O Rio de Janeiro comemora a retomada das comunidades da Rocinha, do Vidigal e da Chácara do Céu, sem a necessidade do disparo de nenhum tiro, sem qualquer resistência por parte dos traficantes. Os que esperavam um combate encarniçado por parte dos traficantes na defesa dos seus territórios, usando suas armas de guerra e as conseqüentes mortes de policiais, moradores e traficantes, boquiabertos assistiram ao vivo a ocupação tranqüila das comunidades. A facilidade foi tão grande que lembrei das palavras do honrado Coronel de Polícia Príncipe, após a conquista semelhante ocorrida nas comunidades do bairro da Tijuca:
Príncipe disse que "Se tivesse posto um escoteiro no Morro da Formiga, seria mais do que suficiente (para a ocupação)." (leiam).
Abrindo um parêntese, em face da citação do Morro da Formiga, lembro que ontem, novamente, Policial Militar lotado em UPP (Formiga) é acusado e práticas criminosas (leiam).
A ocupação sem resistência das comunidades tem sido uma constante na instalação das UPPs, uma regra que não foi rompida nem na ocupação da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão, onde a postura dos traficantes ficou anos luz distante do enfrentamento esperado e anunciado na época pela secretaria de segurança. Tal realidade é o motivo desse artigo, onde faço um convite para reflexão:
Por que os traficantes não resistem e cedem pacificamente os seus territórios, antes defendidos com o uso de armas de guerra?
A mídia fluminense não tem abordado esse tema, o qual penso ser muito importante para entender o que está acontecendo no Rio de Janeiro nos últimos três anos e o que poderá acontecer no futuro, uma preocupação que também não é abordada pela imprensa do Rio de Janeiro.
Peço licença para lembrar um parâmetro que considero vital para a busca da resposta correta, o qual também não tem sido abordado pela mídia:
Qual será a fonte de renda para os traficantes se manterem vivos após terem saído pacificamente de suas comunidades?
Eu publicarei um artigo com a minha opinião, mas não quero fazê-lo sem previamente fazer essa provocação para os nossos leitores, um pedido para que tentem encontrar as motivações que fazem com que os traficantes não lutem mais pela manutenção dos seus territórios, antes defendidos com o sacrifício das próprias vidas.
Pensem a respeito e respondam à pergunta.
Juntos Somos Fortes!
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