos Fortes!
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