segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

RIO: POR QUE OS CORONÉIS E OS DELEGADOS AINDA NÃO PEDIRAM A EXONERAÇÃO DE BELTRAME? MAIS MOTIVOS.

Eu tenho escrito que se estivesse na ativa, estaria organizando mobilizações em defesa da Polícia Militar e tentaria convencer os Coronéis de Polícia a solicitarem, ordeira e pacificamente, a exoneração do secretário de segurança Beltrame, assim como, fazer com que tal mobilização alcançasse os Delegados de Polícia, diante dos males que ele tem provocado para as polícias e para a segurança pública.
Entre os artigos escritos cito nesse momento:
- O que está faltando para os Coronéis e Delegados pedirem a exoneração de Beltrame (leiam); e
- A completa desmoralização da gestão Beltrame (leiam).
O contido nesses artigos não deixa qualquer dúvida de que motivos não faltam.
Ontem, Garotinho listou motivos que podem ser acrescentados:
"BLOG DO GAROTINHO:
27/02/2011
A biografia real de José Mariano Beltrame

Conforme prometi mais cedo, vou lhes mostrar o currículo “brilhante” do secretário José Mariano Beltrame. Não aquele que a mídia criou quase o transformando num “super herói da pacificação” que não existe. Mas sim os fatos verdadeiros que marcam a sua trajetória de secretário de Segurança, que no dia em que acabar a blindagem de Cabral, a sociedade vai julgá-lo pelo que realmente é, que para muitos começou a ser descoberto com seu comportamento na corrupção da Polícia Civil, onde ficou visível o seu comprometimento com um monte de coisas erradas.
Como Beltrame chegou a secretário de Segurança
- Fez prova para delegado federal em 2004 obtendo a 896ª colocação na primeira etapa. Entrou com mandado de segurança no STJ e em seguida no STF perdendo ambos. Conseguiu posteriormente ser empossado sub judice.
- Como amigo do então secretário nacional de Segurança, Luiz Fernando Corrêa (fazem parte da República de Santa Maria – RS) que depois foi diretor-geral da Polícia Federal, Beltrame recebeu a missão de vir para o Rio de Janeiro espionar o meu governo. Vasculhou a minha vida e da minha família, rastreou cada centavo que gastei; cada passo, meu e de Rosinha, foi revirado.
- Com apenas dois anos como delegado, que cuidava de grampos, escutas e rastreamento de contas bancárias, Beltrame foi indicado a Cabral pra ser secretário de Segurança.
A trajetória de Beltrame na secretaria de Segurança
- Adotou a política de enfrentamento de traficantes com tiroteios e de fazer vista grossa às milícias, que acreditava na época que eram um mal menor, depois se viu que era um tremendo equívoco.
- Acabou com o Batalhão Ferroviário e todos viram que o tráfico passou a tomar conta da via férrea fechando estações, trocando tiros, interrompendo o tráfego de trens.
- Acabou com o GETAM (Grupamento Especial Tático-Móvel) criado por mim, que eram comboios de viaturas da PM que circulavam nas vias expressas. Outro grande erro. Depois veio a onda de arrastões.
- Disse que “um tiro na Zona Sul repercute mais do que na Zona Norte” e que “numa guerra a morte de inocentes é inevitável” pra justificar a matança de inocentes denunciada pela ONU (Nações Unidas).
- Anunciou a compra de balas de borracha para a PM, com o objetivo de diminuir a morte de inocentes em confrontos. A idéia virou chacota nas polícias de todos os estados e acabou desistindo.
- Implantou o policiamento de bicicleta nas comunidades, mas esqueceu dos morros cariocas e que ficava difícil, os policiais subirem pedalando atrás dos bandidos. O projeto encalhou.
- Por dois anos consecutivos suspendeu os cursos de treinamento tático e de aperfeiçoamento de tiro, e nunca se viu tanto inocente morrer em abordagens equivocadas como a que matou na Tijuca, o menino João Roberto.
- Acabou com a independência do ISP (Instituto de Segurança Pública), que analisa os índices de criminalidade, entregando-o para oficiais da PM e passando a maquiar os números.
- Quando percebeu que a tática de fazer vista grossa às milícias tinha dado errado e que estavam se fortalecendo politicamente decidiu atacar a “Liga da Justiça” que atrapalhava os planos eleitorais de Cabral. Chamou para a missão, pasmem, um outro miliciano, o maior rival da “Liga da Justiça”, o tal Chico Bala que ganhou até carro, motorista, carteira e armas da Polícia Civil.
