FOLHA DE SÃO PAULO – 04 NOV 2011.
Suspeita de participação de policiais em crimes arranha imagem do Bope
No último ano, foram 3 acusações; num dos casos, major foi flagrado negociando fuzil com traficantejavascript:void(0)
Para atuais e ex-policiais da unidade, aumento do efetivo afetou processo de seleção e investigação dos integrantes
MARCO ANTÔNIO MARTINS
DO RIO
Apontado como o que há de melhor na polícia do Rio e famoso pelos dois filmes "Tropa de Elite", o Bope vive dias de batalhão comum da Polícia Militar. Três casos acenderam o alerta do coronel René Alonso, comandante da unidade: Cena 1: Na retomada do complexo do Alemão, em novembro de 2010, um tenente deu voz de prisão ao chefe, um major, por suspeita de que ele teria roubado um fuzil.
Dias depois, a Polícia Federal flagrou, em escuta autorizada pela Justiça, o policial negociando a arma com o traficante Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha.
Cena 2: Na mesma operação, um sargento flagrou outro, ambos do Bope, saqueando casas. Prendeu-o. Cena 3: Em abril, o cabo Mauro Lopes de Figueiredo, instrutor da unidade, foi preso por suspeita de desviar 1.841 munições de pistola e de fuzil.
Há uma década, os "caveiras" eram 120. Hoje, são 480. Para atuais e ex-policiais da unidade, o tamanho transformou o Bope na "máquina de guerra" que o capitão Nascimento cita nos filmes, mas impede um acompanhamento do policial como até o ano 2000.
O Bope informa que o aumento de efetivo não atrapalha o processo. Há dez anos, 15 policiais vasculhavam a vida dos 120 homens do batalhão. O Bope não informa quantos são hoje. Segundo policiais da unidade, o número é o mesmo.
"Essa ânsia de aumento do efetivo deveria levar o batalhão a fortalecer seus processos de seleção e treinamento. Corre o risco de virar um batalhão convencional", diz Paulo Storani, ex-instrutor do Bope.
O major flagrado roubando o fuzil no Alemão não respondeu a inquérito. Foi encaminhado a um batalhão da PM. Em 2008, dois cabos e dois sargentos foram acusados pela PF de fazer segurança para Alcebíades Garcia, irmão do contraventor Maninho. Todos foram expulsos do batalhão.
Agora, a PF e o próprio Bope suspeitam que algum "caveira" faça segurança para Nem da Rocinha. Em setembro, uma operação da PF "vazou" após pedido de apoio do Bope. Na véspera, comentou-se numa rede social que os moradores da Rocinha esperavam a operação. A ação foi adiada.
JUNTOS SOMOS FORTES!PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
Um comentário:
Bom "revê-lo" novamente.
Sabe o que acontece nesse exato momento na recém "pacificada" Rocinha, Coronel?
O morro está tomado por policiais do BOPE. Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu deixaram de ser áreas do 23º BPM.
Todas as denuncias são checadas por policiais do BOPE. E novamente começou o garimpo, igual ao que aconteceu na ocupação do Alemão.
Percebeu que nenhum valor em dinheiro e nenhuma jóia fora apreendida até o momento?
A Rocinha era o "entreposto" de drogas do Rio de Janeiro, quartel general da ADA, enfim considerada para os traficantes como uma favela rica.
Pois bem, eis o que ocorre. Várias são as casas que foram abandonadas por traficantes na rocinha. Também várias são as denuncias checadas por policiais do BOPE.
Quando checam uma denuncia, e encontram o material, os policiais do BOPE estão descendo com parte do material encontrado e a outra parte, que são as armas mais novas, dinheiro e jóias são transportadas do local onde foram encontradas para uma dessas casas que foram abandonadas.
Parte da patrulha do BOPE fica ali guardando o tão famoso espólio até chegar a noite, quando eles descem em carros particulares ou até mesmo em viaturas e somem com o material que deveria ser apreendido.
Pergunto: para qual favela serão vendidos os fuzis desviados?
Porque a investigação que apontava que policiais do BOPE eram respopnsáveis pela segurança do traficante NEM não foi a frente?
Ai vc coloca esses policiais suspeitos para tomarem conta de uma favela que tem envolvimento?
Somos todos palhaços mesmo !!!
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