sábado, 26 de novembro de 2011

COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR EXPLICA POR QUE É DIFÍCIL COMBATER AS MILÍCIAS.

IG - DIRETO DO RIO.
Luiz Antonio Ryff.
(...)
“Milícia é muito pior”
O comandante-geral também avalia que, na segurança pública, o tráfico não é o oponente mais difícil a ser enfrentado. “A milícia é muito pior”.
Ele acredita que, nos anos 70, o principal problema das polícias no Rio era o envolvimento de alguns integrantes com grupos de extermínio, como o mão branca”, atualmente na área de segurança pública é a milícia.
“Ela tem muito envolvimento de policiais, de ex-policiais e de outros integrantes de órgãos da segurança pública. Na área de Campo Grande, os próprios policiais que servem no 40º BPM têm medo. Eles conhecem todo mundo”, lamenta.
Por contarem com muitos integrantes das forças de segurança, que têm autorização para usar armas, é difícil tipificar o porte ilegal – algo fácil no caso de um traficante. Responsável pela escola de formação de oficiais da PM, o coronel Íbis Silva Pereira explica que a PM não possui os meios necessários para o enfrentamento adequado da milícia.
Mecanismos da legislação, como quebra de sigilo bancário e telefônico, que são atrelados ao inquérito, estão longe do alcance da PM. Não é possível, por causa de uma sindicância interna, por exemplo, pedir a um juiz a monitoração telefônica de um policial que apresente indícios de enriquecimento.
É preciso um inquérito instaurado. E isso não é atribuição da PM. Somente as polícias civil e federal têm, legalmente, competência para tanto.
“É preciso trabalhar em conjunto, além deles, com a Corregedoria Geral Unificada e com a subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública”, afirma Costa Filho, que elogia ações das polícias Civil e Federal que prendem PMs. “Estão nos ajudando a fazer uma limpeza institucional. Só não dá para ficar limpa 100%. Isso seria uma utopia” (...) (Leiam).
Comento:
Certamente, a Polícia Militar tem dificuldades para investigar as milícias, isso se deve basicamente ao fato dessa investigação não ser sua missão, não cabe a PMERJ investigar crimes comuns. Todavia, não poder investigar, não significa não poder combater os milicianos, isso a Polícia Militar não só pode, como deve fazer.
Prezados leitores, como o governo estadual enfrenta o tráfico de drogas?
Em 95% das comunidades carentes, o governo usa a tática do tiro, porrada e bomba. Nos outros 5%, nas comunidades felizardas que foram escolhidas para receber policiamento (UPP), o governo avisa aos traficantes que vai ocupar, os traficantes saem para outras comunidades e a PMERJ ocupa a comunidade, retomando os territórios, enaltecendo que não precisou dar um tiro.
Diante dessas verdades, por que a Polícia Militar não faz o mesmo nas comunidades tomadas pelos milicianos?
Bastava avisar com antecedência, os milicianos sairiam para outras de suas comunidades e a PMERJ retomava os territórios.
Simples, muito simples.
Penso que exista algum mistério muito grande que impeça a Polícia Militar de retomar os territórios dominados pelos milicianos, a maior facção criminosa do Rio de Janeiro e em franca expansão.
Como a PMERJ só faz o politicamente correto, será que existe uma ordem política para não retomar os territórios dominados pelas milícias?
Se a ordem existir, a PMERJ nunca retomará, sempre haverá uma desculpa, mesmo que não guarde relação com a sua missão.
Juntos Somos Fortes!

2 comentários:

Anônimo disse...

Sinceramente,acho que há conivência de policiais civis,militares e bombeiros e também integrantes das forças armadas e ex das corporações citadas,os comandantes não podem saber onde seus policiais fazem seus bicos?seria ilegal?e claro que um policial que aparenta enriquecimento ilicito a probabilidade de estar envolvido com ilicitos é de 90%só não vê quem é cego.

Anônimo disse...

A corrupção na seara da polícia tá D+!
O grande questão é: destituir a PMERJ e redirecionar o gerenciamento da segurança pública (ostensivo), para os municipios. Vc transfere o PM da capital ou região metropolitana e manda-o p/ o interior.
Tudo que ele fazia na capital, ele fará no interior. Tipo: Facilitar saidinhas de banco, para depois fechar uma segurança particular com o gerente do banco em frente a agencia bancaria; pegar "arrego" do tráfico; facilicar furtos no comercio, para depois vender segurança particular para comerciantes; fomentar furtos de automóveis para depois vender o veículo e as peças; promover furtos e assaltos em residencias, para depois pegar a segurança da rua.
Como eu disse, tem que acabar com a PM em todo Brasil. E repensarmos uma nova forma de polícia!