- Colocou como assessor especial com plenos poderes na secretaria de Segurança, um falso tenente-coronel do Exército.
- Numa apreensão no Morro de São Carlos atendendo aos repórteres enfiou o dedo num saco que dizia ter cocaína e posou com o pó. Horas depois vazou a informação de que era fermento. O secretário de Segurança não sabia nem diferenciar cocaína de fermento.
- Proibiu policiais civis de prenderem o traficante Nem, da Rocinha, quando era realizada uma festança de aniversário na comunidade. Alegou que havia muitos artistas e jogadores de futebol e os policiais que estavam prontos pra executar a prisão tiveram que ir embora.
- No episódio que antecedeu a ocupação do Alemão, durante a onda de atentados incendiários, Beltrame dizia que estava tudo sob controle e não havia necessidade nem da vinda da Força Nacional de Segurança. No dia seguinte o Exército entrava em ação (a decisão veio de Brasília) em mais um erro de avaliação do secretário.
- É o responsável pela negociata no contrato com a Julio Simões de terceirização dos carros da PM, onde o valor do aluguel de cada viatura dá pra comprar por ano um veículo zero e ainda sobra dinheiro.
- Jogou dinheiro pelo ralo mandando instalar kits de gás nos carros da polícia dizendo que era medida de economia, e até hoje, dois anos se passaram e o gás não é utilizado.
- Foi acusado por seu subsecretário, o delegado federal Márcio Derene de ter grampeado “gente da cúpula” do governo, sem autorização judicial. No episódio em que Derene deixou o cargo, os dois quase chegaram às vias de fato. Derene sustentou a acusação na cara do secretário.
- Até hoje, continuam guardadas em caixas mais de 300 câmeras, legado do Pan de 2007, doadas pelo governo federal, que deveriam ter sido instaladas nas ruas há três anos, mas que estão se estragando. Além disso, das 220 câmeras que Rosinha deixou interligadas ao Centro de Controle e Comando da secretaria, quase nenhuma está em operação.
Todos esses itens do currículo de José Mariano Beltrame já foram noticiados na imprensa esporadicamente e sem nenhum destaque. Se um personagem, seja Beltrame ou o Joãozinho ou qualquer nome, for apresentado com as credenciais que lhes mostrei vocês o contratariam para cuidar da sua segurança?
Realmente, o título do prêmio dado por O Globo faz sentido: Beltrame faz a diferença. Pena, que não é pelas qualidades que a mídia quer que ele tenha, e sim, pelos defeitos que escondem que ele tem.
Em tempo: Beltrame também mudou o Curso Superior de Polícia que era ministrado pela UFF para a Fundação Getúlio Vargas e sua filha ganhou uma bolsa de estudos integral num dos cursos mais caros do país. E é claro, arrumou uma boquinha pra esposa, a professora estadual Rita de Cássia, que virou assessora da Casa Civil, com uma boa gratificação, mesmo contrariando decreto do governador de que os professores têm que voltar pra sala de aula.
Em tempo 2: Qual foi o mesmo o grande bandido preso na gestão de Beltrame? Apontem um".
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

2 comentários:

Anônimo disse...

Que o Secretário Beltrame pode ter tido desvios, erros ou incopetências na sua vida pessoal ou profissional eu não duvido. Agora, crédito o ex-governador Garotinho não tem nenhum. De repente, é o sujo falando do mal lavado. Qualquer um que tenha trabalhado no serviço público estadual na era Garotinho sabe que foi um dos maiores mafiosos e lapidadores do erário. Não tem credibilidade nenhuma...

Anônimo disse...

Pelo amor de Deus!!

Não sou nenhum fã do Beltrame, pelo contrário, defendo que a política dele é falha...

Mas, dar crédito ao Garotinho!?

Aquele que loteou os batalhões e Delegacias?

Aquele que tinha como Secretário o sr. Alvaro Lins?

Postar aqui um texto deste homem só tira a credibilidade do BLOG.

Detalhe, sou servidor público Federal, moro e trabalho no PR, ou seja, apenas acompanho as notícias o meu RJ, nào tenho porque defender A ou B.